Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo continua em ritmo de férias e colhendo péssimos resultados. Além de não ganhar nenhuma fora de casa, agora também não ganha no Morumbi. Pior: os jogos são sonolentos, desrespeitando os milhares que comparecem ao estádio e os que pagam o Premiere para assistir as partidas do time.
Porém, há uma evidência que não pode ser desprezada: precisamos urgentemente de um centro-avante. Estamos há quatro jogos sem marcar um único gol (nos seis últimos fizemos dois, contra Cruzeiro e Bragantino). Ou seja: média de 0, alguma coisa por jogo. Isso significa dizer que sem Calleri o ataque despenca e a produtividade não existe.
Dorival já tentou por aquele setor James Rodrigues – lembrando o que Guardiola fez com Messi no Barcelona – e, claro, não deu certo; tentou Juan, Erison, David, Luciano. E ninguém se acertou. Até porque James não é centro-avante, Juan joga melhor – se é que consegue ser menos ruim – pelos lados do campo, Luciano é meio-atacante, David joga pelos lados e Erison, bem, El Toro é centro-avante mas não convence. Conseguiu em um ano de São Paulo marcar um único gol. De pênalti.
Não defendo que o elenco tenha 22 titulares, mas deve ter, ao menos, jogadores em condição de substituir o titular sem que o ritmo caia tanto. Lembro dos tempos de Telê Santana, quando entrava um ou outro, o ritmo não caía. Bem, mas Telê era Telê. Hoje temos Dorival, até porque Telê ficou apenas na saudade eterna.
Calleri volta em janeiro, mas não me preocupa o que fazer até lá, já que faltam apenas três partidas para o encerramento do Brasileiro. Me preocupa o que virá depois, já que Calleri não vai conseguir jogar os quase 90 jogos no ano sem uma expulsão, ou um trio de cartões amarelos, ou mesmo um simples descanso pelo excesso de jogos. E se temos intenção de ir bem nos campeonatos, não sermos coadjuvantes, então é bom pensar em um centro-avante com extrema urgência. Ou seremos só coadjuvantes, passando novos vexames.