São Paulo consegue boa vitória, mas o assunto que dominou foi James Rodrigues

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi a Salvador e venceu o Vitória por 3 a 1, num jogo daqueles que classifico como “vencíveis” e compensa a derrota para o Flamengo fora de casa. Num campeonato por pontos corridos, para sermos campeões, precisamos vencer, na média, todas em casa e empatar todas fora. Quando perdemos alguma partida “perdível”, precisamos ganhar uma “ganhável”. O que não se recupera são os pontos perdidos no Morumbi, tipo Fortaleza.

É evidente que a expulsão do zagueiro do Vitória (muito asno) logo aos cinco minutos facilitou muito o trabalho do São Paulo. Acho até que Zubeldia demorou um pouco para alterar o time, pois só aos 29 minutos colocou Galoppo no lugar de Bobadilla.

Mas tudo se desenvolveu bem, Luciano estava em tarde inspirada e o time ainda teve que tomar alguns cuidados, graças ao péssimo gramado do Barradão.

Mas na coletiva pós jogo, mais do que o posicionamento do time, da escalação de três zagueiros e, teoricamente, três volantes, o que se abordou com Zubeldía foi a ausência de James Rodrigues. No começo da transmissão eu falava não entender a situação do colombiano, pois não estava relacionado para o jogo, nem constava na lista do Departamento Médico.

Zubeldía foi taxativo: “Eu tomo decisões em relação ao que vejo e para isso estou aqui, para tomar decisões. Se não está o James, é porque considero que tem que estar outros companheiros. (…) Tenho clara qual é a minha profissão e tenho clara qual é a minha responsabilidade. Um treinador vive tomando decisões, e tratamos junto com o meu estafe que essas decisões sempre sejam em favor do grupo e que sejam, em sua maioria, positivas.”

Respondido. Mais um treinador que não encaixa com James Rodrigues. Foi Dorival, depois Carpini e agora Zubeldía. Como é que um técnico vai escalar um jogador que não treina que vive com dores em todos os lugares, em detrimento de quem está lá, ralando todos os dias?

Quando James Rodrigues pediu a rescisão do contrato com o São Paulo fiz um editorial dando graças a Deus e fazendo duras críticas a ele. Fui xingado nas redes sociais. Me acusaram de estar sendo pago pela diretoria para proteger Carpini e desbancar o bebezinho colombiano. Acho que agora deu para perceber que eu não estava sendo pago por diretoria alguma. O cara realmente é um vagabundo, que já ganhou muito dinheiro por aí e não tem o mínimo respeito pela camisa do São Paulo. Aliás, por camisa de time nenhum. Só quer jogar na Seleção da Colômbia. E o São Paulo continua fingindo que paga e ele fingindo que joga.

James Rodrigues é o novo escândalo do São Paulo. Após Daniel Alves (presente de Leco), recebemos esse ser, imposto ao clube por Giuliano Bertolucci e estamos pagando quase R$ 3 milhões por mês para esse ser nocivo ao clube.

Mas, como no Brasil não existe lei que obrigue o dirigente de futebol a colocar seu patrimônio como hipoteca do clube para cobrir gastos mal feitos, o São Paulo que se dane. Assim foi – está sendo – com Daniel Alves. Assim é -e será – com James Rodrigues.

Parabéns, Júlio Casares. Você é igual – ou pior – que o Leco.

Zubeldia testou o elenco e viu com quem pode contar. E com quem não pode.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, desnecessário dizer que o São Paulo cumpriu sua obrigação e venceu o time do Águia de Marabá por 3 a 1, em Belém. Que me desculpem os paraenses, mas com um trio de zaga mais gordo do que eu, não dava para esperar algo melhor deste time.

E olha que ainda saíram na frente, quando já estavam com um a menos. Mas o empate veio na sequência e a virada ainda no primeiro tempo, o que colocou as coisas em seus devidos lugares. Sim, dois gols de Juan e um cala a boca para quem só fala mal dele, inclusive eu. Vou continuar criticando para ver se ele continua me fazendo calar a boca. Vai ser bom demais.

