A vitória sobre a frágil Portuguesa mostrou alguns aspectos positivos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não podemos analisar a vitória sobre a Portuguesa como um resultado da saída de Muricy, nem que havia um complô para derrubar o técnico. Muito menos dizer que “o campeão voltou”. A Portuguesa tem um dos times mais fracos de sua história e por isso acabou rebaixada no Paulista, sem contar que já está na série C do Brasileiro.

Mas tirei alguns aspectos positivos desta vitória. Me parece que a dupla de volantes formada por Hudson e Rodrigo Caio está pronta para assumir a titularidade do time, sem deixar nada a desejar para a dupla Denilson e Souza. Poder de marcação forte, boa saída de bola, chegada com qualidade na frente. Aliás, não é de hoje que Hudson vem correspondendo quando chamado. E Rodrigo Caio, quando sofreu a contusão, era titular do time, com poucas contestações.

Uma constatação negativa, ao menos por enquanto, está em relação a Jonathan Cafu. Ele apanha da bola. Me parece jogador para time pequeno. Tenho a impressão que até para compor elenco ele é fraco, pois não é ele quem poderá mudar a situação de um jogo quando o São Paulo estiver em dificuldades.

Outro que me chamou a atenção foi o goleiro Renan. Aposto aqui que, salvo acidente de percurso, o chamado imponderável da silva, ele será o sucessor de Rogério Ceni. Apesar de ter feito uma única defesa – bastante valorizada por uma ponte desnecessária -, me passa mais segurança e confiança.

A vitória foi importante também porque, com o empate do Palmeiras, nos colocou na terceira posição, o que deixa, dentro da lógica do futebol, numa situação de vantagem caso cheguemos à decisão contra o time do Palestra. Claro que para isso teremos que passar por RB Brasil e, possivelmente, pelo Santos.

Agora é esperar o novo técnico. E que ele chegue logo, pois não gostaria de ir com Milton Cruz para o Uruguai.

Muricy sai para cuidar da saúde e o São Paulo que trate de cuidar da sua.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, como já era de se esperar terminou o ciclo de Muricy Ramalho no São Paulo. Não influenciei – e quem seria eu para isso – o presidente Carlos Miguel Aidar, mas tomada a decisão, encaminhei-lhe um e-mail afirmando que devemos fazer um busco em homenagem e agradecimento a Muricy Ramalho, mas que seu tempo havia vencido. E pedi encarecidamente para que nunca deixe entrar em seu pensamento, mesmo que por um escorregão, o nome Mano Menezes. O presidente prontamente me respondeu agradecendo as sugestões.

O que falar de Muicy Ramalho? Técnico que montou o Expressinho e com ele foi campeão da Conmebol; que trouxe o estilo Telê Santana e em sua volta ao São Paulo foi tricampeão brasileiro; que em sue terceira passagem pelo clube tirou o Tricolor do rebaixamento, talvez no mome mais difícil que vivemos.

Mas agora Muricy estava sem o comando do grupo. Não por falta de competência, mas por visível problema de saúde, que se agravou a cada dia, principalmente com o sistema nervoso abalado pelos maus resultados do time e pela fritura clara por parte da diretoria.

É antagônico, mas fico muito triste com sua saída, apesar de achá-la extremamente necessária. Se continuasse a frente do time para cumprir seu contrato até o final do ano poderia manchar sua carreira no São Paulo, e ele não merecia isso. Sai e vai cuidar da saúde, ficar com a família e, quem sabe, num futuro próximo, já totalmente recuperado e reciclado, volta ao São Paulo com nova filosofia, ainda que não para ser técnico, mas o gerente de futebol. Garanto que ele iria mandar muito bem.

Não sei quem vem aí. Manifestei, por e-mail minhas preferências ao presidente: Cuca e Wanderley Luxemburgo. Sim, o “profexor”. Acho que acabou aquela repulsa da torcida ao seu trabalho e seria o cara talhado e perfeito para lidar com essas cobras que existem no elenco. Mas sei que ambos não deverão vir, por questões contratuais.

