São Paulo foi operado em empate com Novorizontino

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, poucas vezes presenciei algo tão acintoso, de flagrante incapacidade atrelada a má índole de um trio de arbitragem. Aliás, vou falar de uma dupla de arbitragem, pois o bandeira que estava acompanhando a defesa do São Paulo no primeiro tempo nada teve a ver com a lambança feita.

Os erros, que classifico como roubo também no Morumbi, desrespeitaram o torcedor, o jogador, o clube e o próprio futebol. Não há esporte que sobreviva com pessoas da estirpe deste juiz e do bandeirinha que anulou os dois gols legítimos de Alexandre Pato.

O São Paulo empatou 1 a 1 com o Novorizontino. O placar moral seria, no mínimo, 4 a 1. Dois gols legítimos anulados; três pênaltis claros não marcados. E vejam que considero 4 a 1 porque seriam os dois gols de Pato e considero que o São Paulo poderia desperdiçar dois dos três pênaltis. Se convertesse todos seria 6 a 1.

A superioridade do time foi flagrante. O goleiro Thiago Volpi não fez uma única defesa. Reconheço que o time esteve aberto a contra-ataques, mas vi uma rapidez muito grande na recuperação do time, na transição ataque defesa, a ponto de não permitir uma única chance de gol para o time do interior – a única que a defesa não chegou, saiu o gol -.

Vi muitas críticas de torcedores pelo fato do São Paulo não ter vencido o time reserva do Novorizontino. Mas convenhamos: com todos estes ingredientes colocados no cardápio molhado do Morumbi, é possível criticar o time? Sem contar os erros que nos tiraram a vitória, há ainda a presença do goleiro Oliveira, com, no mínimo, quatro defesas impressionantes, evitando gols do São Paulo.

Foi um massacre. Aliás, foram dois massacres: o do São Paulo contra o Novorizontino, e o da arbitragem contra o São Paulo.

Apesar de reconhecer que a imprensa, em sua maioria, tratou o assunto como deveria ser tratado, vi alguns sites colocando que a arbitragem foi polêmica. Ridículo. Não teve nada de polêmica. Teve de incompetência e assalto, isso sim.

Espero que a diretoria faça o que tem que ser feito. Raí foi correto ao ir à zona mista e detonar a arbitragem para a imprensa; Lugano foi correto em detonar a arbitragem em suas redes sociais; mas falta o principal: Leco tem que ir à Federação Paulista de Futebol, exigir providências, romper com a FPF e colocar o time reserva – ou sub-20 – para disputar o restante do Paulista. Mas acho que aí já é pedir demais para essa diretoria.

Não aceito críticas de impotência do time no jogo desta segunda-feira. Nenhum time consegue jogar contra uma arbitragem tão danosa quando a que tivemos nesse jogo. Por isso continuo vendo, sim, evolução no time. Sigamos em frente.

Longe do ideal, time está evoluindo

Amigo são-paulino, leitor do Tricornaweb, vi os comentários aqui no site e nas redes sociais e continuo achando que o pessimismo exagerado está imperando, com muita força, em nossa torcida. Se ganha um jogo, ganhou, porque o adversário é fraco. Se perde, é porque nosso time é muito fraco.

Empatamos um clássico contra o Palmeiras, com mando do adversário, ou seja, torcida única contra, empatamos, jogando melhor em vários momentos da partida e só ouvi reclamações. Ganhamos ontem da Ferroviária, em Araraquara, de virada, mostrando que o time não se abateu quando tomou o gol, e continuei lendo e ouvindo lamentações.

Estamos esquecendo que esse é apenas o terceiro jogo pós pré-temporada, que o preparo físico ainda não é o ideal – aliás, está longe de ser alcaçado – e que a qualidade técnica padece desta falta de estágio físico.

Quando sofreu o gol, o São Paulo já tinha perdido duas oportunidades com Pato (uma que o goleiro defendeu e outra que foi no travessão, uma com Pablo. Depois que sofremos o gol o time não se abateu, foi para cima e logo empatou, um golaço de Hernanes.

Começou o segundo tempo e viramos o jogo. O São Paulo continuou conduzindo as ações, apesar da Ferroviária ter sido obrigada a sair para o jogo.

