Futebol de resultado. Mas contra o Rio Claro?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu uma vitória magra contra o fraco Rio Claro, no Pacaembu, com gol de cabeça de Rodrigo Caio. E depois segurou o resultado. E dizem que esse é o tal futebol de resultado. Ganhou, é fato. Mas não me agradou e nunca irá me agradar esse sistema de jogo ultra defensivo.

Desde o início de jogo a única jogada que soava efeito era o cruzamento alto na área. É bem verdade que Ganso, mais recuado, olhava o jogo de frente e conseguia fazer alguns bons lançamentos, colocando atacantes dentro da área de frente com o gol. Mas esperar que Centurion aproveite um passe e converta em gol já é demais. E Calleri, por mais que seja muito esforçado, não estava numa tarde boa e também perdeu oportunidades.

A boa partida de Carlinhos, ajudando na função de meio de campo e servindo, em outras vezes, como um verdadeiro atacante pela esquerda, compensou a fragilidade tática ofensiva do time. Aliás, taticamente, no ataque, a única coisa que vi até agora foi o “muricibol”. Bauza deve ser muito bom, mesmo, para armar defesas. E como não consegue criar jogadas ofensivas, parte para os cruzamentos. E foi numa dessas jogadas, uma cobrança de falta feita por Carlinhos, que Rodrigo Caio apareceu e marcou de cabeça.

Feito o gol, as bobagens começaram a ser feitas. Ele tirou o inútil Centurion para colocar Wesley e fechar o lado direito. Depois colocou Rogerio no lugar de Ganso, que estava jogando boa partida e conseguia fazer boas jogadas pelo chão. E para culminar colocou João Schimidt no lugar de Carlinhos. Em resumo: terminou o jogo com quatro volantes, nenhum armador, e com Rogerio e Calleri perdidos na frente, sem ter alguém para lhes passar a bola.

Eu até poderia admitir esse futebol de resultado se tivesse ganho do Corinthians ou do horrível The Strongest. Mas esse tipo de jogo mostrou-se ineficiente quando se toma um gol. Ele é fácil de ser praticado quando se está ganhando de 1 a 0. Mas quando está perdendo, o tal “futebol de resultado” desaparece.

Não quero ser corneteiro, pois sei que ganhamos o jogo. Mas, convenhamos, ganhar do Rio Claro por 1 a 0, no Pacaembu, terminando o jogo com quatro volantes, desculpe, não posso comemorar nem soltar rojões.

 

Derrota vergonhosa no Pacaembu

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi vergonhoso o futebol do São Paulo no Pacaembu, que acabou culminando com a derrota para o The Strongest por 1 a 0. Um time sem criatividade, sem padrão tático. Aliás, teve sim: bola alta na área para alguém cabecear. Como lembrou os tempos de Muricy Ramalho. Só que ali  ganhamos título brasileiro. Tinha Jorge Wagner cruzando e Washington cabeceando. Hoje temos gente que chuta a bola para a área, e gente que pula de olhos fechados para a bola.

O São Paulo dominou o jogo, é verdade. Mas perdeu, também pura verdade. O São Paulo teve algumas oportunidades claras de gol, é verdade, mas perdeu por ruindade e egoismo de seus jogadores. E por isso perdeu, porque no time adversário não houve ruindade nem egoismo. Quem poderia fazer o gol tocou a bola para outro, em melhor condição, e o gol saiu.

No nosso caso, Ganso fez um passe perfeito para Michel Bastos, por trás da defesa e ele, de frente com o goleiro, dá um bico para cima. Poderia ter escolhido o canto ou tocado para o meio da área, onde Calleri se apresentava. Depois, Bruno fez assistência perfeita para Kieza, por trás da defesa, no meio da área, cara a cara com o goleiro, e ele chuta para fora. Chances aproveitadas, 2 a 1 e sairíamos com a vitória. Mas estamos contando a derrota.

