Empate com gosto amargo, pois o São Paulo merecia a vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o empate com o Botafogo no Morumbi nesta quarta-feira nos deixou um gosto amargo na boca. Afinal, mesmo jogando contra o atual líder do campeonato, um time encaixado, o São Paulo merecia a vitória. Não fossem os gols desperdiçados por Ferreira e Luciano no segundo tempo, e o placar seria nosso com total justiça.

O primeiro tempo não foi tão bom. Nossa zaga falhou demais, André Silva no ataque, um verdadeiro cone. Diria até o que nosso primeiro gol surgiu num mero acidente, assim como o gol de empate do Botafogo.

Entendam: não que o Botafogo tenha sido tão superior. Na realidade o jogo foi muito movimentado, mas as principais ações foram do time carioca. Luis Henrique ganhou todas do Wellington. Savarino, do outro lado, combinado com Cuiabano, deixava sempre Igor Vinicius na saudade. E Arboleda e Alan Franco batiam cabeça o tempo todo.

Com a entrada de Calleri no segundo tempo tudo mudou. Ao invés de um cone, cuja melhor jogada foi sua saída de campo, entrou um cara que prendeu os dois zagueiros do Botafogo lá atrás, fez o pivo, deu assistência, enfim, foi o Calleri que nós conhecemos. E foi com ele que nasceu a jogada que possibilitou Lucas fazer a assistência para Ferreira marcar o segundo gol.

A partir daí foi domínio total do São Paulo e os gols sendo perdidos. E por mais que eu entenda que merecíamos a vitória, constatei também – e já sabia disso – que nosso elenco é sofrível. Só conseguimos encarar o Botafogo e merecer a vitória quando Calleri entrou. Ou seja: continuamos sem um reserva a altura para ele. E ninguém explica como conseguiram pagar R$ 27 milhões pelo André Silva. Talvez porque não po$$am explicar.

O mais importante, no entanto, é que acabamos o primeiro turno no G-6 (até que os jogos restantes sejam disputados), mas, mesmo em caso de queda, em posição muito melhor e mais confortável do que qualquer um de nós poderia imaginar. Por mais que ainda faltem 15 pontos para aquele sono tranquilo, isso é menos da metade que conquistamos até agora.

Portanto, bola pra frente porque a missão de permanência na Série A está sendo rigorosamente cumprida.

Jogo modorrento, São Paulo mostra que tem time, mas o elenco…

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é inegável que o São Paulo tem um belíssimo time titular, que pode, por si só, almejar coisas boas nas competições. Porém, quando precisa do elenco, a situação muda muito e fica sofrível.

Neste domingo, contra o Juventude – noves fora o péssimo gramado do Mané Garrincha – tivemos três boas oportunidades no jogo inteiro – uma com Ferreira e duas com Luciano -, mas sofremos muito lá atrás. Teve frangaço do Rafael, com o VAR anulando corretamente o gol, teve bola no travessão, teve sufoco no final do jogo.

Então pensamos: jogamos sem Igor Vinicius e Wellington lá atrás, sem Alisson no meio e sem Calleri lá na frente. Diria que dos quatro, três fizeram muita falta: Calleri, Alisson e, imaginem, Wellington. É, porque quando Patryck Lanza joga, qualquer um me faz sentir falta, porque ele é ruim demais.

Mas, então, tivemos Bobadilla fazendo a função de Alisson e André Silva a de Calleri. Depois Juan. E nada funcionou. O time não andou, não tinha passagem da defesa para o ataque, não tinha posse eficiente de bola, não tinha alguém segurando os zagueiros adversários lá atrás. Tudo isso pelas simples ausências de Alisson e Calleri.

E Zubeldía cometeu algum erro na escalação? Claro que não. Ou se acham que sim, apontem quem ele poderia ter colocado no lugar de Alisson e Calleri. E no lugar de Wellington?

Outra coisa: no inicio da transmissão do jogo eu e Dario Campos alertamos para o fato de Moreira estar no banco, muito provavelmente sem a menos condição de jogo. Parece que estávamos certos, porque Rafinha se arrastou no segundo tempo e quando saiu, quem entrou foi Ferraresi fazendo a lateral direita. Portanto, Moreira estava lá só para ocupar lugar no banco. Eita DEM – Departamento de Excrecência Médica!

