Comissão Disciplinar começa a assar a ‘pizza’

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é com profundo pesar que informo a todos que a Comissão de Ética e Disciplina do São  Paulo FC começa a assar uma grande ‘pizza’, que  vai manchar ainda mais a já combalida imagem do nosso clube. Ela está prestes a arquivar a representação impetrada por uma sócia, e por membros da oposição, pedindo a punição do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e do vice-presidente de Futebol, Ataíde Gil Guerreiro, pela briga ocorrida no Hotel Radisson, na Capital, no dia 05 de outubro último.

A resposta dada pelo relator do caso na Comissão, conselheiro Renato de Albuquerque Ricardo, corroborado pelo presidente Wilton Brandão Parreira, foi no sentido de que as informações trazidas pela imprensa não são suficientes para que se instaure o processo e pede para os que entraram com a representação que reúnam as provas para embasar a denúncia.

Ou seja: estão se fazendo de cegos e surdos, sob o pretexto que ouvi, outro dia no clube, que apurações profundas de todas aquelas denúncias aumentariam a ferida aberta com a gestão Aidar. Não percebem que ao jogar para baixo do tapete e fazerem ouvidos moucos é que jogará na lama, definitivamente, a imagem da nossa instituição.

Recentemente fiz uma matéria dizendo ter receio da atuação do novo presidente do Conselho Deliberativo, na apuração dos fatos. Me haviam dito que Marcelo Pupo era pessoa ligada a Carlos Miguel Aidar. Vários conselheiros, nos quais confio piamente, saíram na defesa de Pupo, dizendo que ele não era ligado a Aidar e teria a integridade e independência suficientes para apurar tudo e não deixar que os culpados ficassem sem punição.

A partir do momento que vejo essa decisão dos conselheiros que comandam esse caso na Comissão de Ética, só me resta cobrar uma ação rígida e resposta imediata do presidente do Conselho Deliberativo, até porque me parece, nesse momento, que Carlos Augusto de Barros e Silva está completamente alijado dessas investigações, por ser de responsabilidade do Conselho Deliberativo, e não do presidente do clube.

Fiquei sabendo por fontes que dentro do Conselho Consultivo o clima está terrível. Já ciente do possível arquivamento da representação, os notáveis que compõem aquele órgão se irritaram e se mostraram envergonhados.

Ora, mas se é assim, por que não agir? A quem e por que interessa proteger Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro? Se eu der uma porrada na cara de alguém no clube não serei expulso? Está aberta a era das agressões físicas pessoais sem punição. É isso?

O que os conselheiros Wilton Brandão Parreira e Renato de Albuquerque Ricardo queriam? que os sócios estivessem postados com uma câmera na mão, esperando o momento da agressão “com horário marcado (?)” para ter a prova? Cabe a quem investiga coletar os dados e colher depoimentos. O próprio Ataíde já confirmou a diversos conselheiros a agressão. O que mais é necessário, quando o réu é confesso?

Só posso lamentar muito essa posição, pois me dá a impressão de que tudo, absolutamente tudo que foi denunciado e que causou a queda de Carlos Miguel Aidar irá para baixo do tapete e uma grande pizza tricolor será assada. Só que será muito indigesta, principalmente se me fizer supor que tudo não passou de um grande “acordão” para os ‘juvenalinos’ voltarem ao poder e tudo ficar por isso mesmo.

O Tricolornaweb não vai se calar e vai denunciar quem tentar abafar as investigações.

 

O jogo da vergonha. Mas continuamos no G4.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, se temos algo a comemorar neste domingo é que continuamos no G4, apesar do desastre de Itaquera. A situação ficou um pouco mais complicada porque o Internacional ganhou e agora, empatado em pontos com o São Paulo, tem apenas cinco gols a menos de saldo do que o Tricolor. Digo “apenas” porque um time que toma de seis dos reservas do Corinthians não pode considerar uma diferença destas alta, ainda que nossos próximos adversários sejam o Figueirense, no Morumbi, e o quase já rebaixado Goiás, em Goiânia.

