O otimismo de Ney Franco e a visão realista de Rogério Ceni têm marcado as declarações de ambos após a derrota para o Bahia, nesse domingo. Enquanto o goleiro ressalta que o timeestá a quatro pontos da faixa da tabela do Brasileiro que dá vaga na Libertadores, o técnico vê condições de diminuir os dez pontos para o Atlético-MG, líder com um jogo a menos em relação ao São Paulo.
Apesar do tropeço em Salvador, o treinador crê que a 21ª rodada foi boa para o Tricolor paulista, já que o Galo perdeu do Corinthians, o Fluminense, que divide o primeiro lugar com o time mineiro, empatou com o Figueirense, e o Grêmio, terceiro colocado, ficou no 0 a 0 com o Palmeiras. “Demos uma pequena sorte porque o pessoal da ponta não somou três pontos. Isso nos deixa no bolo”, comemorou Ney.
O comandante tem convicção de que a sala de troféus do Morumbi ainda pode receber uma sétima taça do Brasilieor. “É um time com condição de título. Estamos a dez pontos do líder docampeonato, mas o Atlético-MG perdeu pontos em três jogos consecutivos enquanto nós, até o Bahia, somamos todos os pontos. Estamos próximos ainda”, disse o técnico.
O problema é convencer principalmente o capitão do São Paulo de que dá para se imaginar na ponta da tabela estando somente na quinta posição. “Contra o Bahia, caímos de aproveitamento, perdemos e voltamos atrás no caminho”, afirmou Rogério Ceni, mais focado, e preocupado, com a classificação para a Libertadores.
“O campeonato vai acabando e a cada rodada diminuem as chances de diminuir as diferenças. Nossa diferença era de um ponto para o G-4 e agora volta a ser de quatro. Perdemos uma rodada e a diferença e as dificuldades para chegarmos ao pelotão de cima só aumentaram”, apontou o ídolo.
O goleiro, que tem contrato até dezembro, está apreensivo com o fato de seu clube completar três anos seguidos fora da principal competição das Américas. Além do Brasileiro, outro caminho para a Libertadores é o título da Copa Sul-americana, na qual o São Paulo está nas oitavas de final.
Realista, Rogério Ceni não aceita nem que se valorize demais as três vitórias seguidas na liga nacional antes da derrota por 1 a 0 na Bahia. “A nossa realidade é o próximo jogo. Se de cada quatro ganhássemos três e perdêssemos um, estaria ótimo, o aproveitamento seria de 75%. Mas não é assim”, pontuou.
Fonte: Gazeta Esportiva