O quadro é esse. Vamos sofrer muito sem Alisson, que só volta ano que vem, e sem Calleri, quando ele não puder jogar por contusão ou alguma suspensão. E pasmem! Sem Wellington. Nunca imaginei que diria isso.

Desnecessário falar do jogo, que foi um dos piores do Brasileiro. Agora é fazer uma boa preparação para enfrentar o Botafogo, que está jogando muita bola. Alarmistas e pessimistas apontam uma derrota do São Paulo em pleno Morumbi. Eu acho que vamos ganhar. Mas vamos ter que contar com nosso time quase titular, porque a depender do elenco, será aquilo que vimos em Brasília.

São Paulo teve “noite argentina”, venceu mas tem problema sério pela frente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu um jogo “obrigatório” no Morumbi. Afinal, o Grêmio é o vice lanterna do Brasileiro. Mas precisou ter uma “noite argentina” para manter o resultado. Explico.

O time começou voando. Logo a 9 minutos Lucas recebe a bola de Alisson e chuta de fora da área para marcar. Eu achei que esse gol abriria caminho para uma goleada, pois o Grêmio, que se posicionava na defesa, teria que sair para o jogo, o que abriria chances e espaço para o São Paulo.

Mas, a exemplo do que ocorreu em jogos anteriores, o São Paulo fez o gol e diminuiu seu ritmo, permitindo ao Grêmio crescer em campo. Por mais que não tivesse corrido riscos, também não criou oportunidades agudas de gol e o primeiro tempo acabou meio que num marasmo. Se pode ser considerado bom porque estávamos ganhando, não era tão confortável pelo que viria a acontecer no segundo tempo.

O Grêmio já começou bem melhor o jogo. Em determinado momento, teve uma sequência de quatro escanteios consecutivos. A defesa não conseguia afastar a bola para longe e Rafael começava a aparecer.

Igor Vinicius e Wellington deram conta de Soteldo. O problema estava no miolo de zaga, onde Arboleda e Ferraresi disputavam quem jogava pior. Teve um momento que Arboleda deu uma trombada em Rafael. Acho que a balada da noite anterior foi pesada.

O pior veio com a fatalidade da contusão de Alisson. Tentando tirar uma bola da defesa, teve seu é preso no gramado e faturou o tornozelo. Por mais que eu tenha ciência da importância de Alisson para o time, não imaginava que chegava a tanta proporção. E que uma mexida muito infeliz de Zubeldía fosse desestruturar o time.

O técnico, que chegou a preparar Rodrigo Nestor para entrar, optou por Wellington Rato. Não só Rato entrou fora de posição, m as muito mal tecnicamente. O São Paulo perdeu o meio de campo, foi completamente engolido pelo adversário e afirmo: não fosse Rafael, teríamos sofrido o empate e, com certeza, a virada. Parecia que, ao invés de um jogador machucado substituído, tínhamos um jogador expulso, tal a superioridade gremista.

O futuro me preocupa, pois não temos no elenco um substituto para Alisson. Quando digo que nosso elenco não é equilibrado, a resposta está aí. Perdemos um jogador fundamental e nem de longe temos alguém para o seu lugar. E ele só voltará a jogar ano que vem, depois do carnaval. Até lá, não sei o que vão fazer.

Bem, mas Zubeldía conseguiu arrumar a casa quando colocou Galoppo e Rodrigo Nestor, sacrificando Lucas e Luciano. Aí a situação melhorou e o São Paulo voltou a equilibrar as ações. Teve até a chance de matar o jogo, mas Galoppo perdeu a oportunidade e depois André Silva, o cara de R$ 27 milhões, perdeu um dos gols mais feitos dos últimos anos.

Enquanto isso, do lado de fora, Zubeldía causava alvoroço, seguido por Rafinha, Calleri e todo o banco. A arbitragem se dividia entre apitar o jogo e ir ao banco do São Paulo. Quando ele deu dez minutos de acréscimo, Zubeldia fez o que todo argentino faz e decretou o fim do jogo. Mais três minutos, porque Igor Vinicius foi expulso (aqui, méritos para ele, pois sua expulsão deu combustível a tudo o que estava sendo feito no banco).

