Mais uma derrota patética para um time que não joga futebol

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo voltou a perder para um time que não joga futebol. É incrível como nosso jogo não se encaixa e nós perdemos sempre num erro grotesco do time.

Qual não foi neste domingo? Um arremesso lateral, Reinaldo fica olhando a paisagem, Guerreiro joga para trás com Denilson, provavelmente, também olhando a paisagem, e Danilo marca o único gol do jogo. E claro que nada mais aconteceria. O Corinthians é um time que não joga, não deixa o adversário jogar e encontra um momento de pane coletiva para marcar um gol. E depois deixa o tempo passar.

A ansiedade do time são-paulino é tão grande que  M1TO consegue perder um pênalti e o time , com quase um tempo inteiro de jogo, atuando com um homem a mais, não consegue, sequer, empatar a partida.

Culpa dos jogadores, do técnico e de todos que, de uma forma ou de outra, estão envolvidos com o futebol do São Paulo. A situação só não é mais grave por ter sido um jogo do Campeonato Paulista, que não vale nada. Fosse o jogo de volta da Libertadores, “o bicho iria pegar”.

Vamos ter que trabalhar muito para mudar essa situação. Será mais uma semana difícil pelos lados do Morumbi. Espero que Carlos Miguel Aidar não faça mais nenhuma bobagem. Ele anda quieto. E que continue assim, pois quando abre a boca, a coisa envereda para caminhos que não trazem frutos quaisquer para o clube.

Jogo horrível num campeonato medíocre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o jogo desta tarde em Rio Claro foi daqueles de dar sono. Ou raiva em quem tinha que assistir até o fim para escrever no Tricolornaweb, fazer comentário, dar notas dos jogadores, enfim, trabalhar no site. E, juro, não fosse uma obrigação quase profissional, teria desligado a televisão com 30 minutos de jogo, tal a ruindade e falta de vontade dos jogadores.

Aí vão reclamar do gramado e do calor. Ok, o gramado é ruim e o calor estava forte. Mas o Rio Claro não foi a campo para jogar. Apenas para se defender. E o São Paulo, assim como o fez contra o Corinthians, tocou a bola de lado, não conseguiu penetrações, não chutou a gol e aceitou passivamente a marcação.

O time ficou 76% do tempo de jogo com o domínio da bola. Não tenho medo em arriscar dizer que desses, 50%, no mínimo, a bola esteve nos pés de Lucão e Edson silva. É um jogo irritante. Thiago Mendes, volante que tinha obrigação de sair para o jogo, como segundo volante, só recuava a bola para os zagueiros. Os laterais não passavam do meio. E quando o faziam, erravam tudo. Auro, pedido por tantos, não acerta um único cruzamento. Reinaldo…Bem, Reinaldo nós conhecemos. É o de hoje, não o que quarta-feira.

Mas o Paulista é medíocre. Bons tempos aqueles que tínhamos Ferroviária de Araraquara, do São Bento de Sorocaba, América de Rio Preto, Prudentina, de Presidente Prudente, times que jogavam sério e formavam grandes jogadores. Hoje todos os times do Interior, inclusive sem tradição alguma, estão nas mãos de empresários e não acrescentam nada ao futebol.

Foi o Expressinho, mas acredito que se fosse todo o time titular nada seria diferente. Depois do orgasmo de quarta-feira, no jogo da Libertadores, hoje virou café com leite e ninguém quis saber de nada.

Vitória obrigatória e incontestável. Pena que sem público.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Danúbio no Morumbi foi incontestável. O placar de 4 a 0 foi absoluto e justo. O golaço marcado por Alexandre Pato a quatro minutos do primeiro tempo deu tranquilidade à equipe, pois os uruguaios tiveram que desarmar o forte esquema retranqueiro que preparou para o Morumbi.

Aliás, por falar em Pato, ele vive um grande momento. Ano passado era titular. Machucou-se e nunca mais voltou ao time. Não consigo entender a razão. Muricy é quem tem que explicar. Mas agora que voltou, dificilmente vai sair. Está se movimentando, ajuda na recomposição, atua pelos lados, tem boa presença pelo meio, enfim, está vivendo uma grande fase e espero seja duradoura.

Entendo que o Danúbio será o time para se fazer seis pontos. Já conquistamos três e teremos que obter mais três jogando em Montevedéo. O time uruguaio não oferece perigo algum e é o mais fraco do grupo.