Na realidade, nosso sofrimento maior foi nos últimos minutos, quando o recuo foi excessivo e a Ferroviária chegou a ter uma chance clara aos 48 minutos. E acho que, bem treinado, o time que começou ontem tem que ser o titular para sempre.

Mas no balanço, a vitória foi importante e se olharmos a tabela de classificação geral, só estamos atrás do Santo André, que fez três jogos e teve três vitórias. E estamos reclamando do time, que não rende, que isso e aquilo.

Repito: não estamos jogando o futebol dos sonhos. Mas eu quero isso? Nesse momento, o que eu quero são vitórias e títulos. O resto a gente vê depois.

Empate com Palmeiras pode ser considerado bom resultado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, temos que perder esse complexo de vira-lata, acabar com o pessimismo extremo que possuímos – enquanto torcedores do São Paulo – e olhar com um pouco mais de boa vontade o que acontece.

Em qualquer época da história do futebol, um empate num clássico, quando o mando é do adversário, e hoje isso significa torcida única -, te que ser tido como bom resultado. Se alguém tem que lamentar o resultado deste domingo, em Araraquara, esse alguém é o Palmeiras.

Ao contrário da maioria dos comentários que li no Opinião de são-paulino, os quais respeito, não entendo que o São Paulo foi dominado e se safou da derrota. Concordo que o jogo foi fraco tecnicamente, mas credito isso ao fato de ser o segundo jogo após a pré-temporada, sob um sol de 35 graus centígrados.

O São Paulo teve maior domínio das ações no primeiro tempo, pressionou a saída de bola do Palmeiras. Isso naturalmente cansa mais do que o normal.

O Palmeiras teve duas grandes oportunidades. E uma Dudu apareceu cara a cara com Thiago Volpi, que fez grande defesa; na outra Ramires acertou a trave, com chute de fora da área. O São Paulo também teve duas: com Hernanes, chutando de fora da área, a bola desviando em Gomez e indo a escanteio, mas passando raspando a trave, e outra com Helinho, chute de fora da área para grande defesa de Wewerton.

No segundo tempo, as chances também foram iguais: o Luiz Adriano acertou uma cabeçada no travessão e o Daniel Alves perdeu aquele gol absurdo, após lançamento brilhante do Thiago Volpi.

Portanto não vi o Palmeiras superior ao São Paulo em nenhum momento. Ah! Os últimos dez minutos. Verdade. O São Paulo se fechou e o Palmeiras foi para cima. Mas criou alguma chance efetiva? Não.

Uma derrota no clássico deste domingo não seria prenúncio de rebaixamento no Brasileiro, nem eliminação precoce na Libertadores, assim como uma vitória não seria certeza de título nessas mesmas competições. Mas, como parâmetro do que pode vir por aí, estou confiante que 2020 nos trará algumas alegrias.

Não sei se estou sozinho nessa balada. Mas vou seguir otimista, afinal, torço para o Time da Fé.

Estreia no ao trouxe algo interessante

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo teve sua estreia o ano – e no Campeonato Paulista – com uma vitória sobre o Água Santa. Resultado obrigatório em se tratando de jogo no Morumbi, independente de estarmos com o time titular ou não.

Algumas coisas interessantes me chamaram a atenção, de forma positiva. O entrosamento que está começando entre Daniel Alves e Hernanes, no meio de campo, a participação de Pablo, não só pelo gol, mas pela movimentação e entrega, a formação tática, com jogadores bem espalhados pelo campo, sabendo o que teriam que fazer, enfim, um time de futebol em campo.

A preocupação que surgiu foi com relação aos espaços deixados no meio de campo, que possibilitaram ao Água Santa algumas chances de gol. Thiago Volpi trabalhou bastante. Nosso meio de campo está sem marcadores por excelência, é muito leve e isso dificulta para a defesa.

Aliás, o próprio Fernando Diniz reconheceu essa deficiência na coletiva pós-jogo. Não se trata de mudar os jogadores, mas de colocá-los com melhor posicionamento em campo.

É apenas começo de temporada. Assim como não posso avaliar o ano do São Paulo por essa vitória contra o Água Santa, também não poderei fazer a avaliação por uma vitória ou derrota contra o Palmeiras, no domingo.

