A Copa Libertadores volta para os clubes brasileiros nesta semana e só há mais dois dias de treinamentos para Corinthians e São Paulo. Fora de combate desde que se enfrentaram no último dia 22 de abril com vitória tricolor por 2 a 0, ambas as equipes já definiram suas formações para atuar na próxima quarta com desafios importantes para seus treinadores. Seja com substitutos escolhidos para jogadores suspensos, que praticamente estreiam no torneio, ou para goleadores que retornam.

Os corintianos visitam o Guaraní-PAR em Assunção com Luciano para o lugar de Emerson Sheik, suspenso. Vice-artilheiro do Corinthians em 2014 sob o comando de Mano Menezes, o atacante praticamente não atuou nesta Libertadores e não tem sido uma das principais opções de Tite na temporada. Mas, na ausência do reserva imediato Stiven Mendoza, outro que foi expulso no clássico do Morumbi, atuará no lado esquerdo do ataque pelo desenho tático 4-1-4-1.

Luciano se recuperou de um problema muscular e não atua há mais de um mês, mas é a opção treinada por Tite desde o início dos trabalhos que visavam o jogo no Paraguai. Ele deve ser o jogador mais próximo de Paolo Guerrero, centroavante que também não joga há pouco mais de quatro semanas. O peruano está recuperado de dengue e luta para readquirir peso. Suas impressões têm sido positivas, com destaque em treinamentos dos últimos dias.

Com menos experiência que Tite como treinador, Mílton Cruz também tem desafios similares na formação para enfrentar o bicampeão brasileiro Cruzeiro. A começar pela aposta em alguém desabituado à Libertadores 2015: essencial nas últimas semanas, o volante Hudson não joga por suspensão e dá lugar a Wesley. O ex-palmeirense não estava inscrito na competição sul-americana e, nos dois jogos com a camisa do São Paulo, ainda não conseguiu impressionar. Mas contou com período razoável de treinamentos para se preparar.

A função tática é, de certa maneira, familiar a Wesley. O treinador deve utiliza-lo pelo lado direito do meio-campo, o que vai exigir capacidade de ir à linha de fundo e também força na marcação ao lateral cruzeirense Fabrício. Ao contrário de Hudson, que se destaca justamente pela condição física, o novo jogador são-paulino costuma auxiliar mais com sua condição técnica. De certa maneira, o que também ocorre com Alexandre Pato, escolhido para o lugar de Luís Fabiano, suspenso.

Justiça seja feita, Pato tem sido ao lado de Michel Bastos o mais confiável jogador do ataque são-paulino em 2015. Ausente do clássico com o Corinthians por questões contratuais, ele ainda assim mantém boa média com 11 gols marcados em 18 partidas oficiais no ano. Além disso, há um possível ganho tático com a volta do jogador à equipe: o sistema de Mílton, 4-4-1-1, por vezes pode deixar o atacante sem parceria. Sem característica de pivô, Alexandre Pato ajuda com mais mobilidade que Luís, ainda que com menos presença de área.

Fonte: Uol