Mas a nota triste vai ficar para nossa diretoria que, mais uma vez, mostrou extrema incompetência. Como pode trocar a empresa de venda de ingressos no dia em que começa a venda para um jogo da Libertadores e a dois de uma partida do Campeonato Paulista? Como pode cobrar o absurdo de R$ 120 por um ingresso de arquibancada e, para piorar, a empresa não aceitar cartão nas bilheterias?

Carlos Miguel Aidar está irritado com tudo e cobrando explicações e atitudes. Mas a maior justificativa tem que ser dada por ele mesmo, pois em última análise, foi o responsável por esta contratação. Poderia ter adiado por uma semana, pois agora teremos um jogo fora, em Rio Claro e só voltaremos ao Morumbi no outro domingo, jogando contra o Corinthians. Dez dias seria tempo suficiente para adaptação da nova empresa. Mas como tudo no São Paulo está funcionando deforma errada, é só mais uma para a conta já profundamente deficitária desta diretoria.

A recuperação na Libertadores começou. O time parece que vai se encontrando. Sigamos em frente.

Vencer ou vencer. Não há outra alternativa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a missão do São Paulo nesta noite, no Morumbi, é única: vencer ou vencer. Não fosse o fato do jogo ser no Cícero Pompeu de Toledo, e não se admitir uma derrota dentro de casa, contra o adversário mais fraco do fortíssimo grupo em que estamos na Libertadores, ainda contamos com o agravante de termos perdido a primeira partida, mesmo que jogando fora e o San Lorenço ter ganho na casa do nosso adversário desta noite.

Claro que as coisas se tornam mais difíceis com esse cenário. O time está pressionado, culpa, em parte, das ações de diretores nos bastidores do Tricolor, mas também pela torcida, pois a credibilidade que o elenco vinha tendo desde sua formação quase que se diluiu em apenas uma partida.

O Morumbi, ao contrário do que sempre acontece em jogos da Libertadores, não estará cheio. Ao contrário deverá ter público muito pequeno para um jogo desta importância. A culpa é da nova empresa contratada pelo São Paulo para vencer ingressos. Ela não conseguiu dar conta e fez um monte de lambanças. Somem-se a isso o preço dos ingressos – exorbitante -, o horário do jogo e a transmissão pela TV aberta.

Apesar de tudo estou confiante num bom resultado. Teremos em campo o time que, teoricamente, seria o melhor para o momento. Vamos unir nossos pensamentos, nossas vibrações, nossos corações e passarmos essa confiança aos jogadores.

Então, à vitória, Tricolor!

Que as aparências não nos enganem

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, de quinta-feira passada para cá muita coisa aconteceu nos bastidores do Morumbi. Muita água rolou, com fluxo e refluxo e o que posso falar nesse momento é que espero que as aparências não nos enganem.

O acordo feito entre o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar e a Torcida Tricolor Independente, com o clube pagando os ônibus que levariam os “torcedores” deixou a entender que a torcida deveria um favor a ele. E que essa dívida foi prontamente paga com a postagem pedindo a demissão imediata de Muricy Ramalho e a contratação de Wanderley Luxemburgo.

Levando-se em conta que ano retrasado, quando time lutava para não ser rebaixado e que Juvenal Juvêncio estava no período final de seu longo mantado, a mesma Independente fazia manifestações contra o técnico, contra o time, conta a imprensa, contra tudo e todos, mas em nenhum momento levantava a voz contra Juvenal, não seria demais imaginar que o acordo com Aidar estaria selado.

Todos sabem da forte ligação que existe entre Muricy Ramalho e Juvenal Juvêncio e, também, que o ex-presidente abomina o nome de Wanderley Luxemburgo. Que tacada melhor seria se Aidar demitisse Muricy e contratasse Luxemburgo, para sufocar ainda mais qualquer movimento “juvenalino”?

Acredito piamente que a jogada estava prontinha para ser feita. Só que a Independente foi obrigada a recuar de sua posição, apagou de seu site a “ordem” e engoliu a verdadeira torcida que estava no Morumbi no último sábado apoiar Muricy. Concomitantemente, o vice-presidente de Futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, saiu em defesa do técnico falando, até, em renovação de seu contrato.

A divisão na diretoria estava patente. E Muricy, conhecedor emérito do clube, parte para o ataque dizendo saber quem são seus executores e que não está ali pelo São Paulo, mas que se quiserem, que o demitam.]

