Com déficit de R$ 100 milhões, Aidar admite necessidade de vender atletas

Não há outra forma de reequilibrar as contas do São Paulo sem que pelo menos um jogador seja vendido na próxima janela de transferências, de acordo com o presidente Carlos Miguel Aidar.

Na última quinta-feira, o balanço do clube da temporada 2014 apontou um déficit de R$ 100,1 milhões. Uma das causas desse prejuízo foi a queda da receita com transferência de atletas: R$ 40,9 milhões no ano passado contra R$ 147,9 milhões em 2013, ano em que Lucas foi vendido ao Paris Saint-Germain, da França, por R$ 108,34 milhões.

A saída do jogador para o PSG é citada por Aidar como exemplo de que é necessário fazer novas vendas para recuperar o caixa.

O jogador com maior potencial de mercado do elenco no momento é Rodrigo Caio, pelo qual há uma proposta de € 15 milhões (cerca de R$ 47,6 milhões) do Atlético de Madrid – o dirigente almeja € 20 milhões (R$ 63,4 milhões) para selar o acordo e já disse que não há atletas inegociáveis.

– A transação de direitos econômicos é o que equilibra as contas. É inevitável (vender atletas). Quando o São Paulo fez a venda fantástica do Lucas para o PSG, serviu para diminuir o déficit operacional. A dívida bancária na época era de R$ 150 milhões e fechou o ano com R$ 100 milhões. Nem essa venda resolveu. É muito difícil imaginar esse equilíbrio financeiro só com receita de publicidade e marketing, a não ser que você reduza custo e isso não se faz da noite para o dia. Os contratos atuais vão continuar, porque não se pode reduzir salários vigentes. É complicado encontrar esse equilíbrio no futebol brasileiro – disse Aidar.

A redução citada pelo presidente deve ser mais sentida após a conclusão do trabalho do Instituto Áquila, empresa que faz estudo completo do modelo de administração do clube para identificar erros e conter gastos desnecessários em diversos departamentos. Outra medida de Aidar foi estabelecer um teto salarial para novas contratações do São Paulo.

Sem um patrocínio master no uniforme desde o fim da Copa do Mundo, o Tricolor recorre a outros acordos para ganhar dinheiro. A Gatorade expõe sua marca em todas as mídias sociais do clube (Twitter, Facebook, Instagram e Youtube) por R$ 8 milhões, sendo R$ 2 milhões anuais, e a Copa Airlines paga R$ 4 milhões em uma parceria envolvendo ações estratégicas de comunicação de publicidade, relacionamento e visibilidade internacional.

– Está muito difícil conseguir patrocínio master pela situação de mercado. Você só pega uma camisa assim quando vai lançar um produto. Mas quando o produto está no mercado não interessa usar a mídia do futebol, porque não traz retorno. Estamos buscando outras fontes de receita – disse o presidente.

Por conta da crise financeira, o São Paulo atrasou alguns meses o pagamento dos direitos de imagens de parte do elenco nessa temporada. Nesta sexta-feira, o elenco vai usar pela primeira vez o novo uniforme de treinamentos produzido pela Under Armour, fornecedora de material esportivo pelos próximos cinco anos. O acordo renderá R$ 135 milhões nesse período, sendo R$ 27 milhões anuais (R$ 15 milhões em dinheiro e R$ 12 milhões em material).

O evento de lançamento da marca no clube foi antecipado para a próxima segunda-feira, no Morumbi, dois dias antes da estreia do uniforme de jogo contra o Cruzeiro, quarta-feira, às 22h, pelas oitavas de final da Taça Libertadores.

 

Fonte: Globo Esporte

5 comentários em “Com déficit de R$ 100 milhões, Aidar admite necessidade de vender atletas

  1. Se os técnicos do SP não atrapalhassem, teríamos valorização de milhões com Boschilla, Ewandro, João Paulo, Joanderson & Cia.

  2. Uma coisa que precisa ficar clara é que Corinthians e Flamengo sempre terão as maiores cotas de patrocínio seja ela pública ou privada, justamente por possuírem as maiores torcidas do país. Qualquer investidor busca sempre o retorno através da propaganda, isso é a lei do mercado. Basta ver as cotas pagas pela transmissão dos jogos. Se existe um lugar onde não existe pena e nem igualdade é justamente no capitalismo, portanto não adianta ficar chorando, vai culpar o patrocínio da Jeep por que escolheu o clube carioca ? O que está faltando é competência do setor de marketing tricolor que não está sabendo vender a sua marca.

  3. enquanto isso o flamengo tem quase 90 milhoes em patrocinio anual,provando assim um certa inconpetencia dos nossos gestores,lembrando que a jeep fechou essa semana com o flamengo,sera que estampar sua marca como patrocinador principal na camisa tricolor e menos vantajoso que colocar embaixo do numero da camisa rubronegra?

    • Meu caro, desses 90 milhões, não se esqueça que uma parte é patrocínio com dinheiro público, igual ao timinho da imprensa, que tem apoio do governo do PT, já que o CANALHA DE NOVE DEDOS é torcedor dessa ESCÓRIA!

      Portanto, não admire um clube que é ajudado com o meu, o seu e de todo trabalhador que paga impostos nesse país errado.

      O SPFC está buscando patrocínio e com certeza logo o terá, não acho o Aidar o ideal para presidente e nem era meu preferido, mas acredito que ele está tentando
      reformular o SPFC depois do furacão devastador que o CACHACEIRO SAFADO fez no clube, e isso leva tempo.

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