Bauza, meu companheiro, você recebeu zero de nota deste editor. Insistir com Centurion já ultrapassou a barreira da burrice. Você poderia ser acusado de xenofobia. Colocar Ganso jogando de costas para o gol é outra aberração. Mas você consegue piorar: põe Ganso jogando como segundo volante. E não dá padrão tático ao time. Tinha comi missão consertar a defesa e não conseguiu. Mas conseguiu, sim, estragar o ataque e deixar o meio de campo desorganizado.

Até acho que você fez as alterações que deveria fazer. Mas para que remediar, se poderia ter entrado curado? Para que gastar substituições se poderia ter entrado com Rogério e Calleri? Me desculpe falar isso, companheiro Bauza, mas estou começando a pensar que seu negócio é ganhar Libertadores com LDUs da vida, times pequenos que dependem da altitude para jogar e se retrancam no campo adversário para garantir um empate. Espero estar errado.

E Michel Bastos? Esse, elevado ao cargo de capitão, que tem obrigação de ser o exemplo e representar o técnico no gramado, é um absoluto alienado de tudo isso. Não nos representa. Falta aquele algo a mais. Falta empatia com a torcida, o que ele efetivamente não a tem, desde o dia em que marcou um gol e mandou a torcida calar a boca. Não tem perdão.

Estou “p” da vida sim. Como estão todos aqueles que amam o São Paulo. Por ser extremamente otimista, não vou dizer que a Libertadores já foi. Mas que acho que ficou muito difícil, isso não há dúvida. E nem é tanto pelo padrão dos adversários. Mas é pelo futebol que estamos jogando. O São Paulo está perdendo para ele mesmo.

Mais uma vez Lucão. Até quando? E o título da Libertadores Sub 20

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu em Itaquera e a derrota pode ser atribuída diretamente a Lucão. Assim como naquela fatídica tarde da goleada, quando ele falhou em, ao menos, dois gols, neste domingo ele deu o primeiro gol para o Corinthians e falhou no segundo, pois era ele quem marcava o atante corinthiano que cabeceou a bola para o gol.

Nas redes sociais cobraram minha implicância com Lucão durante a partida, pois também poderia atribuir a derrota no primeiro tempo a Calleri, que perdeu um gol incrível, cara a cara com Cássio; e no segundo tempo a Mena, que também perdeu gol incrível, cabeando de dentro da pequena área, em cima de Cássio. Bem, nesse caso eu poderia atribuir a “não vitória” aos dois, mas analisaria o fato em cima de um empate eventual. Portanto não retiro minha opinião de que Lucão foi, sim, o grande e quase único culpado pela derrota. Mais uma vez.

O jogo, aliás, foi muito ruim. Triste de ver. Futebol de extrema marcação, pegado, faltoso, com muitas bolas divididas, um mega congestionamento em cada ponto do campo onde a bola se encontrava. Mas por incrível que pareça, o São Paulo conseguiu fazer com que o Corinthians não tivesse chances no primeiro tempo e começava a ter o domínio do jogo, quando Lucão fez a bobagem.

Claro que o futebol do time poderia ter sido melhor se Ganso tivesse entrado no jogo. Muito marcado, ele se omitiu da partida ao invés de procurar um lugar no campo onde se livrasse da marcação. E Centurion, mais uma vez, foi a figura negativa do ataque. Ele não chuta a gol, não consegue cruzar, não dá assistências e não consegue acompanhar o lateral adversário para marcar. Com isso Calleri teve que jogar sozinho entre dois ou até três zagueiros corinthianos. Ainda assim conseguiu perder um gol e dar trabalho a Cássio.

No segundo tempo o time foi mais para frente e pressionou muito o Corinthians. Teve reais chances de gol. Além da cabeçada de Mena, a bola passou duas vezes muito próximo a Ganso e ele não alcançou. Calleri também teve outra oportunidade, mas parou na defesa adversária, num bate rebate. Isso prova que a entrada de Rogério foi ótima para dar esse poder ofensivo ao time.

Mas de novo, quando o São Paulo era melhor, sofre o segundo gol. Cobrança de escanteio, Ganso resvala na bola e ela vai para o atacante que está sendo marcado por Lucão. O que acontece? Gol. A conclusão é que Lucão deveria ser proibido de jogar em Itaquera. Ele – o São Paulo – sofrem de “arenofobia”, pois não consegue ganhar um jogo nas novas arenas.

