A ironia do destino e um VAR entre nós

Aleluia, após tantos anos o Tricolor volta a frequentar os holofotes mais fortes do Campeonato Paulista depois de um inverno duradouro e digno de Game Of Thrones.

   Na primeira partida das finais o ataque são-paulino não foi feliz, faltou aquele “algo a mais” que quebra retrancas, mas tudo bem, entendo que em breve teremos esse talento à disposição quando Hernanes estiver em forma, Pato idem, e Pablo recuperado. O adversário, há mais tempo formatado, fez sua parte, defendeu-se muito bem e ainda explorou os contra ataques com destaque para Cleissom (é assim que se escreve?).
   Diferente do que nos habituamos, pela primeira vez no Paulistão temos a atuação do VAR, ao que consta, bem “tropicalizado”, diferente do usado no hemisfério norte. Desde o principio, quando a ideia do VAR foi lançada, empunhei sua defesa. A sensação de justiça pairou no ar como musica aos ouvidos, talvez até porque vivemos num país onde a sensação de impunidade é gigante.  Também, lá atrás, muitos foram contrários, criticando a falta de polemicas que o recurso poderia causar. Eis que hoje o VAR, pelo menos por terras brasileiras parece não conseguir agradar nem gregos, tampouco troianos. Seja pela demora nas decisões, seja pela omissão dos árbitros de campo, na prática o VAR mostra que pode ser justo em alguns casos, e injusto (ou não, dependendo de quem interpreta o lance) na maioria dos lances. Porque o elemento “interpretativo” apresenta-se a cada escanteio, a cada agarro, a cada bola na mão, fazendo com que a caça por lances de contato que sugiram faltas tornem o esporte outro jogo. O ex-arbitro Alfredo Loebling, em participação no Estádio 97 (programa da rádio Energia 97FM/SP do qual participo) declarou que em casos de penalidade marcada, como no lance Reinaldo/Dudu, só podem ser revistos pelo VAR em caso de erro crasso. Ok, perfeito. Ou quase perfeito, porque até o entendimento de “erro crasso” é interpretativo, cada um tem seu ponto de vista.
   Visto isso, acredito que o futuro do VAR deva ser apenas para lances de impedimento, de duvida sobre a passagem da bola completa sobre a linha do gol, enfim, jogadas que não dependam de interpretação. Porque, na prática, a sensação de injustiça e a polemica, continuam imperando, e trazendo prejuízos ao andamento normal de uma partida.
   VAR à parte, tenho para mim que o Tricolor será o campeão deste Paulistããããão, gigante, grandão, como já foi para nós nos anos 70,80 e 90, porque acredito em ironias do destino, e seria muita ironia um clube ser campeão sem vencer um clássico sequer, tendo sido rotulado como a 9a força (posição geral na tabela), sem o menor planejamento, algo bem característico das ultimas gestões presidenciais são-paulinas.
***Radialista desde 1987, Sombra passou por várias emissoras de São Paulo nas mais diferentes funções. Em sua primeira emissora, Jovem Pan 2 (89 a 90), iniciou como assistente de promoção e produtor do programa Radio Flight, então capitaneado por Julinho Mazzei, ícone do FM. Na sequência, ocupou o cargo de programador e coordenador de promoção das rádios Manchete (90 a 91) e Nova FM (92 a 94), transferindo-se para a então 97FM, nas mesmas funções. Em 1999, idealizou o programa Estádio 97 e no mesmo ano se tornou coordenador artístico da emissora, onde está até os dias atuais.

3 comentários em “A ironia do destino e um VAR entre nós

  1. viram que o time perdedo nao tem nada de especial , ja sao 4 jogos sem ganhar

    por isso eu repito ? o soberano so perde para o time perdedo deles se for medroso ,porque se o soberano for corajoso e colocar a bola no chao tenta as jogadas sem medo de erra eles estao perdidos .

    MESTRE CUCA NAO TEM MEDO DE JOGAR , TREINE O TIME PARA GANHAR

    VOCE SAO MELHORES QUE ELES , ACREDITEM NISSO

  2. O VAR é uma evolução necessária pra diminuir o ruído dos resultados influenciados por árbitros mal intencionados.

    Ontem se fez justiça na UCL com Tottenham passando…

    Contra o Palmeiras, o bandeirinha teria definido o jogo, anulando um gol e validando outro, ambos impedidos…. No domingo o juiz corintiano não quis consultar o VAR. Isso incomodou bastante, pois no caso da mão ele não teria como não dar o pênalti.

  3. Olá Sombra,

    O VAR garantiu nossa classificação na semifinal corrigindo erros da arbitragem que favoreceriam o Palmeiras. A questão da demora excessiva esfriando o jogo tem que ser resolvida, mas o VAR veio para ficar, felizmente.

    Sobre o nosso time, aguardemos a estreia de Pato e o retorno de Pablo e Rojas para colocar o time nos trilhos. Com Everton Felipe e Carneiro juntos qualquer gol marcado será surpreendente.

    Domingo tem cara de título Tricolor nos pênaltis após mais um zero a zero. Vamos comemorar muito mesmo assim.

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