A vitória de 4 a 0 sobre o Audax, a necessidade premente de vitória sobre o Danúbio amanhã e a revolta que toma conta da torcida tricolor contra este estado de problemas instalado no Morumbi pressionaram Carlos Miguel Aidar e ele foi obrigado a sair de sua sala, vir à imprensa declarar publicamente seu apoio a Muricy e, mais do que isso, ir pessoalmente nesta terça-feira conversar com Muricy e reafirmar seu apoio e confiança no técnico.

Menos mal que esta seja a atual situação. Repito o que coloquei de título neste editorial: “Que as aparências não nos enganem”. O presidente tem o direito e, mais do que isso, o dever de cobrar resultados. Deu os jogadores que o técnico pediu e, portanto, quer títulos. Mas que se dê tempo ao tempo e que essa lavagem de roupa suja volte a ser feita internamente. O São Paulo é infinitamente maior do que aqueles que o administram, porque eles passam e a instituição e sua imensa torcida ficam. As vaidades pessoais, o superego e as picuinhas não podem se sobrepor ao bem para a coletividade tricolor.

Estamos de olho e esses olhos não se fecharão nem essa boca se calará.

 

São Paulo goleia Audax. Mas…é quarta-feira!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o Audax por 4 a 0, pelo Campeonato Paulista, mas não restou qualquer dúvida que os olhares estão voltados para a próxima quarta-feira, quando o Tricolor precisa vencer de qualquer maneira o Danúbio, do Uruguai, para continuar vivo na Libertadores.

No jogo deste sábado o time fez o simples, Muricy não inventou e tudo saiu como deveria sair. Se era obrigação ganhar – e bem – do Audax, ganhamos. Gostei muito de ver Pato e Luis Fabiano jogando juntos, assim como, definitivamente, a posição de Michel Bastos é no meio de campo e não na lateral. Ele rende muito mais. Serve, faz assistência e marca gols.

O mais curioso é que Muricy Ramalho optou por escalar Pato e Luis Fabiano hoje para aprontar o time que jogará quarta-feira, já que Centurion está suspenso. Ora, mas por que ele não fez isso no jogo contra o Bragantino, preparando o time que enfrentaria o Corinthians? Mas, antes tarde do que nunca. Espero que ele tenha aprendido com as besteiras que fez no Itaquerão.

O Audax não ofereceu perigo algum. O São Paulo decidiu o jogo em dois minutos, no primeiro tempo. Depois foi só administrar.

Ainda tenho muita esperança nesse time, na Libertadores. Quarta-feira Pato já poderá jogar. No outro jogo, contra o San Lorenço, Centurión também estará em condição de jogo. Acho que o time vai crescer muito e vamos superar a derrota da semana passada.

O São Paulo viu o Corinthians jogar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi a Itaquera ver o Corinthians jogar.Manso, sem fazer mal a ninguém, o time entrou em campo como se estivesse indo a um “casados  e solteiros”. E saiu de lá sem ter tido o sabor de fazer o goleiro Cássio sujar o uniforme.

Muricy conseguiu a proeza de fazer surpresa durante toda a semana sobre o time que entraria em campo e colocar uma formação que, no máximo, treinou por 40 minutos na terça-feira. Isso prova que ele está perdido para montar o time. Por outro lado, desde o primeiro jogo do ano, o Corinthians está jogando com a mesma formação e a única alteração para ontem foi Guerreiro, suspenso, e que poderia ser substituído por Danilo – como o foi -, Wagner Love ou Luciano. Aí fica fácil antever o que vai acontecer.

Muricy poderia entrar com a formação mais utilizada, no 4-4-2. Poderia ter encaixado um 3-5-2, deixando Michel Bastos e Bruno como alas. Mas tentou povoar o meio de campo e com isso causou mais lentidão  ao time. E a troca de bola sempre foi na horizontal, nunca na vertical. Tanto que terminamos o jogo sem dar um único chute ao gol. A impressão era que o São Paulo andava de Fusca e o Corinthians de Ferrari.

O árbitro teve interferência? Teve. O segundo gol foi um absurdo de irregular. Mas não foi por isso que o time perdeu. Foi por falta total de competência, objetividade e vontade.

Kardec é lento em demasia e não terá lugar no time titular. Maicon pode ser bom para alguns momentos, não para começar jogando. Michel Bastos não pode ser lateral esquerdo. E o time tem que jogar para frente, tem que chutar em gol.

