Mais uma derrota e um caminho traçado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, a derrota do São Paulo para a Portuguesa neste domingo, no Canindé, traçou nosso caminho no Campeonato Brasileiro, de forma definitiva: ou eu estou muito enganado – e espero estar -, ou nossa briga até dezembro será na parte de baixo da tabela, contra o rebaixamento.

Em minhas projeções duas vitórias consecutivas e possíveis – hoje contra a Portuguesa e quinta-feira sobre o Atlético-PR – e deixaríamos de lado essa incômoda posição, passando para o meio da tabela e dando início a uma recuperação, senão pelo título, mas longe de qualquer risco do Z-4.

Mas a derrota de hoje nos deixou no primeiro caminho e, pior, com cenário assustador. O que temos visto com o time do São Paulo é uma perturbação psicológica própria de times que galgaram o insucesso extremo nos últimos anos. Ou falta vontade, e quando não é isso, é o azar. É Rogerio Ceni que perde pênalti, Aloísio que bota a mão na bola quando ela estava praticamente dentro do gol, e “anula” um gol do São Paulo, e assim sucessivamente.

Não dá para dizer que o São Paulo jogou mal no Canindé. O primeiro tempo foi ruim, é fato, mas no segundo o time voltou modificado. Se o abalo psicológico ocorreu quando tomamos o gol, deveria ter sido recuperado ao empatarmos com 25 segundos de jogo no segundo tempo.

O time foi para a frente, marcou pressão, viu a Portuguesa acuada em seu campo. Foram criadas várias oportunidades, com chances perdidas. Aloísio fazia grande partida mais aberto pela direita, com Lucas Evangelista caindo pela esquerda. A mudança tática vinha dando resultado.

Mas aí vieram os problemas, a começar pelo pênalti perdido por Rogerio Ceni. Seria o gol da virada. Depois levamos o segundo gol. E deixamos de empatar com Aloísio (aliás, foi algo bisonho).

Reconheço que não está faltando vontade, que o time melhorou o toque de bola, que existem jogadas treinadas, mas a bola não está entrando.

Vamos aguardar o que vem pela frente. Não acredito, em hipótese alguma, em rebaixamento, mas acho que vamos amargar a pior colocação do de um Campeonato Brasileiro desde que começou a era de pontos corridos. E não vamos, sequer, conseguir a classificação para a tal Sul-Americana. Que a Copa do Brasil nos faça bem no próximo ano.

A derrota na Suruga mostra a fase do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, a derrota do São Paulo para o Kashima Antlers no Japão mostrou bem a fase em que o time se encontra. Já não bastassem todos os problemas políticos, de elenco e outras coisas mais, ainda perde um gol feito aos 46 minutos do segundo tempo, perde uma bola dominada aos 47 minutos e um gol contra aos 48.

O time começou o jogo até com domínio de bola. Mas novamente, ao tomar o primeiro gol, se perdeu, abriu espaços e permitiu que o Kashima passasse a mandar na partida. Aliás, os dois gols do Kashima também ilustraram a defesa que temos. No primeiro, Edson Silva está não sei aonde, Lucão perde bisonhamente do atacante e Douglas atrapalha Rogério Ceni. Lambança total. No segundo, Douglas toma um drible do Juninho (?), que cruza para a área e o Osako aparece entre Lucão e Edson Silva, que ficaram vendo a banda passar.

Wellington perdido no meio e Rodrigo Caio tendo que jogar por dois. Ganso que não aparecia e Maicon que queria resolver tudo sozinho. Essa foi a imagem a partir do primeiro gol.

Paulo Autuori mexeu bem no intervalo. Tirou os inúteis Maicon e Adailton para colocar outros dois inúteis: Lucas Evangelista (principalmente) e Silvinho.

Mas é fato que o time melhorou. Não pelas substituições, mas pela postura. Ganso passou a receber as bolas e decidiu jogar. O time avançou a marcação e passou a dominar o jogo. Ganso fez o primeiro, deu o segundo para Aloísio e tudo indicava que o São Paulo iria ganhar.

Antes do gol de empate, no entanto, Silvinho cometeu uma falta na entrada da área, que o juiz entendeu como pênalti. Rogério defendeu, mas o juiz mandou voltar – a regra de se adiantar só vale para Rogério Ceni -. O atacante japonês bateu de novo, desta vez para fora.