Mas confesso que estou otimista para o ano. Acho que vamos ganhar alguma coisa, vamos sair dessa secura que nos encontramos há oito anos.

Vamos acreditar!

2020 começa. Que seja melhor que 2019!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, começamos a viver 2020. É fato que para o elenco o ano começa na quarta-feira. Também não é menos verdade que para a torcida, o ano começa dia 05 de março, na estreia da Libertadores. Mas a temporada está aberta.

Passamos um ano de irritações com o time. Após um começo entusiasmante, ganhado a Copinha, e um título paulista que escorreu entre nossos dedos com aquele gol no último minuto dos acréscimos, em Itaquera (depois perdemos nos pênaltis), tínhamos uma previsão de coisas boas.

Mas esse vice-campeonato paulista já tinha deixado para trás uma enorme frustração, com a precoce eliminação na Pré-Libertadores para o modesto Talleres, da Argentina. Um pouco mais para a frente viria outra decepção, com a eliminação da Copa do Brasil, na primeira rodada (ainda que fossem as oitavas-de-final) para o modesto Bahia. Mas terminou com o G4, que nos deu direito á classificação direta, para a fase de grupos da Libertadores. É verdade que terminamos em sexto no Brasileiro, mas fomos beneficiados pelas classificações antecipadas de Flamengo e Athlético-PR.

Se formos analisar o início da administração Leco, no final de 2015, temos que reconhecer que houve uma grande evolução. Afinal, por dois anos lutamos contra o rebaixamento. Ano passado fomos à Libertadores, ainda que na fase pré-classificatória. Agora estamos na fase de grupos.

Grande parte da torcida critica duramente Raí. Lá atrás eu disse que não seria possível fazer em um, nem em dois anos, uma arrumação de casa depois de dez anos de destruição. E entendo que, entre erros e acertos, a casa em sendo colocada em ordem.

Em 2019 o Reffis esteve sempre cheio. Inúmeras lesões, em alguns casos repetidas, e o preparo físico abaixo da crítica. A primeira atitude, ainda no final do ano, foi a demissão de fisiologistas e preparadores físicos, o início da montagem de uma comissão técnica definitiva, como sempre tivemos em épocas vencedoras, e isso é um sinal muito positivo.

Problemas localizados foram resolvidos adequadamente: compras de Thiago Volpi, Igor Vinicius e Vitor Bueno. Suficiente? Não. Acho que temos um ótimo time, mas um elenco de médio para fraco.

Ouso dizer que com esse elenco seremos apenas meros coadjuvantes no Paulista, na Libertadores e no Brasileiro. Apesar da situação financeira difícil, títulos trazem retorno financeiro e não se tem lucro sem investimento. Portanto, procurem alternativas e reforcem o elenco, pois não tenho mais saco para ser coadjuvante. Quero o São Paulo ocupando o espaço do protagonismo, seu real e verdadeiro lugar.

Tempo há. Basta querer. E colocar esse departamento de Marketing, há tempos uma vergonha para a grandeza do São Paulo, para trabalhar e vender essa marca, que está numa camisa que entorta varal. O Reffis foi arrumado. Agora é a hora do Marketing.

Bom 2020 a todos, repleto de conquistas.

Uma verdadeira tarde de gala no Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo é gigante, é monstruoso, é insuperável. É o maior do mundo. Aquele que faz Barcelona, Milan e Liverpool dobram-se aos seus pés. E de novo, o todo temido Barcelona, freguês dos garotos de Telê Santana em Tokio, em 1992, de novo são colocados na roda e agora, goleados dentro do Morumbi: 3 a 0.

Desculpem, queridos leitores, mas deixe me levar pela emoção de ver em campo alguns de muitos nomes que honraram nosso manto, nos deram os maiores títulos que algum clube pode ter, e em profusão. Vi meus ídolos de ontem e de sempre desfilando, não chutando, mas tratando bem a bola.

Viajei, sim. Fui la atrás e, de repente, parecia que eu estava vivendo aqueles anos 80, 90, 2000. Careca, com 60 anos (quase), nem conseguiu pegar a bola. Mas só pelo fato de vê-lo em campo, com o nosso uniforme, já valeu muito. E Silas? E Muller? E Ronaldão? E Zetti?

