O São Paulo vai chamar o zagueiro uruguaio Diego Lugano para negociar um possível retorno ao time do Morumbi na próxima temporada. O presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, autorizou o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e o diretor executivo, Gustavo Vieira de Oliveira, a conversarem com o defensor uruguaio para saber se ele tem interesse em voltar ao clube.
Caso a resposta seja positiva, as partes passariam a discutir salários, já que o São Paulo tem um teto salarial de R$ 300 mil mensais estabelecido para 2016.
Lugano teve a sua contratação defendida pelo novo técnico, Edgardo Bauza, que é adepto de atletas mais veteranos. No San Lorenzo, por exemplo, ele autorizou a contratação do defensor colombiano Mario Yepes, que chegou ao clube com 38 anos. Lugano atualmente está com 35 anos e tem contrato com o Cerro Porteño, do Paraguai, até o final de 2016. Seria necessário também uma conversa com o clube paraguaio para que o contrato fosse rescindido. O zagueiro teria papel fundamental nessa questão.
A contratação do uruguaio estava dividindo a diretoria de futebol, mas todos ficaram impressionados com a maneira com que o jogador foi ovacionado pela torcida no jogo despedida de Rogério Ceni, que contou com um público de 55 mil pessoas.
Desde o momento em que entrou em campo até o final da partida, o jogador foi muito aplaudido. Durante a partida, inclusive, ele ganhou a tarja de capitão das mãos do goleiro são-paulino.
Essa é a terceira vez no ano que o clube se interessa pela contratação do jogador. Na primeira, ele teve o retorno vetado pelo então técnico Muricy Ramalho. Na segunda, quem não concordou foi o colombiano Juan Carlos Osorio.
– Os dois treinadores estão aí para responder essa questão. Nas duas vezes em que tivemos a possibilidade de trazer o Lugano, eles acharam que o momento não era conveniente porque tínhamos jogadores jovens que estavam se destacando. E a torcida dificilmente aceitaria o Lugano na reserva. O Lugano tem de vir para ser titular, não tem outra possibilidade. Para impedir que comissão técnica fosse massacrada, eu assumi a responsabilidade. O próprio Osorio foi ao Paraguai e explicou ao jogador – afirmou Ataíde Gil Guerreiro.
Fonte: Globo Esporte