Sobram alguns nomes no mercado. Me sopraram – e escrevi no Alguém me disse – os nomes de Leonardo e Falcão. Não gostaria de nenhum dos dois. Não mostraram nada até agora. Também não vejo nada em Dorival Junior e muito menos Wagner Mancini. Talvez Abel Braga. Para um trabalho quase que imediato, de choque e “porrada”, seria o que mais se assemelha a Muricy e poderia levar o barco até o final do ano. Aí, então, tentaríamos Cuca ou Luxemburgo.

Talvez essa seja o caminho. Mas tem que ser rápido, muito rápido, pois ficar com Milton Cruz por quatro jogos significam as eliminações do Campeonato Paulista e da Libertadores. E o semestre estará definitivamente perdido.

Derrota para o Botafogo pode trazer consequências piores para o time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu de novo. Mais do que isso, não mostrou nada que pudesse dar ânimo e fazer saltar a esperança de que dias melhores virão.

Dizem os analistas, Muricy e os jogadores que tudo poderia ter sido diferente se o São Paulo aproveitasse as três oportunidades que teve no primeiro tempo, já que o Botafogo não chutou uma única bola ao gol de Rogério Ceni. Apesar do “se” não jogar, vou concordar em tese: foram duas e não três, as chances claras de gol. Dois passes de Ganso que Ewandro caiu com um “sopro” que tomou e outra que Centurion, como sempre, perdeu cara a cara com o goleiro. Mas vamos lá: fizesse os dois gols, talvez saísse de lá com a vitória, pois obrigaria o Botafogo a se abrir e vir para cima.

Mas os gols não saíram e no começo do segundo tempo, gol do Botafogo. E o time se entregou como um lutador que toa um cruzado e joga a toalha. O mesmo do mesmo voltou. Futebol horizontal, sem qualquer tipo de profundidade, lentidão sonolenta e erros de passes, que propiciam contra-ataques dos adversários e gols. Ou não foram assim que saíram os gols do Botafogo? Ou não foram assim que saiu o gol do San Lorenzo? Ou não foi assim que saíram os gols do Palmeiras?

Algo está muito errado em tudo isso. Não quero acreditar que haja um movimento dos jogadores para fritar Muricy Ramalho. Rogério Ceni não permitiria esse estado de coisas. Adiou seu final de carreira para disputar a Libertadores e não jogaria para cima sua última chance de uma grande conquista por picuinhas do elenco com o técnico. Mas é fato que a fritura vem da diretoria e o caos político que o clube vive hoje contaminou profundamente o elenco. Ninguém se sente seguro e o ambiente está podre, quase igual ao que existia quando Muricy chegou e o time brigava para não ser rebaixado.

Mas a derrota para o Botafogo pode ser muito mais danosa do que parece. Ele nos impõe a obrigação de ganhar da Portuguesa, na quarta-feira, e torcer para tropeços do Palmeiras e do Santos. O Palmeiras joga em Itu, contra o Ituano enquanto o Santos joga na Vila, contra o Rio Branco. Se isso não acontecer, ou seja, se Palmeiras e Santos ganharem, seremos o pior dos grandes e só teremos vantagens nas próximas fases no jogo contra o RB Brasil. De resto, sempre jogaremos fora.

Derrota previsível para um time que não se encontrou até agora

Amigos são-paulino, leitor do Tricolornaweb, perder do San Lorenzo, atual campeão da Libertadores e líder do campeonato argentino, com o Nuevo Gazômetro lotado, é absolutamente normal. Por isso, ao contrário de muitos, não vejo como uma tragédia essa derrota. O que sinto é que o time não consegue se encontrar em campo, e até quando não joga mal, acaba perdendo.

Nesta quarta-feira, em Buenos Aires, foi o que eu vi. O San Lorenzo, um time limitado, mas com a garra argentina, tentou exercer pressão desde o começo do jogo. Mas o São Paulo foi conseguindo ter posse de bola e, aos poucos, equilibrou o jogo. A única jogada de destaque do San Lorenzo era a descida do lateral e do meia pela direita. Reinaldo, limitado, não dava conta. Ora era Ganso, outra Souza, que ajudavam na marcação, mas geralmente os argentinos levavam vantagem.

Não entendi a razão de Muricy não ter deslocado Michel Bastos para o setor. Além de ser melhor para esta marcação, poderia fazer a inversão e o 2 em 1 na frente, com descidas de Reinaldo.