Ah, mas corremos os aos e paramos os anos 2000. Ver Josué e Mineiro formando um meio campo por onde ninguém conseguia penetrar. E se passasse tinha lá atrás Fabão e Luganos, gigantes. Fabão é algo a parte. Parece que ainda é jogador em atividade, mesmo com 46 anos. E peitando o juiz.

Souza, impecável, como lateral ou meia. O verdadeiro polivalente. Richarlyson, também, como volante, lateral, zagueiro, em todas as posições e sobrando; Jorge Wagner, impecável, com cruzamentos perfeitos, fazendo a ala esquerda como poucos o sabem fazer; Cicinho, certeiro nos cruzamentos, nos chutes; Aloisio Chulapa, não marcando gols, mas arrumando para quem vem de trás, como semmpre fez. Foi o centro-avante que menos gols marcou pelo São Paulo, mas que foi idolatrado pela torcida por ser um dos melhores pivôs que vi jogar com nossa camisa; e Dagoberto? O melhor da Legend Cup, um golaço, assistências, expulsão.

No banco Muricy Ramalho, levando a sério, como se fosse mesmo a decisão do mundial. Pegando no pé de de Denilson o tempo todo, pedindo mais participação, pressionando os jogadores.

Voltei ao tempo em que, como criou Milton Neves, torcer para o São Paulo era uma grande moleza. Hoje está difícil. Torce para o São Paulo hoje quem realmente ama o clube e é são-paulino de verdade, raiz ou nutela, não importa. Porque estes últimos oito anos foram tétricos.

Cheguei a brincar nas redes sociais. Perguntei se não podíamos colocar esse time para disputar a Libertadores para nós.

Aliás, será que algum jogador do elenco ousou assistir o Legend Cup? Acredito que não. Se assistiu, se sentiu envergonhado em ver pessoas acima dos 45 anos dado o sangue em campo e honrando nosso manto.

Bons tempos revivemos hoje no Morumbi. Que nosso elenco atual se encha de brio e nos faça reviver esses tempo, agora de modo presente. O São Paulo tem que voltar a ser gigante.

Partida contra o Inter mostra que quando quer, o time faz

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Internacional foi de fundamental importância para o ano de 2020. O fato de entrarmos já na fase de grupos nos permite fazer uma boa pré-temporada, esquentar o motor no Paulista para chegar tinindo na Libertadores.

Mais do que isso, o jogo mostrou que quando o time quer, é capaz de fazer uma baita partida. Não tenho receio em afirmar que foi o melhor primeiro tempo que fizemos nas mãos de Fernando Diniz. E só caímos no segundo tempo após sofrermos o gol. Ainda assim porque Marcio Araujo encheu o time de volantes para segurar o resultado, o que nos colocou em risco.

Mas foi possível ver Daniel Alves correndo – e jogando – muito mais que muitos garotos, Igor Gomes sendo um verdadeiro meia, Antony um verdadeiro jogador de definição, contra-ataque preciso, Tchê Tchê primoroso na condução da bola da defesa para o ataque, Arboleda ganhando todas em cia e em em baixo, Bruno Alves anulando Guerreiro. Enfim: vimos um time.

Mas por que não jogamos sempre assim? Essa é a grande pergunta cuja resposta não aparece.

Eu disse aqui no Tricolornaweb na terça-feira que, caso vencesse o Inter na quarta, Diniz seria mantido no cargo. E aconteceu. Não é o técnico dos meus sonhos. Aliás, passa longe disso. Mas entre ele e Mano Menezes, que era o nome mais próximo do Morumbi, fico com ele Até porque, perder por perder pode ser com os dois. Então que perca jogando para a frente, bonito, não retrancado, de forma medrosa,

Outra coisa: a torcida está pegando muito no pé do Pablo. Ele está abaixo, fato. Mas quero lembrar que ele ficou quase a metade do ano parado, com muitas contusões, e continua sendo o artilheiro do time no ano. Será que vamos queimar mais um?