Vou considerar que, pelo prisma da filosofia de Edgardo Bauza, o time se comportou relativamente bem. Mas as falhas individuais nos fizeram perder de novo. Que nos sirva de lição, enquanto é tempo.

Conquista da Libertadores Sub 20

Essa garotada do São Paulo é muito interessante. Parece sempre ter o jogo nas mãos. Parece nunca sentir o peso da camisa e da partida. Mas na hora de decidir, acaba decidindo. O título conquistado da Libertadores Sub 20 serviu, principalmente, para dar cancha aos jogadores. O próprio técnico André Jardine, que faz um brilhante trabalho em Cotia, disse isso. São jogadores que já vão subir prontos para serem utilizados por Bauza.

A garotada ganhou da bola e, quando foi preciso, no tapa também. Parabéns, garotada de Cotia. Valeu pelo esforço. O São Paulo é o primeiro clube brasileiro a conquistar a Libertadores da América nesta categoria. É nossa grife sendo estampada também no Sub 20!

Vitória no estilo Bauza de ser

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu vencer o Cesar Vallejo, no Pacaembu, bem no estilo Bauza de ser. 1 a 0, gol no finalzinho, mas que garantiu nossa classificação para a fase de grupos da Libertadores.

Vamos voltar um pouquinho só no tempo. Quando Edgardo Bauza foi contratado, fomos atrás de uma sinopse de sua carreira. Vitoriosa, sem dúvida alguma, com alguns títulos argentinos e duas Libertadores: pela LDU e pelo San Lorenzo, equipes modestíssimas. Também detectamos que seria um estilo completamente oposto ao de Juan Carlos Osorio. Então sabíamos o que teríamos no comando do time.

Uma coisa é certa: não se pode negar que o time ganho corpo, força, que não é facilmente envolvido pelo adversário e fica assistindo passivamente. Hoje os jogadores – até Ganso -marcam, se entregam, dão carrinhos, dividem, enfim, é um time com cara de argentino.

Nesta quarta-feira, no Pacaembu, o resultado final não refletiu o que foi o jogo. É fato que tivemos um primeiro tempo muito fraco, onde a retranca peruana minguou os principais pontos do São Paulo. Eram dois jogadores sobre Ganso e outros dois sobre Michel Bastos. Com isso a bola não chegava com qualidade na frente.

O Cesar Vallejo até tentou alguns ataques, mas todos sem sucesso e qualquer risco à meta defendida por Denis. Aliás, as formas que o time peruano chegou até a meta são-paulina durante todo o jogo foi através de faltas nas laterais da área ou cobranças de escanteio. Mas, mesmo assim, Denis praticamente não pegou na bola, o que mostra que a marcação tricolor foi precisa.

Já na frente, agora falo do segundo tempo, foram três bolas na trave e um pênalti perdido. Não gostei da substituições de Bauza. Quando ele tirou Centurion – que nem deveria ter entrado -, para colocar Wesley eu já teria feito entrar Rogério; na lateral trocou seis por meia dúzia; e depois tirou erroneamente Ganso, que tinha conseguido encontrar uma faixa no campo em que a marcação não o acompanhava, para colocar Rogério.

Mas tenho que reconhecer, também, que o time melhorou com as alterações, tanto que acabou chegando ao gol. Por isso vou dar o tempo necessário a Edgardo Bauza. Não tenho esperança de ver futebol bonito, de qualidade, mas será um futebol pegado, próprio para quem quer ganhar a Libertadores. E, pelo que imagino, é isso o que a torcida quer. Então, sigamos em frente.

Calleri já está deixando saudade no torcedor

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a goleada do São Paulo sobre o Água Santa serviu para mostrar, principalmente, que há um esquema tático definido no time e Edgardo Bauza está sabendo retirar de seus comandados suas ordens. Mais do que isso, mostra que sentiremos muita saudade de Calleri quando ele for embora, no meio do ano. Êta centro-avante bom!