O importante é que Zubeldia fez o que todos nós esperávamos, ou seja, descansou os titulares – muitos nem viajaram para Belém – e colocou todos os reservas em campo. Foi ótimo para um técnico que está chegando agora e só conseguiu ver esses atletas atuando em treinamentos. Num jogo para valer, por mais que o adversário seja um time semiprofissional, sempre o que se pode observar é diferente de um treino. Assim sendo, ele pode sentir com quem ele vai poder contar nesse elenco. E também com quem não vai dar certo.

Moreira, por exemplo, é nome certo. Para mim seria titular da lateral direita, com a ausência de Rafinha. O problema é saber quantos jogos ele aguenta sem se contundir; Patryck também é nome certo, para não ser utilizado, ou seja, o oposto de Moreira. Nem num jogo destes, onde o adversário não tem a menor noção de marcação, ele se arrisca ir à linha de fundo e fazer um cruzamento, ou mesmo dar uma assistência. Cada vez mais tenho certeza que a cigana enganou a genitora de Patryck, dizendo que ele seria jogador de futebol.

Ferraresi e Diego Costa, além de Jandrei, também podem ser bons reservas e, dependendo da situação, substituírem os titulares em caso de lesão ou suspensão.

No meio é perceptivo que Rodrigo Nestor carece de mais tempo de jogo, pois o tempo que ficou parado tirou completamente o ritmo que ele vinha empregando; Galoppo, ao que parece, foi colocado na posição correta e correspondeu às expectativas; E Luiz Gustavo, que até gol fez. Talvez ele possa ser o substituto de Pablo Maia na frente da zaga, se seu físico aguentar tantas partidas seguidas.

Lá na frente Erick mostrou que é um jogador mediano, que não será titular e que vai compor elenco, mas que pode ser usado em determinadas circunstâncias do jogo, enquanto Michel Araújo já deixou claro que é um falso uruguaio. Não tem a pegada que outros deste País que passaram pelo São Paulo tiveram.

Por último falo de Juan. Criticado por muitos, ou diria, por quase todos os torcedores, fez dois gols. Eu disse na transmissão, em tom de brincadeira, que Júlio Casares devia estar reclamando com Carlos Belmonte por ter gasto com André Silva, já que tinha Juan para reserva do Calleri. Por mais que ele tenha feito dois gols, perdeu um gol absurdo e me deixou em dúvida se pode ou não ser confiável para o aproveitamento de Zubeldia.

Por último falo do treinador. Vem conduzindo bem o time. Não quer me declarar em amor profundo ainda porque tenho o pé bem atrás e lembro o que aconteceu com o Carpini, que quebrou um tabu e ganhou um título. Depois foi o que vimos. Mas, acredito, não tínhamos treinador. Foi apenas uma ilusão passageira. Hoje temos. E isso é bom demais.

Zubeldia é aprovado em seu primeiro grande teste, mas lesões começam a assombrar o treinador

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o empate com o Palmeiras no Morumbi pode até parecer que representam dois pontos que perdemos em casa – e é fato – , mas temos que levar em consideração que enfrentamos um dos dois melhores times do País no momento em que estamos nos reestruturando, com novo técnico, nova mentalidade.

E partindo do pressuposto que Zubeldia fez apenas seu segundo jogo à frente da equipe, podemos dizer que ele foi aprovado. Conseguiu acertar o sistema defensivo, que era uma peneira com Carpini e se virou com a marcação no meio de campo, sem Pablo Maia que se contundiu na véspera do clássico, durante treinamento.

Se não foi possível colocar toda sua ideia em prática, Zubeldia mostrou que sabe ver o jogo. Encheu de jogadores do lado esquerdo da defesa, pois sabe que o Palmeiras ataca mais pela direita, sempre com três atletas; depois, com a saída de Wellington, ficou desprotegido com Michel Araújo e o Palmeiras, por sua vez, colocou Maike para dar velocidade ao setor. Zubeldia rapidamente colocou Ferreira e prendeu o lateral palmeirense lá atrás.

Puxei dois detalhes apenas para mostrar que já é possível sentir Zubeldia no time. E, pelas mudanças que estamos passando, de time desacreditado, pronto para lutar contra o rebaixamento, passamos para o patamar de time médio no Brasileiro, podendo, quiçá, atingir outro patamar no decorrer da competição. O que é fato que, ao menos por enquanto, aquele temor, diria quase pavor, de Z4 está afastado do meu coração.