Tudo o que elogiei Milton Cruz na quinta-feira ruiu neste domingo. Sei que ele não tem culpa do Ganso ter sentido uma contusão. Mas por que o Wesley? Não era a hora de vermos o Daniel? E por que, apesar de estar perdendo por 3 a 0 no primeiro tempo, voltou para o segundo com Luis Fabiano no lugar de Rogério, que era o atacante que fazia alguma coisa que preocupasse a defesa corinthiana?

Também escrevi, lá atrás, que Rodrigo Caio e Lucão formavam a melhor dupla de área do São Paulo – claro, pelos jogadores que tempos no elenco e considerando Breno machucado -. Mas hoje fiquei me indagando: o Lugano que é muito velho e não pode jogar nesta defesa ou o Lucão que é muito novo e não pode jogar no time titular?

E o Carlinhos, um dos jogadores mais criticados pela torcida – não por mim -, acaba sendo o melhor do time, marcando o gol e sofrendo o pênalti. Não sei se Luis Fabiano pipocou ou se Kardec foi muito incisivo para fazer a cobrança. Mas se foi a segunda opção, que fosse incisivo até o fim, não desse aquele chutinho nas mãos do goleiro.

Uma coisa é certa: Ganso faz falta ao time. Pode ser morto, lento, pouco participativo, mas com ele em campo o time cria alguma coisa. O que foi criado neste domingo? Ficamos na dependência de Michel Bastos e Wesley para isso. E foi o que vimos. Um horror. Por isso sou radicalmente contra a saída de Ganso. Ele pouco participativo é melhor e mais útil que todos estes que estão aí.

Depois desta goleada a situação do vice-presidente de Futebol, Ataíde Gil Guerreiro, também ficou delicada. Já há quem diga no clube que ele fica somente até o final do ano. Tem como meta entregar o time classificado para a Libertadores. Eu era defensor de sua presença no cargo, mas a esta altura já acho que seu prazo de validade está vencido. Então, se o fim está próximo, que não seja ele o responsável pela contratação do novo técnico. Deixe com Leco, pois não podemos nos dar ao luxo de ter um técnico com apoio do vice-presidente, que virará ex-vice, e não contar com a simpatia do presidente. Será outro Doriva da vida, só que em papéis trocados.

Sei que estou chato, cheio de perguntas e cobranças, mas também não posso deixar de fazer alguns agradecimentos pelo 2015 que tivemos: ao ex-presidente Carlos Miguel Aidar, responsável maior por este ano trágico, com corrupção, comissões, namorada, e outras coisas. Aqui incluo seus principais vice-presidentes. Também ao ex-presidente Juvenal Juvêncio, que rasgou o regimento interno, se perpetuou no poder, fez o São Paulo descer do degrau em que estava, acima dos nossos rivais e para completar a lambança fez de Carlos Miguel Aidar presidente, o pior, certamente, da história do São Paulo. E aos conselheiros que aceitaram passivamente tudo isso, dando, inclusive, seus votos para eleger Aidar. Os senhores, muitos que viraram oposição e hoje voltaram ao poder, também são responsáveis.

Mas não vou deixar de fora o elenco. Um time que num ano toma de 3 e de 4 do Palmeiras, duas vezes de 3 do Santos e de 6 do Corinthians  vai ficar marcado por ter feito parte das maiores vergonhas do nosso clube. Rogério Ceni não merecia isso. Melhor seria ter parado ano passado para não se misturar a certos jogadores que tem sangue de barata nas veias.

Para encerrar, como gigante é gigante, tudo isso aconteceu e nós continuamos no G4. Esse elenco não merece ir para a Libertadores.  Mas a instituição merece. E, por ser gingante, ainda acredito que iremos. Vou torcer muito para isso, pois não é hora de torcer contra para termos mudanças. Elas terão que acontecer, de uma forma ou de outra. E estaremos aqui, torcendo muito, mas cobrando mais ainda.

Vitória sobre o Atlético-MG foi no estilo Osório

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu uma importante vitória, de virada, sobre o Atlético-MG, no Morumbi, e está no G4 do Brasileiro. Depois de um primeiro tempo fraco, sonolento, o segundo tempo pegou fogo e Milton Cruz foi perfeito em sua estratégia.

O time jogou bem a caráter de Juan Carlos Osorio – que estava na torcida – e mostrou que é possível jogar ofensivamente, de forma organizada.