Calleri demonstrou oportunismo e técnica no gol que fez no Peru, após ganhar na velocidade do zagueiro e com um toque de classe, encobrir o goleiro. Neste sábado marcou dois gols de cabeça e fez assistência para o gol de Michel Bastos. Nos dois gols, demonstrou senso de colocação na área, o que facilita muito para quem está cruzando saber onde poderá jogar a bola. Aliás, ouso dizer que Calleri fez os nomes de Wilder e Caramelo.

Comentar a partida é até desnecessário, tal foi a superioridade do São Paulo. O Água Santa marcou muito no primeiro tempo e até ameaçou um pouco no segundo. Mas Bauza colocou Michel Bastos, Ganso e Thiago Mendes, e a fatura foi liquidada.

Estou gostando das variações táticas que vi. Num primeiro momento o time jogava no 4-2-4, com os laterais presos atrás, Hudson sendo o volante de contenção e Wesley fazendo o papel se segundo volante, mais chegado a meia. Rogério e Wilder, que jogavam abertos, tinham obrigação de voltar para marcar, enquanto Kieza e Carelli ficavam no meio da área.

Depois, com as alterações, o time foi mudando para o 4-3-3, com a saída de Rogerio para a entrada de Michel Bastos; para o 4-4-2, com a saída de Kieza para a entrada de Ganso; e para o 4-5-1 co a entrada de Tiago Mendes e saída de Wilder. Só que neste última formação, Ganso jogou quase na meia lua adversária e os laterais Caramelo e Carlinhos passaram a atacar muito, aumentando consideravelmente a força do ataque são-paulino.

Se o time principal tiver encaixado esse sistema implantado, independente de ser defensivo ou ofensivo, vai dar liga e o Cesar Vallejo será vítima de uma goleada na próxima quarta-feira. É esperar para ver.

Apesar do empate, futebol apresentado dá esperanças

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, se fiquei um tanto frustrado pelo empate no Peru nesta quarta-feira fiquei, por outro lado, otimista com o futebol que o time apresentou. Por isso entendo que o resultado do jogo foi atípico, um mero acidente de percurso, facilmente revertido no Pacaembu, semana que vem.

Vou além: tivesse dado o gol de Alan Kardec na metade do primeiro tempo, e tudo seria diferente. O São Paulo teria decidido, já em Trujillo, sua passagem para a fase de grupos da Libertadores. O time estava dominando o jogo, o gol maduro e saiu, mas o bandeira não viu que a bola ultrapassou a linha.

Ganso, que perdeu um gol incrível, chutando a bola no travessão, distribuía bem o jogo, se apresentava para ser o maestro e dificilmente a bola chegava em alguém sem passar por ele. Só sentia falta do avanço dos volantes, mas os ataques tinham as passagens dos laterais a todo momento, sempre de forma balanceada para não deixar a defesa desguarnecida.

Só que veio o gol do Cesar Vallejo. Um golaço. Isso freou um pouco o ímpeto do São Paulo. O time se desestruturou um pouco e chegou até a correr riscos.

O time voltou para o segundo tempo jogando mais na frente. A marcação subiu e Thiago Mendes e Hudson passaram a aparecer dentro da área adversária, já que não havia quem marcar lá atrás. E as chances começaram a ser criadas.

Bauza tirou Kardec para a entrada de Calleri. Eu teria tirado o inútil Centurion. A substituição deu certo. Um lançamento “a la Gerson” de Ganso permitiu que o argentino estreasse com um golaço, encobrindo o goleiro. Depois Bauza tirou Centurion para a entrada de Carlinhos. Com essa alteração, ele jogou Michel Bastos e o próprio Carlinhos, cada um por um lado do campo, com Calleri centralizado.

O domínio foi completo. Nos últimos cinco minutos houve um verdadeiro massacre, mas a bola não quis entrar.

Só não entendo qual a implicância que Bauza tem com Rogerio, que nem no banco ficou. Ele mantém Centurion como titular, coloca Carlinhos quando tira o argentino, mas não dá chance para Rogério, que a meu ver, é melhor que os dois juntos.

