Tarde para ver a capacidade do elenco

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São P aulo tem um dos jogos mais importantes do ano nesta tarde, em Barueri. Hoje, São Paulo e Corinthians atingiram um grau de rivalidade que faz crer, para as duas torcidas, que até em amistoso a vitória é fundamental, custe o que custar.

Para mim, mais do que a rivalidade, está na confirmação da força do elenco. Para a torcida, uma vitória mínima que seja vai fazer com que a confiança aumente e o apoio cresça daqui para a frente. Já uma derrota reforçará a dúvida em nossa cabeça do que esse elenco poderá ser capaz neste Brasileiro.

Eu digo elenco porque Alexandre Pato não joga, por força de contrato. Indiscutivelmente ele caiu como uma luva no São Paulo e vem fazendo grandes partidas. Certamente fará falta. Em seu lugar joga Ademilson, jogador que tem entrado muito bem nos últimos jogos e terá mais uma vez oportunidade de mostrar que é competente para compor o elenco.

O jogo será na Arena Barueri, local onde, tradicionalmente, o São Paulo se dá bem. E nem preciso nem ir tão longe para buscar provas. Bastam os quatro gols de Fernandinho em um único jogo e o eterno centésimo gol do M1TO contra esse mesmo Corinthians.

Vamos confiante, torcer muito porque um grande resultado é absolutamente possível.

Então, à vitória, Tricolor!

O São Paulo teve cara de time contra o CRB

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, finalmente consegui ver o São Paulo com cara de time numa partida de futebol. No jogo contra o CRB nesta quarta-feira, no Pacaembu, consegui ver passes bem feitos, domínio de bola, marcação pressão, passagens pelos lados do campo – os famosos overlapping -, e chutes a gol.

No ataque houve trocas constantes de posições entre Pato e Osvaldo. Até Ganso participou dessa movimentação. E Maicon, desta vez, foi mais eficiente no passe, acelerando sua velocidade que é bastante lenta.

O que continua preocupando muito é a defesa. Por ali já atuaram Rodrigo Caio, Paulo Miranda, Edson Silva, Antonio Carlos e, seja qual for a dupla, o risco de tomar gols continua sempre presente. O CRB só não marcou ontem por absoluta ruindade de seus avantes, pois tiveram algumas oportunidades claras no decorrer da partida, principalmente na bola aérea.

Muricy Ramalho vai ter que quebrar muito a cabeça para montar essa defesa. Por mais que eu entenda que Maicon dá qualidade à saída de bola da defesa para o ataque, entendo que a dupla de volantes formada por Souza e Hudson daria mais segurança à defesa, liberando o quarteto ofensivo para criar e marcar gols.

Ficou claro que Ganso não pode ser banco e que Kardec deverá entrar no lugar de Osvaldo, pois vejo o quadrado sendo formado por Ganso, Kardec, Luis Fabiano e Pato.

Enfim, o São Paulo cumpriu sua obrigação, despachou a zebra e está na próxima fase da Copa do Brasil. Menos mal.

Empate ruim, tática horrível e time desequilibrado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb. Antes que pensem que já estou fritando o Muricy, defendo sua continuidade no comando do São Paulo porque não vejo ninguém nem igual a ele, quanto mais melhor do que ele, à disposição no mercado. Ou mesmo para roubar de outro time.

Então minha crítica vai para a semana que culminou no jogo desta tarde e o empate terrível em casa, com o Coritiba. Uma semana só treinando, colocando 12 na linha, fritando o Ganso, jogando em suas costas a responsabilidade dos últimos resultado, e o que vimos em campo foi um time sem armação, com um amontoado de gente jogando prá cá e prá lá, sem saber o que fazer.

A escalação de Pabon e Osvaldo era para que o time jogasse aberto, pelas pontas, pois a retranca do Coritiba não permitiria as invasões pelo meio. O time só jogou pelo meio, porque Osvaldo e Pabon estavam irritantemente fora de sintonia.

Pabon seria o armador, mas quem tentou fazer as vezes foi Pato. Só que Pato é atacante, não armador. Então a tarefa sobrou para Maicon. Isso deixou o meio de campo vulnerável e, mesmo jogando contra um time que só queria se defender, sofríamos com os contra-ataques.

Portanto Muricy é o primeiro culpado do empate. E concordo com o Ganso. Um time não pode jogar com quatro atacantes sem tem quem arme o ataque. Quando ele entrou, tudo mudou. Ademilson fez um golaço, em lançamento de Ganso, e Pabon recebeu uma bola maravilhosa do meia, mas perdeu o gol chutando longe, mesmo na frente do gol.

