O Talleres, da Argentina, só pensa no São Paulo desde a noite de sexta-feira, quando fez seu último jogo pelo campeonato local, contra o Banfield, em casa.
Na parte debaixo da tabela do torneio argentino, o Talleres mira a Copa Libertadores como o principal objetivo do ano.
Daí a importância do duelo com o São Paulo nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no estádio Mario Alberto Kempes, pela primeira partida da segunda fase de mata-mata.
Com um ano de 2018 irregular e troca de treinador em junho, o Talleres está dois dias mais descansado do que o São Paulo e tem como grande referência Pablo Guiñazu, volante reconhecido no Brasil por defender Internacional e Vasco.
Guiñazu, aliás, sequer foi relacionado no jogo sexta-feira para se preparar exclusivamente para o duelo com o São Paulo.
Aos 40 anos, o volante é torcedor declarado do Talleres e aumentou a idolatria da torcida por fazer um gol contra o All Boys aos 50 minutos do segundo tempo que definiu o acesso à elite, em 2016.
A equipe argentina contratou seis jogadores para a temporada. Portanto, um atleta a menos do que o São Paulo:
Dayro Moreno (atacante) – campeão da Libertadores com o Once Caldas, em 2004, e que estava no Atlético Nacional
Sebastián Palacios (atacante)
Leonel Rivas (meia)
Juan Ignacio Mendez (volante)
Federico Abadía (goleiro)
Enzo Díaz (lateral-esquerdo)
Os dois clubes, aliás, são conectados por Joao Rojas, ex-jogador do Talleres e indicado pelo próprio Guiñazu a Diego Aguirre, no ano passado. O equatoriano, no entanto, é desfalque com grave lesão no joelho. Buffarini, ex-lateral do São Paulo e atualmente no Boca, também atuou no clube argentino.
A tradição e orçamento do Talleres, no entanto, são diferentes do Tricolor do Morumbi. O time tem na história uma única participação na Copa Libertadores, em 2002, quando foi eliminado na fase de grupos.
São Paulo e Talleres, aliás, se encontraram em 2001, pela extinta Copa Mercosul. Na época, Kaká era jogador do Tricolor. Em dois jogos, as equipes empataram duas vezes sem gols, pela fase de grupos.
Em 2018, o time de Guiñazu teve uma temporada irregular e trocou de treinador em junho: saiu Frank Darío Kudelka e entrou Juan Pablo Vojvoda, ex-Defensa y Justicia (algoz do Tricolor na Sul-Americana de 2017).
Além dos destaques Guiñazu e Dayro Moreno, o time argentino tem o zagueiro Miguel Araujo, ex-Alianza Lima e jogador da seleção do Peru. Ele foi responsável por marcar Messi no empate sem gols em La Bombonera, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia.
Neste ano, o Talleres tem atuado em um esquema 3-5-2 com três zagueiros e uma variação para o 4-4-2. Facundo Medina e Gonzalo Maroni vão desfalcar o time contra o Tricolor, pois estão com a seleção argentina para o Sul-Americano sub-20, no Chile (onde também estão Luan e Igor Gomes, do São Paulo).
Cholo (Guiñazu) é o principal nome desde que voltou à Argentina para jogar no clube do coração. Outro experiente jogador deste time é o goleiro Caranta, 40 anos, reserva com muita tarimba em competições continentais (passou por Boca Juniors e Rosario Central).
O zagueiro Komar teve um passado promissor no Boca, mas não conseguiu emplacar uma boa sequência de jogos. Ainda é jovem, apenas 22 anos, mas costuma demonstrar muita tranquilidade e seriedade no trabalho defensivo.
Do meio pre frente, Sebastián Palacios e Andrés Cubas, ambos também com passado no Boca, são jogadores de muita qualidade e podem oferecer perigo ao São Paulo.
Além deles, destacaria (e muito) o experiente colombiano Dayro Moreno, que chegou do Atlético Nacional e está muito bem neste começo de temporada (inclusive marcou um golaço no clássico contra o Belgrano, em um amistoso daqueles que nunca é amistoso). Considero o colombiano o principal nome do Talleres neste momento.
Por outro lado, um dos destaques positivos do Talleres na temporada passada, o lateral-esquerdo uruguaio Lucas Olaza foi para o Boca (jogou a fase final da Libertadores) e acabou negociado com o Celta de Vigo. Era o homem responsável pelas bolas paradas, e o Talleres não teve uma reposição à altura.
Fonte: Globo Esporte
Só complementando, o Talleres está em 12º no atual campeonato argentino, posição intermediária, depois de ter chegado em 5º no ano passado.
Seu técnico deu um nó tático no SP em 2017 com o modesto Defensa. Foi um dos maiores vexames da história do São Paulo.
O Talleres é um clube bem mais tradicional que o DyJ, mas nunca venceu o campeonato argentino.
Córdoba é a segunda maior cidade argentina. O São Paulo pode esperar torcida fanática, estádio lotado, clima de final, equipe que joga fechado e contra-ataca, técnico traiçoeiro.
Será que Jardine aguenta?
É um time que atua como gosta de atuar o Sampaoli. Joga pra frente, muito organizado no meio e tem velocidade e uma vontade absurda de querer disputar a Libertadores.
Do nosso lado só vai a camisa e o Hernanes. Sem organização, sem vontade e sem tática
Conforme escalação podemos prever uma goleada!!!!
Imagino o Hudson dando trote no meio do campo enquanto os argentinos trocas passes rápidos em direção ao gol
Tomara que Tiago Volpi esteja inspirado no dia porque precisaremos e muito dele.