São Paulo perde invencibilidade dentro do Morumbi e volta a apresentar velhos problemas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu sua invencibilidade na era Zubeldía dentro do Morumbi, para o Cuiabá, em algo que poderia ser mais uma humilhação, porém já tivemos outras piores que nem vamos classificar essa como uma delas.

Mais preocupante do que perder a invencibilidade (quando se perde uma invencibilidade é porque estamos ganhando muitos jogos ) é que voltamos a apresentar velhos problemas. O time mais uma vez não mostrou qualquer esquema tático, as bolas voltaram a passar de pé em pé, entre Arboleda e Diego Costa, os laterais apoiaram muito pouco, os meias ou segundo-volantes, sei lá o que eram, simplesmente não entendem bem esse negócio chamado futebol, mas foram contratados, uma peso de ouro, apesar de Júlio Casares até hoje não ter conseguido definir o valor pago, e outro agora, antes mesmo do empréstimo terminar, talvez para antecipar a comissão…do empresário.

Zubeldía deixou fora Lucas, Luiz Gustavo e Rodrigo Nestor. Posso entender, porque Lucas e Luiz Gustavo não vão aguentar uma sequência forte de jogos e Nestor, como voltou há pouco tempo, também está pisando em casca de ovo.

Mas, vamos combinar, com a defesa quase titular, só sem Alan Franco machucado e suspenso, não poderia falhar como falhou; o meio de campo com Alisson e os dois contratados a peso de ouro não poderia ser tão omisso; e o ataque, com Calleri e Luciano, complementado por Wellington Rato. não poderia ser tão inoperante.

Zubeldía não errou ao entrar com essa escalação, mas demorou para fazer a leitura do jogo. O Cuiabá jogou num 3-6-1, mas em nenhum momento se retrancou. Ao contrário, o meio de cambo cuiabano marcou o São Paulo a partir de sua intermediária até a intermediária de nossa defesa. E o São Paulo não conseguia passar do meio de campo.

Tivesse feito essa leitura Zubeldia colocaria Lucas e Nestor em campo para tentarem a transição, já que Galoppo e Michel Araújo são duas piadas prontas.

É verdade que quando tomamos o gol, os três que descansaram já estavam em campo. Mas aí teve muita lambança. O gol começa com um chutão do zagueiro Alan Emperreur lá para a frente, Pitta larga antes e chega primeiro que Arboleda na bola e aí, cruzamento no meio da área, Nestor tenta tirar de calcanhar, ninguém marca a entrada da área. Enfim, fizemos tudo errado para que o Cuiabá marcasse seu gol.

E depois disso nada aconteceu. O São Paulo até ensaiou uma pressão, mas completamente artificial, tanto que Valter saiu de campo sem ter feito uma única defesa.

De positivo as entrevistas de Calleri, que aprovou as vaias da torcida e disse que o São Paulo não pode jogar esse futebol tão pobre no Morumbi, e de Zubeldia, que admitiu ter errado e assumiu a responsabilidade.

Aliás, o que estaria acontecendo nos bastidores? Zubeldía, nesta quarta-feira, estava com um semblante diferente. Não foi aquele técnico vibrante que corre, pula, entra no campo. Ele esteve tão inerte quanto o time. Ele é responsável por passar energia aos jogadores e superar, com isso, nossas deficiências técnicas. Mas neste jogo ele também ficou cabisbaixo. Algo estranho pode estar acontecendo nos bastidores do São Paulo. E um dia, tenho certeza, isso virá à tona. Só espero que o prejuízo não seja ainda maior.

Temos que considerar o empate fora bom, mas acho que perdemos dois pontos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, alguém pode considerar ruim um empate em Itaquera? Não, assim como consideramos bom o empate contra o Internacional em Criciúma. Porém, na minha opinião, perdemos quatro pontos ao invés de ganharmos dois. Em Criciúma jogamos contra um Inter desfigurado, em “campo neutro”. Porém fomos “garfados” com a anulação do gol de Calleri, absolutamente legítimo. Neste domingo, novamente fomos roubados. Talvez o árbitro não fosse tão bundão, tão caseiro, expulsaria Carlos Miguel e o rumo do jogo seria outro.

