Em má fase, Cássio e R. Ceni podem protagonizar final de novo

No primeiro jogo da Recopa, nenhum dos dois goleiros presentes em campo saiu satisfeito, já que ambos vacilaram na vitória corintiana por 2 a 1. Duas semanas depois, Cássio e Rogério Ceni podem ter a chance da redenção em uma eventual disputa de pênaltis, que amenizaria o ano ruim que ambos vêm tendo em 2012.

A expectativa de que a decisão vá para a marca da cal é bastante plausível. O regulamento da Conmebol não prevê a regra do gol qualificado, que dá vantagem a quem marca fora de casa. Por isso, qualquer vitória do São Paulo por um gol de diferença no Pacaembu leva a Recopa para os pênaltis.

Será a chance de Cássio e Rogério Ceni brilharem. Durante os últimos dias, ambos treinaram exaustivamente as cobranças. O histórico anima as duas torcidas.

Cássio é mais novo e tem bem menos tempo de casa que Rogério, mas já teve seus momentos de brilho em situações do tipo. O maior deles foi na semifinal do Paulista deste ano, quando ele defendeu a cobrança de Luis Fabiano e deixou Alexandre Pato em condição de classificar o Corinthians, o que acabou acontecendo.

“O aproveitamento [dele] é bom, a gente já viu isso aí em jogos. É um goleiro frio, tem uma envergadura muito grande, sai em uma hora boa e o aproveitamento até agora é muito bom”, disse Mauri Lima, preparador de goleiros do Corinthians.

Rogério tem um longo histórico de defesa de penalidades, especialmente em torneios continentais. Entre as mais marcantes estão as contra Rosario Central, Estudiantes e Universitário, nas Libertadores de 2004, 2006 e 2010, respectivamente.

Só que, nesta temporada, corintianos e são-paulinos viram coisas bem piores que esses momentos de heroísmo de sua dupla de goleiros. Cássio e Rogério Ceni, em 2013, têm estado bem abaixo do nível que costumaram apresentar.

O camisa 12 alvinegro teve um ano conturbado até agora, com quatro lesões diferentes – uma bursite no ombro esquerda, uma lesão muscular na coxa esquerda, um incômodo no quadril e uma fratura no punho direito). Quando esteve em campo, ele mostrou insegurança, especialmente em lances pelo alto.

A falha mais marcante foi justamente a última. Na primeira decisão contra o São Paulo, Aloísio chutou de fora da área, Cássio tentou encaixar e deixou a bola entrar na rede de forma atabalhoada. “Ele sabe [que foi] um pouquinho autoconfiante. Ele sabe disso na parte técnica, passou para a gente que colocou isso para vocês da imprensa também”, disse Mauri.

Do lado são-paulino, Rogério também não tem tido motivos para comemorar. As falhas mais marcantes foram aquelas em que ele foi pego adiantado por um rival. Foi assim contra o The Strongest, pela Libertadores, e contra o próprio Corinthians, semana passada, no gol de Renato Augusto.

Apesar disso, no São Paulo não se fala em má fase do veterano goleiro, que pode até anunciar sua aposentadoria no fim deste ano. “É o grande cara que todos conhecemos. Não tem o que falar de negativo”, disse Milton Cruz, auxiliar de Paulo Autuori.

Fonte: Uol

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