O outro culpado, portanto, é Pabon, que se esmerou em perder gols. Um jogador profissional não pode perder tantos gols assim.

Não jogo a toalha. Estamos apenas na terceira rodada do campeonato. Os dois pontos perdidos hoje serão difíceis de recuperar, a não ser que no segundo turno consigamos trazer a vitória de Curitiba. Mas acho que, depois de hoje, Muricy vai pensar muito bem antes de deixar Ganso no banco novamente.

O Empate foi um grande resultado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu arrancar um empate com o Cruzeiro, em Uberlândia, com gol de Antonio Carlos no último minuto de jogo. Não fosse só por isso, mas por tudo que representa o Cruzeiro, podemos considerar um grande resultado.

Faço sempre a seguinte matemática, e nunca dá errado: time para ganhar um campeonato por pontos corridos, como o Brasileiro, precisa ganhar todas em casa e empatar todas fora. Isso, é claro, na média. Estamos, portanto, dentro dessa média, apesar de ser ainda o início do campeonato.

Alguém duvida que o Cruzeiro vai estar brigando pelo título? Alguém duvida que muitos clubes que jogarão lá, em Minas, passarão em branco sem conquistar um único ponto? Alguém duvida que, mesmo jogando em casa, muitos times vão perder pontos para o Cruzeiro?

Entendo que todos que estão lendo responderam que não duvidam, certo? Pois bem, o empate lá certamente faz parte de qualquer planejamento prévio de uma comissão técnica.

O São Paulo jogou bem? Não, claro que faltou domínio da bola, faltou a ligação do meio com o ataque. E nesse caso a culpa recai sobre Ganso, que de novo foi muito mal. Mesmo no ataque, Pato e Luis Fabiano foram dominados pela boa zaga do Cruzeiro.

E por incrível que pareça, Douglas também fez muita falta, pois no esquema tático proposto por Muricy Ramalho, ele foi quem mais evoluiu e se encaixou. E Luis Ricardo é muito fraco.

Vamos acreditar que começamos bem o Brasileiro. Nosso próximo jogo é o Coritiba, no Pacaembu. Esse, sim, jogo de vitória obrigatória. E seguiremos nossa caminhada.

Derrota justa, sem desculpas aceitáveis

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu de virada do CRB, em Maceió, pela Copa do Brasil e, ao invés de eliminar o jogo de volta, agora terá que ganhar no Morumbi para seguir na competição. E não dá desculpa plausível que seja aceitável nessa derrota.

A arbitragem foi danosa, sim, pois foi dado um cartão amarelo para Rodrigo Caio com um minuto de jogo e o volante do CRB teve carta branca para bater – em Pato, principalmente – e não levou cartão o jogo inteiro. Rodrigo Caio foi expulso no segundo tempo por uma falta que ele não fez. Então seria a única coisa que eu admito entender como explicação para a derrota. O resto não.

Muricy Ramalho estava em noite mais do que infeliz. O São Paulo terminou o primeiro tempo com domínio de bola muito superior ao CRB, apesar de já ter cedido o empate. Então no intervalo ele tirou Boschilia e colocou Pabón. A substituição foi desastrosa, pois o time perdeu o meio de campo, Pabón não fez o que dele se esperava e o esquema vitorioso do domingo foi desmontado, voltando a campo a tática que nos eliminou no Paulista.

Para piorar a situação, com a expulsão de Rodrigo Caio, ele colocou Paulo Miranda – o que seria natural – mas tirou Ganso. Ou seja: o time ficou sem armador. O óbvio seria tirar Ademilson, que fez um golaço, de bicicleta, mas naquele momento do jogo era improdutivo. Pior ainda quando sofreu o segundo gol. Ele tirou Pato para colocar Osvaldo. Aí eram os dois volantes tentando marcar e os três atacantes correndo desordenadamente, sem alguém para municiar esta velocidade.

É lógico que a culpa maior recai sobre os jogadores, mas o técnico, desta vez, não pode sair ileso. E ainda ouvi as desculpas de que o calor e o cansaço da viagem impediram que o time desempenhasse melhor papel na partida.

Mas o que é isso? Ficaram dez dias sem jogar ou, se preferirem, fizeram apenas um jogo num período de 20 dias, e reclamam de cansaço? Parem de falar bobagens, por favor, e assumam a incompetência de ganhar do CRB, ainda que jogando sob o calor de Maceió.  Só que era um calor às 22h, 23h, e não ao meio-dia.