Mesmo assim, com a conivência da arbitragem para a pressão do Corinthians, também não fosse a exuberante displicência de Luciano, ainda assim sairíamos com a vitória.

O gol de Lucas logo no início do jogo já mostrava que teríamos um grande resultado. Não só o gol, mas o total domínio do São Paulo. Lucas não ficou preso do lado direito do campo e jogando mais centralizado, causava alvoroço em toda a zaga corinthiana.

Mas um mal posicionamento de Alisson e pior ainda de Jandrei possibilitou o empate dos caras. Foi um belo chute de fora da área, mas dedutível para um bom goleiro. Coisa que Jandrei não é. E Alisson, a quem cabia a marcação por aquele setor, já que Igor Vinicius estava preso em Wesley, permitiu a liberdade para o jogador corinthiano.

Mas o São Paulo voltou ao domínio. Diria um massacre contra o Corinthians. O segundo gol foi fruto desta superioridade, já que o time da casa, após o empate, recuou esperando novo erro do São Paulo.

O erro veio, mas após estarmos vencendo. Luciano vai sair jogado da área, erra, perde a bola e sai o gol de empate.

Aliás, vamos falar um pouco de Luciano. É o artilheiro do São Paulo no Campeonato Brasileiro, é o cara da “família’, cumpre ordens do “chefe da família”, mas só atrapalha o time. Neste domingo, após o segundo gol, foi cumprir uma destas ordens e comemorar em frente à Gaviões da Fiel. Calleri, inteligentemente, entrou na frente do goleiro marginal do Corinthians e foi agredido. Luciano não tinha nada o que fazer ali, mas foi aumentar a confusão e também tomou amarelo (o cartão do goleiro marginal deles tinha que ser vermelho). Depois desta lambança e de ter atrapalhado ora Lucas, ora Rodrigo Nestor, ele resolveu fazer a lambança maior que deu o gol de empate para o Corimthians.

No segundo tempo Calleri, sempre ele, conseguiu a expulsão do zagueiro Caetano. Percebam a importância deste jogador: dá assistência para o primeiro gol entra no meio de uma confusão para ser empurrado e causar cartão para o goleiro, obriga o zagueiro a fazer uma falta que lhe cabe o amarelo e na sequência parte para cima do mesmo zagueiro, faz a mesma jogada e lhe causa a expulsão. E ainda tem gente que contesta a importância fundamental de Calleri ao time, assim como Lucas.

Com um a mais não conseguimos a vitória, mesmo jogando muito melhor. E quanto eu disse que a situação poderia ser diferente com a expulsão do goleiro marginal, basta ver a defesa que ele fez no chute de Michel Araujo. Outro não a faria.

Com esse empate caímos para a quinta colocação e poderemos cair muito mais, para perto da décima posição, já que os times que estão um ou dois pontos atrás de nós tem um ou dois jogos a menos. Mas ficaremos dentro de uma zona confortável, afastados do risco de Z4.

Quanto a Alan Franco, está claro que, numa sacada muito boa de Zubeldía, só foi para o banco para receber o terceiro cartão amarelo.

Em resumo, seguimos em aguas calmas.

Partida pífia em movimentação e criação apontam necessidade de Lucas jogar pelo meio

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo teve uma apresentação muito fraca contra um remendado Internacional nesta quinta-feira, em Criciúma. Se um empate contra o Inter fora de casa pode ser considerado muito bom, também é verdade que jogamos com um time cheio de reservas e, até por isso, tínhamos obrigação de ganhar.

Alguns erros de Zubeldía fizeram o futebol do São Paulo inexistir no primeiro tempo. O principal deles foi insistir com Luciano como meia e Lucas colado na linha lateral. Nenhum dos dois rendeu absolutamente nada.

Aliás, o primeiro tempo foi horroroso. Nem São Paulo nem Internacional justificaram o peso da camisa que carregam nos ombros. O time gaúcho, mesmo jogando com muitos reservas, tinha obrigação de render um pouco mais, exigir mais do Tricolor. Afinal, são elencos caríssimos e, consequentemente, imagina-se que sejam todos bastante competitivos.