O time que entrou em campo seria aquele que poderíamos considerar como lógico. Só que não deu certo Michel Bastos jogava mais pelo meio, com Ganso aberto pela direita e Pato pela esquerda. Hudson foi colocado para ficar fixo, à frente da zaga, enquanto Thiago Mendes tinha mais liberdade para chegar ao ataque.

A única diferença do São Paulo de Osorio para o de Milton Cruz foi a marcação pressão na saída do adversário. Ontem não vimos isso. Apesar da formação ofensiva, a espera era na linha de meio de campo. O problema era que sobrava para Luis Fabiano e Ganso, dois jogadores pesados e lentos, fazerem essa marcação. Pato não ajudava a marcar e perdia a bola com facilidade quando a tinha em seu poder.

O gol do Atlético no começo do segundo tempo fez Milton Cruz mudar. E foi com extrema felicidade que ele fez as substituições. Com as entradas de Rogerio no lugar e Pato e Kardec no de Bruno, ele mexeu em várias posições do time. Trouxe Hudson para a lateral, recuou Thiago Mendes, posicionou Michel Bastos mais à direita, mas dando liberdade a ele para atuar pelo meio, trouxe Ganso um pouco mais para trás para ser o responsável pela condução da bola e ligação ao ataque, abriu Rogerio pela esquerda e deixou Luis Fabiano e Kardec centralizados.

O empate logo surgiu. Mesmo tomando o segundo gol um minuto depois, dava para perceber que o São Paulo não perderia o jogo. A movimentação passou a ser muito grande no ataque, Rogério virou um transtorno para a defesa mineira pelo lado esquerdo, e as oportunidades foram surgindo. E sendo convertidas.

Milton Cruz fez duas substituições arrojadas, mas não poderia ser diferente, pois ainda estamos vivos na luta por uma vaga da Libertadores. E isso é o que me parece mais incrível. Com toda a crise que o clube passou esse ano, chegando até a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar, com todos os males causados pela diretoria que se desfez, o São Paulo, ao invés de brigar para não cair, está vivo na luta pela vaga da Libertadores. Vai ser Soberano assim lá longe!

A queda de Doriva, esperada. A do CEO, nem tanto. Mas há fumaça!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que Doriva não continuaria no São Paulo em 2016 era ponto pacífico. Faltava apenas saber em que momento ele iria cair. Eu, particularmente, estou numa posição antagônica: acho que o sucesso de um time está na manutenção de seu técnico o maior tempo possível e esta falta de sequência (foram quatro este ano) explica a situação crítica em que nos encontramos; mas entendo que Doriva deveria ser demitido logo após a partida contra o Santos, na Vila Belmiro. Aliás, acho que ele nem deveria ter vindo.

Mas por que veio? Segundo apurei junto a pessoas bem ligadas ao futebol do Tricolor, Doriva seria a resposta de Carlos Miguel Aidar a Ataíde Gil Guerreiro e de todos que queriam, naquele momento, colocar em dúvida sua autoridade. Enquanto Osorio e Ataíde botaram para fora do CT empresários que lá entravam autorizados por Carlos Miguel Aidar, Mariana Aidar e Cinira Maturana, Doriva seria mais maleável. Não participante de esquemas, mas faria vistas grossas pela vontade alucinante que tinha em dirigir o São Paulo. O substituto de Osorio, por Ataíde, seria Diego Aguirre. Mas ele foi demitido do cargo e Doriva foi contratado. À época denunciamos isso aqui.

Se houve um erro no presidente Carlos Augusto Barros e Silva foi a demora para fazer essa troca. É evidente que nem Aguirre, nem Doriva, nem ninguém deveria ser contratado para este final de ano. Não morro de amores pelo Milton Cruz, mas tenho certeza que ele iria manter o esquema implantado por Juan Carlos Osorio e levaria o time até o final desta temporada.

Estranho, no entanto, o momento da demissão. Por mais que tenha sido após mais uma derrota, quando o time não jogou nada contra o Cruzeiro, se tornou nebulosa. Até porque minutos após sua saída, veio a notícia da também demissão do CEO Alexandre Bourgeois. O que se comenta nos bastidores é que foi ele quem vazou a informação do contrato de Gustavo Oliveira, que conteria comissão de 1% a 3% sobre a venda de jogadores, além do um alto salário. Isso gerou nova crise interna no São Paulo e desagradou toda a diretoria. principalmente o vice-presidente de Futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e o presidente Leco. Doriva teria sido usado como a grande notícia do dia para empanar a demissão de Alex Bourgeois. Se confirmado, joga fumaça no ventilador neste início de administração de Leco.