Espero que contra o Cruzeiro o futebol do último domingo reapareça. Para que eu não fique com a impressão de que a estreia do Brasileiro não passou de uma ilusão.

O ideal desta noite será matar o jogo de volta

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo enfrenta o CRB nesta noite, em Maceió, pela Copa do Brasil. Ao contrário do que Muricy tinha ameaçada no domingo, depois do jogo contra o Botafogo, de levar um time quase reserva, ele poupa apenas Luis Fabiano e vai com o time titular.

Apesar de ser uma ausência considerável, creio que o time que estará em campo é planamente capaz de ganhar por dois gols de diferença e matar o jogo de volta. E isso seria o ideal, pois evitaria o desgaste dos jogadores em uma partida que intercalaria outras do Brasileiro.

O trabalho que vem sendo feito com Luis Fabiano tem surtido resultado. Ele tem jogado a maioria das partidas e seu rendimento tem sido muito melhor que no ano passado. Assim, ele será mais importante no time contra o Cruzeiro no próximo domingo, em Minas Gerais, do que nesta noite em Alagoas.

Então, à vitória, Tricolor!

A vitória obrigatória veio com estilo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu, como era sua obrigação, e com estilo. Goleou o Botafogo e não deu chance para o azar. No editorial que escrevi pela manhã, eu dizia: em obrigação de ganhar para mostrar o que pretende no campeonato. Se perder a oportunidade, vai apenas brigar por posição intermediária.

Pois bem. O Botafogo é um time fraco? É. Mas isso faz parte do planejamento para se conquistar um título por pontos corridos: ganhar todas em casa e tentar empatar todas fora. Isso, claro, na média. Então vencemos em casa e não vi pontos negativos a serem destacados.

Ao contrário, vi um meio de campo fortalecido com a entrada de Boschilia e, assim, forçando um ataque muito forte. Pato jogando o fino do futebol, Luis Fabiano mostrando que está disposto a ser o artilheiro que esperamos, os laterais descendo com muita eficiência, alternadamente e o meio de campo dominando por completo o jogo. Foi um passeio do São Paulo sobre o Botafogo.

A presença de Boschilia permitiu que Ganso jogasse com mais liberdade. É fato que em alguns momentos do jogo ele ficou sumido, mas quando apareceu, cansou de colocar jogador do São Paulo em condição de marcar mais gols. É fato que poderia ter sido muito maior a goleada deste domingo.

Não estou empolgadíssimo, não. O próprio Rogério Ceni, nosso M1TO e capitão falou: “Em 2013 nós também começamos ganhando com goleada”. Isso, capitão. Mas com os pés no chão, trabalho sérios e mais dois ou três reforços, entendo que esse ano poderá ser diferente.

A difícil arte de lidar com a democracia

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aqueles que me conhecem pessoal ou profissionalmente sabem da minha defesa intransigente pela democracia e minha ojeriza pela ditadura.  Recentemente, em 31 de março, lembramos os 50 anos do golpe militar que fez o Brasil regredir alguns séculos durante duas décadas.

O São Paulo viveu, nos últimos oito anos, algo semelhante, guardadas as devidas proporções. Juvenal Juvêncio presidiu o clube com mãos de ditador, arrasando com a oposição e praticamente criando um partido único no clube. Tentou até quando pode evitar que assinaturas fossem dadas à chapa de oposição para que Carlos Miguel Aidar fosse candidato único no pleito realizado dia 05 de abril. Mudou o estatuto, num verdadeiro golpe, para se perpetuar no poder. Mas ele passou e agora são novos ares que respiramos.

Novos ares? Não. Carlos Miguel Aidar, seu sucessor, já anunciou que pretende mudar o estatuto para conseguir aprovar as obras de cobertura do Morumbi e construção de estacionamento no clube. É a mão do ditador. Realmente é mais fácil meter a caneta no papel e fazer valer a autoridade presidencial do que negociar um novo projeto com a oposição.

Sei, por fontes seguras, que muitos conselheiros da situação também não concordam com o local definido para a construção dos estacionamentos. Se há quase unanimidade para a cobertura do estádio, o grau é inversamente proporcional para os estacionamentos.

Mas me preocupa muito essa posição de Carlos Miguel Aidar. A democracia é a arte de negociar, de ceder aqui para ganhar ali. É a arte de atender o que é melhor para a maioria, não aquilo que gera apenas a satisfação pessoal. Parece que o espírito de Juvenal Juvêncio vai, mesmo, permanecer nas paredes da sala da presidência do São Paulo.

