Após ano de crise e mudanças, São Paulo só usa 3 titulares de time campeão

Em um ano, o São Paulo mudou quase todo o time. Da equipe campeã da Copa Sul-Americana em 2012 ao time de Muricy Ramalho atual, apenas dois titulares sobreviveram além do goleiro Rogério Ceni: o zagueiro e lateral direito Paulo Miranda, e o volante Denilson. Nesta quarta-feira, o São Paulo precisa de ampla vitória sobre a Ponte Preta para chegar à final do torneio e tentar o bi com um time todo modificado. A mudança reflete o mais que turbulento momento vivido pelo clube neste período, no qual trocou duas vezes de treinador e viveu a pior crise de sua história, com dois meses na zona de rebaixamento do Brasileirão.

Todos os titulares campeões em 2012 deixaram o time por deficiência técnica, à parte a saída de Lucas, vendido ao Paris Saint-Germain (FRA) após aquela conquista. Na zaga, Rafael Toloi e Rhodolfo deram lugar a Antonio Carlos e Rodrigo Caio. Antes da formação atual, o veterano Lúcio e Edson Silva também assumiram as vagas. Hoje, Toloi é opção no banco de reservas, enquanto Rhodolfo foi emprestado ao Grêmio depois de virar apenas a quarta opção para o setor.

A história se repete na lateral esquerda. Cortez foi o titular durante todo o ano de 2012, e assim começou 2013 sob o comando do técnico Ney Franco. Mas durou pouco. Antes cotado para a seleção brasileira, o camisa 6 perdeu vaga para Carleto ainda com o primeiro treinador. A posição ainda passou por Juan – que voltara do período de afastamento em Cotia –, teve o argentino Clemente Rodríguez como titular virtual, e só virtual, e acabou com Reinaldo, que assumiu a vaga com Paulo Autuori e permaneceu com Muricy. Cortez, hoje, está emprestado e encostado no Benfica (POR), e pode até voltar para o São Paulo de forma antecipada, no fim deste ano, segundo desejo do atual treinador.

No meio de campo, as vítimas da crise foram Wellington e Jadson. O volante, que terminou 2012 como destaque, manteve a vaga no primeiro semestre de 2013, teve a oportunidade de sair por empréstimo para a Inter de Milão (ITA) – vetada às vésperas da confirmação pelo São Paulo – e hoje tem jogado abaixo do desempenho esperado. Virou reserva para Muricy Ramalho, que pede mais qualidade no toque de bola e escolheu Maicon. Já o meia, camisa 10, que foi o melhor do time no primeiro semestre e até voltou à seleção brasileira, perdeu espaço para Paulo Henrique Ganso, principal jogador de Muricy.

Espelho do mau momento, o atacante Osvaldo não marca um gol há nove meses. São só cinco feitos na temporada, e o último aconteceu no dia 28 de fevereiro. Naturalmente, não houve como manter a titularidade, mesmo convocado para a seleção brasileira com Luiz Felipe Scolari antes da metade do ano. Hoje, não aproveita as oportunidades como suplente e deverá deixar o clube no fim do ano se houver proposta interessante. O jovem Ademilson, de 19 anos, tomou seu lugar.

Luis Fabiano não participou do jogo que selou a conquista da Copa Sul-Americana de 2012 porque foi expulso no primeiro jogo da final contra o Tigre (ARG) e cumpriu suspensão no dia em que Rogério Ceni e Lucas levantaram o troféu. Mas foi o titular da campanha. Hoje, após 12 anos, voltou ao banco de reservas do Morumbi, que ele só visitara em 2001, em sua temporada de estreia. Personagem de ação de marketing e cada vez mais à vontade na área e nas comemorações, Aloísio dominou o posto.

Paulo Miranda e Denilson, que permaneceram, podem não ser os preferidos da torcida são-paulina, mas não deixaram a equipe titular com diferentes treinadores. Foram os únicos, além de Ceni, escalados por Ney Franco, Paulo Autuori e Muricy Ramalho. O primeiro tem a versatilidade de atuar como zagueiro e lateral direito, além de proporcionar variação tática durante as partidas sem substituições. O primeiro, descrito por Ney Franco como taticamente perfeito, é preferido dos treinadores.

Nesta quarta-feira, o São Paulo tem de vencer por três gols de diferença, ou por dois, desde que o placar seja por vitória por 4 a 2 ou superior. Uma vitória tricolor por 3 a 1 leva a partida para a decisão por pênaltis. O jogo acontece em Mogi Mirim, no Romildo Ferreira, após o veto da Conmebol ao Moisés Lucarelli, em Campinas.

 

Fonte: Uol

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