O que preocupa, no entanto, são as contusões. Não passamos uma semana sem ter um novo hóspede no Departamento Médico, que continua sob comando de um pediatra. Agora foi a vez de Pablo Maia. Contusão em dois lugares que, se o tratamento for excepcional e os exames não detectarem fraturas, pode ser resolvida em um mês. Mas ontem mesmo já falaram em cirurgia, o que pode prolongar para três a quatro meses a ausência dos gramados. Se existirem fraturas, seis a sete meses. Ou seja: ele só voltaria no final do ano.

Essas contusões, a maioria musculares, vem atrapalhando o trabalho de vários técnicos, sucessivamente. Temos um departamento médico deficiente, com um Refis obsoleto, o que atrasa muito a recuperação. E às vezes, para não sofrer críticas pela demora, liberam os jogadores para voltarem antes do tempo. E depois os recebem de volta para novo tratamento.

Não sei como Zubeldia vai se virar com isso. Mas é bom ele ir se acostumando, porque o São Paulo é isso mesmo.

São Paulo mostra organização e volta a dar esperanças ao torcedor

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo contra o Barcelona no Equador foi marcante e com ótima apresentação. O time mostrou que sabe atacar e se defender quando tem a vitória parcial nas mãos.

Mão do técnico Luis Zubeldia? Muito provavelmente sim. Apesar de ter tido apenas um treino efetivo com o elenco e ainda sem conhecer as características de alguns jogadores, o argentino conseguiu dar consistência ao time e mais organização. Montou um time inicialmente bastante ofensivo, mas fez com que essa mesma ofensividade se fortificasse no campo de defesa depois de ter marcado o primeiro gol. Não poucas vezes vimos Calleri cortando bola dentro da nossa área, ou Luciano desarmando o meia equatoriano.

Se em alguns momentos do jogo, até fazermos o gol, o São Paulo encaixotou o Barcelona, depois fez um ferrolho, onde Calleri e André Silva apareciam como os jogadores mais adiantados, na nossa intermediária. E não sofremos.

As poucas chances de gol do Barcelona só ocorreram por falhas nossas, com erros de passe de Alisson e Igor Vinicius.

É verdade que no segundo tempo os equatorianos chegaram a criar duas chances excepcionais, com grandes defesas de Rafael. Mas, de novo, em erros de saída da nossa defesa. E o final do jogo, quando já estava 2 a 0, que Arboleda fez aquela “pixotada” e quase deu um gol para o Barcelona.

Se antes de Zubeldia eu achava que o São Paulo voltaria com uma derrota do Equador, depois de sua chegada entendi que o animo dos jogadores poderia ser outro, que a vontade de ganhar chegaria, pelo próprio posicionamento do técnico, e traríamos a vitória. Como de fato trouxemos.

Estou empolgado? Sim. Sou ufanista: Não. O fato é que vi um time organizado, sabendo o que queria e fazendo o resultado. Vi que os mesmos jogadores que não rendiam com Carpini renderam com Zubeldia. Então minha empolgação se dá no ponto de que voltei a ter esperança de alguma coisa interessante ainda este ano.

Na Libertadores, a não ser pelo Imponderável da Silva, já estamos classificados. Basta uma vitória contra o Cobresal no Chile para garantirmos matematicamente. No Brasileiro, se conseguirmos uma vitória contra o Palmeiras na segunda-feira, no Morumbi, entraremos na zona de quem pretende disputar o título. Portanto, sem ufanismo, mas com muita empolgação, a esperança renasceu. Afinal, agora temos um técnico. E também temos um time.

Vitória do São Paulo mostra que Carpini atrapalhava e que, agora, sobra ânimo novo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o Atlético-GO em Goiânia, conseguindo sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro. E foi uma vitória convincente. Por mais que o time tenha jogado com dois a mais em boa parte do segundo tempo, no primeiro tempo o Tricolor já havia dominado o jogo e feito 1 a 0, com belíssimo gol de Calleri em ótima assistência de André Silva.