Nada está perdido, afinal foi só o primeiro jogo de uma série de seis  neste grupo. E a derrota foi fora de casa. Mas ou Muricy encontra logo um time e um padrão tático ou vamos ficar na primeira fase da Libertadores.

E vou acrescentar mais uma coisa: ou a diretoria entra em acordo e faz um discurso único, ou vamos mergulhar num abismo sem fim. Carlos Miguel Aidar pressionou Muricy em hora errada, como sempre, e gerou uma crise interna no elenco. Foi preciso o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro aparecer para apagar o fogo. E outras coisas mais que aos poucos vou detalhar, para mostrar como está deteriorado o ambiente no clube, tendo como protagonista  principal o presidente.

E para encerrar: não sou parte do “fora Muricy”, porque para colocar alguém em seu lugar teria que ser o Cuca, e ele não virá.

Hora de jogar sério e com determinação

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, hoje começa o ano para o São Paulo.  Depois de passarmos um ano lutando para não irmos para a zona de rebaixamento e um ano se recuperando para alcançar a vaga da Libertadores, chegamos ao dia da estreia.

O jogo será difícil, eu sei. Mas qual jogo na Libertadores que não é difícil, tenso? Hoje não será diferente. É em Itaquera, estádio cheio com a torcida do adversário, que também vai entrar pilhado para esta partida.

Não creio que paire no ambiente o estigma de que temos problemas para ganhar do Corinthians. Na Libertadores nunca houve um jogo entre as duas equipes. Além do mais, se alguma camisa tem peso nesse torneio, essa camisa é o nosso manto sagrado.

Apesar de não ser adepto ao esquema 3-5-2, acho que ele é o ideal para esta noite e imagino ser o que Muricy vá utilizar. Eu escalaria o time com Rafael Tolói, Dória e Edson Silva; Bruno, Denilson, Souza, Ganso e Michel Bastos; Kardec e Luis Fabiano.

Com esse time teríamos a zaga protegida, com três zagueiros e ao menos um volante de contenção; o esquema permitira extrairmos de Bruno e Michel Bastos muito poder ofensivo, deixaria Souza solto para participar das assistências ofensivas e Ganso teria alternativas para jogar pelo meio ou mesmo pelas laterais, sem posição fixa. Luis Fabiano não precisaria se preocupar tanto com a volta para marcação e também diminuiria um pouco essa obrigação de Alan Kardec.

Se Carlinhos estivesse recuperado não haveria tanto problema. Mas não podemos esquecer que não teremos a velocidade de Centurion e Pato para este jogo, o que diminui muito o poder ofensivo, e para a lateral sobraria Reinaldo, altamente perigoso para nossa defesa. E nesse jogo não podemos entrar com quem “talvez” consiga dar conta do recado. Hoje é dia de termos certeza do que queremos.

Concordo com o presidente Carlos Miguel Aidar. Poderemos, sim, sair com um grande resultado do Itaquerão. Temos mais time e mais elenco que o Corinthians. Basta jogar sério e com muita determinação, com aquele espírito de Libertadores. Mas não posso negar que não vou ficar triste com um empate.

Então, à vitória, Tricolor!

Falta de transporte: o poder da Globo e a fraqueza da diretoria do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, eu poderia estar aqui falando do jogo desta quarta-feira, da ansiedade, da estreia na Libertadores, da possibilidade de Murcy Ramalho adotar o 3-5-2 para o jogo contra o Corinthians, mas tenho que me ocupar de outro fato: o transporte da torcida do Tricolor, que ganhou ênfase depois da declaração do presidente Carlos Miguel Aidar, de que poderemos ter morte no percurso da volta.

A possibilidade só se torna procedente porque não haverá transporte funcionando após o jogo, no momento que os 1.500 torcedores são-paulinos estiverem deixando o Itaquerão. De acordo com o esquema de segurança preparado pela Polícia Militar a torcida corinthiana deixará o estádio assim que encerrada a partida, o que deve ocorrer por volta das 23h55. Somente às 0h45 os torcedores do São Paulo serão liberados do estádio.

Ocorre que o Metro para de funcionar, em dias de jogos, às 00h30 e a CPTM meia-noite. Ou seja: não haverá transporte para os torcedores são-paulinos, até porque seria inimaginável contar com ônibus de linha para transportar 1.500 torcedores.

