Diego Costa foi servente de pedreiro e quase deixou futebol antes do SP

Diego Costa é titular absoluto do São Paulo nos dias de hoje. Um dos nomes mais badalados da defesa do terceiro colocado do Campeonato Brasileiro, o zagueiro nem sempre viveu perto dos holofotes, uma vez que o início da sua trajetória no futebol não apontava de imediato que poderia brilhar na carreira.

A primeira chance no esporte foi no Nova Petrópolis, do Rio Grande do Sul. Natural do Mato Grosso do Sul, o jovem, de 21 anos, teve uma chance de fazer teste na equipe da Serra Gaúcha. Depois de um período no time, voltou a Campo Grande com a intenção de desistir do futebol, sobretudo pelas dificuldades vividas fora de casa. No retorno à cidade natal, trabalhou como servente de pedreiro ao lado do padrasto.

“Eu e meu irmão sempre brincávamos com bola. A gente começou a jogar nos campos do bairro. Tinha um treinador que estava levando uma molecada para o Sul para fazer teste. Eu conversei com a minha mãe. No início, ela não deixou, mas eu insisti, falei que queria tentar. Aí começou. A gente foi jogar no Nova Petrópolis. Fiquei um ano e meio sem voltar para casa, passei Natal e Ano Novo lá. Eu passei até fome lá. Se eu falasse na época, ela não me deixaria ficar. Hoje, posso falar”, disse o jogador.

“Eu voltei para Campo Grande, quase parando de jogar, falei com a minha mãe que não queria voltar jogar, por tudo que tinha passado lá. Quando eu cheguei, comecei a trabalhar. Fui trabalhar com o meu padrasto, como servente de pedreiro. Eu ajudava na obra, fazia massa, juntava piso. Eu fazia de tudo um pouco. A gente tomava café, ia para o serviço”, acrescentou.

O pensamento de deixar o futebol ficou para trás depois de um tempo. Mesmo trabalhando com o padrasto, Diego Costa voltou a cogitar o retorno ao esporte. A ascensão, a partir daí, foi quase instantânea. Aos 15 anos, o garoto teve uma chance na Copa São Paulo de Futebol Júnior e até balançou a rede do Corinthians.

“Eu chegava à tarde, quase à noite do trabalho, e ia treinar. Fazia academia, ia correr. Eu me preparava fisicamente. Já pensava em outro teste para fazer. Jogando no terrão da minha cidade, um cara me falou para ir para São Paulo. Eu vim, passei em um clube pequeno, onde eles nos mandavam para testes. Depois, fui aprovado no Grêmio Prudente como volante até que comecei a jogar de zagueiro, porque um zagueiro tinha ido para o Cruzeiro. Eu fui jogar no sub-20, disputei a Copinha, fiz um gol contra o Corinthians, aos 15 anos em Barueri”, revelou.

A atuação diante do Corinthians foi o suficiente para Diego Costa deixar o Grêmio Prudente com um contrato assinado com o São Paulo. A mudança para Cotia ocorreu logo após o duelo disputado no torneio de divisões de base.

“À época, eu já estava sendo observado pelo São Paulo e foi a confirmação do próprio São Paulo. A mudança para Cotia ocorreu logo após o duelo disputado no torneio de divisões de base.

“À época, eu já estava sendo observado pelo São Paulo e foi a confirmação do próprio São Paulo que estava pronto. Acabou o jogo, eu assinei o contrato já ali no estádio mesmo. Eu voltei a estudar quando cheguei a Cotia. Foi muito importante, alimentação, minha vida pessoal. Eu joguei como capitão no sub-17 e no sub-20”, concluiu.

Um dos destaques da equipe de Fernando Diniz, o zagueiro pode ajudar o São Paulo a assumir hoje (25) a liderança do Campeonato Brasileiro. Em jogo adiado pela 16ª rodada do torneio, o Tricolor precisa vencer o Ceará, às 19h15, na Arena Castelão, e torcer por tropeço do Atlético-MG, que recebe o Botafogo. O time do Morumbi ocupa a terceira colocação na tabela, com 37 pontos, dois a menos que o líder Galo.

 

Fonte: Uol

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