O outro erro de Zubeldía foi demorar para perceber que o montagem do time não estava dando certo. Quando percebeu isso, colocou Ferreira, Erick e Galoppo de uma só vez, tirando Luciano (óbvio), Luiz Gustavo (cansado) e Rodrigo Nestor (ineficaz). Lucas foi para o meio e o São Paulo, então cresceu muito, partiu para cima do Inter e só não ganhou por conta de um erro clamoroso do VAR, anulando gol legítimo de Calleri, e três defesas impressionantes do goleiro do Internacional.

Zubeldía, então, mostrou que queria mesmo a vitória e encheu o time de atacantes. Colocou André Silva e, logo em seguida, Juan. Mas nada disso foi suficiente para furar o bloqueio defensivo armado por Coudet e fomos obrigados a nos contentar com um empate.

O resultado nos tirou do G4, mas ainda nos mantém no G6. Vamos combinar que é uma situação bastante confortável para quem estava morrendo de medo de ficar o campeonato inteiro flertando com o Z4. Mas é bom continuarmos com as tradicionais contas dos últimos anos: faltam 33 pontos para dormirmos tranquilos.

O Corinthians de hoje poderia ter sido o São Paulo de ontem, mas pode ser o de amanhã.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, os ventos sopram e sujeira se levanta. Vezes por aqui, vezes acolá. O fato é que, com a tecnologia que o mundo detém, dificilmente um crime, hoje, fica impune. No campo da política, ainda que a esportiva, tendo essa tecnologia como aliada, quando há vontade e decência política e participação ativa de polícia e Ministério Público, não há como alguém ficar impune, se crime tiver cometido.

Os fatos que vieram à tona no Corinthians, levando o time de Itaquera a uma crise jamais vista – sim, entendo ser maior que a do ano do rebaixamento – mostraram o que há por trás do contrato com a agora ex patrocinadora do time, com a participação de “laranjas”, comissões a empresas intermediadoras, com diretores acusados, muitos demissionários, presidente prestes a sofrer impeachment, outros patrocinadores saindo por não sentir respeito na marca Corinthians após os fatos que foram denunciados, jogadores rescindindo contratos, dívida assustadora que ultrapassa R$ 2 bi. Enfim, terra arrasada. Um novo “Cruzeiro” surgindo no mercado.

Mas o que tudo isso tem a ver com o São Paulo? Voltemos no tempo.

Em 2015, durante o mandato do nefasto Carlos Miguel Aidar, a diretoria tentou uma negociação com a Under Armour colocando uma tal de Far East como intermediadora, de um tal de Jack Banasfeha, para receber módicos R$ 18 milhões de comissão. Esse contrato tinha como signatários, além do próprio presidente Carlos Miguel Aidar, Júlio Casares, então vice-presidente de Marketing; Douglas Schwartzmann, então diretor de Comunicação e Marketing; Leonardo Serafim, então diretor Jurídico; e Osvaldo Abreu, então diretor Financeiro.

O escândalo, revelado com exclusividade, à época, pelo Tricolornaweb, causou, aliado a outros crimes, como a estranha aquisição de Iago Maidana – vendido pelo Criciúma ao Monte Cristo, de GO, por R$ 200 mil num dia e ao São Paulo, no dia seguinte, por R$ 2 milhões) – a renúncia de Carlos Miguel Aidar, que o fez por sugestão de outros advogados para não ser “impichado”.

Tivesse o Conselho Deliberativo, sob a presidência de Marcelo Pupo, levado o caso à frente, certamente esse senhores teriam sido expulsos do Conselho Deliberativo e a Polícia poderia fazer seu trabalho. Mas não, Pupo e os conselheiros preferiram jogar tudo para baixo do tapete, sacrificar Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro por uma briga, não pelo escândalo.

O então conselheiro Newton Ferreira entrou com uma ação na Justiça pedindo investigação sobre o caso. O Ministério Público foi a fundo. Quebrou o sigilo bancário de todos eles. Descobriu, por exemplo, um cheque que saiu da conta de Cinira Maturana, namorada de Carlos Miguel Aidar, para sua conta, naquele momento da compra de Iago Maidana.

Com a investigação concluída, a Justiça procurou o São Paulo, então vítima, perguntando se ele se sentia lesado por tudo isso. E quem foi que respondeu pelo clube? Leonardo Serafim, que disse que o clube não foi lesado. Inacreditável, mas o investigado responde se a investigação sobre ele deve continuar ou não.