Como afirmei em editorial no dia seguinte à eleição de Leco, nós apoiaremos essa diretoria por acharmos que é hora de pacificar o clube. Elogiamos a formação da atual diretoria por levar, entre outras pessoas de bem, dois membros da oposição, demonstrando vontade de unificar o São Paulo. Mas isso não significa dizer que vamos fechar os olhos para possíveis mal feitos ao São Paulo. E os acontecimentos desta segunda-feira me deixaram com a pulga atrás da orelha.

Antes que me perguntem, Cuca é o meu técnico. Não de hoje. Há muito tempo. Desde 2004, quando saiu do Tricolor, entendi que ele era o mesmo responsável pela perda da Libertadores naquela fatídica partida contra o Once Caldas, em Manizales. Não esqueçam que foi Cuca quem trouxe para o São Paulo, quase de graça, Danilo, Mineiro, Grafite, André Dias, Josué e Rodrigo, entre outros. Foi ele quem montou o time que acabou sendo campeão Paulista, da Libertadores e Mundial em 2005, e foi base do time tricampeão brasileiro em 2006, 2007 e 2008. Ele conseguiu dar o único título de Libertadores da história do Atlético Mineiro. E tenho certeza que será o nome ideal para levantar o São Paulo.

Time sem padrão tático e descompactado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para o Cruzeiro foi mais do que justa. Enquanto o time mineiro mostrava o que queria, tinha um desenho tático visível em campo, o São Paulo era um amontoado. Posições óbvias – até aí nada contra – mas em movimentação. Diferente daquele time de Osorio, por exemplo, quando tínhamos troca de posições constantes, boa movimentação, marcação pressão na saída do adversário e um esquema envolvente.

Agora o São Paulo joga esperando em seu campo, toca bola em seu campo, não tem evolução pelo meio e pelos cantos vive de cruzamentos para a área para tentativa das cabeçadas de Luis Fabiano, Ganso ou Pato. Voltamos ao famoso “muricybol”, mas sem a qualidade empregada pelo nosso ex-técnico.

Para completar a desgraça, a defesa estava uma lástima. Bruno fez uma de suas piores partidas com a camisa tricolor. Não atacou, pecou na marcação e errou todos os passes; o miolo de zaga, sobrecarregado pelas apresentações ruins de Thiago Mendes e Wesley à frente da área, acabou batendo cabeça e várias vezes o ataque adversário chegou cara a cara com Denis, que foi o grande destaque da partida com ótimas defesas; o lado esquerdo, com Reinaldo, desnecessário dizer.

Então tivemos novamente a divisão do time: Ganso, Pato, Luis Fabiano e Michel Bastos se preocupavam com a frente e os outros com a defesa. Sobrava um buraco imenso no meio de campo e a segunda bola era sempre do Cruzeiro.

Doriva percebeu esse espaço e trouxe Michel Bastos para jogar por ali. Mas, como Bruno estava muito mal, tirou o lateral e colocou Hudson. Resultado: nosso lado direito ficou preso até o meio de campo e não tinha ninguém lá na frente. Pato aparecia algumas vezes por ali, mas muito pouco para mostrar a movimentação que se espera no ataque.

Evidentemente poderemos alcançar o G4. Nossos próximos jogos são Atlético-MG no Morumbi; Corinthians, em Itaquera; Figueirense, no Morumbi; e Goiás, no Serra Dourada. Se fizermos 10 pontos nesses 12 restantes, acredito que a chance de classificação para a Libertadores seja real. O problema é fazer esses pontos. Com este time indolente e este técnico principiante, a esperança só sobrevive porque somos o Time da Fé. E é o que mais temos que ter para esperar algo de bom ainda neste final de temporada.

