
Calleri passou um mês entre sessões de fisioterapia, dores e incertezas. Desde o problema no tornozelo direito ocorrido no fim de fevereiro, o goleador do São Paulo rejeitava a ideia inicial de operar e defendia um tratamento conservador para voltar antes do tempo. A certeza da opção correta, contudo, veio somente na última semana.
Depois de um mês de recuperação, Calleri estava pronto para jogar, e a volta veio na última terça-feira, no frustrante empate por 0 a 0 com o Ituano, pela Copa do Brasil. O argentino permaneceu os 90 minutos no gramado e superou uma batalha particular com o próprio lado mental.
– Foi um período no qual me tratava três vezes no dia, mas não sabia se conseguiria voltar ao gramado bem. Foi muito difícil, pois era uma incerteza dia a dia, mas o pior passou. Agora é me condicionar fisicamente, tentar treinar com o grupo para fazer o melhor e trabalhar para que melhore – disse, em conversa com o ge.
Durante um mês, Calleri se viu imerso no tratamento sugerido e abraçado pelo departamento médico do São Paulo. O argentino contou também com o auxílio de um fisioterapeuta pessoal, que trabalhou em um plano conjunto com o clube tricolor.
As sessões de fisioterapia aproximaram o jogador dos fisioterapeutas e do departamento médico do São Paulo. Calleri, inclusive, considera injustas as “porradas” recebidas pelos profissionais com quem conviveu bastante nas últimas semanas.
– Tomaram muita porrada, sem dúvida, e eu também recebi críticas nas redes sociais por ter escolhido o tratamento conservador. Como disse, estou agradecido ao departamento médico do São Paulo, ao Felipe (Marques) da fisioterapia, que acreditou na minha palavra e no que achava – comentou.
– Achei que conseguiria superar isso no tratamento conservador, e em 30 dias estava pronto para jogar. Estou muito contente e feliz por acreditarem na minha palavra, voltando da melhor forma – acrescentou o centroavante, que deve ser novamente titular na estreia do Brasileirão.
Calleri não apresentou dores, treinou normalmente na reapresentação de quinta-feira e está à disposição para o compromisso de sábado, às 18h30 (de Brasília), contra o Botafogo, no Nilton Santos.
Embora o Tricolor não figure na lista de favoritos, o argentino mira a ponta da tabela. O argentino, que busca o primeiro título pelo clube, sonha alto para a disputa da Série A.
– Temos muito a melhorar. A gente se conhece faz dois meses e meio, e obviamente ainda não se viu a melhor versão do São Paulo, mas temos plantel para melhorar e que a gente consiga os objetivos planejados para o início do ano – afirmou.
– Quando entro em um jogo e em um torneio, penso em ser campeão. É difícil, porque temos 15, 16, 17 clubes que pensam a mesma coisa. Mas, quando vestimos a camisa do São Paulo, sabemos que é um time que merece ser campeão. O objetivo tem que ser brigar pelo título – concluiu Calleri.