Por isso disse que o São Paulo teve uma “noite argentina”. E é assim que tem que ser. Estou cansado ver um time passivo, que aceita tudo dentro e fora do Morumbi. Hoje temos um cara que cobra a diretoria na coletiva, como ele fez após o jogo, e cobra com credencial, pois antes deixou tudo de si na partida. E, mesmo cometendo um grave erro na substituição, foi muito importante em nossa vitória.

Hoje afirmo que Calleri me representa dentro de campo e que Zubeldia me representa fora dele.

São Paulo perdeu pelas chances desperdiçadas e pelos erros da arbitragem

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não tenho o costume de poupar o time do São Paulo de críticas quando acontece uma derrota. Mas a desta quinta-feira foi uma das grandes injustiças do futebol e só veio porque o time perdeu várias oportunidades claras de gol e teve uma arbitragem altamente tendenciosa a favor dos donos da casa.

Começamos pelo primeiro gol. Entendo que houve, sim, falta de Luiz Gustavo, mas antes desse lance, o que originou tudo, foi uma falta de Hulck em Luciano não marcada, porque Igor Vinicius não levou vantagem clara no lance. E Rafael falhou no lance, por mais forte que tenha sido a cobrança da falta.

Mas o São Paulo conseguiu empatar logo em seguida, fazendo com que o Atlético-MG sentisse o golpe. Então passou a dominar o jogo criar oportunidades. Foi aí que os erros nossos se acentuaram: Ferreira teve duas oportunidades claras. Na primeira bateu mal, em cima do goleiro. Na segunda, dois zagueiros foram para cima dele, ao lado Luciano, Calleri e Lucas estavam em linha esperando o passe que não veio.

O castigo veio no final do primeiro tempo, quando o Tricolor era muito superior. Entretanto o gol foi irregular. Claramente a bola desviou no braço de Paulinho, mas o VAR ficou três minutos tentando “não encontrar” o que estava claro. E o juiz confirmou o segundo gol dos mineiros, ambos irregulares.

O São Paulo voltou melhor no segundo tempo, mostrando que teria condição de empatar e até virar o jogo. Mas, de novo, a arbitragem apareceu. Hulck, que já tinha amarelo, fez uma falta grosseira em Ferreira. Típica de cartão amarelo. Portanto, amarelo e vermelho. Mas Marcel de Lima Henrique, um dos árbitros mais caseiros que conheci em minha vida, fez vistas grossas. Mas não fez quando Alan Franco entrou duro em Otávio. De fato, ele foi bem expulso.

Aí acabou o São Paulo. O Atlético passou a administrar o jogo, não criou mais chance alguma. O São Paulo ainda teve uma, numa roubada de bola espetacular de Luiz Gustavo sobre Hulck e o chute a gol. Luciano, que deveria ter deixado para Lucas, destro, preferiu bater todo desajeitado de esquerda e perdeu o gol.

Como eu disse, derrota absolutamente injusta, que não tira o brilho do time nas últimas partidas. Continuam faltando 20 pontos, mas serão conquistados, mais cedo ou mais tarde, tenho certeza.

Mais uma vitória, que vai nos dando a gordura necessária no Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo engatou a quarta vitória seguida e isso vai dando a gordura que tanto precisamos no Brasileiro. Como vínhamos apontando, o período da Copa América (que para o Brasil já acabou) deveria ser utilizado para ganharmos o máximo de pontos possíveis, para nos afastarmos por completo de qualquer risco de Z4 para quando agosto chegar, e com ele as copas, possamos nos dedicar a um dos torneios sem qualquer risco, caso o torneio escolhido não for o Brasileiro.

Temia pelo jogo deste sábado, pois jogaríamos sem o nosso melhor jogador: Calleri. Indiscutivelmente ele faz falta, não só pelo futebol que apresenta, a luta insana no campo, mas pela liderança que exerce. Medo que se intensificou ao saber que a Daiane seria a responsável pelo VAR.