O São Paulo não corria riscos. E mais uma vez Ganso faz bela jogada, deixa Wellington na cara do gol. Ele poderia fazer qualquer coisa, menos o que fez: “recuar” para o goleiro. Mas a bola ainda voltou ara o São Paulo. Só que Lucas Evangelista, de forma displicente, perdeu e gerou o contra-ataque do Kashima. Chute para o gol, desvio em Edson Silva, tirando Rogério Ceni da bola. Gol e fim de jogo.

Apesar de achar injusto o resultado, ficou claro que não temos elenco. O fato de termos poupado quatro jogadores desta partida mostrou bem o estágio da nossa equipe: derrotada por um time japonês.

Foi mais um marco de Juvenal Juvêncio: depois da sequência de jogos sem vitórias e derrotas consecutivas, agora tem a invencibilidade em solo japonês perdida. Parabéns, Juvenal e sua diretoria, seus pit bulls e carregadores de taça. Aliás, não vi o João Paulo de Jesus Lopes recebendo a taça de vice-campeão da Copa Suruga, Por que será???

Me belisquem! É verdade: o São Paulo ganhou!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, parece incrível, mas depois de dez horas consegui gritar um gol do São Paulo e comemorar uma vitória. Aliás, mais do que isso: uma taça!

Com o empate contra o Corinthians conseguimos evitar nos igualar ao time da Marginal como a pior sequência, entre os grandes paulistas, com derrotas consecutivas: ficamos com nove contra dez deles em 2000; com a vitória de hoje, da mesma forma, permanecemos com 14 jogos sem vitória contra 15 do time da Marginal no mesmo ano. Então essa “taça” continua com eles.

No primeiro tempo pensei que perderíamos de novo. O time foi completamente dominado, não dava dois passes certos e não passava do meio de campo. O Benfica só não marcou porque a sorte – quem diria – nos ajudou, com a bola que foi no travessão, e Rogério Ceni que, mais uma vez, esteve presente.

Paulo Autuori mudou o time no intervalo. Tirou o inútil Fabrício e colocou Maicon. Com isso conseguiu a posse de bola e fez o passe melhorar consideravelmente.

O São Paulo, então, começou a dominar o jogo, marcou o primeiro, fez o segundo, poderia ter feito o terceiro e não correu qualquer risco.

Certamente o gol e a vitória tiraram o peso que estava em nossas costas. Quem sabe mais uma vitória no Japão possa fazer o time entrar em campo contra a Portuguesa, dia 11, com outra pegada, mais confiança, começando a arrancada para sair da situação incômoda que nos encontramos no Brasileiro.

Isso não quer dizer, no entanto, que o que ficou para trás se esquece e agora é vida nova. Não. O time não é confiável e não é uma vitória que me fará achar que estamos no caminho certo. Há muito o que se caminhar.

Depois do Bayern, o Milan. E as derrotas continuam.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, mais uma derrota do São Paulo nessa fase de insucesso que estamos vivendo. É o 14º jogo sem vitória, entre os quais onze derrotas e sete jogos seguidos sem marcar um único gol. É a fotografia do fracasso.

Hoje Autuori poupou seus titulares e colocou um time quase todo reserva. Dos titulares apenas Douglas, Rodrigo Caio, Reinaldo e Aloísio. Aliás, Reinaldo e Aloísio também são reservas.

O fato é que a fase é terrível. O elenco é ruim, o técnico ainda não se encontrou, mas a fase está fazendo com que todos fiquem psicologicamente abalados e nada acaba dando certo.

Muitos pedem para Lucas Farias jogar no lugar de Douglas. Mas não dá. Ele é muito pior do que Douglas, o que seria quase impossível. Outros pedem banco  para Luis Fabiano, mas não dá para jogar com Aloísio e muito menos Ademilson. Então é difícil, muito difícil.

Nem condeno Paulo Autuori de ter colocado o time reserva. Ele dever mesclar contra o Benfica e ir só de reservas para o Japão, mandando os titulares de volta para o Brasil.

Eu havia pensado que essa excursão fosse nos ajudar a diminuir a pressão. Longe do Brasil os jogadores poderiam se encontrar, se unir e zerar o que ficou para trás. Ledo engano. Nada mudou.

Incrível é que o São Paulo até fez um bom primeiro tempo, criou oportunidades, perdeu chances, quase dominou o Milan. Mas no segundo tempo, bastou tomar o gol e o time se desencontrou. Exatamente o que vem acontecendo no Brasileiro.