A contusão de Kardec também foi fundamental para a derrota. Mas os erros de Denilson nos passes, algo que já se tornou tradição, mas, e principalmente, de Ganso, deixaram o ataque sem receber bolas. Com Pato e Centurion jogando abertos, faltava um homem referência na área.

Mesmo assim o time estava dominando o jogo no segundo tempo. Tanto que o gol saiu num contra-ataque. Bola lançada alta para o meio de campo, Lucão perde na cabeça, a bola vai para o atacante que dá um chapéu em Tolói e marca um golaço. Neste lance fatídico não dá para culpar Muricy. E, mesmo entendendo que ele cometeu alguns erros táticos ontem, não o coloco como principal culpado da derrota.

A classificação para a próxima fase está aí, só depende de nós. Temos que ganhar do Danúbio em Montevidéo e, convenhamos, não é tarefa difícil, e podemos pensar em jogar por um empate com o Corinthians no Morumbi – apesar que, para mim, nossa obrigação é vencer em nosso estádio -. E teremos tempo para melhorar este time para os jogos decisivos.

A vitória refresca a semana, mas não prova nada

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo, com seu time reserva, sobre o Linense, por 3 a 0, não prova absolutamente nada. Apenas dá um refresco para a semana que começa e tem uma decisão na quarta-feira: o jogo contra o San Lorenzo.

Neste domingo o time do primeiro tempo lembrou muito o titular: muitas jogadas de lado, quase nenhuma profundidade e poucos chutes a gol. Se reclamam da lentidão de Ganso, não vi nada diferente em Boschilia. Se reclamam que Michel Bastos exagera na demora para soltar algumas bolas, não vi nada de diferente em Centurion.

Inegável que o Linense veio apenas para se defender e por isso posicionou o time todo atrás da bola. Mas esperavam o que? Que viesse para ganhar o jogo? Caberia ao São Paulo entrar em campo ciente disso e conseguir uma fórmula para marcar o primeiro gol.

Mas ele só veio no segundo tempo. E, claro, após o golaço de Rogério Ceni, tudo ficou mais fácil. O Linense se abriu, arriscou algumas jogadas de ataque e deu espaço para o São Paulo jogar. Então Boschilia ficou um pouco mais rápido, Thiago Mendes também acelerou um pouco mais e Ewandro começou a aparecer, bem aberto na esquerda. Os gols foram saindo com naturalidade, tal a fragilidade do adversário.

Portanto, tirando o fato de esta goleada nos permitir começar uma semana tranquila, apesar de não nos ter levado a nada, do jogo pouco pode se aproveitar de especial para um futuro. E, como diz a torcida, “é quarta-feira”!

Derrota do time, do treinador e do presidente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota humilhante para o Palmeiras nesta noite de quarta-feira, na Arena Palestra, não é só do time ou do treinador. É, também, do presidente e de toda a diretoria do São Paulo, que está há um ano no poder e só fez enormes e incorrigíveis asneiras até agora.

Mas vamos começar pelo time. Talvez a expulsão de Rafael Tolói a cinco minutos de jogo não fosse tão danosa se a arbitragem tivesse sido correta e expulsado, também, Dudu. Mas entramos no terreno do “se”, pois naquele momento o time já perdia por 1 a 0, numa falha grotesca do goleiro Rogério Ceni.

Manteríamos o jogo em nível equilibrado se Muricy não tivesse feito a primeira besteira – que resultaria em outras – mantendo o time com o recuo de Hudson para a zaga e formando duas linhas de quatro. Isso era o óbvio. Mas ele colocou Edson Silva, para “reforçar” a defesa e tirou Pato, jogador que seria o mais perigoso para a defesa adversária. Ou seja: deixou o time quebrado, com Ganso que não marcava ninguém, nem jogava, aliás, nem pegava na bola. E o castigo veio como segundo gol. E de novo voltamos ao campo do “se”.

No intervalo ele tentou corrigir o que já não tinha mais jeito, tirando Ganso e colocando Canturion. O argentino, que não sabe chutar para gol, também não sabe driblar. Acaba tropeçando na bola ou no chão. Chegou, algumas vezes, ao grotesco.