É bom lembrar que o Atlético-GO deu muito trabalho ao Flamengo, só perdendo por culpa da arbitragem, e perdeu por um suado 1 a 0 para o Botafogo, no Rio de Janeiro. Então não podemos descartar o adversário por completo.

Milton Cruz fez duas modificações em relação ao time que vinha sendo escalado por Thiago Carpini, aparentemente, óbvias, que surtiram muito resultado: colocou Diego Costa para atuar do lado direito, onde ele tem menos chance de cometer erros, e Alan Franco do lado esquerdo, sacando Ferraresi, que é muito fraco. E colocou André Silva desde o início, não apostando em jogadores insossos como Michel Araújo e Galoppo.

Alan Franco fez sua melhor partida desde que chegou ao São Paulo e André Silva, além da assistência perfeita para o gol de Calleri, participou de vários lances, provando sua utilidade. Talvez se tivesse observado isso, Carpini não teria caído.

Mas e o ânimo dos jogadores?

Bem, é normal que quando há uma troca de técnico os ânimos se renovem. Quanto mais que o que está chegando é tido como muito exigente, linha dura e não vai admitir corpo mole. Então, mais do que não demonstrar comodismo, precisavam mostrar serviço. E mostraram.

Falando em Zubeldia, vi no histórico dele que é um cara arrogante, pavio curto, que exige muito do elenco e não admite chinelinho, Mais do que isso, não permite conselheiros, dirigentes e mesmo presidente no vestiário em dias de jogos, muito menos passeio de empresários e dirigentes nos treinos do time.

Se fechar a porta na cara de Júlio Casares e a cúpula do futebol, além dos empresários amigos do rei, já terá meu pedido de autógrafo garantido. Porém, se tiver essas atitudes, creio que tenha vida curta no São Paulo. Não por entender a diretoria vai demiti-lo, mas por porque ele mesmo vai pegar seu boné e vai embora.

Zubeldia é a melhor coisa que poderia os acontecer, comparado aos diversos nomes que foram ventilados semana passada. Mas nada vai adiantar isso se nossos cartolas continuarem com as “pavonices” e não deixarem-no trabalhar.

Derrota foi suave. O problema é a canalhice que estão fazendo com Carpini.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota sofrida para o Flamengo no Maracanã, nesta quarta-feira, foi suave. Muitos contavam com uma sonora goleada para o rubro-negro, em vista da fase que o São Paulo está atravessando. Mas não foi o que aconteceu. O grande problema, no entanto, é a canalhice que a diretoria do clube está fazendo com o técnico Thiago Carpini. Poucas vezes na minha vida vi uma diretoria ser tão indigna com um profissional, como a comandada pelo senhor Júlio Casares está sendo com o técnico.

Começando pelo jogo. No primeiro tempo entrou a escalação de Muricy Ramalho. Novamente três zagueiros, dois alas, dois volantes, um meia (meia?) e dois atacantes. Nada deu certo. O time não criou absolutamente nada, não chegou uma única vez no gol do adversário.

Em compensação, exagerou no direito de errar saída de bola no campo de defesa. Não poucas vezes Ferraresi, Diego Costa, Pablo Maia, Igor Vinicius e Welington ofereceram oportunidade ao Flamengo para marcar. Mas o gol saiu, não em falha individual, mas em chute de rara felicidade de Luiz Araújo, que houvera acabado de entrar no lugar de Everton Cebolinha.

Carpini, então, resolveu mudar no intervalo. Tirou a escalação de Muricy Ramalho e colocou a sua. Ou seja, tirou um zagueiro e o meia (meia?) para colocar dois atacantes abertos. Ao invés do 3-5-2 passou para o 4-2-4. Já que não temos meia, deixou Alisson fazendo esse papel e enfiou Luciano ao lado de Calleri, com Erick e Ferreira abertos.

Mas o que vimos foi o Flamengo jogando do jeito que queria, chegando ao segundo gol e transformando o jogo num treino de luxo. Até os 30 minutos do segundo tempo deu dó, verdadeiramente, do time do São Paulo.

Mas eis que marcamos nosso gol. Assistência do nosso meia Alisson para Ferreira, que fez de cabeça. Até deu sinal de que o São Paulo poderia chegar a um surpreendente empate. Mas ficou só no sinal.