Como sempre digo, eu prefiro olhar o meio copo cheio de água do que o meio copo vazio. Por isso continuo acreditando no time. Enquanto alguns que se dizem são-paulinos torcem contra para aproveitarem e encherem de críticas a diretoria, eu nunca torcerei contra e se tiver que elogiar a diretoria vou elogiar.

Então, sigamos, mesmo não sendo do nosso gosto, mas torcendo pelo sucesso.

Mais um fiasco. De humilhação em humilhação, seguimos rumo ao G4

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, sei que vocês devem estar pensando que estou maluco, pois jogo um título que começa com o abismo e termina com as alturas.

Mas é fácil entender. O número de humilhações que passamos nesse Brasileiro é absurdo. Continuamos sem ganhar clássicos nas arenas, tomamos goleada aqui e acolá, perdemos de times próximos do rebaixamento no Morumbi, e mesmo assim estamos a uma simples vitória contra o Internacional, em casa, para nos garantirmos no G4, até porque no G6, graças a Rogério Ceni, já estamos.

Evidentemente o São Paulo só alcançará esse patamar pela absoluta inércia dos adversários, que conseguiram ser piores ainda. Mas quando olhamos para a frente, precisamos pegar um binóculo para enxergar o campeão, Flamengo, que fez 30 pontos a mais do que nós. Sabem o que é isso? É mais do que a Chapecoense fez no Brasileiro. Portanto eu poderia dizer que estamos a uma Chapecoense de distância do Flamengo; o Santos, virtual vice-campeão, está 14 pontos à nossa frente.

É bom que se note que estamos em sexto no campeonato e só vamos para o G$ (se conseguirmos)graças ao fato de Flamengo e Athletico-PR já estarem na Libertadores (lembrando que um ganhou Libertadores e Brasileiro e o outro ganhou Copa do Brasil e Sul-Americana).

Não sobrou ninguém do lado de trás. Tirando Inter e Corinthians, que estão na briga conosco pelo G4, sobram Fortaleza, Bahia, Goiás e outras coisas do mesmo nível. Ou seja: vamos por inércia, apesar das constantes humilhações.

Em Porto Alegre vi um jogo horrível no primeiro tempo, digno de série B. No segundo tempo, por incrível que pareça, o São Paulo começou melhor. Em quatro minutos, duas chances de gol não convertidas. Depois entre os 10 e os 15 minutos o Grêmio teve três chances de gol, convertidas.

Essa a nossa diferença. Nós até criamos, mas não fazemos. Foi assim contra o Fluminense, o Athletico-PR, o Ceará, o Santos, o Grêmio, e assim sucessivamente. E os fiascos se repetem.

Raí garantiu Fernando Diniz, mas até a página 2. Disse que não está totalmente contente com o trabalho. De imediato afirmo: fui e continuo radicalmente contra a demissão agora. Se ganharmos do Inter quarta-feira, aí pode demitir, porque o objetivo (mínimo obrigatório) foi atingido. Apesar que o banco será ocupado por Marcio Araújo, já que Fernando Diniz está suspenso.

E podemos começar a pensar 2020 com rigor. Talvez fosse providencial a mudança em todo o departamento de futebol, não só em Diniz. Mas isso já é assunto para outro editorial.

A vitória sobre o Vasco foi boa. Melhor ainda foi Daniel Alves

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, sei que vou ser apedrejado, mas não faço coro com aqueles torcedores que só viram coisas negativas no time na vitória desta quinta-feira, no Morumbi, sobre o Vasco da Gama, por 1 a 0.

Tenham a paciência de assistir de novo o jogo e vejam quantas vezes o Vasco conseguiu passar do meio de campo no primeiro tempo. O São Paulo continuou com o famoso “tic tac” de Fernando Diniz, mas desta vez no campo de ataque. Daniel Alves chamou a responsabilidade para si e com um meio de campo leve, apenas Tchê Tchê para marcar lá atrás, a bola rolou o tempo todo no nosso campo de ataque.

Chances foram criadas, gols forram perdidos, o goleiro do Vasco fez, no mínimo, duas grandes defesas. O São Paulo não correu risco algum, não sofre contra-ataque, sufocou o Vasco.