A Independente disse que virá a pé de Itaquera. O presidente Carlos Miguel Aidar conversou com autoridades do Estado, tentando encontrar uma solução, mas não obteve sucesso. E aí disse que “tem gente que vai chegar 5 horas da manhã em casa por causa disso. Pode ter bomba, pode ter morte, risco de emboscada, pode ter tudo numa situação dessas. O poder público não se empenha. Essas atitudes só fomentam a rivalidade, violência.”

Carlos Miguel Aidar está numa sinuca de bico: se pagar os ônibus para a torcida, dirão que está subsidiando os marginais das uniformizadas. Se não fizer nada, dirão que está abandonando a torcida.

Vejo essa situação como mais uma demonstração de fraqueza do nosso clube perante as autoridades. Uma fragilidade que começou com Juvenal Juvêncio, que brigou com Deus e o mundo e continua, com requintes de perfeição, com Carlos Miguel Aidar, que brigou com quem ainda faltava e não reatou com ninguém. Uma fragilidade nos bastidores que tem nos custado alguns pontos importantes nos campeonatos que disputamos, que coloca em risco nossa participação na Libertadores, mormente jogando contra quem vamos jogar nessa quarta-feira e que não consegue nada, absolutamente nada, que seja favorável a nós.

O presidente do Corinthians foi à luta e, como não conseguiu convencer a Globo, dona do futebol, a antecipar o início dos jogos, obteve uma vitória com as autoridades do Estado mudando o horário do Metro em dias de jogos. Mas o presidente do São Paulo não consegue nem ônibus, quanto mais mudar horário dos trens. Fraqueza total.

Não sou defensor da Independente, nem acho que o clube deveria bancar ônibus, segurança particular ou coisa que o valha. Mas o Estado tem, por dever, dar esta segurança e fornecer o transporte para quem vai a um grande evento como será o jogo de amanhã.

Portanto, se algo acontecer com os torcedores são-paulinos, como previu o presidente, o Estado deverá ser diretamente responsabilizado por isso. E, em segunda escala, a direção do clube, pois deixou patente sua inoperância e falta de representatividade e voz ativa frente às autoridades. Por isso temo o que possa acontecer dentro de campo – que já começou com o árbitro que foi escalado para apitar o jogo – e fora dele, na volta para casa.

Um passeio em Bragança Paulista

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, antes de começar o jogo, com a previsão de entrarmos com um time misto, poucos esperavam ver entrosamento e um jogo fluido do São Paulo contra o Bragantino, fora de casa. E não é que esta (grata) surpresa veio? O Tricolor dominou amplamente o jogo, com uma troca de bola envolvente e excelente primeira impressão dos estreantes Centurión e Doria.

A fragilidade defensiva do Bragantino, que fez apenas 3 pontos no campeonato até agora, ajudou muito, mas a vitória dá ânimo para todo o elenco encarar a estreia na Taça Libertadores, contra o Corinthians.

Individualmente, merecem destaque a bela partida de Centurión, que demonstrou ser técnico, rápido e capaz de desequilibrar o jogo, deixando vários jogadores adversários irritados. A primeira impressão foi muito boa. Doria também fez uma boa estreia, ganhando todas dos atacantes do clube de Bragança. Por fim, impossível não destacar a partida de Boschilia – que marcou dois gols e ocupou os espaços pelo lado esquerdo do time com eficiência, especialmente na segunda etapa – e de Maicon, tão contestado pela torcida, mas que hoje assumiu o posto de meia da equipe com louvor.

A facilidade com que o time assumiu o esquema com três zagueiros deixa uma pulga atrás da orelha de Muricy, ainda que ele não tenha dado qualquer sinalização de que usará o 3-5-2 contra o Corinthians, com todos os titulares (menos Pato e Centurión, é claro) a disposição.

O único senão continua sendo a defesa, ainda que tenha sido pouco testada hoje. O time ainda fica exposto aos contra-ataques, como, por exemplo, aconteceu quando Lucão travou o ataque do Bragantino em cima da hora no início da partida. Edson Silva demonstra ter dificuldades em dar combate com três zagueiros e muitas vezes é deixado para trás por atacantes mais rápidos.

Enfim, é fato que vamos para cima do Corinthians com ânimo renovado e na expectativa de que o primeiro passo para o tetracampeonato seja dado na próxima quarta-feira.

Eduardo Gaggini