O São Paulo pode definir até o final da semana a chegada de seu novo técnico – o presidente Carlos Miguel Aidar está na Colômbia para tentar fechar com Juan Carlos Osório, do Nacional de Medellín. Um dos problemas que o novo comandante terá de resolver é a instabilidade do time na temporada. Além de alternar bons jogos (como fez contra Cruzeiro e Corinthians, ambos pela Libertadores) com apresentações pífias (contra Palmeiras, Santos e Ponte Preta), o time vai muito bem no Morumbi, mas deixa a desejar quando atua como visitante.

Jogando em casa, o Tricolor tem ótima campanha na temporada: em 13 partidas, 12 vitórias e uma derrota, 27 gols marcados e apenas dois sofridos, aproveitamento de 91,6%. Como visitante, o índice cai para 37,7%. São 15 partidas, com cinco vitórias, dois empates, oito derrotas e um saldo negativo de dois gols (13 marcados e 15 sofridos).

Como explicar a “montanha russa” que se tornou a equipe na temporada? O meia Michel Bastos, destaque da equipe, pensa, reflete, mas não chega a uma conclusão.

– Temos consciência de que oscilamos muito. Estamos tentando encontrar essa resposta. Em alguns jogos, demos bons exemplos de reação, mas depois não conseguimos manter. Nos últimos dois jogos, não fomos bem. Temos uma equipe de qualidade e com condições de manter um padrão de jogo. Sou otimista e confio no time, acredito que, a partir de sábado, contra o Joinville, poderemos buscar uma boa sequência – afirmou.

A situação pode piorar ainda nesta temporada. Isso porque Rogério Ceni tem contrato apenas até o dia 4 de agosto e ainda não se sabe se existe a possibilidade de renovação de vínculo. Luis Fabiano, que tem contrato até o fim do ano, mostrou irritação por não ter sido procurado e, nesta quarta-feira, afirmou que não disputará seu sétimo jogo pelo Brasileiro se não tiver sua situação definida. Se ele jogasse, ficaria impedido de se transferir para outro time para a disputa do torneio.

Michel torce para que os companheiros permaneçam, mas acredita que, dentro do grupo, existem jogadores que possam cumprir um papel de liderança.

– É sempre difícil perder grandes jogadores. Caso eles saiam, será difícil. Mas temos jogadores que podem suprir essas ausências. Qualidade nós temos, só precisamos estar preparados – ressaltou.

Fonte: Globo Esporte