O que não dá para não reconhecer são os méritos de Juvenal e sua diretoria por tudo isso. Mais um recorde que ele vai colocar em seu currículo: o de maior número de jogos sem vencer e sem fazer gols na nossa história. Não está bom? Depois, é só marcar outro churrasco no clube, com a (In)dependente e comemorar, regado a muito whisky e cerveja.

 

Derrota normal para o Bayern

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo perdeu do Bayern, em Munique, num resultado que considero absolutamente normal. Ou alguém esperava algo diferente na partida desta quarta-feira?

Apesar de entender a ideia de Paulo Autuori, colocando um time fechadinho como fez contra o Corinthians, desta vez exagerou na dose e transformou o São Paulo num time pequeno. Além dos três volantes, os zagueiros e até os laterais eram impedidos de passar do meio de campo. Algumas vezes pude observar Reinaldo roubando a bola e tentando sair para o contra-ataque, mas brecando rispidamente e voltando. A ordem era expressa.

Então o jogo teve uma única tônica: ataque contra defesa. E quanto se tem Edson Silva lá atrás, você tem a certeza que ao menos um gol você vai tomar. E até nisso estamos com azar. Paulo Miranda vem sendo destaque pelo lado esquerdo da defesa. Mas ele se machucou e saiu ainda no início da partida.

Hoje tem o Milan. E acho que Autuori vai fazer a mesma coisa com o time. Retrancadinho, lá atrás. E com isso já são cinco jogos que não marcamos um único gol. E sem marcar, não ganhamos.

A volta ao cenário internacional

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo volta a figurar no cenário internacional depois de uma década. Depois do título mundial de 2005, é a primeira vez que saímos do País e vamos para o continente europeu em busca de euros.

Se formos pegar por participações nesses torneios de pré-temporada europeia, então corremos duas décadas atrás, quando disputamos e ganhamos torneios como Ramon de Carranza e outros tantos.

O adversário de hoje, na Copa Audi, será o Bayern de Munique, atual campeão da Copa dos Campões da Europa. Ou seja: vai ser barra.

Paulo Autuori vai optar por um esquema mais defensivo, como fez contra o Corinthians, para tentar segurar o jogo e apostar um uma bola num contra-ataque. Mas é claro que o time alemão é amplamente favorito e, se a lógica estiver presente, deve ganhar do São Paulo sem grandes dificuldades.

Mas, como sempre digo, são-paulino que se preze tem fé. E eu tenho em que algo sobrenatural possa acontecer no jogo desta tarde e o São Paulo saia vitorioso.

Então, à vitória, Tricolor!

Empate: ruim no campeonato, mas bom pelas circunstâncias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, estou com o técnico Paulo Autuori, quando diz que não devemos comemorar empate. E não vou comemorar, até porque o resultado, em termos de campeonato, foi ruim. Mas temos que convir que pelas circunstâncias atuais, não deixou de ser um bom resultado.

Autuori veio com uma surpresa: Fabrício no lugar de Ganso. Ele deu mais consistência ao meio de campo, equilibrou o time e fez com que o São Paulo jogasse em condições iguais contra o Corinthians. E digo mais: depois de um equilíbrio no primeiro tempo, nos primeiros 20 minutos o São Paulo dominou o jogo. Pena que Jadson estava em tarde pouco inspirada e nosso ataque foi ridículo.

Não acredito que Paulo Autuori vá manter essa formação para a eternidade. Entendi como uma solução de emergência, onde ele precisava estancar a sequência de derrotas, ainda que fosse com um empate. Mas contra um arquirrival e na casa dele.

Vi uma dupla de zaga funcionando como no ano passado. A diferença é que no lugar de Rhodolfo estava Paulo Miranda. Todavia, apesar das críticas que são feitas ao baiano, nas vezes que atuou pelo lado esquerdo da zaga foi bem. E hoje repetiu a dose.

Apesar do elenco ser fraco e o time, consequentemente, também, não vejo, como alguns se arvoram em dizer, que corremos grande risco de rebaixamento. O time vai brigar na parte debaixo da tabela, isso é fato. Mas entendo que é uma coisa momentânea e logo estaremos retomando as vitórias e nosso caminho pelo Brasileiro.

A viagem cansativa que será feita a Europa pode ser ruim na parte física, mas dará um alento e fará com que jogadores e comissão técnico aparem as arestas que existem e voltem focados no Campeonato Brasileiro. Afinal, estamos apenas na metade do primeiro turno. Ou seja, tem muita coisa pela frente ainda.