Mas os santos estavam ao nosso lado, ajudando o “Paulo”. Jandrei fez uma grande defesa no primeiro tempo e passou confiança à defesa. Por mais que Igor Vinicius e Wellington estivessem em péssima noite lá na frente, se garantiram lá atrás, com a dupla de zaga funcionando em perfeita conexão.

Lá na frente, por mais que Wellington Rato tenha feito, talvez, sua pior partida com a camisa do São Paulo, Lucas compensava pelo outro lado e Luciano e André Silva, meio que aos trancos e barrancos, tentavam se garantir lá na frente.

Deixei para último porque quero destacar a partida de Luiz Gustavo e Alisson. Os dois se encaixaram perfeitamente e tem sido um diferencial para as boas apresentação do time, pois protegem bem a zaga e conseguem fazer a transição sem nos colocar em risco com erros primários.

Jogo difícil, sim, porque o Bragantino tem um bom time, mas foi aos trancos e barrancos que André Silva marcou o primeiro gol, com participações de Rato e Luciano.

Depois, o próprio Bragantino fez suas bobagens e praticamente entregou o jogo. Caixinha errou na substituição, se arrependeu mas já era tarde, porque o jogo já havia sido reiniciado e o time entrou em crise, com reclamações constantes e seguidas, um pênalti infantil e a vitória chegando para o São Paulo.

Nos firmamos no G6 (dormimos no G4 e nele podemos permanecer) e estamos, efetivamente, quatro pontos atrás do líder Flamengo. Sonhar não custa nada, mas continuo na contagem de que faltam 20 pontos para eu dormir tranquilo.

Mais uma vitória com grande exibição. Se jogarmos sempre no limite, iremos longe.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, mais uma vez não vou me enfiar num mar de ilusão pela vitória sobre o Athletico-PR nesta quarta-feira, na Arena, entretanto admito que o time fez outra grande exibição. Duas seguidas: contra o Bahia, a melhor do Brasileiro; contra o Athletico, a melhor fora de casa.

Evidentemente isso nos dá ânimo e alguma confiança no time. Os próprios jogadores ganham essa autoconfiança para a sequência da temporada, em que, além do Brasileiro, teremos Libertadores e Copa do Brasil pela frente.

Parece que Zubeldía começou a “conhecer o Brasileiro” (imbecilidade dita por alguns, de que ele não conhecia a fórmula de disputa). Encaixou uma formação contra o Criciúma, deu resultado; repetiu contra o Bahia, também foi vitoriosa; não teve dúvidas em manter contra o time paranaense. E também nos saímos bem.

O esquema 4-2-4, dos saudosos anos 60 e 70 tem sido repetido. Mas, se naquela época laterais não atacavam, ponta era ponta, meia era meia, atacante era atacante, hoje isso não se admite. Por isso Wellington Rato, algumas vezes, foi assistente de lateral – com pouca qualidade em virtude de ainda estar sem ritmo de jogo -, do outro lado Ferreira fez esse papel – com muita qualidade. Calleri, mais isolado na frente, também voltava para ajudar na marcação. Com isso o São Paulo diminuiu o espaço e dominou a partida

Eu diria até que o gol que sofremos foi acidental. Por mais que o Athletico tenha feito uma linha de passe à frente da nossa defesa, não fazia por merecer esse gol de empate. O São Paulo era e sempre foi superior na partida.

Interessante destacar que, assim como o gol deles foi acidental, o nosso segundo também foi. Erro grotesco da defesa atleticana. E não se erra na frente de Calleri. Aliás, mesmo errando, Calleri acerta, porque num primeiro momento perdeu um gol incrível, mas continuou no lance e aproveitou o rebote do goleiro para marcar.

Depois, com a expulsão do goleiro deles, a situação ficou mais confortável. O Athletico até tentou sufocar o São Paulo, meio que na base do desespero. Mas uma substituição providencial de Zubeldía, tirando Igor Vinicius e colocando Diego Costa, resolveu o problema. E não fosse por um susto que Jandrei nos deu no finalzinho da partida, tudo ficou sob controle.

A acrescentar apenas o comportamento de Zubeldía. Sei que é do seu estilo não guardar posição na área técnica, vibrar, passar energia e tudo mais. Porém essas suspensões constantes, sempre pelo mesmo motivo, ou seja, sair da área técnica, em algum momento poderá nos prejudicar. Vai chegar o momento em que estaremos em dificuldade em alguma partida e não o teremos no banco para orientar o time.

