Após recorde em 2008, São Paulo deve ter eleição mais apertada

Seis anos depois de uma eleição com vantagem histórica entre o número de votos de situação e oposição, o Morumbi será palco, a partir de 8h (de Brasília) deste sábado, de um novo pleito para substituir os 80 conselheiros eleitos na assembleia anterior. Desta vez, os dois lados apostam – não publicamente – em uma disputa mais apertada.

Em 2008, a chapa amarela, liderada por Juvenal Juvêncio (que dias depois alcançaria a reeleição na presidência do clube), recebeu 77,66% dos votos, o que significou eleger 62 conselheiros, contra 18 cadeiras (22,34%) conquistadas pela oposição (a qual tinha como líder o candidato o ex-judoca Aurélio Miguel). Foi a maior diferença registrada na história do Conselho Deliberativo.

Só que, mais recentemente, Juvenal passou a ser criticado pelo modelo de gestão e perdeu aliados. Diretores dissidentes e ex-presidentes, nomes de relevância na política são-paulina, uniram-se e formaram um grupo de oposição consistente (de cor vermelha), com críticas à atual gestão, em especial ao último triênio de Juvenal no poder (mandato garantido com alteração estatutária).

Ainda assim, a chapa situacionista amarela, que agora tem como líder o candidato Carlos Miguel Aidar (presidente em dois mandatos, entre 1984 e 1988), segue com força, motivo pelo qual se prevê uma eleição bem mais concorrida, neste sábado, diante da chapa oposicionista de Kalil Rocha Abdalla. Uma diferença gigante a favor de qualquer lado é tida, neste momento, como improvável.

O sistema de votação não é dos mais simples. Primeiramente, o associado escolhe uma chapa. Depois disso, exclusivamente dentro da legenda selecionada, assinala até 40 dos 120 nomes que concorrem por cada lado. A distribuição de cadeiras é pecentual. Receber 60% do total de votos significará ter 48 vagas (60% de 80), por exemplo. A partir daí, a definição dos nomes em cada chapa se dá um a um, alternando entre números de matrícula e soma individual de votos – o primeiro eleito será o sócio mais antigo da chapa, seguido do que recebeu mais votos, e assim sucessivamente.

Apenas sócios titulares (donos do título) e adimplentes têm direito a voto – aqueles que não estiverem com a mensalidade em dia e quiserem participar da eleição poderão quitar as dívidas em uma tesouraria especial, no próprio dia. De acordo com o clube, atualmente há em seu quadro cerca de 5.400 pessoas aptas a votar. Convidados não terão acesso às dependências do Morumbi.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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