No segundo tempo o time recuou um pouco. Permitiu ao Vasco crescer e Thiago Volpi salvou duas vezes a meta do São Paulo. Mesmo assim ainda tivemos chances em contra-ataques, desperdiçados, mais uma vez, pelo demora em nossos jogadores de liberarem a bola para quem está em melhor condição. Então, se há alguma restrição a fazer é nos últimos dez minutos de partida. De resto, o São Paulo mandou e administrou o resultado.

Depois do jogo, no entanto, a nota ficou por conta de Daniel Alves. A entrevista que concedeu na zona mista, e que a Web Rádio São Paulo transmitiu ao vivo, foi destruidora. Ele detonou a política interna do São Paulo, as trocas de treinadores (foram quatro este ano), a briga pelo poder. Enfim: falou o que todos nós falamos o tempo todo aqui no Tricolornaweb.

Se entendo que ele é um jogador e deve se limitar a isso, deixando que que está na política se resolva, ou seja, uma inversão de hierarquia, por outro acho que ele colocou o dedo na ferida e exteriorizou o que ocorre no CT da Barra Funda e que nós, torcedores, ou jornalista, somos privados de saber.

Curiosamente as reações contrárias que vi até agora foram de pessoas ligadas à oposição. Isso pode até me levar à ilação de que foi algo “orientado” pela diretoria, um recado com assinatura de alguém que está acima dele. Ou seja: não teria sido algo espontâneo, que possa ter partido dele. Não podemos nos esquecer que Daniel Alves é muito ligado a Raí e esses dias saiu uma matéria, que publicamos aqui no Tricolornaweb, que conselheiros estão pressionando muito Leco a não renovar contrato com o diretor de futebol para o próximo ano.

Seja “pau mandado” ou espontâneo, o fato é que a política interna está destruindo o São Paulo. Essa é a real explicação por estarmos há tanto tempo sem ganhar nada. E, sem mudanças drásticas, 2020 será mais um ano para sofrermos.

Empate medíocre de um time ridículo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o empate com o Ceará sofrido aos 50 minutos do segundo tempo serviu apenas para uma coisa: ratificar o quanto ridículos são este time e esta comissão técnica.

Já durante o primeiro tempo eu falava, na transmissão da Rádio Tricolornaweb, que eu esperavao time jogando o futebol apresentado no segundo tempo da partida contra o Santos, mas eu estava vendo a repetição do primeiro tempo daquele jogo.

Fizemos um gol, sim, mas sem merecer. Thiago Volpi já havia feito uma grande defesa antes disso. Além do mais, nossa única chance havia sido uma com Igor Gomes, grotescamente perdida. Ele, da marca do pênalti só o goleiro na frente, chutou quase fora do estádio. Portanto a vitória parcial era absolutamente injusta.

Para piorar a situação, o time voltou para o segundo tempo jogando completamente recuado. O estilo Fernando Diniz tão decantado de marcar a saída de bola do adversário, foi trocado pela retranca.

Ainda assim tivemos duas ótimas oportunidades de definir o jogo, ambas com Daniel Alves. A primeira ele entrou tabelando com Liziero, mas na hora de concluir preferiu passar para o garoto, que tropeçou e não marcou. A segunda com Antony, que puxou o contra-ataque e deixou Daniel na cara do gol e ele acabou perdendo o domínio da bola.

E foi Daniel Alves, quem mais experiência tem no time, que perdeu os dois gols que poderiam ter matado a partida, quem foi brincar com a bola no ataque no último minuto, e ao invés de segurar a bola, levar para a lateral, preferiu jogar na área para Raniel. Ele perdeu a bola, surgiu o contra-ataque e Léo, que já tinha cometido um erro grotesco antes, não marcou quem entrava pelo seu lado e ainda desviou a bola de Volpi. Ou seja: serviço completo.

Só não vou falar que Diniz não deveria ter tirado Reinaldo, Liziero e Antony porque foram eles quem pediram substituição. Mas os que entraram ajudaram a piorar o que já estava ruim.

Vamos para a Libertadores, mas por inércia. Os que vem atrás estão piores ainda do que nós. Resta torcer para não termos mais uma decepção na quinta-feira, no Morumbi, contra o Vasco, para conseguirmos ficar o G4.