Enfim, não tenho nenhum receio de que o São Paulo corra qualquer risco no jogo de volta no Pacaembu. Inclusive espero uma vitória com boa margem de diferença de gols.

 

Empate na estreia nos permite algumas observações

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo empatou em sua estreia no Campeonato Paulista, em Campinas, por obra da contusão de Breno e entrada de Lucão, que cometeu um pênalti bobo quando a partida se encaminhava para uma vitória sem grandes problemas. Mas conseguimos ver mais de perto esse início de trabalho de Bauza e destacar algumas observações.

Quem gosta de time defensivo vai se irritar com o São Paulo. Bauza nos trará de volta a era do 1 a 0, gol de bola parada, mas com a contrapartida da defesa sólida. Neste sábado só não foi assim por que havia um Lucão para cometer um pênalti absolutamente desnecessário e que colocou tudo a perder. Porém está muito claro que o primeiro objetivo é a marcação forte no meio de campo. Ao contrário de Osório, que colocava o time marcando a saída de bola no campo adversário, Bauza dá o combate no meio de campo, com uma linha formada por cinco jogadores.

Esse equilíbrio defensivo pode ser visto nas descidas dos laterais. Quando Bruno descia – muito pouco -, Mena fechava como terceiro zagueiro. Quando era Mena quem descia, Bruno fazia as vezes de terceiro zagueiro. Ganso veio fazer marcação na intermediária, atrás dos volantes. Michel Bastos e Centurion chegaram a aparecer, algumas vezes, atrás dos laterais. Não é sem motivo que Kardec ficou completamente isolado na frente e perdeu na briga com os zagueiros.

Não gostei das substituições que ele fez. Rogério deveria ter entrado no intervalo, no lugar de Centurion. Ele colocou Carlinhos e fechou mais o time. Quando tomou o empate, tentou abrir com Rogério, mas tirou Ganso. Ou seja: não fez nada certo. Mas acho que é muito cedo para criticá-lo. Até porque conta a seu favor um sistema tático que, por mais que não esteja totalmente embutido na cabeça dos jogadores, pareceu existir.

Também está patente que teremos problemas na zaga. Um amigo conselheiro do São Paulo, que permito não declinar o nome, me disse que ouviu dos médicos que Breno não conseguirá jogar dez jogos seguidos sem se machucar. Ao que parece nem três. E Lugano, ainda é uma incógnita. Portanto há que se preocupar com o sistema defensivo, até porque nossos volantes serão mesmo Hudson – meu Deus – e Thiago Mendes.

Há que se considerar, ainda, que houve um pênalti muito claro sobre Alan Kardec, que o árbitro não marcou. O mais interessante foi ver o comentarista da Sportv, Belleti, dizendo que o goleiro tocou na bola. Literalmente ele brigou com a imagem. O goleiro tocou no pé de Kardec e em nenhum momento pegou a bola.

Apesar de ser um jogo fora de casa, não considero que o resultado tenha sido bom. Mas como vamos dar, mais uma vez, de ombros para o Paulista, já que o foco é a Libertadores, que tenha servido como preparo para o jogo de quarta-feira. Assim espero.

Começa a temporada. Com Bauza. E sem Rogério Ceni!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, hoje, às 19h30, horário em que começa o jogo em Campinas pelo Campeonato Paulista, contra o Red Bull Brasil, vamos encarar nossa dura realidade: no gol estará Denis, não com a número 12, mas com a número 1. Isso nos mostrará que Rogério Ceni já faz, mesmo, parte do passado e que agora a vida segue sem nosso capitão. Aquele que comandava o time, que fazia grandes defesas, que fazia lançamentos, que marcava gols de falta ou de pênalti, que era o símbolo do torcedor são-paulino dentro das quatro linhas.

Mas, como se diz na gíria, “a vida segue”, e então seguimos com uma legião de estrangeiros poucas vezes vista no Tricolor. Já tínhamos Centurion e Wilder Guisao, agora chegaram Lugano, Mena e Calleri. Além, é claro, do técnico Edgardo Bauza.