 

Nova diretoria de Leco tem a feição de Roberto Natel

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, depois de nove dias e muitas negociações nos bastidores da política do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva anunciou a formação da diretoria que, na teoria, comandará o São Paulo até abril de 2017. Nas vice-presidências ele restituiu o cargo a Roberto Natel, que ocupou essa posição na gestão Carlos Miguel Aidar, manteve no Futebol Ataíde Gil Guerreiro – também remanescente de Aidar -, escalou José Manssur para a vice-presidência de Comunicação e Marketing, Carlos  Sadi para vice-presidência Social e de Esportes Amadores, Elias Albarello para a vice-presidência de Patrimônio e José Jacobson Neto para a vice-presidência Administrativa.

Antes de qualquer análise quero ratificar nossa posição de apoio à pacificação no clube, acima de qualquer coisa, e que para chegarmos a isso passamos, necessariamente, ao apoio a esta diretoria. É necessário um mínimo de tempo para mostrar ao que veio. Todavia, apoiar não significa elogiar o tempo todo, mas a vigilância constante do que estão fazendo com nosso clube. Mas me permito fazer a análise desta composição.

O que senti na nova diretoria é um domínio completo de Roberto Natel. Assim como a gestão Aidar teve em Antonio Donizette Gonçalves seu homem forte na condução política do clube, agora é Natel quem exercerá de fato sua condição de vice-presidente geral e dará as cartas. Quem sabe não esteja por trás disso aí um apoio para Leco se reeleger em 2017 e confirmar apoio a Natel para 2020. Só tenho medo que esse domínio monocrático prejudique a busca do melhor.

Não entendi a colocação de José Francisco Manssur na vice-presidência de Comunicação e Marketing. Ele é advogado bem sucedido e não tem, até onde eu sei, formação nessa área. Vou dar o tempo necessário para ele provar seu valor, mas tenho dúvidas nessa nomeação. O lado bom é que Vinicius Pinotti foi mantido na diretoria de Marketing e Bruno Caetano, que ocupou a diretoria de Comunicação na gestão Juvenal Juvêncio, foi reconduzido ao cargo. Pessoa da maior competência e seriedade.

Nas demais vices-presidências acho que tivemos uma evolução. Se não no contato com o público – o sócio e o torcedor -, ao menos na seriedade e compromisso com o São Paulo. Aqui estou querendo dizer os nomes de Ataíde Gil Guerreiro e Carlos Henrique Sadi.

Outros avanços estão centrados em algumas diretorias: na área jurídica saiu Leonardo Serafim dos Anjos e entrou Paulo Mutti, pessoa que foi exemplo na condução da Comissão Disciplinar do clube no tempo em que foi seu presidente; no Financeiro saiu Osvaldo Vieira de Abreu, responsável por conduzir o desastre financeiro das gestões JJ e Aidar e entra Adilson Alves Martins, profissional bem sucedido e com competência suficiente para ajudar a tirar o São Paulo do buraco onde se encontra; Manoel Moreira, na diretoria Social, José Moreira, na Administrativa e Fernando Bracalle, nos Esportes Amadores, foram mantidos das gestões anteriores, mas vinham fazendo grande trabalho e mereceram permanecer no cargo. Também gostei do nome de Roge Davi como Diretor Ouvidor. E aprovo Angelina Juvêncio, esposa de Juvenal Juvêncio, que foi reconduzida ao cargo de diretora de Assistência Social e que durante o mandato de seu marido fez um grande trabalho na área social.

Me surgem como surpresas – agradáveis, as nomeações de Tércio Molica, para a diretoria de Manutenção, e Rodrigo Gaspar, para Assessoria da Presidência. São oriundos da oposição e tiveram trabalho muito sério no combate a toda a quadrilha que se instalou no São Paulo nos últimos 18 meses.

Nada a acrescentar quanto a manutenção de Rubens Moreno na diretoria de Futebol – papel um tanto decorativo – e as demais diretorias, pois alguns eu não conheço e outros preciso ver como se comportam nos seus novos cargos. A lamentar apenas a indicação de  José Carlos Ferreira Alves para a função de Diretor Secretário Geral. Este foi o grande engavetador dos pedidos de apuração das denúncias contra a administração de Juvenal Juvêncio, principalmente as denúncias que fizemos – e vencemos na Justiça -, sobre as irregularidades do CT de Cotia. À época, ele presidia o Conselho Deliberativo do São Paulo.

