Michael Beale explica demissão do São Paulo

Michael Beale, conceituado treinador de equipes de base na Inglaterra, com passagens por Liverpool e Chelsea, pediu demissão do cargo de auxiliar técnico do São Paulo na última sexta-feira, três dias antes de a diretoria decidir pela saída de Rogério Ceni.

Em entrevista ao podcast “MyPersonalFootballCoach”, reproduzida pelo site do Liverpool Echo, principal jornal de Liverpool, Beale explicou sua decisão.

Ele negou a versão de que estava saindo porque sua família não havia se adaptado ao Brasil e deixou em aberto a possibilidade de continuar trabalhando no país.

Michael Beale trabalhou por seis meses no São Paulo e pediu demissão antes da queda de Rogério Ceni (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Michael Beale trabalhou por seis meses no São Paulo e pediu demissão antes da queda de Rogério Ceni (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Veja abaixo o relato de Michael Beale:

– Eu tive uma experiência fantástica aqui no Brasil. Vir, aprender uma segunda língua, outra cultura, ser parte do maior clubes do país e trabalhar com estes jogadores é algo que eu guardarei com muito orgulho.

– O talento e a paixão pelo jogo aqui são incríveis. Minha habilidade no samba é horrível, mas no churrasco e no karaokê eu melhorei (risos).

– Não estou fugindo do Brasil. Tenho uma ou duas oportunidades para discutir termos de talvez ficar aqui. Não tenho pressa para sair do Brasil. Quero me despedir das pessoas e do clube da maneira correta.

– Acabei de entrar no meu sétimo mês aqui e o projeto (do São Paulo) mudou desde que eu aceitei deixar o Liverpool. O projeto era muito empolgante, algo no qual eu realmente acreditava. Mas, com o tempo, e por diversos motivos, ele mudou. Talvez ele estivesse indo numa direção na qual eu não acreditava 100%. É um clube fantástico, mas você tem de acreditar num projeto, e minha energia e foco estavam diminuindo. Eu quis ser honesto com todo mundo e não quis ficar por ficar num emprego que já não me satisfazia. Mas não houve nenhum tipo de animosidade.

– Minha esposa e dois filhos ficaram da metade de fevereiro até maio, mas nós tivemos um probleminha com a questão do visto. Eles tiveram de deixar o país depois de 90 dias e passar dois meses na Inglaterra para poderem voltar. É difícil quando seus filhos de três e cinco anos estão do outro lado do mundo por sete semanas. Mas minha família voltou pra cá agora e certamente isso não é um motivo para sair (do São Paulo). Somos muito felizes no Brasil. A vida é boa. Certamente não é um caso de falta de adaptação da família ao novo país, refuto isso veementemente.

Fonte: Globo Esporte

9 comentários em “Michael Beale explica demissão do São Paulo

  1. Se ele tivesse vindo trabalhar no SPFC até 2006, quando não havia entrado um TRASTE chamado Juvenal, que igualou o clube aos piores do Brasil em termos administrativos, ele teria sucesso, mas, como MPG não está mais entre nós (último presidente competente que o clube teve), agora só o amadorismo podre contaminado por aquele FDP cachaceiro eh que reina.

  2. Lembrei do Osorio… Outro cara sério e conhecedor de futebol.

    O cara se dedica pra fazer um super pré-temporada, ganhamos o título da pré-temporada jogando contra o River Plate e o Curintias-atual líder do brasileiro, jogando muito bem dois jogos…

    Seis meses depois todo o trabalho realizado foi perdido… 21 jogadores dos 26 saíram… qual a motivação dele em continuar?

    O que a diretoria fez foi um desrespeito aos profissionais e a torcida…

  3. Mais um motivo p não culpar o Ceni, era um projeto mais virou uma projeção rumo a segunda divisão, sabe estou acreditando que ninguém dessa diretoria e São Paulino ! Quem sabe lance uma chapa Conquista Kaká, RC, Raí

  4. Entendo que o que fez sair foi a mudança nas de convicções de RC sobre a forma de implantar um esquema moderno.
    Jogadores vem e vão mas o esquema tem que prevalecer, RC abandonou seu projeto inicial e acabou escalando jogadores somente pelo nome e sem um esquema tático definido.

  5. Sendo verdade esta situação, confirma o esquema montado para o RC ser usado como “bode expiatório” e expurgado logo depois.
    O sujeito quando é descente e capaz não consegue conviver com a safadeza e a incapacidade.
    JJ deixou um “projeto” que não há quem seja descente que consiga conviver com ele, seus asseclas seguem-no a risca.

  6. Chega um Inglês aqui e vê a zona como os brasileiros administram um clube… a falta de palavra… é claro que o cara ia picar a mula…

    Tá tudo errado… aqui é cada um por si… cada um querendo levar vantagem sobre o outro…

    O que mata o São Paulo é a administração dele e infelizmente isso não vai mudar com Rogério, Dorival nem com Pepe Guardiola!

  7. Sim o SP não tem um projeto. Não tinha um técnico e não tem bons gestores. Ele, em si, deveria ficar.
    Desejo sorte, quem sabe o Chape não o chama.

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