Semana para deixar o “Jardine” de infância

Mal começou o ano e o Tricolor já separou uma semana decisiva e de grandes emoções para seu torcedor. Depois de tantos resultados negativos e polêmicas extracampo, até parece que estamos no meio da temporada, quando na verdade, temos apenas 43 dias deste 2019.

Se André Jardine precisava de um grande teste para provar que pode ser treinador do São Paulo Futebol Clube, ele chegou. Amanhã, terá a missão de não deixar o Tricolor cair precocemente na competição que o torcedor é mais apaixonado, para isso terá que enfiar três gols de diferença nos argentinos do Talleres, um 2×0 leva a partida para os pênaltis e mata o São-Paulino do coração já em fevereiro.

No domingo, pelo Paulistão (se Jardine sobreviver até lá), pega o Corinthians no palco que nunca vencemos. É emoção que vocês pediram? Sai que é sua, professor!

O cenário é desanimador pelos resultados recentes e pelo que a equipe vem jogando, ou melhor, pelo que não vem jogando. Mas é uma semana que pode salvar o treinador que vem sofrendo uma enxurrada de críticas. Muitos não estão contentes com o trabalho de Jardine, eu também não estou e vou pontuar algumas situações dos últimos jogos para ilustrar meu descontentamento:

  • Na Argentina, ele mexeu mal no time e chegou a deslocar o Pablo para o lado esquerdo, tudo para privilegiar Diego Souza como centroavante.

  • No mesmo jogo, ele sequer cogitou colocar um dos moleques (Helinho ou Antony), que ele conhece bem, para tentar mudar a partida.

  • Terminou o jogo e morreu com uma substituição a fazer, inadmissível quando se está perdendo um jogo em que um gol marcado fora de casa é muito importante para a volta.

  • Insiste, demasiadamente, em fazer jogar juntos Jucilei e Hudson, que são lentos na marcação e na saída de bola. Hudson sempre chega atrasado e por isso vive suspenso.

  • Contra a Ponte Preta, pelo Paulista, improvisou Araruna na lateral-direita. Até agora não entendi porque Igor Vinícius não foi inscrito na Libertadores.

  • Recuou Hernanes para fazer a função de segundo volante, sendo que até esses dias o Profeta não tinha condições de jogar meio tempo. Nosso melhor jogador tem que estar próximo ao gol, é lá que ele define jogos.

 

Enfim, Jardine é promissor e sei que se tornará um bom treinador, mas ele precisa se ajudar para não abreviar sua passagem pelo São Paulo.

Chegou a hora de mostrar que seu trabalho não se resume ao jardim de infância e que também pode conquistar com os marmanjos. Mas ele terá essa semana para fazer isso.

Boa sorte!!

 

***Apresentador e idealizador do programa esportivo Garotinhos F.C. da Rádio Metropolitana de Mogi das Cruzes(SP), Fred Rezende iniciou na emissora mogiana em fevereiro de 2015, quando criou o projeto em homenagem ao locutor Osmar Santos, “Pai da Matéria” e padrinho do programa. Também faz parte do quadro “Resenha” do Esporte D na TV Diário, afiliada da Rede Globo no Alto Tietê, onde faz aparições falando sobre o São Paulo Futebol Clube, usando sempre uma abordagem divertida e bem humorada.

3 comentários em “Semana para deixar o “Jardine” de infância

  1. Lembrando que o Jardine está onde está por obra do Administrador de ONG, o mesmo que pagou uma fortuna pelo magnífico Everton Felipe!!!!

    Uma presepada atrás da outra!!!

    #FORARAÍ

  2. Na verdade gostaria que alguém apontasse algo positivo no comando do Jardine. Listar os negativos está fácil demais.

    Quem sabe assim a esperança não volta… que neste momento é zero.

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