Justiça absolve Aidar e ex-diretor, acusados de fraude e lavagem de dinheiro

A Justiça absolveu Carlos Miguel Aidar, Leonardo Serafim, ex-diretor jurídico do clube, Douglas Schwartzmann, antigo diretor de marketing do clube, e mais cinco pessoas por fraude e lavagem de dinheiro na gestão de Aidar, que presidiu o São Paulo entre 2014 e 2015.

O ge teve acesso à decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que investigou o repasse de comissões supostamente ilegais nos contratos com o escritório de advocacia de José Roberto Cortez. Foram investigados repasses de comissões para Aidar e Cinira Maturana, namorada do presidente.

A denúncia alegava que Aidar interveio para o São Paulo promover cinco contratações do escritório de José Roberto Cortez nos valores R$ 4.675.000,00 brutos e R$ 4.387.487,50 líquidos de honorários, pagos na conta do escritório. Ele e sua namorada haviam subtraído pelo menos R$ 752.900,00.

Leonardo Serafim havia sido denunciado por furto qualificado, já que teria supostamente participado de crime patrimonial e lavagem de capitais enquanto diretor jurídico da gestão Aidar. O documento dizia que ele teria recebido R$ 70 mil de comissões.

Já Douglas Schwartzmann foi denunciado por uma possível participação em uma operação de lavagem de capital de R$ 100 mil, de acordo com o documento.

Todos eles foram absolvidos sumariamente das acusações em decisão da juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro por falta de provas.

Carlos Miguel Aidar renunciou ao cargo de presidente do São Paulo em 2015 após uma série de denúncias de corrupção.

Na denúncia, apresentada em setembro de 2021, o Ministério Público cita a investigação de três episódios diferentes com indícios de fraude: a contratação do zagueiro Iago Maidana, um acordo de comissão pelo contrato com a Under Armour e a contratação do escritório do advogado José Roberto Cortez.

Na época, o MP admitiu não ter ainda provas conclusivas sobre os dois primeiros – e que continuaria investigando os episódios – , mas que havia “maturidade probatória” sobre o crime de furto mediante fraude supostamente ocorrido na contratação do escritório de Cortez. Foi por esse caso específico que os ex-dirigentes foram denunciados por furto e lavagem de dinheiro.

A juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro, porém, cita que a Justiça de São Paulo já decidiu pela licitude dos pagamentos feitos pelo São Paulo ao advogado José Roberto Cortez em uma outra ação, de 2016 – e obrigou o clube, na época, a pagar o devia a ele.

Além disso, afirma que o São Paulo se manifestou no processo “reconhecendo o direito do escritório contratado em receber os honorários e informando que os pagou, conforme a decisão judicial. Informou, por fim, não ter ocorrido qualquer furto”.

Para a juíza, diante deste cenário, não se pode concluir que houve crime de furto. E, consequentemente, não se pode atribuir aos réus o crime de lavagem de dinheiro, que depende do cometimento do crime antecedente.

 

Fonte: Globo Esporte

 

Nota do PP: parabéns, Justiça. Foi tudo ilusão de ótica que tivemos.

2 comentários em “Justiça absolve Aidar e ex-diretor, acusados de fraude e lavagem de dinheiro

  1. Eu te avisei no início disso PP, não ia dar em nada, basta ter contatos, fazer o processo cair nas mãos certas e vc sabe, aquela troca de favores…

    Esse é o Brasil, onde um condenado em todas instâncias tem sua pena engavetada por uma canetada e quem conta os votos é quem deu a canetada… hahahahaha

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