No Corinthians, Fabio Santos relembra vaias da época de São Paulo

Lateral titular do Corinthians, Fabio Santos não poupou palavras para definir o comportamento da torcida do São Paulo. Revelado pelo tricolor em 2003, ele já esteve dos dois lados do clássico Majestoso, e, se hoje disputa a partida com a camisa corinthiana, é porque a torcida são-paulina “enche o saco” dos atletas e, na ocasião, dificultou a sua permanência no clube.

O jogador, que viveu sequências de vitórias de sua equipe quando estava no São Paulo e agora, no Corinthians, comparou a presença no clássico com as duas camisas. Hoje um dos pilares do time corintiano, ele lembrou da relação que teve com a torcida tricolor, que era o seu time do coração quando iniciou a carreira.

“A torcida do São Paulo é diferente da do Corinthians. Cobra muito durante os 90 minutos. Vaia, enche o saco do jogador…”, afirmou o lateral-esquerdo, em entrevista ao diário Lance!, afirmando que as cobranças em excesso não são benéficas.

“Atrapalha demais. O jogador que sente que o torcedor está do lado fica confiante. A torcida do Corinthians parece saber isso. Eles cobram só quando acaba o jogo, mas enquanto a bola rola eles apoiam muito, por isso é diferente de outras torcidas”, explicou.

Fabio Santos admitiu que teve sua trajetória interrompida no clube do Morumbi por conta das críticas dos torcedores, principalmente após a partida contra o Once Caldas, válida pela semifinal da Copa Libertadores de 2004, quando o lateral falhou em lance que gerou um gol do time colombiano. “Não dentro do clube, mas minha imagem com o torcedor ficou bem desgastada. Sem dúvida alguma, a partir dali ficou difícil”, contou.

O camisa 6 do Corinthians afirmou que não tem problemas com a torcida corinthiana por ter sido revelado pelo São Paulo. Fabio, de 26 anos, chegou ao clube com 11 de idade e era torcedor, inclusive indo ao estádio assistir aos jogos. No entanto, ele afirmou não ter tido problemas para se “desvincular” da equipe que o formou após a sua saída.

“Mesmo no São Paulo em tinha decepções. Via amigos que cresciam lá, que torciam e que acabavam saindo. Você cresce com isso no futebol. Não foi difícil me desapegar do São Paulo. É tudo muito profissional”, afirmou, creditando a uma provável estreia precoce no tricolor o fato de ter saído do time pela porta dos fundos.

“Às vezes não aconteceu porque foi muito cedo, tudo rápido. Com 17 anos, em 2003, eu já era titular. Em 2004, joguei a Libertadores. Se tivesse ido devagar, acho que poderia ter tido vida mais longa”, contou.

Vivendo uma nova fase na carreira, o lateral, que já passou por Cruzeiro e Grêmio, afirmou que não teria problemas em comemorar caso marcasse um gol contra o ex-clube neste domingo. “Nunca fiz contra o São Paulo, mas comemoraria. O maior respeito que você tem de ter é com a torcida atual. Recebo muito carinho e respeito dos corinthianos”, explicou.

Corinthians e São Paulo se enfrentam neste domingo, às 16h (de Brasília), em jogo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, no encerramento do primeiro turno da competição.

Fonte: Uol

 

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