Tive a oportunidade de assistir aos dois amistosos feitos pelo São Paulo nesta pré-temporada: contra o Cerro Porteño e o Boa Esportes. Em ambos os casos o São Paulo venceu por 1 a 0. Percebi que, ao contrário de Juan Carlos Osorio, Bauza tem preocupação extrema com a defesa. Ele monta uma linha de quatro atrás, que se transforma em três quando o time tem a posse de bola; outra de cinco no meio e um jogador referência isolado na frente.

Desta linha de cinco, três tem a função de também atacar quando a bola está com o São Paulo. Na formação de hoje, Kardec seria esse homem isolado e os meias que devem descer são Michel Bastos, Centurion e Ganso. Thiago Mendes será o homem surpresa, enquanto Hudson ficará preso, à frente da defesa.

A tendência natural será a escalação de um time alternativo nos jogos do Campeonato Paulista, mas achei interessante a colocação do time titular neste sábado, até para que Bauza possa dar ritmo aos jogadores e perceber se eles estão captando suas orientações táticas. Ah, sim, taticamente ele parece ser um grande estrategista.

Será um bom aperitivo para todos nós, neste sábado à noite. Quiça o time comece o ano com vitória em jogo oficial, para nos deixar confiantes para a quarta-feira. À vitória, Tricolor!

A estreia de Bauza, a eliminação na Copinha e a entrevista de Leco.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vou dividir este meu comentário em três partes: a vitória em Assunção sobre o Cerro Porteño por 1 a 0, na estreia de Edgardo Bauza como nosso técnico; a derrota para o Flamengo por 2 a 0 e consequente eliminação na Copa São Paulo de Juniores; e a bombástica entrevista de Leco à Folha de São Paulo.

Começo pelo jogo do Paraguai. Não teria o menor cabimento querer fazer aqui qualquer avaliação do trabalho de Edgardo Bauza. Estamos em pré-temporada, com apenas 14 dias de treinamentos, que foi o tempo para que ele conhecesse o elenco, e não seria, portanto, justo avaliar seu trabalho.

Mas nesse pouco tempo já foi possível ver que a defesa ficou mais consistente. Breno é lento, mas Mena, que joga bem mais recuado do que Carlinhos, dá a cobertura pelo setor. Hudson ficou bem mais preso e, dos volantes, apenas Thiago Mendes teve liberdade para aparecer no ataque. Aliás, mais uma vez foi o principal nome do time, não só pelo gol marcado, mas pela disposição técnica e tática.

Bauza deu a entender que vai usar Carlinhos mais avançado, quando for necessário e que o meio de campo deverá funcionar com cinco jogadores, ou seja, Michel Bastos e Centurion partirão do meio para a frente, onde Alan Kardec ficará quase isolado. E vi Ganso com liberdade para atuar em qualquer setor do campo, mas dando combate na defesa. Foi um bom aperitivo.

Já o time da Copinha decepcionou. Alguns jogadores, principalmente. Me lembro que logo após o final da primeira fase indiquei, aqui mesmo, os nomes de Lucas Fernandes – um craque -, Johanderson – um modelo renovado de Serginho Chulapa -, Bangulê – um tipo Chicão -, e David Neres – uma grande surpresa -, como nomes prontos para treinarem com o time profissional. Alguns leitores incluíram Inácio nesse rol.

Vou refazer minha análise, com os devidos pedidos de desculpas. Lucas Fernandes é o craque dos jogos fáceis. Quando precisamos dele, desapareceu; Banguelê não teve controle emocional e só não foi expulso por bondade do árbitro do jogo com o Flamengo; Johanderson  não consegue dominar uma bola e erra todos os passes; Inácio acha que joga mais do que joga e afundou o time com seu erro numa saída de bola; portanto, sobrou David Neres. Esse, sim, eu levaria para cima. Os outros precisam de mais um ano em Cotia.

Enquanto isso, Carlos Augusto de Barros e Silva concede uma entrevista à Folha de São Paulo e confessa que o clube dá dinheiro para o carnaval da Independente e Dragões da Real e ingressos para jogos aqui e fora. Ou seja: é conivente com a violência.

