Ídolos veem São Paulo mais confiante, mas ainda esperam evolução tática

A classificação do São Paulo para o mata-mata da Copa Libertadores da América com vitória sobre o Corinthians deu mais confiança para o clube se reerguer. Esta é a opinião de ex-jogadores são-paulinos que se reuniram na tarde de sábado em evento organizado no Pacaembu. Apesar de Edmilson advertir que ainda falta uma evolução tática ao time, o ex-meia Raí destacou a mudança de ambiente com o triunfo sobre o maior rival na última rodada da fase de grupos.

“Está muito melhor do que estava. Foi uma situação bem complicada, não estava confiante e nem jogando bem. Mas, em um clássico dificílimo, conseguiu se impor e fez uma grande partida. Agora, está em outra atmosfera para vencer o mata-mata contra o Cruzeiro. Saiu de uma fase complicada e tem o desafio de se manter no nível em que esteve contra o Corinthians”, declarou Raí.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Raí gostou de postura do São Paulo contra Corinthians e espera que time se mantenha

A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, na quarta-feira, direcionou o Tricolor para atuar contra o Cruzeiro nas oitavas de final do torneio continental. O ex-volante Edmilson concorda com Raí em relação à confiança que a vaga proporciona ao time, mas lembra que ainda falta mais em campo.

“O São Paulo tem tradição nesta competição, mesmo com dificuldade de armar e organizar o time. O pessoal falava que não tinha pegada, mas acabou chegando e nessa hora pesa muito a camisa. Tem um elenco muito bom, com jogadores de qualidade, e vai chegar forte”, declarou o ex-meio-campista, para acrescentar.

“Essa questão de pegada é muito rara, porque jogador não vai correr sem ter organização tática, que era o que faltava. Quando entra em campo, tem de saber o que fazer, senão corre em vão. Vemos ainda algumas falhas na organização, de ter linhas bem compactas, de saber a hora de defender, de atacar e de ter alternativas durante o jogo”, ponderou, sem saber se a culpa é da “diretoria, dos jogadores ou do treinador”.

O clube iniciou a temporada com Muricy Ramalho, que acabou deixando o cargo por problemas de saúde, quando o time ainda não tinha vencido clássicos no ano. Já sob o comando interino de Milton Cruz, o Tricolor superou o Corinthians e avançou. O ex-goleiro Zetti lamentou as dificuldades enfrentadas no começo do ano.

“O São Paulo tem um excelente elenco e não era para estar em uma situação em que a torcida sofre, com muitos altos e baixos. O Muricy não conseguiu direcionar o time com padrão de jogo. Ele ficou muito na dependência de dois ou três que não estavam rendendo. Não conseguiu mudar a situação para que os jogadores voltassem a fazer grandes partidas. A saída dele era uma incógnita. Mas o Milton Cruz conhece como cada um joga e está fazendo seu trabalho. Melhorou o posicionamento”, avaliou

A diretoria ainda não definiu se Milton Cruz será mantido ou se buscará outro treinador, depois de ter desistido do argentino Alejandro Sabella, que era a primeira opção. Juninho Paulista prefere não dar sua opinião sobre o melhor caminho, apontando apenas o que o time precisa.

“É uma decisão que as pessoas que estão lá sabem melhor do nós. Vemos de fora que precisa encontrar padrão e ter consistência de jogo”, ponderou. “O clube está em fase de reformulação, de achar o melhor esquema tático. Eu torci para os dois (rivais) se classificarem. O São Paulo jogou contra o Corinthians, uma equipe fortíssima, e provou que pode chegar mais longe”, completou.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

Um comentário em “Ídolos veem São Paulo mais confiante, mas ainda esperam evolução tática

  1. Jogos de mata-mata o coração fala mais alto do que qq outra qualidade. São 11 contra 11 e, normalmente dentro de casa, com o apoio de sua torcida, os times parecem poder mais. Gosto de começar as séries jogando em casa; não tomar gol é essencial. Mas não devemos nos iludir quanto a organização tática da equipe: não tínhamos com Murici e não temos ainda com o MCruz. Uma coisa parece que melhorou (não sei se por coincidência): não tão devolvendo tanto a bola para o RC, como era antes. Espero que tenha sido fruto de conversas com os jogadores, porque era uma jogada fácil para os adversários: era só ameaçarem pressão e, invariavelmente, a bola era recuada – ficava fácil se defender do SP…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*