Grandes de São Paulo estudam trocas e “draft”

Juntos na mesma edição da Copa Libertadores pela primeira vez na história, os quatro grandes clubes de São Paulo se reaproximaram nesta semana, durante a viagem ao Paraguai para o sorteio da competição.

Dirigentes de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo viajaram juntos ao Paraguai num avião fretado pela Federação Paulista de Futebol — e ao longo do voo conversaram sobre mais assuntos em comum do que a Libertadores de 2020.

Os quatro clubes paulistas lidam com algumas situações em comum para a próxima temporada: nenhum deles tem dinheiro sobrando para reformular o time à base de contratações bombásticas e todos têm elencos em que sobram jogadores que não serão utilizados em 2020.

A partir desse cenário, os cartolas entendem que faz mais sentido promover trocas de jogadores do que negociações que envolvam desembolso de dinheiro. A ideia agrada a dirigentes ouvidos pelo GloboEsporte.com.

Um deles citou até a possibilidade de realização de um “draft” — processo de alocação de atletas em times muito comum em ligas profissionais americanas. Os clubes fariam uma lista comum dos atletas com quem não pretendem contar, e eles ficariam disponíveis para serem escolhidos pelos demais.

A efetivação de qualquer negócio obviamente depende de aval das comissões técnicas, e cada clube está em situação muito diferente.

O Santos ainda não definiu o sucessor de Jorge Sampaoli; o Palmeiras apenas começou a conversar sobre o planejamento com Vanderlei Luxemburgo; o Corinthians ainda nem apresentou Thiago Nunes. No São Paulo, que tem o trabalho mais “consolidado”, Fernando Diniz chegou há menos de três meses.

Corinthians, Palmeiras e Santos enviaram seus respectivos presidentes ao sorteio da Libertadores — Andres Sanchez, Mauricio Galiotte e José Carlos Peres. O São Paulo mandou o gerente-executivo de futebol, Alexandre Pássaro.

Os dirigentes chegaram juntos à sede da Conmebol, estiveram juntos no sorteio e depois foram jantar na mesma churrascaria. O evento também marcou a reaproximação definitiva entre os presidentes do Palmeiras e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.

Galiotte rompeu com a FPF depois da polêmica final de 2018, quando o Palmeiras levou à justiça uma reclamação de interferência externa na arbitragem. Depois de um ano e meio de afastamento, o Palmeiras voltou a manter relações com a federação.

Fonte: Globo Esporte

Um comentário em “Grandes de São Paulo estudam trocas e “draft”

  1. Na década de 1970 o então presidente do Fluminense, Francisco Horta, liderou o mesmo movimento entre os grandes do RJ e a iniciativa foi um sucesso.
    Em tempos de menos malícia a imprensa noticiava os “troca trocas” e a torcida comprou a ideia.

    É uma forma de valorizar o evento – no caso o Campeonato Estadual – sem necessidade de desembolsar recursos. A curiosidade da torcida com os novos contratados gera mais audiência para a mídia especializada e maior público nos estádios.

    Nossos dirigentes tem que entender que não são inimigos dos demais clubes, mas sim que são todos sócios em um negócio chamado “futebol brasileiro”.

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