A apresentação do elenco são-paulino, em 2016, deverá marcar a primeira vez em mais de duas décadas sem a presença do goleiro Rogério Ceni. Além dele, Luis Fabiano, um dos maiores ídolos na década, também não figurará entre os atletas, assim como Alexandre Pato, melhor jogador na atual temporada. Ciente dessas baixas, a diretoria tricolor confia na capacidade de reformulação do grupo de jogadores, sob a batuta de um novo técnico.

“O nosso objetivo como elenco, como futebol e que representa no elenco, seja com Libertadores ou sem 2016, é buscar os objetivos de resultados”, afirmou o diretor executivo do futebol do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, que tomou a decisão de mandar Doriva embora a partir do momento em que instaurou seu plano visando à próxima temporada. Para ele, uma vaga na Libertadores deve ajudar bastante nessa reconstrução.

“Nosso planejamento contempla a Libertadores de 2016. Naturalmente, a Libertadores nos oferece mais recursos financeiros e, por isso, pode acabar impactando no nosso orçamento. Mas também não é um fator determinante”, avaliou Gustavo, confiante na sua capacidade de montar um time competitivo apesar das ausências.

“De fato, ao mesmo tempo que existe a dificuldade de perder esses atletas, é o desafio também de realizar mudanças no elenco que representem o objetivo de chegar aos resultados. Temos de suprir essas mudanças, técnico, liderança, até em virtude do torcedor. Precisamos retomar a auto-estima do torcedor. Estamos trabalhando nesse sentido”, reconheceu o dirigente, de olho em um técnico “que dê perspectivas de título”.

A solução apontada por muitos dentro da torcida tricolor para suprir a ausência de ídolos seria a chegada de Diego Lugano. Com contrato até o meio do ano que vem no Cerro Porteño, no entanto, o uruguaio tem a sua chegada dificultada também pelos ideais da nova diretoria: não pagar muito para um só jogador, conseguindo dinheiro para trazer outros atletas e, assim, montar um elenco mais vasto, tendo em vista a necessidade de transformação do time.

“Eu sempre peço aos meus superiores que não analisem nomes que se pensa em trazer ou negociar. O que interessa é a negociação feita. Preferiria não falar sobre nomes concretos e é algo que eu devo adotar com vocês (jornalistas”, desconversou Gustavo, revelando certa admiração pelo defensor, no entanto. “É um atleta que deixou encanto em muitos são-paulinos e, nessa ordem, deve ser encarado com muito respeito”, encerrou.

Fonte: Gazeta Esportiva