Sou muito fã do seu trabalho, mas ele precisa ser um pouco menos arredio e mais respeitador das leis do jogo.

Agora faltam só 23 pontos. A continuar assim, atingiremos essa primeira meta rapidamente. Mas para isso temos que continuar jogando no limite. Do contrário, o desespero pode voltar.

São Paulo sobra em campo em sua melhor apresentação no Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Bahia no Morumbi e, de quebra, ainda apresentou seu melhor futebol no Campeonato Brasileiro. Zubeldía, que não esteve no banco, repetiu a escalação vitoriosa contra colocada contra o Criciúma e poderia até ter goleado o Bahia. Luciano, Ferreira e Calleri estiveram em dia de ouro.

Zubeldía vem apostando num quarteto ofensivo, com Lucas, Luciano, Calleri e Ferreira, mas conseguiu fazer com que os dois ponteiros, Lucas e Ferreira, o time não correu riscos lá atrás, porque Igor Vinicius e Wellington ficaram protegidos. Já na frente da zaga, Luiz Gustavo e Alisson também faziam uma partida impecável.

Portanto, o esquema 4-2-4 funcionou muito bem, com o recuo dos atacantes para ajudar no meio de campo. E Zubeldia conseguiu encaixar Lucas, Calleri e Luciano sem criar problemas ao time. O que é muito positivo. Alias, mais do que isso, fazendo Luciano jogar, pois ele vai bem quando está lá na área, ao lado de Calleri.

Não vou continuar variando da empolgação total à depressão profunda. Por isso, comedidamente continuarei fazendo meus cálculos para os 47 pontos, entendendo, então, que faltam 26 pontos para eu poder dormir tranquilo. Mas que o jogo deste domingo nos dá outro ânimo, isso não há dúvida alguma.

Nosso grande problema continua sendo no gol. Verdade que Jandrei fez uma defesa brilhante no segundo tempo, n uma cabeçada à queima-roupa no chão, mas antes, logo no começo do jogo, ele saiu jogando errado mais uma vez e depois, num cruzamento onde ele estava sozinho, soltou a bola de forma bisonha. Além da ruindade, ele está completamente sem confiança.

Fora isso, o time foi muitíssimo bem e nos deu um domingo feliz. Agora pela frente, se conseguirmos um empate quarta-feira em Curitiba, com o Athletico-PR, me darei por satisfeito. Mas, meio que na euforia, afirmo que a vitória não é algo tão difícil de ser alcançada.

Ganhamos do Criciúma. Mas por que não fizemos isso também com o Cuiabá?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo cumpriu a lição de casa e venceu o Criciúma nesta quinta-feira, no Morumbi. Claro que fomos do “êxtase” à “depressão”. Afinal, fizemos um gol com um minuto de jogo, através de Alisson, após boa jogada de Lucas pela direita, mas tivemos Jandrei, cheio de querer gerar emoções num jogo decidido e fez a pataqueada que nos causou arrepios no final da partida.

Zuebeldía foi, como diria o outro, “pras cabeças”. Entrou no antigo esquema vivido na era Pelé , ou seja, no 4-2-4, mandou os volantes também jogarem adiantados para prensar o Criciúma contra seu campo, o que acabou dando certo. Com o ataque repleto de jogadores, o gol sai exatamente por uma jogada de ponta e conclusão de um volante.

Outra orientação que me parece ter sido clara do técnico argentino foi para chutes de fora da área. Só Luiz Gustavo, outro volante que chegou bastante na frente, arrematou quatro vezes de meia distância, levando sempre perigo ao gol do Criciúma.

Voltando ao ataque, a composição tinha Lucas e Ferreira abertos pelos cantos, mas com Lucas tendo permissão de vir para o meio, deixando Luciano e Calleri fazendo dupla na área. Aliás, é o único lugar que gosto de ver Luciano jogando.

O segundo gol foi algo que não víamos há anos no São Paulo. Um gol de falta, em jogada absolutamente ensaiada e muito bem concretizada. Verdade que contou com uma barreira mal formada e um goleiro fraco do adversário. Mas isso é problema deles, não nosso.

