Tite vai completar 300 jogos à frente do Corinthians na noite desta quarta-feira (22) contra o adversário que está definitivamente na sua história: o São Paulo.
Na última partida da fase de grupos da Libertadores, ele comanda a sua equipe em busca de uma vitória, uma vaga como um dos melhores na fase de mata-mata e com a chance de, mais uma vez, colocar um capítulo vitorioso na história dele neste clássico.
Como lembrou na sua última coletiva antes do encontro, Tite estreou no comando alvinegro enfrentando o São Paulo. No dia 30 de maio de 2004, ele relatou não ter conseguido nem dormir pensando em como fazer sua equipe iniciar uma reação para sair do mau momento que vivia na época.
“Eu lembro desse primeiro jogo. Empatamos por 1 a 1, o Renato fez o gol de falta, o Paulo César de Oliviera era o árbitro e o Corinthians vinha de uma quase queda no Paulista. Eu nem dormi na noite anterior pensando em como fazer meu time reagir. Minha esposa perguntava se não dava para eu parar de chutar ela na noite antes do jogo”, disse ele aos risos.
“Eu virava de um lado para o outro na cama e tinha que fazer alguma coisa para o meu time. Mas acabou 1 a 1. Estávamos jogando com três zagueiros, Anderson, Betão e Valdson. E lembro do Grafite levando muita vantagem. Até fiz a troca e inverti o Anderson pelo posicionamento”, completou.
Além da estreia, Tite também pode lembrar da sua conturbada saída em 2005. Após brigar com representantes da MSI, controversa parceira alvinegra na época, ele deixou o clube depois de uma derrota por 1 a 0 para o São Paulo. Na ocasião, ele não seguiu o que queria Kia Joorabchian, mandachuva do futebol, e deixou o Parque São Jorge avisando que voltaria.
De fato voltou. Conquistou a Libertadores, o Mundial, deixou mais uma vez para um período de estudos e voltou. Agora, quer vencer para espantar de vez os questionamentos que vê sua equipe sofrer após cinco jogos com desempenho abaixo do esperado. Uma delas até custou a eliminação para o Palmeiras na semifinal do Paulista.
Agora, quer voltar a vencer para seguir em alta com os corintianos. “É uma responsabilidade grande estar aqui. Procuro fazer o melhor em busca da excelência e eu não esperava isso na minha vida. Agradeço e não me sinto e nem sou o maior técnico da história do Corinthians. Mas me considero um cara digno do posto que exerço”, completou.
Na última terça-feira, Tite foi homenageado pela diretoria alvinegra. Recebeu uma placa das mãos de um sócio-torcedor e se mostrou muito contente. Avisou até que talvez chorasse com o vídeo que seria exibido. Uma falha técnica na exibição do material, no entanto, poupou o treinador desse problema. Ao menos na frente da imprensa.
Fonte: Uol