Cartão amarelo é assunto delicado no São Paulo ultimamente. Com receio de suspensões, Ney Franco tem orientado jogadores pendurados – nove, no momento – a evitarem advertências. Mas o alerta do treinador, segundo eles, não os impede de destruir lances de perigo apenas para não perder o compromisso seguinte.
A jogada do gol do Bahia, na derrota de domingo, poderia ter sido destruída pela retaguarda são-paulina. O zagueiro Rhodolfo deu passe errado a Gabriel, que avançou à área sem ser incomodado e tocou no canto esquerdo de Rogério Ceni. Dentre os marcadores próximos, estavam o volante Denilson (então já pendurado) e o zagueiro Rafael Toloi (advertido na etapa inicial e, portanto, exposto ao risco de ser expulso de campo).
Desfalque no clássico contra o Corinthians justamente por uma falta que lhe rendeu suspensão, Cortez nega hesitação dos jogadores. “Isso não prejudica. Todos estão conscientes do que têm que fazer. Se tiver que fazer a falta, tem que fazer. Particularmente, tive que matar uma jogada no meio-campo. Tomar cartão é normal do jogo. O que não podemos é tomar cartão bobo. Se for para matar jogada, tudo bem”, diz o lateral esquerdo.
Além de Denilson e de Toloi, que também ficou pendurado com o cartão recebido em Salvador, outros sete são-paulinos estão com dois amarelos no momento: Douglas, Jadson, João Filipe, Maicon, Osvaldo, Paulo Miranda e Rodrigo Caio.
Antes mesmo da última partida, Osvaldo foi avisado por Ney Franco de que seria titular nesta quarta-feira, diante do Internacional, no Morumbi, e que deveria ter maior cuidado para não se tornar baixa, uma vez que ele já não teria Lucas, convocado para a Seleção Brasileira – o meia-atacante, a propósito, forçou o terceiro amarelo para cumprir gancho nesta rodada.
“Temos que esquecer esse negócio e fazer um bom jogo no Morumbi, na nossa casa, para sair com um bom resultado e não se distanciar muito do pessoal da frente”, arremata Cortez.
Fonte: Gazeta Esportiva