A pergunta que fica é: por que não fizemos isso contra o Cuiabá, no Morumbi? E mais: por que não fizemos isso com o fraquíssimo time do Vasco, em São Januário, ao invés de sermos humilhados?

Não é essa vitória que vai me fazer mudar de opinião em relação ao elenco. Continuo fazendo contas – algo que não queria fazer – para os 47 pontos. Agora faltam 29.

E nem é tanto a qualidade do elenco que me preocupa, mas tudo o que acontece fora do campo. Palmeiras, Corinthians e Grêmio , quando foram rebaixados, não tinham os piores times do campeonato, mas sofriam muito com os desmandos, a incompetência, o comando continuado de seus dirigentes, que acabaram por refletir dentro de campo e derrubaram os times.

Por isso afirmo que o São Paulo está muito longe, diria léguas de distância, de estar entre os piores elencos do Brasileiro, mas fora de campo essa diretoria é uma verdadeira tragédia e pode, sim, transportar para dentro do campo toda essa incompetência e nos causar humilhações irreparáveis.

Por isso repito faltam 29 pontos.

Grupinhos, fritura, desmandos: os bastidores de uma crise instalada no São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a crise está instalada no São Paulo. Bastou o time perder duas partidas, estar há quatro sem vencer, o presidente se mandar para Los Angeles para cuidar da Seleção da CBF, e tudo virou de ponta cabeça. Da entrevista que o diretor de Futebol Carlos Belmonte concedeu ao Arquibancada Tricolor – que, convenhamos, nenhuma repercussão externa causou – para cá, foi só cacetada.

Belmonte disse lá que tem a gestão do elenco, que tudo está encaixado, que onde Júlio Casares põe a mão vira ouro – aqui ele viajou na maionese e foi muito longe -, que o Departamento Médico só tinha Pablo Maia, pois até Rafinha já estava na transição. Ele só esqueceu de Moreira, Belem, Negrucci, que estão “escondidos” no DEM – o Departamento de Excrecência Médica.

Enquanto ele se vangloria da gestão e Júlio Casares posta diversas poses de Los Angeles nas redes sociais, o time vai se desintegrando, tomando goleada de time do Z4, elenco dividido, jogadores insignificantes na história do clube se rebelando contra a comissão técnica. Ou não viram ou ouviram o zagueiro Sabino, que estava no banco de reservas, contestar o preparador físico Adriano Titton Garcia ao ser chamado para aquecer pela segunda vez? Quem é Sabino na fila do pão? O que esse jogador – ou ex-jogador – representa na história do São Paulo?

Se Sabino está fazendo isso com a equipe de Zubeldía, o que não estão fazendo Luciano “família”, Rafinha e outros desagregadores de ambiente, com um pouco mais de vivência no clube? Não à toa Lucas escreveu em seu Instagram que era hora de muito trabalho e que todos deveriam estar JUNTOS. Sim, o JUNTOS todo em maiúsculo. Alguma mensagem criptografada?

Até onde apurei, hoje apenas Calleri, Rafael, Alan Franco e Luiz Gustavo apoiam integralmente o técnico Zubeldía. O demais, liderados por Luciano e Rafinha, querem sua saída. E são acompanhados nesse movimento por Muricy Ramalho, que nunca escondeu ser desafeto do argentino. E estão aproveitando a ausência de Júlio Casares, responsável único e exclusivo pela escolha de Zubeldia, para fritar o técnico. Luciano não foi ao Rio de Janeiro para ser poupado. Sua insatisfação já é do conhecimento do técnico.

Ouvi de algumas pessoas que frequentam o CT que, se algo não for feito de urgente e concreto pela diretoria, não será surpresa se após o jogo contra o Criciúma, independente de resultado, Zubeldía pegue seu boné e vá embora. Seu semblante nos últimos dois jogos, muito diferente do que apresentava quando aqui chegou, dá claras evidências do seu desgaste.

Aprendemos com o histórico de Zubeldía que ele não gosta de conselheiros frequentando vestiários, até porque eles só aparecem nas horas boas. Vejam se algum deles apareceu no vestiário em São Januário, após a goleada.

