Raí e outros ex-tricolores ‘revivem’ goleada sobre a Católica em 1993

O São Paulo tem uma ótima fonte de inspiração para o jogo desta quarta-feira, contra a Universidad Católica (CHI), valendo vaga na final da Copa Sul-Americana: há 19 anos, o mesmo clube chileno era triturado pelo Tricolor de Raí e Telê Santana na decisão da Libertadores. O palco também era o Morumbi.

Naquela ocasião, o time paulista praticamente garantiu o título ao aplicar 5 a 1 no jogo de ida, em casa. Na volta, a derrota por 2 a 0 não foi suficiente para estragar a festa. Agora, após empate por 1 a 1 em Santiago, o duelo de volta será ao lado da torcida, que comparecerá em grande número. Raí, autor de um gol de peito naquela noite, aconselha os jogadores a assistirem à partida histórica.

– Aquele foi um dos jogos mais impressionantes em uma final. A Universidad jogou bem, até mandou bola na trave, mas um jogador deles, não lembro qual é, quando terminou o jogo, me falou: ‘Fenômeno! Não tem jeito, não tem como vencer’. Eles se sentiram impotentes, incapazes de nos parar – disse o ídolo, durante o lançamento do livro “1992, o mundo em três cores”, que escreveu ao lado do jornalista André Plihal para celebrar o 20º aniversário do primeiro título mundial tricolor.

Antigos companheiros do ex-camisa 10 compareceram ao evento e falaram ao LANCE!Net sobre o reencontro com a Universidad Católica. Pintado, volante da vitoriosa equipe dos anos 90 e hoje técnico de futebol, vê o São Paulo com ‘cara de título’.

– Foi uma conquista especial. Nós entramos com muita força, sabíamos o caminho da vitória. Eles começam a ser fregueses do São Paulo (risos). Não tenha dúvida que vai passar um filme na cabeça, no primeiro jogo já foi assim. No Morumbi, nossa torcida sempre fez a diferença. O calor do são-paulino é muito intenso e isso vale muito em momento decisivo como esse – disse o ex-atleta.

Já o ex-zagueiro Adilson, que ficou na reserva de Válber na decisão, diz que se lembra de poucos detalhes do jogo, mas garante que torce com fervor para o Tricolor ter outra noite feliz.

– Na verdade, sou muito esquecido, é difícil eu guardar detalhes das coisas. Mas, quando precisa, vejo o vídeo para lembrar. Foi uma época muito vitoriosa e acredito que o São Paulo tem tudo para ganhar. Se puder fazer 5 a 1 de novo, ótimo, mas hoje em dia é muito difícil. O importante é ganhar – comentou.

No dia 19 de maio de 1993, o time do Morumbi entrou em campo com: Zetti; Vítor (Catê), Válber, Gilmar e Ronaldo Luís (André Luiz); Pintado, Dinho, Cafu e Raí; Palhinha e Müller. Os gols, festejados por mais de 94 mil presentes, foram de López (gol contra), Vítor, Gilmar, Raí e Müller.

Confira o bate-bola com Raí:

Tem acompanhado o São Paulo?
Tenho. Estou vendo o time crescer junto com a torcida, eles estão sentindo que tem coisa boa pela frente. Um time forte está sendo formado. Vai perder o Lucas, mas tem o Paulo Henrique, o Luis Fabiano. Está sólido. O São Paulo precisa desse clima, é o que sempre fez a diferença na Libertadores.

Diria para os jogadores assistirem ao jogo de 1993 como fonte de inspiração?
É verdade. Tem jogadas em que a bola não cai no chão. Cafu, Palhinha, Muller, todos trocando de posições. Lembrava a Seleção de 1982, o Barcelona de hoje.

Aposta em alguém para decidir?
Não aposto em ninguém especificamente, mas claro que o Luis Fabiano, o Fabuloso, sempre é artilheiro.
Fonte: Lance

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