Aliás, nesse quesito, passado alguns anos, Newton Ferreira acabou sendo expulso do clube por pura perseguição política, ate porque ele continuou com o processo e postando em suas redes sociais verdades inabaláveis sobre as administrações do clube.

Entenderam por que o Corinthians de hoje poderia ter sido o São Paulo de ontem? E por que pode ser o de amanhã?

A resposta pode ser simples. Todos aqueles que estavam na diretoria de Carlos Miguel Aidar orbitam a atual diretoria. Júlio Casares presidente, Douglas Schwartazmann o “dono” de Cotia, ou seja, da base; Leonardo Serafim o diretor jurídico de fato – não de direito – e Carlos Miguel Aidar, um consultor sempre presente com suas opiniões, acredito, nocivas ao clube.

Com isso estou querendo dizer que eles estão roubando o clube? De maneira alguma. Apenas que não tem legitimidade moral, em face do que descobriu o Ministério Público (lembro que o processo está arquivado pela indecente pessoa colocada para responder ao questionamento da Justiça).

Além do mais, o clube tem uma dívida impagável, com valores totais chegando próximos aos R$ 800 milhões, buscando, agora, um tal Fundo Garantidor ou Investidor, para obter R$ 250 milhões e alongar as dívidas bancárias, amortizando os juros. Mas quem vai gerenciar esse Fundo? Marcio Callomagno, o mesmo que está ao lado de Douglas em Cotia e que aparece com um cargo de superintendente da presidência (nunca vi algo assim).

Enfim, os amigos se ajudam, se completam, mas afundam uma instituição. Por tudo isso, o São Paulo conseguiu, por meios escusos, não ser ontem o Corinthians de hoje, mas está no caminho de sê-lo amanhã.

São Paulo faz dever de casa e atinge patamar que poucos esperavam no Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu mais uma. Agora, fazendo a lição de casa, bateu o Cruzeiro no Morumbi e atingiu o G4, em quarto por um gol de diferença no saldo para o Botafogo e apenas um ponto atrás de Flamengo e Bahia. Convenhamos, poucos esperavam essa desenvoltura do clube.

Vou ser repetitivo, mas como já disse em editorial passado, tudo tem a ver com Zubeldía. Neste domingo o São Paulo tomou um verdadeiro baile do Cruzeiro, pois após fazer o primeiro gol, logo a quatro minutos, o time se desconcentrou e se não fosse Rafael, a coisa teria ficado ruim.

Moreira uma grande decepção. Tomou um verdadeiro baile pelo seu setor. Mas culpo aqui a falta de assistência de Juan, que cobria o lado direito, para ajudá-lo e a ineficácia de Bobadilla, que também caía por aquele setor. Isso acabou prejudicando o próprio Arboleda, que tinha que sair da área para dar cobertura e abria um buraco por ali.

Zubeldía, que tinha entrado com o time certo – eu só entraria com Ferreira no lugar de Juan – demorou para perceber. A contusão de Moreira, com entrada de Ferraresi melhorou um pouco e depois, a expulsão do lateral do Cruzeiro, fizeram o São Paulo sair um pouco do sufoco. Porém Zubeldía deveria ter mexido já no primeiro tempo.

Menos mal que ele viu bem o jogo, mostrou que é um técnico de verdade e mudou tudo. Voltou para o segundo tempo com Luiz Gustavo, no lugar de Bobadilla, por questões técnicas, e Diego Costa no de Arboleda, por questões físicas. O time se encorpou, até porque passamos a ter um primeiro volante, o que liberou Alisson para flutuar um pouco mais e fizemos prevalecer o mando de campo e um homem a mais.

Daí para o segundo gol e a administração do resultado foram caminhos naturais e o São Paulo chega a 11ª partida invicta – dez com Zubeldia e uma com Milton Cruz. Mais do que isso, chega numa posição do Brasileiro que poucos acreditavam que pudesse ser possível. Eu, como um conservador, prefiro olhar para trás e ver que estamos oito pontos acima do Z4 e que faltam 34 pontos para afastarmos de vez esse risco.