Esse foi um breve resumo do chocolate que tomamos na Arena Palestra. Mas e o presidente? Por que culpa também dele?

Porque desde que assumiu o mandato tem feito besteira atrás de besteira. Sua primeira declaração pública foi um ataque sem sentido contra o Palmeiras. Riu à tôa com os chapéus que deu, trazendo Kardec – que beleza de jogador -,  Wesley – onde anda ele? – e Cafu – fantástico – de lá. Mas daí para cá perdeu Dudu, alguns outros, os shows e todos os jogos que disputou contra eles. Teve que enfiar a viola no saco e a cara no chão.

Mas uma diretoria que tem um presidente falando um monte de besteiras, um vice que quer tirar o outro do poder na base da porrada, outro que, antes da eleição, deu uma porrada num sócio, que, por sua vez, se acovardou e não foi para a frente com a denúncia. Vamos esperar o que destes cidadãos, um dos quais se diz são-paulino?

Chega. Começo a achar que não chegaremos a lugar nenhum. Ao menos enquanto o clã Aidar estiver no poder.

 

Nas vezes que foi chamado, o Expressinho não “negou fogo”

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Marília de forma muito tranquila no Morumbi, neste domingo. E jogando com o time reserva, a exceção do M1TO. E se formos ver nos últimos jogos, o Expressinho não tem negado fogo. Ganhou do Bragantino, São Bento e Ponte Preta.

Entendo que seria obrigação esta vitória, afinal jogamos contra o pior time do campeonato, dentro do Morumbi e parto do princípio que o elenco do São Paulo tem, obrigatoriamente, que ser superior a estes times do interior. Portanto, mesmo entrando com os reservas, a obrigação da vitória não poderia ser afastada.

Bom para avaliarmos o elenco, vi um Ewandro muito bem, não tendo medo de ir para cima, chutar para o gol. Assim marcou um, perdeu dois, deu uma assistência. Foi muito mais efetivo que Centurion, que deu algumas assistências, mas exagerou no direito de driblar e perder gols.

Gostei também de Boschilia. Apesar de exagerar em algumas individualidades, deu um passe sensacional para o gol de Kardec e fez outras belas jogadas, sempre colocando companheiros em condição de finalização.

Vi um time bem treinado, com os jogadores demonstrando se conhecer, com subidas dos laterais e boa cobertura dos volantes.

Enfim, se não fiquei encantado com um primor de técnica, ao menos vi que para jogos mais fáceis podemos contar com nosso elenco e poupar o que temos de melhor para os jogos mais complicados, como o que será na próxima quarta-feira, certamente.

Vitória aos 44 pode reascender a chama da Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi um sufoco. Jogo decisivo, espécie de mata-mata pelas circunstâncias, com o primeiro jogo em casa, precisando ganhar ou ganhar, vencer ou vencer, e só conseguir isso aos 44 minutos do segundo tempo, não é para qualquer cardíaco suportar. Mas a vitória veio e trouxe com ela, da maneira que foi, uma chama de vai reascender o espírito guerreiro e soberano do São Paulo em Libertadores.

Foi um daqueles jogos em que eu sairia “p” da vida do Morumbi se não tivesse ganho. Não pelo futebol que o time apresentou, que se não foi de êxtase técnico, foi de determinação pela vitória, mas pelo resultado que nos deixaria em situação delicada na Libertadores.

O time perdeu Pato logo no início do jogo. Ele tem sido fundamental para o grupo e acabou virando um grande desfalque. Pato vinha alternando posição com Luis Fabiano, enquanto Ganso e Michel Bastos trocavam posições pelos lados do campo. Com a entrada de Centurion o lado esquerdo ficou congestionado, pois ele joga muito aberto e o time caiu de rendimento. O San Lorenzo teve algumas chances de gol.

Muricy fez uma alteração tática no intervalo fixando Michel bastos do lado direito, bem aberto, com Centurion pela esquerda e centralizando Ganso. Bruno e  Carlinhos continuavam bastante ofensivos e Ganso tinha opções de armar a jogada. O problema era que o time argentino estava todo acuado, com os 11 jogadores atrás da bola, esperando a chance de um contra-ataque. Aqui aplausos para Toloi e Lucão que não perderam uma única bola.