Tenho que elogiar a sinceridade de Leco, que tornou público o que o São Paulo sempre fez – e escondeu – e o que os outros clubes fazem – e escondem -. Mas não posso aprovar essa cultura.

Vou me ater aqui apenas ao São Paulo, objeto do Tricolornaweb, deixando os outros a quem de direito. Sempre soube que Juvenal Juvêncio financiava as torcidas organizadas, apesar dele sempre negar. Disse aqui mesmo que Carlos Miguel Aidar quebrou esse elo num primeiro momento, mas o trouxe de volta para receber apoio e não cair. Agora Leco deixa tudo às claras.

Triste, muito triste saber que isso ocorre. Que através do medo, esses marginais das organizadas comandam o nosso futebol, obrigam jogadores a fazer o seu símbolo e a diretoria a servir seus anseios. Enquanto isso usam o escudo do clube para ganhar dinheiro com a venda de camisas e outros que tais, sem pagar qualquer tipo de royalty.

isso reforça a tese que defendi, de que o São Paulo deveria ter sido excluído da Copinha após os incidentes de Mogi das Cruzes. Ora, se o clube financia esse bando, é conivente e responsável por ele. Portanto…

É o tal negócio: se não podemos com eles, nos unamos a eles. Assim as organizadas se fortalecem e os verdadeiros torcedores, aqueles que amam o clube, se afastam dos estádios. Parabéns, Leco, pela transparência. Meus sentimentos, Leco, por ser mais do mesmo.

A marca da vitória na Copinha foi a violência da Independente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, cenas tristes e lamentáveis as que vimos em Mogi das Cruzes, na partida em que o São Paulo venceu o Rondonópolis por 4 a 0, pelas oitavas-de-final da Copinha. E de imediato, como fiz durante o jogo em minhas redes sociais, quero deixar claro que firmo opinião neste editorial pela exclusão do São Paulo da Copinha. Claro que a Federação Paulista de Futebol não vai ter peito para isso, afinal, aqui é Brasil. Mas não há outra medida a ser tomada.

Recebi algumas respostas que os meninos não tem culpa de nada, que quem tem que ser punido são os torcedores que fizeram isso, pois não são torcedores e nem ligariam se o time fosse excluído, etc. etc. Acreditem que foi com dor no coração que defendi e estou mantendo essa posição. Só com uma atitude dura, punindo a instituição, os dirigentes, que em última análise, são corresponsáveis por essa corja de marginais nos estádios, é que algo poderia ser feito. Apesar que, se for analisar bem, um torcedor corinthiano matou outro na Bolívia, eu também defendi a exclusão do time na Libertadores, nada aconteceu e esses torcedores continuaram aprontando por aqui nos jogos do time deles. Então…

Mas não é só a Independente culpada pelos atos deste domingo em Mogi das Cruzes. A Federação Paulista de Futebol é cúmplice, pois não se acha explicação tirar o São Paulo da Arena Barueri, estádio moderno e que vinha comportando o público e colocar num estádio com capacidade para sete mil pessoas. Além disso, não foi providenciado o policiamento necessário. Nem ambulância tinha. Portanto, a FPF não vai ter coragem de eliminar o São Paulo porque é cúmplice de tudo o que aconteceu.

Me perguntaram nas redes sociais se o presidente Leco continua dando mesada para as organizadas. Não sei responder. O que sei é que elas foram muito aquinhoadas durante a gestão Juvenal Juvêncio. Carlos Miguel Aidar, num primeiro momento, chegou a romper com elas, mas quando percebeu que estava em apuros, com todas as denúncias que surgiram, as trouxe de volta para servirem de sustentáculo. Quanto a Leco, ainda não sei qual a relação, mas vou apurar e expor aqui.

De resto, o time reserva sobrou, o que não quer dizer que temos um elenco brilhante. O Rondonópolis é um time risível. Só isso. Esperemos o Flamengo, nas quartas-de-final, para ver o potencial deste time.