Mentor de excursão, Adalberto viajará com delegação são-paulina

A pressão para a demissão de Adalberto Baptista no São Paulo é cada vez maior. O presidente Juvenal Juvêncio tem ouvido recomendações de todos os lados nesse sentido, mas não as atenderá. Pelo menos não agora. O diretor de futebol fará parte da delegação na excursão de quase duas semanas por Europa e Ásia, a qual terá início na próxima segunda-feira.

Foi ele o responsável por acertar a presença nas disputas da Copa Audi (na Alemanha, em 31 de julho e 1º de agosto, contra Bayern de Munique e Milan ou Manchester City) e da Eusébio Cup (em Portugal, no dia 3, contra o Benfica), anteriores à Copa Suruga (no Japão, no dia 7, contra o Kashima Antlers), para o qual o time se classificou ao vencer a Sul-americana de 2012.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Diretor ainda tem muita força com Juvenal Juvêncio

Homem forte do futebol, Adalberto passou a ser criticado depois de demitir profissionais de renome do Reffis, como o fisioterapeuta Luiz Rosan, além do fisiologista Turíbio Leite de Barros e o preparador Carlinhos Neves. Outra crítica é sua ausência em determinados momentos para participar de competições automobilísticas, inclusive fora do Brasil.

 

A mais recente polêmica, na semana passada, aumentou consideravelmente a pressão. Ao comentar declaração de Rogério Ceni de que o clube havia parado no tempo, Adalberto disse que o goleiro estava de cabeça quente por alguns motivos, dentre eles as dores no pé, a qual, em sua opinião, têm limitado tecnicamente suas reposições de bola. A crítica ao capitão e ídolo repercutiu muito mal com a torcida e também internamente.

Na segunda-feira, enquanto Juvenal assistia ao jogo-treino dos reservas sentado na arquibancada, acompanhado de parte da alta cúpula do clube, Adalberto via a partida ao lado da comissão técnica. Ele só se juntou aos demais dirigentes por poucos minutos, no intervalo, e retornou para o campo antes da etapa final.

Embora pareça cada vez mais isolado, o diretor de futebol tem muita força com Juvenal. Chamado de “capitão da indústria” pelo mandatário (por fazer parte do alto conselho da Aché, empresa de medicamentos que patrocina o clube), ele é considerado um bom negociador. Foi ele quem contratou o atacante Luis Fabiano, do Sevilla, e tirou Paulo Henrique Ganso do Santos.

Durante a excursão, ele terá a companhia do vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, em eventos com representantes dos demais clubes envolvidos. De acordo com a programação do São Paulo, já há encontros agendados com dirigentes alemães e portugueses. Além dos dois, a delegação são-paulina terá 23 atletas e nove pessoas da comissão técnica.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

 

Nota do PP: por mais que eu tenha sido crítico à diretoria, principalmente a Adalberto Batista na direção de futebol, tenho que reconhecer que nessa ele foi bem. Só não poderia imaginar que a crise estaria deste tamanho no momento da viagem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*