Tiago Volpi diz não bater faltas para evitar comparação com Ceni

Tiago Volpi, do São Paulo, explicou num bate-papo online com o ex-atacante Reinaldo o motivo pelo qual não se arrisca a cobrar faltas no time.

Além de elogiar os outros cobradores do atual elenco tricolor, ele prefere evitar comparações com o ídolo Rogério Ceni, maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial, com 131 gols.

Daniel Alves é o principal homem das bolas paradas na equipe do técnico Fernando Diniz. Hernanes, outro especialista no fundamento, tem sido reserva.

– Já bati. No Querétaro tenho quatro gols de pênalti e bati duas faltas lá também. Aqui no São Paulo aqui não vejo necessidade, porque temos excelentes cobradores de falta e pênalti. Se for uma decisão de pênaltis sempre vou estar à disposição. Fomos campeões no México assim, comigo batendo pênalti. Aqui, se tiver de bater, como bati contra o Palmeiras na semifinal, vou bater. É uma responsabilidade que me sinto bem – disse Tiago Volpi.

– Mas na falta acho meio desnecessário, por mais que bata bem na bola. Aí sim é querer uma pressão e comparação desnecessária, porque vão querer comparar. Prefiro ficar no meu canto nisso e não fazer do que ter esse tipo de comparação desnecessária. Nesse momento vou ser mais importante no que tenho de fazer do que um extra de bater falta, por mais que o torcedor goste e queira relembrar. Já recebi muita mensagem: por que não começa a bater falta? Não preciso ser igual ao Rogério, até porque ninguém vai ser igual ao Rogério. É insubstituível. Não vejo essa necessidade – completou o goleiro do São Paulo.

O pênalti citado por Tiago Volpi ocorreu na semifinal do Paulistão de 2019, na casa do Palmeiras.

No mesmo bate-papo com Reinaldo, Tiago Volpi elegeu os três melhores goleiros brasileiros do futebol mundial.

– Os dois que estão lá fora, o Alisson e o Ederson. E o outro é meu amigo e mantém uma regularidade incrível. Se tiver que ser o terceiro goleiro sem me incluir, também me incluiria nessa lista, mas o Weverton (Palmeiras) tem feito anos de muita constância. Foi campeão da Olimpíada (Rio 2016), é muito seguro. Bom goleiro, tem bom domínio dos pés e é muito completo. Há muita justiça quando ele é convocado. É extremamente regular e joga num clube grande também. Se tivesse que escolher os três sem me incluir a escolha do Weverton é bem feita. Não desrespeitando os outros: o Santos (Athlético-PR) vive grande momento, Diego Alves (Flamengo) – disse Volpi.

Tiago Volpi também comentou quais são suas maiores qualidades como goleiro.

– Um contra um e defesa de velocidade de reação. Muitos dizem reflexo, mas a palavra correta é velocidade de reação. É o que mais tenho certeza que vou executar. Claro que não dá para defender 100% das bolas, mas o que mais confio é na velocidade de reação e no um contra um. Gosto muito de treinar velocidade de reação. Tenho muita convicção. E o um contra um é o que mais tenho tentado aprimorar. Com esse sistema de jogar adiantado, com a zaga lá na frente, cada vez mais há situações de um contra um. Então tenho aprimorado isso, principalmente depois da chegada ao México.

Volpi está em tratamento para se recuperar de uma fratura na mão direita, sofrida no dia 11 de março, na vitória do São Paulo por 3 a 0 sobre a LDU, pela Libertadores, no Morumbi. No dia 8 de abril, o goleiro tirou a tala de proteção e projetou estar 100% em mais duas semanas.

Desde que estreou pelo São Paulo, em janeiro de 2019, Tiago Volpi ficou fora de apenas três jogos. Ele foi poupado contra o São Bento (Paulistão), CSA (Brasileirão) e desfalcou o Tricolor no San-São (Paulistão deste ano).

Tiago Volpi assumiu a camisa 1 do São Paulo em janeiro, após ser comprado definitivamente pelo clube na virada de 2019 para 2020. Ele assinou contrato até 2023.

 

Fonte: Globo Esporte

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