Porém, quero tratar do principal tema: a canalhice que esta diretoria está fazendo com o técnico Carpini. Não estou aqui defendendo sua permanência. Entendo, até, que ele deveria ter saído após a derrota para o Novorizontino.

O mundo inteiro sabe – inclusive Carpini – que o São Paulo procura por um novo técnico e que ele está, digamos, cumprindo aviso prévio. Esta diretoria covarde, que só se “empavonece” (termo com licença poética) nas vitórias e enfia a cabeça no meio das plumas nas derrotas, está fritando publicamente Carpini.

No Rio de Janeiro, antes do jogo, Carlos Belmonte disse, ao ser questionado sobre Carpini, que “ele é o nosso técnico”. Júlio Casares, da mesma forma, acrescentou que “futebol é resultado”.

Carpini entrou sozinho no Maracanã, passou o jogo inteiro com cara de missa de sétimo dia, totalmente fora de concentração para dirigir o time. Porém foi profissional ao extremo, coisa que essa diretoria não está sendo. Fosse eu, me sentindo humilhado e desrespeitado a esse ponto, faltando uma hora para o jogo iria embora do vestiário, anunciando minha demissão. E deixaria que um deles se sentasse no banco.

A diretoria presidida por Júlio Casares, definitivamente, não sabe o que é respeito profissional, muito menos o que é respeito pelo ser humano. Abandonam o profissional como se ele fosse o único culpado por tudo, escondendo os verdadeiros vilões das contratações – inclusive a sua -, afinal, além da falta de dignidade, essa diretoria é extremamente covarde.

As grandes ações destes que assaltaram de vez o São Paulo são as perseguições a opositores, a jornalistas que colocam o dedo na ferida e apontam as mazelas praticadas por eles. Quando algo tem que ser feito pelo bem da instituição, preferem olhar no espelho e se perguntar se devem ou não colocar a cara para fora, medindo o eventual prejuízo pessoal.

Depois desta quarta-feira, não tenho mais o que esperar desta diretoria. Ela age cada vez mais concretamente no sentido de levar o São Paulo à insolvência – esportiva e financeira -. Talvez esteja próxima de conseguir seu intento.

Derrota já esperada de um time de alta instabilidade e técnico de alta incompetência

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, talvez eu tenha sido o único jornalista e torcedor, nos grupos que frequento e nos programas que faço, a acreditar que o São Paulo ganharia o jogo deste sábado, do Fortaleza. Enquanto todos apontavam vitória do time cearense, meu palpite sempre foi de vitória do São Paulo. E vi que não era o mundo que estava errado e eu certo.

O time nem jogou tão mal. Dominou a partida no primeiro tempo, não se permitiu sofrer pelas jogadas agudas do Fortaleza, mas se estava com a defesa bem posicionada e o meio de campo com a marcação encaixada, faltava aquele algo mais, a cabeça pensante, o jogador que chama a responsabilidade e encontra um espaço para colocar alguém na frente do gol. Galoppo seria esse cara, mas, de novo, foi uma nulidade.

Quando esse jogador não existe ou, estando em campo, não desempenha a função, o técnico tem que mudar e criar opções, tipo plano b, para tentar furar a defesa adversária. Mas também nesse ponto, ou seja, no banco, temos um técnico altamente incompetente. E aí fomos derrotados. Nenhuma surpresa para muitos. Nem para mim. Afinal, eu só fui otimista.

Carpini não é mais técnico do São Paulo. É questão de horas para ser anunciada a sua demissão. A diretoria só está procurando um nome para trazer. Isso é fato. Não demitiu Carpini no vestiário para não ficar chato. Para ele, porque para nós, seria um alívio.

Mas vamos reconhecer que Carpini pegou uma bomba relógio. O time que ganhou a Copa do Brasil praticamente está todo aí com ele, exceção feita a Beraldo e Caio Paulista. Bem, só Beraldo não estar, já justifica a fase horrível. Mas nosso lado esquerdo é tão ruim que até Caio Paulista faz falta.