Mais uma chance para sair da crise

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo tem, nesta tarde, mais uma chance de retomar as vitórias e sair da crise. Não, não estou louco não. Quer uma retomada de moral melhor que uma vitória sobre o adversário desta tarde, na casa que eles dizem ser deles?

Paulo Autuori mexeu no time. Afastou Lúcio, que vinha sendo responsável por boa parte dos gols que estávamos sofrendo, e pode colocar Paulo Henrique Ganso no banco. Ele ainda não definiu, mas em determinado momento do treino armou o time com Maicon no lugar de Ganso.

O jogo vai ser tenso e, lógico, entramos como franco atiradores. Eles são ultra favoritos. Mas é numa dessas que a casa cai. E, quem sabe, seja hoje o dia.

Vou, como sempre, exercer o papel que nos cabe: torcer. E torcer muito. Com fé e confiança.

À vitória, Tricolor!

Adalberto já saiu. Juvenal sai em abril. Ou…

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, Adalberto Batista não é mais diretor de futebol do São Paulo. Ele conseguiu ser unanimidade: era odiado pelos jogadores, pela torcida e pelos conselheiros. Apenas Juvenal Juvêncio o segurava no cargo.

O ambiente de Adalberto ficou insustentável depois que bateu de frente com Rogério Ceni. Técnicos que outrora resolveram enfrentá-lo tiveram esse destino. E com o diretor não foi diferente.

Mas seria esse o real motivo dos péssimos resultados do São Paulo, com oito derrotas seguidas e 11 jogos sem vitória? Trocou-se o técnico e nada mudou. Se essa for mesmo a razão, então o São Paulo tem obrigação de vencer o Corinthians domingo, no Pacaembu.

Vamos jogar sem Luis Fabiano e Aloísio, o que quer dizer que o ataque será formado por Osvaldo e, talvez, Ademilson. Vai ser duro conseguir alguma coisa, salvo inspiração – rara – de Ganso e Jadson.

Em princípio fica João Paulo de Jesus Lopes acumulando função. Não se sabe se algum diretor remunerado será contratado ou algum conselheiro será indicado. O que é certo é que Adalberto não pediu demissão. Longe disso. A situação ficou insustentável e Juvenal foi obrigado a demití-lo.

Mas a limpeza no campo diretivo do São Paulo ainda não terminou. Falta Juvenal. Bom, esse só em abril. Salvo se os acontecimentos de domingo último, no clube, anteciparem o fim desta administração. Com a palavra o presidente do Conselho Deliberativo, José Carlos Ferreira Alves, que ficou de nos responder os questionamentos até hoje, sexta-feira.

Mais uma derrota e a diretoria continua passiva

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo voltou a perder (foi a oitava seguida), a décima-primeira partida sem vitória. E aos poucos Juvenal Juvêncio e sua diretoria vão conseguindo alcançar número inéditos. Com a arrogância e soberba que eles possuem, não importa se os números são negativos. o que importa é ficar marcado na história do clube.

Mais uma vez vimos o abalo psicológico do time. Começou jogando bem, teve uma chance com Douglas, que parou nas mãos do goleiro do Inter, e tocava bem a bola. Mas Lúcio, de novo ele, acha que é meia, foi tentar sair jogando, perdeu a bola e…pronto: tomamos o gol. E a história se repetiu, com o time se perdendo completamente.

O Inter dominou inteiramente a partida e foi perdendo chances de gol. Rodrigo Caio atuava pela lateral direita e deixava um corredor inteiro em suas costas. Douglas pela esquerda era outro caminho para o Inter. Sem contar que o meio estava perdido, com Paulo Miranda se esforçando na marcação, mas Denilson errando todas as saídas de bola.

No segundo tempo o time até criou algumas chances. Teve uma com Jadson, uma com Aloísio e uma com Paulo Miranda. Mas é muito pouco para quem precisa desesperadamente de uma vitória.

É duro olhar para o banco e ver jogadores como Ademilson, Silvinho, Edson Silva, Roni, Reinaldo serem os substitutos que podem resolver uma partida. Triste demais.

Enquanto Adalberto Batista continuar à frente do elenco, a situação não vai mudar. Quanto mais agora, que ele entrou em rota de colisão com Rogério Ceni. Não tem remédio.

Quanto ao caso envolvendo Juvenal Juvêncio, a Independente e os sócios do clube no último domingo, eu lembro que o presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, José Carlos Ferreira Alves, me pediu até esta sexta-feira para responder as dúvidas que colocamos sobre as medidas estatutárias que podem ser tomadas contra o mandatário máximo do clube.