Em meio a turbulências envolvendo a transferência de Luis Fabiano, a saída encontrada pela diretoria são-paulina foi propor um pacto ao atacante. Concentração máxima nas cinco partidas que antecediam a pausa do Brasileiro e uma reunião para que tudo seja definido logo após isso. O atacante cumpriu, fez três gols em quatro jogos disputados, alcançou a vice-liderança na artilharia do torneio e terá seu encontro marcado nos próximos dias.
Nesta reunião, o diretor de futebol, Adalberto Baptista, o presidente, Juvenal Juvêncio, e o vice-presidente, João Paulo de Jesus Lopes, conversarão com o atacante e vão querer ouvir do atacante o que ele quer do futuro. Olympiacos e Galatasaray surgem como os principais interessados, mas os números não superam os R$ 15 milhões e ainda não agradaram.
O estafe de Luis Fabiano afirma de todas as formas possíveis que ele não quer sair de jeito nenhum do Morumbi. Afirmam, até, que a diretoria tenta vender o atacante e “jogar para a torcida” ao afirmar que o camisa 9 força a sua saída.
Ao mesmo tempo, a diretoria diz que adota a mesma postura para todos atletas. Qualquer um que manifestar insatisfação poderá sair desde que uma proposta “importante”, como define Juvenal, chegue à mesa da diretoria.
Publicamente, a diretoria é menos incisiva do que o atacante. Adalberto Baptista, por exemplo, disse que não há desgaste na relação entre as partes e que a crise só acontece de forma geral e que o ponto central de tudo isso é a eliminação na Libertadores.
Luis Fabiano é um pouco mais forte, critica a torcida organizada, que insiste em chama-lo de pipoqueiro, defende o “torcedor comum”, diz que quer ficar, mas admite sair caso seja o foco de algum problema que pode atrapalhar o São Paulo.
O são-paulino entra de férias sem saber se poderá contar com o jogador que conquistou, na última quarta-feira, o rótulo de 5º maior artilheiro da história do time. Ney Franco já demonstrou que o quer. Um pedido especial por um atleta já foi capaz de dobrar Juvenal Juvêncio, como foi no caso de Denilson. Resta saber se isso será suficiente para manter o goleador com a camisa tricolor.
Fonte: Uol