E, de novo, volto à diretoria, a mais incompetente de todas. Errou ao trazer um técnico aprendiz; se empolgou com a quebra do tabu em Itaquera e a Super Copa Rei. Viu o time eliminado do Paulista e sabia que teria 18 dias vagos até voltar a campo pela Libertadores. Deveria ter tomado a atitude ali, nao esperar a vaca começar a enfiar a cabeça no brejo. Pois é o que vai acontecer. Agora, depois de uma derrota na Libertadores (a vitória contra o Cobresal era mais do que obrigatória), e derrota no primeiro jogo do Brasileiro dentro de casa, resolveu acordar e vai trazer alguém.

Não sei quem será. Só sei que não terá tempo, sequer, de conhecer o elenco. Afinal, tem Flamengo quarta-feira e Atlético-GO domingo, Barcelona em Guayaquil na outra quarta, todos fora, e Palmeiras na sequência, em casa.

Se nada for feito com extrema urgência (repito, muito atrasado, como sempre), corremos o risco de chegar na outra semana com um ponto no Brasileiro, após quatro rodadas, ou seja, mergulhados no Z4, e com riscos de desclassificação na fase de grupos da Libertadores.

Sou um torcedor fervoroso, mas não posso deixar de ser realista. Esse é o nosso momento.

São Paulo se livrou da pressão, mas continua com instabilidade

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória “obrigatória” do São Paulo sobre o Cobresal nesta quarta-feira, no Morumbi, tirou uma grande pressão dos ombros do elenco e do técnico Thiago Carpini, mas não deu sobrevida infinita a ele, muito menos tirou a instabilidade que o time vem apresentando desde o início desta temporada.

Ganhar do Cobresal num Morumbi cheio era obrigação. Mas demorar até 40 minutos do segundo tempo para marcar um gol num time que não disputaria nem a série B do Brasileiro, já é demais.

A prova de que Carpini está perdido e precisa de alguém para tentar corrigir seu rumo está na escalação que ele colocou em campo. Está evidente que não foi ele quem escalou o time, mas Muricy Ramalho. A formação de três zagueiros remonta aos bons tempos do São Paulo, quando Muricy (antes Paulo Autuori e Leão) ganharam tudo pelo clube. Só que os tempos eram outros, o elenco era muito superior a este.

A prova maior da mão de Muricy foi que Carpini foi fazendo substituições, tirou Pablo Maia, Michel Araújo, Igor Vinicius, tudo para colocar o time mais ofensivo, mas em nenhum momento diminuiu o número de zagueiros.

Convenhamos que ele conseguiu dar mais consistência à defesa, mas isso deveria ser feito na Argentina, contra o Talleres, não no Morumbi, contra o Cobresal.

São erros assim que me levam cada vez mais ao descrédito com Carpini. O time continua sem conjunto, com espaços imensos entre os compartimentos em campo, a marcação é frouxa, o meio de campo continua com imensa dificuldade para armar, por mais que James Rodrigues tenha feito uma boa partida, com várias assistências. Mas num esquema com três zagueiros, onde os laterais são alas e mais atacam do que defendem, ficamos órfãos pelo lado esquerdo, porque Michel Araújo continua sendo um jogador nulo e o time, com isso, ficou penso pelo lado direito, onde Igor Vinicius até fez uma boa partida.

Outro dado que comprova a mão de Muricy: ele jogava com dois alas e dois centroavantes. Carpini não começou com um atacante aberto pelos lados e Calleri pelo centro. Optou por Luciano e o São Paulo jogou com os dois centroavantes. Luciano à parte, somos dependentes de Calleri. Se um resultado negativo nesta quarta-feira causaria a demissão de Carpini, ele que ajoelhe e agradeça a Calleri, o mais importante jogador do São Paulo nos últimos tempos, e também a Rafael por duas defesas que fez quando o jogo ainda estava 0 a 0.

Calleri é algo indescritível. O respeito, o amor, o profissionalismo, a raça, a dedicação, tudo o que ele dedica à camisa do São Paulo me emocionam. Sim, Calleri é capaz de arrancar lágrimas dos meus olhos quando está em campo e faz o que faz. Foi uma das únicas coisas certas que essa diretoria fez desde que assumiu, em 2021. Esse é o cara.