Vão me xingar, que eu sei. O problema é que depois de ter sido criado e vivido torcendo para um time que entrava em todos os campeonatos brigando pelo título, sofri nos últimos anos tendo que fazer essas contas malignas. Então, peço desculpa a todos, mas esse estado de incompetência que se instalou no São Paulo nos últimos anos me impõe esse sentimento. Mas que estou muuuuuuuuuuuuuuito feliz, isso não se discute.

Zubeldía já está fazendo a diferença no São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Talleres nos trouxe uma certeza: Zubeldía já está fazendo a diferença. Sua intensidade é tão grande que não permite que os jogadores, o que olham para ele no banco, fiquem acomodados.

Pode ser que ele nem tenha uma estratégia tática brilhante. Pode ser que ele nem seja o grande técnico que imaginamos. Porém ele joga junto com o time e isso está fazendo do São Paulo um propenso candidato ao título da Libertadores.

Pego dois momentos deste jogo contra o Talleres: no gol de Luciano ele correu como um louco para abraçar e comemorar com o jogador, fez o que todos os torcedores enlouquecidos faziam naquele momento; depois, num eventual contra-ataque do Talleres que começaria pelo lado esquerdo da defesa argentina, ele saiu do banco e por pouco não invade o campo interceptando o lateral do Talleres. O rapaz ficou tão assustado que até parou no lance.

Isso é muito importante para compensar o elenco mediano que temos. Não canso de repetir que o São Paulo tem um bom time, mas o elenco ainda é sofrível. Assim como o ano passado, vamos acumulando centroavantes reservas para o Calleri, mas nenhum com possibilidade real de jogar ou mudar, eventualmente, o resultado de um jogo.

Alguns jogadores se destacaram nessa vitória. Começo pela defesa onde Arboleda e Alan Franco – principalmente o argentino – não permitiram qualquer chance para o Talleres; passo pelo meio de campo onde Alisson continua sobrando; e sigo no conjunto da obra, pois o time começa a mostrar que está entendendo as opções táticas do técnico.

E é fato que chegamos no final da fase de grupos da Libertadores onde ninguém, há 45 dias, imaginaria estar. Com Carpini, a conta era de que seríamos eliminados na fase de grupo. Com Zubeldía, se tem quase certeza que vamos passar pelas oitavas.

Enfim, se muitos dizem que um grande time se começa com um grande goleiro, entendo que de nada adianta ter isso se não houver um cara do tipo Zubeldia comandando o elenco.

Zubeldía acertou em escalar reservas contra Águia de Marabá

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu, sem problema algum, o Águia de Marabá por 2 a 0, com time reserva e sem dar sustos. Aprovo integralmente a decisão de Luiz Zubeldía em colocar o time suplente, principalmente ao dar minutos para Lucas e Rodrigo Nestor.

Aliás, vinha defendendo desde a semana passada essa escalação. As notícias que vieram do CT esta semana, no entanto, davam conta de que o técnico argentino colocaria o time titular, pois temia deixá-los sem ritmo por ficarem 15 dias sem jogar. A última partida foi contra o Barcelona-EQU quinta-feira da semana passada e ficariam até quarta-feira que vem, quando o time enfrenta o Talleres, sem jogar.

Até aceitei os argumentos que eram usados, mas entendo que 15 dias não tira o ritmo de jogo de um time que joga junto há algum tempo. Além do mais, a partir de quarta que vem, virá uma sucessão de jogos, sempre dois por semana, do Campeonato Brasileiro. E o São Paulo anda vai ter que jogar sem alguns de seus titulares, convocados para suas Seleções para a disputa da Copa América. Portanto, decisão muito acertada de Zubeldía.

Dos jogadores que estiveram em campo gostei muito do Moreira, lateral que, em minha opinião, deveria ser o titular do time; Luiz Gustavo, por mais que não tivesse trabalho com a marcação, fez o arroz com feijão com a distribuição do jogo pelo meio de campo; Rodrigo Nestor, que fez uma partida espetacular, levando muito a sério aquilo que alguns não levariam; e Lucas, de quem sou muito fã e admirador e torço com veemência para que as contusões não voltem e ele engrene, de vez, pois será extremamente útil ao time.

Zubeldía, enfim, vai conhecendo o elenco e sabendo com quem pode e com quem não pode contar. Vai mesclando jogadores, alternando posições no decorrer do jogo e conseguindo manter sua invencibilidade à frente do time.

