Retrancas indigestas! São Paulo volta a sofrer com velhos problemas

A inesperada derrota para a Chapecoense no último sábado fez mais do que atrapalhar os planos do São Paulo em brigar pelo título do Campeonato Brasileiro. O revés e, principalmente, a maneira como o time aceitou a retranca armada pelos catarinenses trouxe à tona fantasmas que Muricy Ramalho pensava ter enterrado durante dos treinos na parada para a realização da Copa do Mundo.

Como nas eliminações para Ponte Preta e Penapolense na Copa Sul-Americana e no Campeonato Paulista, respectivamente, o Tricolor deu vexame diante de seus torcedores por não apresentar alternativas contra ferrolhos e por seguir sofrendo com a falta de regularidade nas competições.

No último sábado, foram 66,1% de posse de bola praticamente improdutiva. Os são-paulinos conseguiram manter a Chapecoense presa no campo defensivo na maior parte do jogo, mas a meta do goleiro Danilo foi pouco ameaçada pelo excesso de cruzamentos tricolores.

– Prevíamos a dificuldade pela marcação forte da Chapecoense. Tivemos oportunidades, mas não muito claras, sempre forçadas. Parecia que ficaríamos dias jogando sem fazer um gol. Não tivemos clareza. Lutamos, corremos, mas não articulamos. É difícil explicar, não soubemos furar a retranca – analisou o técnico Muricy Ramalho no dia do jogo.

E a preocupação do treinador com a oscilação do time e com a falta de criatividade para escapar de ferrolhos tende a aumentar. Com time estrelado e ainda esperando a estreia de Kaká e a volta de Luis Fabiano, os rivais devem ir ao Morumbi ainda mais fechados.

A esperança, então, passa a morar em Kaká. O craque “diferente”, como gosta de dizer Muricy, tem a capacidade de desmontar as defesas com dribles e arrancadas, mas conseguirá fazer isso sozinho?

Fonte: Lance

Um comentário em “Retrancas indigestas! São Paulo volta a sofrer com velhos problemas

  1. O Murici adora dizer que “o cara é diferente” – Ganso; Pato; Kardec; LFabiano e agora Kaká.
    Não existe craque diferente, se o esquema de jogo premia mais quem marca do que quem decide.
    Assim é que o “diferente” Ganso, só joga contra time “morto”, aquele que deixa um grande vazio no meio de campo onde ele possa, com perdão do trocadilho, voar.
    Assim também quando, mesmo jogando em seus domínios, o Morumbi, contra equipes que jogam apenas para tentar permanecer entre os 20 da série A, ele continua com a mesma formação onde a prioridade é não deixar os laterais
    adversários descerem e, ainda, os atacantes são obrigados a voltar todo o tempo para auxiliar os laterais, ficando para o segundo plano a marcação de gols.
    Concordo que esta pode ser a forma de se jogar contra equipes de ponta do campeonato e quando se joga fora de casa; agora, jogos como contra o Chapecoense, Coritiba, e outros destes níveis, a obrigatoriedade deveria ser pressão o tempo todo no campo do adversário, verticalizando o jogo e não ficar tocando a bola no meio de campo, sempre pelos zagueiros e o Maicon, preocupados em ter a tal da posse, porque simplesmente sabemos que isso não vai dar em nada.
    Ajudaria também ter um plano de jogo onde os atletas deveriam ser incentivados a tentarem mais o drible (este incentivo do técnico, para deixar os jogadores tranquilos quando desarmados) e chutassem mais de longa distância.
    Bom, tentei fazer minha parte como um dos milhões de treinadores são-paulinos; agora vou ficar torcendo para que, no próximo jogo semelhante – na estréia do Kaká – possamos ver o time jogando assim e o resultado que isso vai dar . . .

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