Mas vou dar meu aval a apoio a todos que começam essa jornada de retomada de credibilidade do São Paulo. Com a participação de dois membros da oposição na diretoria, me parece que a pacificação está a caminho.

 

O time jogou contra o Sport o que deveria jogar sempre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ganhou com extrema facilidade do Sport, 3 a 0, e mostrou um futebol que deveria mostrar sempre. Mais do que isso, a vontade e a determinação deveriam sempre estar presentes, não o marasmo que vimos contra o Santos e contra o Vasco, por exemplo.

Doriva acertou: voltou à escalação que Osorio fazia e o time rendeu. Recuou Rodrigo Caio para a zaga com Lucão, para mim, com Breno fora, a melhor dupla de zaga do São Paulo, e colocou dois volantes que marcam e sabem sair jogando. Por mais que eu não goste de Wesley, tenho que reconhecer que ele foi bem. Além do policiar o meio de campo apareceu muitas vezes na frente, alternando com Thiago Mendes e fez a assistência para o primeiro gol.

Ganso jogou do meio para a frente. Como sobrou fôlego, correu muito para marcar a saída de bola adversária e ajudou a encher o meio de campo. Foi um verdadeiro maestro distribuindo jogo para todos os lados e sempre encontrando alguém em condição de finalizar. O gol de Luis Fabiano saiu após lançamento perfeito de Ganso para Pato e outro mais perfeito ainda de Pato para o Fabuloso. Ganso, aliás, que já havia marcado o primeiro gol como um verdadeiro centro-avante.

O destaque negativo da partida ficou por conta de Michel Bastos. O time estava irritado com a torcida, a ponto de Luis Fabiano comemorar o gol olhando para dentro do campo e abraçando seus companheiros, sem sair das quatro linhas. Michel Bastos, que teve uma péssima atuação e vinha sendo criticado, com pedidos de Rogério em seu lugar, marcou o terceiro gol e mandou a torcida calar a boca. E ainda fez um gesto que, na minha visão – eu estava no estádio – foi no sentido de mandar a torcida tomar no… O  Dodô, por menos do que isso, por ter dado uma “banana” para a torcida, foi enxotado do São Paulo. Acho que com o Michel Bastos deveria acontecer a mesma coisa e, por isso, espero atitude firma de Leco. Michel foi substituído por Rogerio, saiu muito vaiado, foi direto para o banco de reservas e foi embora sem conversar com ninguém.

Voltando ao jogo, o São Paulo sobrou em campo. Denis até foi chamado para intervir uma vez e fez boa defesa. Antes, no primeiro tempo, ele titubeou numa bola pingando na pequena área e quase foi surpreendido.

O fato é que estamos no G4, o que mostra o gigantismo que é o São Paulo. Com toda a crise que passamos, com roubos, denúncias, falcatruas, renúncia de presidente, nova eleição, troca diretoria, volta diretoria, e o time está no G4. Isso mostra que mesmo que queiram, como Aidar e seus asseclas, vai ser muito difícil acabar com o Soberano.

Derrota na Vila exige mudança já

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu por 3 a 1 do Santos, na Vila, mas poderia ter sido muito pior. O que vimos no primeiro tempo foi um passeio do Santos, que somente no contra-ataque, graças a fragilidade defensiva do São Paulo, matou o jogo. Fez 3 a 0 e parou, literalmente parou, porque se forçasse conseguiria uma goleada história.

E culpo Doriva cem por cento pelo que aconteceu. Não o condeno por ter entrado com um esquema ultra ofensivo, por ter mudado a defesa, tirando o lento Luis Eduardo e colocando Lyanco, mais veloz. Mas quando imagino que a dupla de volantes será Rodrigo Caio e Michel Bastos, e vejo que o segundo volante passa a ser Ganso, com Michel Bastos jogando mais à frente, então não há o que fazer.

Outra coisa que Doriva não entende é que marcar no campo adversário, dificultando a saída de bola da defesa, é a melhor forma de se defender. Era isso o que fazia Osorio, e que gerou críticas de Doriva, pois em sua visão, o time não estava compactado. E agora, está? Na primeira bola que Pato perdeu no ataque, em três toques o Santos atravesso o campo e marcou o primeiro. Na segunda bola que perdemos, aliás com falta clara em Ganso – não marcada -, em três toques o Santos chegou ao segundo gol. Na terceira bola perdia, em três toques o Santos chegou ao terceiro gol. E parou de jogar para não ficar mais vergonhoso.