Que os bons ventos continuem soprando.

Noite de ponto fora da curva

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a noite de quinta-feira no Morumbi nos jogou um balde d’água fria na empolgação que começamos a ter com o time. O empate contra um time medíocre como o Barcelona de Guayaquil nos fez retornar à realidade.

Julgo um ponto fora da curva no trabalho que Zubeldía vem realizado. E não o estou culpando pelo empate. Ele até tentou mudar jogadores, trocar posição no ataque, colocou o time ultra ofensivo, mas não conseguiu furar o bloqueio equatoriano. Uma pela falta de criatividade; mas também pela total ineficiência do nosso ataque quando Calleri não está em campo.

A disposição tática do time foi muito clara: ele deixou Alisson e Galoppo no meio de campo e formou uma linha de quatro na frente, com Michel Araújo, Luciano, André Silva e Ferreira. Ainda por cima contava com descidas alternadas de Wellington e Igor Vinicius. E para aumentar o volume, Alan Fraco, não poucas vezes, apareceu na frente da área adversária.

Com tudo isso o São Paulo passou o primeiro tempo sem sequer incomodar o goleiro do Barcelona. Michel Araújo tentava algumas investidas pela direita, mas faltava o último passe. Ferreira, do outro lado, até levava perigo, mas também faltava a conclusão. Luciano e André Silva trombavam um com outro, sem espaço (Calleri sempre abre espaço para alguém). A bola batia na defesa do Barcelona e voltava. E às vezes, ainda, éramos pego em contra-ataques, muitos dados por erros do São Paulo.

No segundo tempo, quando se imaginava que o quadro poderia mudar, o São Paulo foi amassado pelo Barcelona nos primeiros cinco minutos, só conseguido equilibrar depois disso. Mas continuou se entrar na área adversária.

Zubeldía colocou Lucas e Juan. Então, com Juan, o São Paulo chegou a ter uma chance clara de gol. Só que e, cara a cara com o goleiro, praticamente recuou a bola. E Lucas, bem, está completamente fora de ritmo.

De resto as outras substituições de Zubeldia, com Erick, Luiz Gustavo e Moreira, não foram suficientes para tirar o sono do São Paulo e provar, mais uma vez, que soberba não dá vitória. Porque foi exatamente isso o que aconteceu. O São Paulo estava desconcentrado, achando que ganharia o jogo a qualquer momento. E na vida, ou se leva a sério o que se faz, ou passa vergonha. Por isso as vaias dos 50 mil torcedores presentes no Morumbi se fizeram ouvir.

Não voltei dos 80 aos 8, porque não cheguei nesse pico de euforia em nenhum momento. Mas como disse no editorial passado, o coração estava começando a se aproximar da razão. Digamos que ele voltou ao lugar onde costuma ficar.

Mais uma virada com mérito. E o time vai se encorpando.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ganhou mais uma vez de virada, nesta segunda-feira, no Morumbi. Saiu perdendo para o Fluminense, mas empatou logo após sofrer o gol e virou no segundo tempo. Isso já houvera ocorrido com o Águia de Marabá e o Cobresal, pela Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente.

Por mais que isso nos traga algum susto ou desconfiança, mostra, por outro lado que o time está se encorpando, não entra em parafuso quando sofre o gol e consegue forças par buscar o resultado. Isso tem muito a ver com a energia e a confiança que Zubeldía passou para o elenco, pois se ele ainda não teve tempo de treinar o time para impor seu pensamento tático, substitui com muita vibração na beira do campo.

O técnico argentino parece ter encontrado o time base do São Paulo, ao menos enquanto titulares não estão aptos a jogar. Ele tem repetido essa escalação, mas fica claro que Pablo Maia, Wellington e Lucas serão titulares, quando estiverem aptos, sem contar Calleri.

Sendo assim, por mais que o Fluminense tenha vindo com time misto, vamos combinar que nós também estávamos, pois só aí em cima listei quatro jogadores que estão fora por lesões, além de Michel Araújo, que tem sido titular, suspenso.

Não quero dizer com isso que temos um grande elenco, que vamos disputar todos os títulos este ano. Mas, pelo menos, não vamos sofrer com proximidade do Z4. Aliás, estamos no G6.