Foco virado, agora, para o Fortaleza, sábado à noite, no Morumbi, pelo Brasileiro. É ai que temos que dedicar nossas atenções e preocupações. Temos que ganhar o jogo, por uma série de fatores, mas o principal: começar com vitória o Brasileiro, que será desesperador.

São Paulo teve azar nas contusões, mas não evoluiu nada nos 18 dias de treinos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo pode dizer que teve azar no jogo em Córdoba. Afinal, perdeu Rafinha com 15 minutos, Lucas com 30 e Wellington Rato com 45 minutos. E, até por força de uma decisão de Carpini, jogou os oito minutos de acréscimos do primeiro tempo com dez jogadores.

E começo por aqui minha análise, que terá críticas e elogios ao técnico. Ele agiu corretamente ao não queimar a terceira substituição no primeiro tempo. E se alguém se machucasse no começo do segundo tempo: Jogaríamos um tempo inteiro com um a menos. O fato de ter sofrido um gol nesse momento do jogo não implica responsabilidade a Carpini por não ter feito a substituição de Rato. Até porque toda a jogada se desenvolveu pelo lado esquerdo de nossa defesa, com todo o time recuado e teve em Diego Costa o culpado por não chegar e dividir a bola com Sola.

Mas o primeiro tempo mostrou um São Paulo desorientado, um verdadeiro catado. James Rodrigues, clamor da torcida, não rendeu nada. É o tipo de jogador que quer a bola nos pés e não se esforça para marcar ninguém.

Mas não vou atribuir a James a responsabilidade pela derrota. Os 18 dias de treinos que o São Paulo teve não representaram nada em termos de evolução. É como se continuássemos no ritmo de jogo a cada dois dias, com jogadores se machucando – as mesmas contusões – o técnico vindo reclamar de excesso de jogos, sem tempo para treinar e outras coisas mais. Prova maior de que não temos um técnico à altura do São Paulo. O elenco já é limitado. O técnico mais ainda.

Entretanto, outro elogio a Carpini. Ele colocou em campo quem ele tinha no elenco. Não pode ser responsabilizado pelas partidas ruins de Igor Vinicius e Ferreira, nem pelo péssimo futebol de Erick. Porém, foram substituições necessárias pelas contusões. Quando ele mexeu taticamente no time, sacando James Rodrigues e Alisson, fazendo entrar Luciano e Galoppo, o São Paulo cresceu. Marcou o gol e quase empatou o jogo, não fosse a defesa gigantesca do goleiro argentino.

Voltamos, então, ao desentrosamento e falta de sistema tático do time. A defesa é um horror. Wellington vai para a frente, obriga Diego Costa a sair na cobertura, Arboleda vai cobrir Diego e ninguém cobre Arboleda. Assim saíram várias jogadas perigosas do Talleres. Sem contar que Diego Costa foi diretamente responsável pelos dois gols. No primeiro não chegou, no segundo “deu o passe” para o atacante argentino.

E o Departamento Médico? O que tem a dizer? Certamente não dirá nada, pois será acobertado pela diretoria opaca deste clube. Mas é, como diz meu amigo Edson Lapolla, um verdadeiro Triângulo das Bermudas.

Volto a afirmar: o que me preocupa não é a Libertadores, mas sim o Brasileiro. Me deixa em pânico. Nosso elenco é ruim e nosso técnico é horrível. Que Deus nos ajude!

São Paulo, um clube comandado por empresários.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o programa Somos Todos São-Paulinos desta segunda-feira trouxe um trabalho espetacular do companheiro Dario Campos, do Agonia Tricolor (comentarista em nossas jornadas esportivas e membro fixo do programa), mostrando uma relação pouco provável, mas verdadeira, entre a venda de Eder Militão para o Porto, e a vinda de James Rodrigues para o São Paulo. Foi uma noite de êxtase do programa, a partir do próprio título que reproduzo neste editorial, criado pelo Ramone Artico.

Não vou estender meu texto, mas fazer um breve resumo: Militão foi vendido ao Porto por 7 milhões de euros (apesar de no balanço do São Paulo aparecer 7 milhões de reais, talvez um erro de sifrão). Isso em 2017. Depois há uma nova venda de Militão, agora por 5 milhões de euros (de novo o São Paulo marca 5 milhões de reais, talvez mais um erro).

