Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo obteve um resultado no Rio de Janeiro que, de são consciência, ninguém esperava. Se você chegasse para qualquer um, por mais fanático que fosse o torcedor, no intervalo do jogo, perdendo por 1 a 0 e perguntasse o que esperava para o segundo tempo, a resposta seria única: derrota.
O time, como sempre, entrou completamente retrancado. Ricardo Gomes manteve a formação com três volantes, fazendo Robson voltar para compor a marcação, deixando Cueva para puxar o contra-ataque e Chavez isolado lá na frente. Deu azar porque Cueva fez, seguramente, sua pior partida com a camisa do São Paulo. Teve a chance de um contra-ataque, três contra um, ele não soube o que fazer com a bola e acabou perdendo. Depois ainda perdeu um gol cara a cara com o goleiro. E errou todos os passes.
Thiago Mendes é outro que fez um primeiro tempo horrível. Por mais que tenha se apresentado sempre para participar da jogada, sua displicência e sangue de barata fizeram com que ele cometesse muitos erros. Um deles resultou no gol do Fluminense, pois ele perde a bola no ataque, os cariocas saem rapidamente pegando a defesa do São Paulo desarmada.
Ricardo Gomes voltou para o segundo tempo com o time um pouco mais ofensivo. Tirou Buffarini e colocou Kelvin, passando Wesley para a lateral direita. O time cresceu, começou a apertar o Fluminense. Mas foi a entrada de David Neres que mudou tudo. O garoto entrou endiabrado, chamou a responsabilidade, começou a ganhar todas as jogadas pela direita, criou oportunidades, botou fogo no time.
O gol de empate saiu de uma falha da defesa do Fluminense, mas sairia em algum momento, tamanha era a pressão exercida pelo São Paulo. Na sequência o mesmo Thiago Mendes, que houvera feito o gol, acertou uma bola no travessão. E Wesley perdeu uma oportunidade. E as bolas começaram a passar dentro da pequena área do Fluminense, com as descidas de Mena que, mesmo atacando bem, errou todos os cruzamentos.
Ricardo Gomes tirou o inútil Chavez para colocar Pedro. Na primeira bola alçada na área, a defesa carioca se preocupou com o garoto e Rodrigo Caio cabeceou livre para fazer o segundo gol.
Se faltou raça e entrega em algumas partidas, não foi o caso desta segunda-feira. O time jogou muito, botou pressão e mereceu a vitória. O que não quer dizer que acho que tudo mudou, que o elenco é ótimo e que já podemos pensar em brigar por vaga na Libertadores.
Vamos colocar os pés no chão e continuar concentrados de que nossa briga é outra este ano, continuarmos humildes e jogarmos de forma muito séria contra a Ponte Preta, para fazermos mais três pontos e continuarmos nossa recuperação.
E, importante, ter consciência que time grande cai, mas time gigante não cai.