Destaco nessa partida Luciano. Fez um gol anulado, brigou, como sempre, mas, principalmente, desequilibrou o Fluminense. A atitude dele indo buscar uma bola para cobrar rapidamente o lateral, sem cumprir o far play, tirou Fernando Diniz e o time do Fluminense do equilíbrio. O técnico foi expulso e o time carioca ficou perdido. Isso ocorreu nos últimos segundos do primeiro tempo. No segundo, só deu São Paulo.

Aliás, o jogo inteiro foi de domínio do São Paulo, pois Fábio foi exigido três vezes, tivemos gol anulado, e Rafael foi apenas expectador do jogo. Isso implica dizer que o São Paulo fechou bem os espaços, sufocou o Fluminense em sua saída de bola, provando mais uma vez a fragilidade do sistema defensivo dos times de Diniz, e fez por merecer a vitória.

Continuo freando minha empolgação e, sem coração mas com razão, não vejo o São Paulo campeão de nada este ano. Porém, o coração está começando a gritar e tentando ultrapassar a razão. Ou melhor: se tornar a razão.

São Paulo consegue classificação pouco provável, outrora, na Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Cobresal, de virada, por 3 a 1, em Calama e garantiu, matematicamente, sua classificação às oitavas-de-final da Libertadores. Outrora algo pouco provável, nas mãos de Thiago Carpini, hoje absolutamente possível e plausível com Luís Zubeldía.

É bem verdade que jogamos contra um time que parece semiprofissional. O que me assusta é que, mesmo assim, conseguimos sofrer. Tomamos um gol em saída de jogo errada de Alisson e Bobadilla e péssima cobertura de Igor Vinicius, porque o time estava de salto alto, pensando que resolveria a parada a hora que quisesse. Até foi assim, só que não precisava dar sustos.

Rafael não pegou uma única bola, o que prova a total deficiência de ataque do time chileno. Já o nosso ataque parecia muito estranho. Um posicionamento, a meu ver errado, que Zubeldía impôs a Ferreira e Michel Araújo tornou o ataque fraco e quase ineficiente. Michel Araújo ficava aberto pela ponta direita e Ferreira embolava pelo meio, com Luciano e Calleri. O time, portanto, ficou penso pelo lado direito.

No momento que Michel Araújo veio para a esquerda, fez a jogada que originou o gol de Luciano. Aliás, Luciano foi eleito pela Conmebol como o melhor em campo. Também seria por mim, não fosse o grotesco gol que ele perdeu, num contra-ataque sem zagueiros, só ele e o goleiro. É inadmissível atleta profissional perder um gol destes.

Bem, com problemas no time, Zubeldía consertou o que ele mesmo tinha feito de errado no posicionamento: tirou Michel Araújo, Ferreira e Bobadilla e colocou Rodrigo Nestor, Erick e Galoppo. Isso incendiou o time. Rodrigo Nestor entrou muito tem dando mais posse de bola, com mais qualidade e objetividade. Foi dele o segundo gol. Um golaço.

Aí o time chileno teve que se abrir um pouco mais. O técnico deles colocou três atacantes numa pancada só. Abriu campo para o São Paulo. E num lançamento primoroso de Alisson, toque mais genial ainda de Erick, Calleri fez o terceiro gol e matou o jogo.

Agora teremos dois jogos em casa para decidir o primeiro lugar do grupo. Nossa campanha fora só não foi excepcional porque perdemos na estreia, com Carpini, do Talleres. Mas nos recuperamos bem e estamos classificados por antecipação.

Por mais que eu queira o primeiro lugar, o time pode olhar, agora, com mais atenção o Campeonato Brasileiro. E isso nos dá a certeza de Zubeldía transmitiu energia a esses jogadores e recolocou o São Paulo nos trilhos.

A única coisa que tenho que lamentar nesse momento foi mais uma humilhação sofrida contra o Palmeiras. No Sub-20 do Campeonato Brasileiro tomamos de 5 a 1, em Cotia e estamos na “honrosa” 19ª colocação, ou seja, penúltimo lugar. Parabéns Douglas Schwarzmann e Belardo pelo brilhante desserviço que vêm prestando em Cotia. Talvez o trabalho de vocês sirva para outros objetivos um pouco mais escusos e nada tenha a ver com a tradição do São Paulo.