Não sou daqueles que defendem demissão de técnico por uma derrota, ou uma má fase. Ao contrário, acho que um técnico para dar certo precisa ficar, no mínimo, um ano inteiro, começando a temporada. Mas Doriva veio na hora errada e de maneira torta. Não seria ele o substituto de Osorio. A briga entre Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, com a demissão do vice de futebol, fez com que a ira odiosa revanchista de Aidar desfizesse a contratação prestes a acontecer e trouxesse Doriva, um cara maleável e de fácil trato para que empresários voltassem a atuar na Barra Funda. Doriva é inexperiente e não está à altura do São Paulo. Quem sabe daqui a alguns anos ele possa voltar.

O lógico teria sido a efetivação de Milton Cruz até o final do ano. No mínimo ele manteria o esquema implantado por Osorio e nossa chance seria maior. Aliás, acho  que é isso o que vai acontecer. Doriva deve ser demitido ainda hoje e Milton Cruz assumir o time até o final do ano. E para 2016, espero coisas boas. Talvez Cuca, para mim “o cara”.

Leco: esperamos sua primeira atitude!

O que espero de Leco e da oposição do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, talvez possa parecer muita pretensão minha emitir conceitos com direção a ser seguida e ações a serem feitas, mas o farei aqui com a certeza de estar representando uma boa parcela da torcida e do sócio do São Paulo.

Em primeiro lugar é preciso deixar muito claro que a primeira parte do objetivo maior foi alcançada: a saída de Carlos Miguel Aidar e seus asseclas diretos, que tão mal causaram à instituição, do comando do clube. Agora vem a pacificação e a reorganização de toda essa estrutura destruída.

Achei de suma importância a atitude de Newton Luiz Ferreira colocando-se aos leões, mas mantendo sua candidatura. A oposição tem sempre que estar presente e evitar que a regra do jogo seja homologatória.

O que espero de Leco?

De início ele tem obrigação de constituir uma equipe ética, que esteja acima de qualquer suspeita e que  no mínimo deslize de qualquer integrante, este seja colocado para fora da diretoria. Tem uma dura missão de reorganizar o clube economica e politicamente e apaziguar todas as correntes. Pensar já em 2016 com a certeza de que perderemos grandes jogadores e a reposição tem que ser no mesmo nível, pois o São Paulo não pode nunca entrar num campeonato para participar. Ele tem sempre que entrar para ganhar. E, acima de tudo com mais mais urgência do que qualquer outro fato, tem que iniciar imediatamente a apuração das denúncias contra a administração anterior, com auditoria e investigação. Tem que tornar público que está sendo apurado, a partir da fita que foi entregue ontem por Ataíde Gil Guerreiro à Comissão Disciplinar, ou o São Paulo ficará sob nuvens eternas.

O que espero da oposição?

Que mude sua forma de atuar, não deixando de ser rígida. Gostaria que nossa oposição tivesse um padrão soberano, sabendo enxergar o momento e que a hora é de paz, de união por um bem maior. Que as críticas sejam sempre no sentido construtivo. Que não se invente notícia onde ela não existe, apenas para gerar debate. Que ideias sejam transmitidas à diretoria para o debate consistente e se traduzam e boa novas para nosso sócio e nosso torcedor. Mas que seja sempre vigilante para não permitir o menor espaço a quem estiver em algum cargo, mas tiver má índole e for um lobo revestido em pelo de cordeiro.

Qual será a posição do Tricolornaweb?

Assim como fizemos no início das eras Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar (meu Deus!), vamos apoiar estes primeiros meses da gestão Leco. Como? Acompanhando com seriedade, mas dando o tempo necessário para conhecermos sua conduta. De nada adianta criticar agora, pois sabemos que a situação é pré-falimentar e que vai ser necessário muito sacrifício de todos para a casa ser colocada em ordem. Vamos dar um crédito de confiança a Carlos Augusto de Barros e Silva e toda a equipe que ele definirá. O fato de não escalar os ex-vice-presidentes de Carlos Miguel Aidar já me dá um grande alívio.