Quanto à oposição, entendi o ato de não entrar para não dar quorum e não aprovar as obras como uma boa manobra. Só não posso aceitar a renúncia de Kalil Rocha Abdalla. Isso só manchou um trabalho que foi feito e que fez ressurgir a oposição no cenário político são-paulino.

O “Wednesday day” do Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a quarta-feira promete muito pelos lados do Morumbi. Teremos a eleição da nova mesa diretora do Conselho Deliberativo, do presidente da diretoria e da cobertura do Morumbi.

Começo pelo Conselho Deliberativo. Por acordo firmado lá atrás, para retirada de candidatura, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, será eleito presidente do Conselho, substituindo o atual José Carlos Ferreira Alves. Por mais que não nutra tanta simpatia por Leco, tenho real esperança que seu mandato à frente do nosso Conselho será bem melhor do que o exercido pelo atual presidente. José Carlos Ferreira Alves foi, digamos, um político exercendo a presidência. De fato nada fez que quisesse, mas sim foi um mero cumpridor de ordens de Juvenal Juvêncio, que mandou e desmandou no Conselho nos últimos anos. Se isso foi bom para a diretoria, muitas vezes pode ter sido nocivo para o clube e, consequentemente, para os sócios.

Já para a diretoria, não resta dúvida que Carlos Miguel Aidar será eleito. O mínimo que espero é que ele dirija o São Paulo com soberania, fazendo que nosso clube retorne ao patamar mais alto da história, de onde nunca deveria ter saído. Que não haja nenhum novo rasgo em nosso estatuto e que as regras sejam fielmente cumpridas. Suas promessas de campanha, resumidas na entrevista que publicamos no Tricolornaweb, ficarão arquivadas e serão cobradas nos próximos anos.

Mas a situação ficará tensa na votação da cobertura do estádio do Morumbi. A oposição já deu como certa a derrota para a presidência, então vai esvaziar o plenário para não dar quorum e, consequentemente, não permitir a votação do projeto.

Na minha opinião o projeto de cobertura do Morumbi, com a construção da Arena de shows, não carece de nenhum retoque. Está perfeito. Mas sou absolutamente contra o projeto de estacionamentos, que vai acabar com a alameda arborizada do clube e destruir o cenário que passa total tranquilidade aos sócios. Também não concordo com o projeto de estacionamentos apresentado pela oposição, pois destruiria o campo de futebol social.

Então entendo que a melhor coisa a se fazer é haver um entendimento entre as partes, que o Morumbi tenha sua cobertura aprovada com urgência mas que encontrem uma maneira melhor de construir os estacionamentos sem destruir o que é direito dos sócios.

A noite valeu pelas ‘estréias’ de Pato e do esquema

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o CSA no Morumbi e segue em frente na Copa do Brasil. Até aí nenhuma novidade. Mas gostei muito de ver Alexandre Pato jogando, com vontade, correndo muito, dando combate, chegando na área e marcando gol. Também gostei do esquema montado por Muricy para esse quarteto ofensivo e muito técnico.

E não me venham falar que  não podemos fazer análise por ter sido uma vitória contra o “forte” CSA. Se o time ganhasse por 1 a 0 seria criticado por ter tido dificuldade. Como cumpriu com sua obrigação, o desdém vem do tipo “mas foi o forte CSA”. Então vou analisar sobre o que vi, já que o resultado era, no mínimo, o esperado.

Muricy vai ter que dar atenção especial à marcação, pois com Ganso, Pato e Luis Fabiano jogando juntos, o sistema de defesa fica vulnerável. É verdade que Osvaldo voltou bastante para recompor essa marcação, mas com Maicon como segundo volante, Souza ficará sobrecarregado e a defesa vai ser molestada. Aliás,o próprio CSA chegou, ao menos, duas vezes com perigo na área tricolor.

Porém sou daqueles que prefere o futebol arte, para a frente, e não admitiria ver um volante brucutu marcando no meio em detrimento do futebol de um destes três que citei. Então que os menos favorecidos tecnicamente se acertem e desdobrem na marcação, para deixar a classe de Pato, Ganso e Luis Fabiano fluir.

São mais dez dias para o time aprimorar esse esquema até a estreia contra o Botafogo. Se  trio entrenar – não digo quarteto porque falta definir se será Osvaldo ou Pabon o titular por ali -, arrisco a dizer que o São Paulo entra como forte favorito à disputa do título do Brasileiro.