O curioso é que 2/3 do valor pago pelo Porto ao São Paulo na realidade não foi o time português quem pagou, mas uma empresa que tem, entre os sócios, Giovani Bertolucci, o empresário quem tem créditos próximo dos 40 milhões de reais junto ao São Paulo.

A compra de dois terços do passe de Militão por uma empresa não teria problema algum, fossem os direitos econômicos. Mas segundo o balanço do São Paulo, foram os direitos federativos, algo proibido pela Fifa. Mas talvez tenha sido mais um erro no balanço do São Paulo, um erro de grafia.

Continuando, a comissão paga pelo São Paulo a Bertolucci pela venda de Militão ao Porto foi de 3 milhões e 300 mil euros, em valores redondos. Ou seja: 47% do valor do jogador. É ilegal? Não. Apenas imoral e de difícil explicação. Em qual atividade do mundo um agente, seja em que setor for recebe quase 50% de comissão por uma venda?

Militão foi vendido ao Real Madrid por 52 milhões de euros. Lá também se pagou uma comissão próxima de 40%. Mas sabe-se que os empresários, a empresa e o jogador ficaram com algo próximo a 18% do total da transação e que o restante foi parar no bolso do presidente do Porto, que foi afastado do clube e preso.

E aqui no São Paulo? Quanto coube a cada uma das partes nessa operação? Sabemos que o São Paulo não pagou a comissão para Bertolucci, porque também não recebeu do Porto. Levou dois anos e teve que acionar a Fifa para que o Porto pagasse. Porém a dívida do São Paulo com Bertoucci, que era na casa dos 12 milhões de reais, começaram a correr juros, multas e, com outras vendas de jogadores do empresário, hoje chega a 40 milhões de reais.

Mas onde entra James Rodrigues? Sem clube na Europa, dispensado do Olimpyacos antes do térmico do contrato de experiência, Jorge Mendes, empresário de James, acionou empresários no mundo inteiro tentando encaixar o colombiano, ainda que com salários menores, compatíveis ao País que ele fosse jogar. Foi aí que Bertolucci levantou a mão, recebeu o jogador (que ainda pertence ao português Jorge Mendes) e enfiou no São Paulo.

Ao contrário do que garante a diretoria, de que o salário de James era pouco mais de R$ 900 mil mensais, pelo acordo feito no momento que haveria a rescisão, em fevereiro, mostra que é muito mais. O São Paulo se propôs a pagar R$ 10 milhões por sete meses de atraso. Como se sabe, esse atraso só pode ser das luvas e dos direitos de imagem e tudo isso, somado, não podem chegar a 50 por cento do salário da CLT. Bem, se foram dez milhões de atraso por sete meses nesses dois pontos, significa que o total pode chegar a R$ 20 milhões. Se dividirmos isso por sete, teremos um valor muito próximo a R$ 3 milhões por mês. Mas se a diretoria diz que eram R$ 900 mil, quem estaria recebendo o restante do dinheiro? Haveria uma “rachadinha”dentro do São Paulo?

E a comissão dos empresários no caso de Militão, também seria uma “rachadinha”? como no Porto?

É fato, por tudo isso que foi mostrado, que o São Paulo seja por interesse, seja por necessidade, é o próprio paraíso dos empresários.

O mais estranho de tudo é que tudo isso aconteceu no balanço do São Paulo e nenhuma auditoria, nenhum membro do Conselho de Administração, nenhum integrante do Conselho fiscal, nenhum conselheiro do Deliberativo viu ou levantou a suspeita. Por que será? Num País sério, todos, eu disse TODOS, teriam “rodado”.

Falei, na abertura do programa, que Leco, Raí, Alexandre Pássaro, Eduardo Albarello, Leonardo Serafim e Júlio Casares não precisariam ir, de imediato, para a Embaixada da Hungria. Mas seria conveniente que começassem a fazer amizade com embaixadores do Canadá, da França, da Alemanha, da Venezuela, para, quem sabe, passarem alguns dias lá discutindo o futebol nesses países.