O time martelou muito, tentou pelas pontas, pelo meio. Contou com o azar de duas bolas na trave e dois erros crassos da arbitragem: um pênalti não marcado sobre Rafael Tolói e o gol anulado de Centurion. Portanto, tudo poderia ter sido mais fácil.

Entrou Kardec no lugar de Souza. Aumentou a altura na área e a atenção dos zagueiros para os cruzamentos de Bruno e Carlinhos. Por isso, no último do jogo, a bola encontrou Michel Bastos sozinho para cabecear, já que toda a zaga se preocupou com a dupla de atacantes. Ponto para Muricy. E para Michel, criticado o jogo todo, mas responsável por toda a jogada do gol e símbolo da raça que exige uma Libertadores.

São vitórias assim que nos dão forças para levantar e gritar: derrubem o São Paulo. Ou a Libertadores já tem dono!

Resultado melhor do que o futebol apresentado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, tivemos mais uma comprovação das dificuldades que Muricy Ramalho vem encontrando na definição do time do São Paulo. A vitória contra a Ponte Preta em Campinas vale muito mais do que o futebol que o time reserva do Tricolor apresentou.

O primeiro tempo foi desanimador, com uma avenida pelo lado esquerdo composta por Boschilia e Edson Silva. O time bateu cabeça por 45 minutos, sem oferecer qualquer trabalho para a defesa pontepretana. Literalmente falando, o time reserva incorporou a falta de vontade e abatimento que o titular apresentou contra o São Bento. Resultado foi o gol de Roni, atleta com contrato vigente com o Tricolor e que acabou sendo emprestado para o clube campineiro, em um vacilo inadmissível de Auro, que fez corpo mole na jogada e lançou janela afora mais uma chance de ganhar espaço no Tricolor.

A falta de reação do time só mudou com a mudança no posicionamento de dois atletas: Lucão, que fez boa partida e vem se candidatando a ocupar vaga no sistema defensivo, foi para a lateral esquerda e Boschilia para o meio campo, mais centralizado. O jogo se tornou mais equilibrado, com o São Paulo sofrendo menos defensivamente, ainda que não fosse extremamente criativo no ataque, mas conseguiu virar o jogo, com boas jogadas de Thiago Mendes e Ewandro para os gols de Paulo Miranda e Alan Kardec.

O segundo tempo do jogo serve de alento, mas é certo que o São Paulo precisa evoluir. Que esta evolução se confirme contra o San Lorenzo, na quarta-feira…

E a desconfiança continua…

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu pelo placar mínimo o São Bento, mas não espantou o clima de desconfiança que ronda o Morumbi. Ao contrário, mesmo com os três pontos, deixou mais um monte de pulgas na orelha da torcida, em razão do péssimo futebol apresentado na noite desta quinta-feira. O time todo deixou a desejar em mais uma partida do Campeonato Paulista, exceção a Rogério Ceni, Michel Bastos, Hudson e Boschilia – os dois últimos entraram no decorrer do jogo e merecem chances contra a Ponte Preta, no domingo.

Uma vez mais fica claro que a questão não passa simplesmente pela troca de peças, mas também pelo esquema de jogo, que continua capenga. No começo do jogo, o time tentou avançar a marcação para pressionar os zagueiros do São Bento, mas a iniciativa parou por aí. No restante da partida, o que se viu foi um número infindável de passes errados, falta de profundidade, lentidão e pasmaceira. A defesa, que ficava exposta sempre que os volantes subiam para tentar dar opção ofensiva aos meias e atacantes, só não sofreu durante os noventa minutos porque o ataque sorocabano é muito ineficiente.

O resultado confirma a liderança do grupo no Estadual, mas é mais uma oportunidade desperdiçada pelos jogadores e técnico de mostrarem uma reação ao marasmo que vem atingindo o clube. Se já foi difícil vencer o São Bento, imagina o San Lorenzo, que é melhor armado e (muito) mais técnico.

A partida contra a Ponte, em Campinas, tem que ser levada muito a sério para que tentemos organizar nosso jogo. Se repetirmos a performance desta quinta-feira contra nosso principal rival pela vaga às oitavas da Libertadores, a chance é grande de uma eliminação precoce.