Mas não vamos admitir, em hipótese alguma, que a sujeira da  trup de Aidar seja jogada para baixo do tapete. Se sentirmos qualquer atuação nesse sentido, o novo presidente terá uma oposição feroz nesse site. Não vamos sossegar enquanto não vermos as denúncias apuradas e as medidas tomadas, como expulsão dos quatro do quadro de associados do São Paulo e ação criminal contra eles, pedindo ressarcimento de tudo que foi retirado do clube.

Portanto, senhor Leco, fique atento: estamos juntos nesse primeiro momento, mas podemos ficar bem opostos se o trem sair da linha. E acho que o senhor pode perceber que não é muito bom ter o Tricolornaweb como acusador, certo?

Eleição desta noite tem o dever de pacificar o São Paulo. Pacificar?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo deve realizar eleição para o novo presidente na noite desta terça-feira. É verdade que neste horário em que escrevo esse editorial, a eleição está suspensa por conta de uma liminar concedida a cinco conselheiros da oposição na tarde de ontem. Mas há tempo do recurso e de se derrubar essa elemento jurídico para que a eleição ocorra normalmente.

Me irritou muito a atitude deste grupo da oposição. E isso só aprofunda ainda mais o mal que Carlos Miguel Aidar causou ao clube, gerando ódio entre forças, fazendo alguns se esquecerem que a instituição São Paulo está acima de qualquer vaidade, qualquer objetivo pessoal, qualquer grupo.

Os grupos de conselheiros que integram o Conselho Deliberativo tem obrigação de se unir para pacificar o clube e, a partir daí, começar a reconstrução. Não está me interessando nesse momento se é Carlos Augusto de Barros e Silva, a quem chamarei daqui até o fim do texto apenas de Leco, ou Newton Luiz Ferreira, o Newton do Chapéu – da mesma forma será o tratamento – quem vai ganhar a eleição.

Até onde eu sei Leco afastou e decretou a impossibilidade concreta de permitir que pessoas no naipe de Douglas Swhartzmann, Antonio Donizette Gonçalves – o Dedé -, o Júlio Casares façam parte da diretoria, ainda que com indicações. O mesmo vale para Newton do Chapéu, até porque sendo da oposição, seria incabível pensar em possibilidade diferente.

Defendi muito, nos bastidores, o lançamento de um candidato pela oposição, fosse ele quem fosse. Entendo que eleição com chapa única significa homologação e não faz bem para qualquer instituição democrática. E quando prego união de todas as forças, não estou dizendo que não quero oposição pós eleição. A oposição sempre terá que existir para que o executivo trabalhe bem. Mas que essa oposição seja construtiva, que aponte os erros e não critique por criticar.

É preciso entender que o São Paulo atravessa uma crise nunca vista em sua história. A economia, a ética e a moral estão arrasadas. Carlos Miguel Aidar conseguiu em um ano e meio fazer o mal que nem a soma dos males de nossos 80 anos foi capaz de alcançar. Ele aprofundou o arraso financeiro deixado por Juvenal Juvêncio e estuprou a ética e a moral do São Paulo.

As brigas por vaidade, ego ou postulações pessoais só tendem a impedir que o eleito nesta noite consiga juntar os cacos e começar a reconstrução do São Paulo.

Sabemos que Leco já disse que seu vice será Roberto Natel e seu vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro, e que Newton do Chapéu poderá colocar Márcio Aranha como vice de Futebol e terá uma diretoria montada com base nas orientações de Fernando Casal de Rey e Eduardo Mesquita Pimenta.

Seja quem for o leito terá obrigação de escalar para as vice-presidências e  diretorias nomes acima de qualquer suspeita, de moral ilibada, independente de ligação com qualquer grupo ou fora deles. Será uma gestão de transição de um ano e meio e a a grande disputa eleitoral deverá ser deixada para 2017. E mais: apurar tudo, absolutamente tudo, e tornar público, pois não se admite que tantas denúncias que foram de conhecimento de todos sejam apuradas e as respostas se guardem entre quatro paredes.

O Tricolornaweb, como de costume, não apoia nenhum dos dois candidatos, mas apoia a disputa saudável, democrática, e essa união pelo bem maior: pelo São Paulo que é nosso, dos sócios, dos torcedores, não de um grupo de conselheiros.