Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Raí viu injustiça na demissão de Doriva do comando técnico da equipe após sete jogos apenas no cargo. Para ele, o treinador acabou pagando o pato pela crise política vivida pelo clube desde a saída de Carlos Miguel Aidar da presidência, em outubro. A demissão foi definida na noite de segunda-feira, após derrota para o Cruzeiro no domingo.
“Passou um furacão pelo São Paulo nos últimos meses e existe uma grande crise política. O Doriva foi escolhido pelo Aidar, que saiu em seguida. Sai diretor, volta diretor. E o Doriva acabou sendo vítima. Ele não teve culpa nenhuma”, afirmou o ex-jogador nesta terça-feira após participação em evento na editora Abril.
“Só espero que agora tudo se acerte para terminar bem e se classificar para a Libertadores”, disse.
Dada à crise política, Raí acredita que é hora de mudanças profundas na estrutura do clube, que está ficando ultrapassado.
“(Toda esta situação) entristece, mostra que o São Paulo precisa se reinventar. Aquela glória e orgulho de estar à frente dos outros em gestão é coisa do passado. É hora de repensar tudo e se reinventar para ganhar o tempo perdido nas últimas temporadas”, analisou.
Questionado se aceitaria assumir um cargo no clube caso houvesse um convite, Raí disse que neste momento não tem este desejo e ambição.
“O Gustavo (Viera de Oliveira, diretor-executivo de futebol) está representando bem a família. Estou com muitos projetos, vou começar um mestrado na França no ano que vem. Não teria condição de dedicar o tempo necessário para uma função no clube. Quem sabe, no futuro”, afirmou.
Fonte: Uol