Entrevista de Aidar provoca terremoto político no São Paulo. Juvenal rebate

O grupo do presidente Juvenal Juvêncio garante que o tamanho da dívida do São Paulo não chega a R$ 130 milhões como afirmou o atual mandatário, Carlos Miguel Aidar, em entrevista à Folha de S. Paulo nesta quarta-feira.  O presidente são-paulino acusou a gestão anterior e disse que o Tricolor parou no tempo. Também apontou o tamanho da dívida bancária, segundo Aidar na casa de R$ 130 milhões — esta é a dívida bancária.

Há uma reflexão a fazer: o Palmeiras tem dívida de R$ 300 milhões e o Corinthians pode saltar de R$ 270 milhões para até R$ 1 bilhão. O débito são-paulino é pequeno comparado com os dos rivais, mesmo somando a dívida fiscal, não incluída no valor acima. “O São Paulo não está acostumado a ter dívidas”, disse um conselheiro próximo a Aidar.

Isso à parte, os conselheiros ligados a Juvenal Juvêncio movimentaram-se na manhã desta quarta-feira. Vários telefonaram para gente próxima a Aidar para protestar contra a entrevista. As declarações já causaram um terremoto político no Morumbi.

É provável que Juvenal Juvêncio convoque uma entrevista coletiva nos próximos dois dias. Mas já há discordâncias sobre o tamanho da dívida: “O Aidar pagou a contratação do Alan Kardec com dinheiro que o Juvenal deixou em caixa”, diz um conselheiro. “Uma parte do que o Aidar está dizendo é adiantamento de cotas de televisão, não é dívida”, completou.

Juvenal Juvêncio surgiu no cenário político do São Paulo levado por Laudo Natel, mas ganhou notoriedade nos anos 80 quando foi diretor de futebol na gestão de Carlos Miguel Aidar, entre 1984 e 1988. Ao final de seu segundo mandato, Aidar indicou Juvenal Juvêncio à sua sucessão. Juvenal ganhou a eleição de Antônio Leme Nunes Galvão e foi presidente entre 1988 e 1990.

Voltou em 2006, presidiu até 2014 e indicou Aidar à sua sucessão, por julgar ser o único candidato viável no cenário político atual. Desde abril, havia pequenas desavenças. Aidar tentando tirar territórios de Juvenal Juvêncio e Juvenal fazendo questão de manter o controle do pedaço do clube com que mais se preocupa — as divisões de base.

Juvenal Juvêncio tem mais influência sobre o conselho são-paulino do que Aidar. Se virar guerra política, o São Paulo tem muito a perder.

 

 

Fonte: ESPN

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