Jogadores prometem São Paulo mais forte e unido após parada

O São Paulo terá 20 dias de preparação durante a Copa América até encarar o Palmeiras, no Morumbi, em 13 de julho, pela décima rodada do Brasileirão. Em crise, o Tricolor não vence há sete jogos e terá nesta pausa das competições a chance de dar a volta por cima.

O técnico Cuca decidiu dar nove dias de folga aos jogadores do São Paulo para criar uma relação de confiança com o grupo. Ele chamou a responsabilidade da decisão para si e projetou melhora da equipe.

– A gente vai poder cobrar isso trabalhando concentrado nessas duas semanas. O São Paulo é uma ou quem sabe a única equipe que vai ficar em regime praticamente de concentração, exceção a um ou outro dia. Para mim, três semanas são suficientes tecnicamente para melhorar muito o nosso time, para no segundo semestre, sim, ser aquilo que esperamos – afirmou Cuca.

Além de buscar melhorar o nível técnico, os jogadores consideram o período primordial para unir o grupo.

– Nós temos de trabalhar bastante, sabemos que essa pausa vai ser boa, ter um período para trabalhar. Quando você joga, como tem muito jogo, você tem pelo menos um dia de treinamento que não consegue trabalhar, o que às vezes precisa para o jogo. Vejo que nessa pausa vamos conseguir parar, trabalhar e ficar mais unidos. Vejo que esse ponto é muito importante – disse Alexandre Pato, após o empate por 1 a 1 com o Atlético-MG.

O São Paulo fará suas atividades no Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, em Cotia, CT das categorias de base, a partir do dia 24 de junho. Serão duas semanas no local, no qual é possível que sejam feitos jogos-treinos. A última semana de preparação será realizada no CT da Barra Funda, antes do clássico com o Palmeiras, em julho.

Rodeado de área verde e distante do tumulto da cidade de São Paulo, o CT de Cotia vai servir como um refúgio para que os atletas e comissão técnica possam fazer uma espécie de nova pré-temporada.

– A nossa ideia é nos blindar, nos fechar nesse período de treinamentos para estar cada dia mais juntos, mais familiarizados e buscar fazer uma espécie de pré-temporada para poder voltar muito forte na sequência do campeonato e brigar nas posições de cima da tabela – afirmou o goleiro Tiago Volpi.

Logo que chegou ao Tricolor, no início de abril, o técnico Cuca trouxe um clima mais descontraído e leve ao CT da Barra Funda, principalmente ao promover a reconciliação entre o coordenador técnico Vagner Mancini e o goleiro Jean. Até aquele momento, o jogador estava afastado após desentendimentos públicos com Mancini.

Logo em seu primeiro treino, Cuca fez uma reunião geral no gramado do CT, na qual pediu para todos se apresentarem uns aos outros. A conversa rendeu risadas e uma sinalização de dias de paz no São Paulo.

No entanto, a derrota para o Corinthians na final do Paulistão, a eliminação na Copa do Brasil nas oitavas de final, para o Bahia, e o começo irregular no Brasileirão mudaram completamente o ambiente no clube.

O diretor executivo, Raí, passou a ser pressionado internamente e por torcedores, jogadores foram cobrados nos protestos realizados pela torcida e até uma carta de conselheiros pedindo uma profunda reestruturação no CT da Barra Funda chegou às mãos do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

A reformulação começou na semana passada com a saída do preparador físico Carlinhos Neves e do funcionário do setor administrativo envolvido numa confusão com um torcedor no aeroporto de Congonhas, após a eliminação para o Bahia. Logo depois, o clube também demitiu um de seus analistas de desempenho, Romildo Lopes.

O São Paulo também vai fazer uma reestruturação no elenco, com a saída e contratação de atletas. Bruno Peres (fora dos planos), Jucilei e Nenê poderão sair. Arboleda, convocado pelo Equador para a Copa América, também deverá ser negociado, caso as propostas sinalizadas sejam confirmadas.

Por outro lado, o clube está no mercado atrás de um lateral (Adriano e Gilberto são os nomes da vez) e um centroavante (Juan Dinenno é uma das possibilidades).

Assim, Cuca terá nesse período de treinamentos a missão de entrosar um novo São Paulo e trazer ao clube novamente o clima de paz e agregador que parecia ser o ponto chave do trabalho do treinador em sua segunda passagem pelo Morumbi.

Fonte: Globo Esporte

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