Se Carlos Belmonte é bom em gestão (na Jovem Pan sempre teve minha admiração), é hora de mostrar. Assumir uma responsabilidade já que estamos sem presidente (o vice é figurativo), contornar a crise e dar provas, mais do que apenas falando, mostrando que pode almejar algo mais pomposo no futuro. E fugir das mentiras, que viraram mantras dessa diretoria.

Mais uma humilhação, virada de chave e retomada do curso do desespero

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acho que nossa chave virou mesmo. Mais uma humilhação, sendo goleado por um time que está na zona de rebaixamento, coisas obscuras acontecendo nos bastidores, retomada do trilho que temos nos acostumado nos últimos dez anos, que é o curso do desespero.

Não, nem venham me falar que temos 15 pontos e a saída do Z4 tem só sete. O caminho é muito curto, se analisarmos o que o time está jogando e os bastidores, no mínimo, duvidosos que o clube apresenta.

O presidente se mandou para Los Angeles para chefiar a delegação da Seleção da CBF. Antes de ir se dirigiu aos são-paulinos dizendo que não abandonaria o clube, que faria reuniões virtuais com toda a diretoria. Mas não se pronunciou até agora sobre a acachapante goleada, muito menos do incêndio que ocorreu neste sábado num restaurante do Morumbi, e que atingiu o camarote da Placar. Isso significa que o clube está ao Deus dará, porque nós não temos vice-presidente. Se temos, ele não sabe que o é.

O time em campo é um arremedo. Me iludi – e quero continuar me iludindo, pois e o pouco que me resta – que Luiz Zubeldía. Aquele cara vibrante que transmitia toda sua energia para os jogadores e compensava, com isso, a falta de treinos e conhecimento do elenco. Só que agora ele já conhece e a situação piorou. De 12 jogos invictos, viramos a chave e estamos há quatro sem vencer. O semblante dele mudou, aquela energia desapareceu e o time sucumbiu à sua realidade e volta a nos obrigar a pegar a calculadora para fazermos as contas de quanto dá 47 – 15. A diferença é o que falta para voltarmos a dormir tranquilos.

A Copa América era o elemento que precisávamos para criar um bom conforto no Brasileiro, pois a partir de agosto teremos que dividir nossas atenções para a Libertadores e Copa do Brasil. E isso pode nos levar a uma verdadeira tragédia vexaminosa.

Falar do jogo, dispensável. Não vou gastar linhas nem paciência de vocês, porque ninguém se salvou – ah, sim, Rodrigo Nestor -.Mas quero me prender aos bastidores. Carlos Belmonte disse semana passada que estava orgulhoso do DM, pois só Pablo Maia estava por ali. Até Rafinha já tinha saído e estava em transição.

E o Moreira? De novo, a mesma contusão de sempre. Parece que o DM do São Paulo está prestes a acabar com a carreira de mais um, como fez com Walce, Caio, Luan.

E o Belém? Renovaram o contrato dele, subiram para o profissional, e ele não aparece sequer entre os relacionados há vários jogos. Zubeldía levou Igão, um garoto de 16 anos, para o Rio, e não levou Belém. Ele está no DM e estão escondendo? Foi emprestado? Foi vendido? Voltou para a Base?

E Luciano? Não que eu defendesse sua escalação, mas cortado até do banco dentro do vestiário. O que aconteceu com ele?

E Arboleda? Será que só no vestiário de São Januário descobriram que ele estava com fadiga muscular. Mas que fadiga, se desde a Inter temporada de dez dias ele jogou apenas uma partida?

E Rodrigo Nestor? De novo sentiu lesão na coxa e pode ficar vários dias parados.

Portanto, que competência é essa do DM? Só se for competência para tê-lo sempre cheio de clientes.

O clube está largado, Zubeldía demonstra claramente que não está conseguindo impor sua autoridade dentro do São Paulo. Era evidente que ele não conseguiria manter dirigentes e conselheiros longe dos vestiários, a não ser em noites como ontem, depois da goleada.

Triste São Paulo. A cada dia que passa, minha depressão aumenta. Enquanto esses seres nocivos que estão na diretoria se locupletam de vaidade, nós nos locupletamos de tristeza.