De vexame em vexame, o São Paulo escreve sua nova história

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, como é difícil uma terça-feira pós o novo vexame que passamos na segunda, no Morumbi. Ganhando o jogo até os 45 minutos do segundo tempo, conseguimos a “proeza” de tomar a virada e sair com nova derrota frente ao Palmeiras.

São vexames e mais vexames que temos passado. Parece que tudo o que conquistamos nos anos 1990 e 2000, principalmente, está se voltando na mesma proporção contra nós: time, em alguns anos, lutando contra o rebaixamento, derrotas humilhantes no Morumbi, crise financeira se agravando e diretorias nefastas. Tudo somado mostra o que é o São Paulo de hoje.

No jogo em si, um primeiro tempo espetacular, com ataques dos dois lados, digno de um choque-rei. Por muito tempo eu até acreditei que sairíamos vitoriosos. Aliás, com 40 minutos do segundo tempo, já dava com certo a vitória.

Só não podia contar com as substituições estapafúrdias de Rogério Ceni, ao colocar Miranda e tirar Léo da área, abrindo um corredor pelo seu lado para o adversário; tirar Calleri, que vinha segurando os dois zagueiros palmeirenses lá atrás, para colocar um Eder que não consegue nem correr, ou um Rigoni que virou estereótipo de jogado; e, principalmente, colocar um Pablo Maia perdido no lugar do Gabriel, que fazia uma excelente partida. Bem, desnecessário lembrar que os gols deles saíram aos 45 e 50 minutos marcados pelos dois zagueiros, aqueles mesmos que o Calleri conseguia prender lá atrás.

Mas a cara do São Paulo, ou uma das caras, é mostrada pelo diretor Social, o famigerado Dedé, santista que se diz são-paulino. Semana passada, antes do jogo contra o Botafogo, fez uma live com a camisa de 2012 do São Paulo, falando que era a camisa do título mundial de 2005; e que neste segunda-feira, após a tragédia do Morumbi, colocou em suas redes sociais que, apesar do resultado, “queria comemorar a alegria das crianças e adolescentes do time de pólo aquático”, pedindo para curtir o post “quem é tricolor de verdade e ama nosso clube”. Nada contra as crianças (parabéns a elas), mas tudo contra esse senhor que não tem a mínima noção do que é ser são-paulino de verdade.

Poderia aqui colocar muitas coisas dessa diretoria que justificam a situação de penúria que nos encontramos. Como eu comentava muitas vezes com Carlos Belmonte, na época de Jovem Pan, quando uma derrota dessas acontecia, eles, que dirigiam nosso clube, estariam no dia seguinte em suas salas e gabinetes com ar condicionado, fechados ao público, enquanto nós, pobres torcedores, tínhamos que encarar os corinthianos e palmeirenses na Redação. Hoje o Belmonte também está na sua sala, sem qualquer torcedor adversário por perto (desde, claro, que o Dedé ou os conselheiros palmeirenses não estejam por lá), enquanto nós estamos aqui fora encarando essa realidade.

Só não pactuo de algumas afirmações de que o São Paulo acabou porque ele é maior que todos esses seres que os habitam hoje e que pensam serem donos do clube. Porém teremos que fazer muita força para não deixar essa máxima persistir. Afinal, eles ainda tem um ano e meio para ficar por ali.

Copa do Brasil? Ah, quem sabe ano que vem tenhamos melhor sorte no adversário pela frente. Porque a deste ano já foi antes de ter ido.

Derrota prevista de um time que não consegue se impor ante os mais fracos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo decepcionou – e muito – nesta quinta-feira, ao perder para um time ridiculamente mais fraco e candidato ao rebaixamento. Assim vamos colecionando péssimos resultados contra os mais fracos do campeonato, o que nos dá um indicativo de muita preocupação para o que vem pela frente. Já padecemos contra Fortaleza, Ceará, Avaí, Coritiba e agora o ridículo e grotesco Botafogo.

Rogério Ceni, mais uma vez, tentou ser o suprassumo da inteligência,ao mudar uma escalação praticamente na escadaria do vestiário, que dá acesso ao campo. Anunciou o time com dois na zaga – Arbolerda e Léo – com Gabriel como volante e entrou com três no setor defensivo, incluindo Diego Costa e tirando Gabriel . A justificativa foi equiparar o número de jogadores no meio de campo com o Botafogo.

Não vou ser incoerente, pois já disse que admitia que Rogério Ceni deveria montar o time de acordo com o adversário. Mas há momentos que esse tipo de atitude mais parece uma admissão de fragilidade do que qualquer outra coisa.

Mas nada funcionou. Rodrigo Nestor, de quem se esperava uma boa atuação, foi grotesco. Errou todos os passes, estragou contra-ataques e tomou um drible desconsertante no gol adversário. Igor Gomes foi mais volante do que meia. Também errou quase todos os passes.

Lá na frente Luciano e Calleri ficavam isolados, a bola não chegava, Rafinha não descia, Wellington tem muita força para chegar à linha de fundo, mas é péssimo nos cruzamentos, e nós passamos 45 minutos com um único chute a gol, exatamente de Wellington.

Pior no segundo tempo, quando demos um único chute perto do gol, por parte de Calleri. Aliás, Rogério mudou muita coisa no segundo tempo, mas de novo, nada funcionou. O único que ainda conseguia dar alguma vida no meio de campo, Patrick, foi substituído, por contusão. Aliás, mais uma contusão.

Assim perdemos para um time que certamente brigará muito, mas muito mesmo, para não voltar para a série B. Agora temos o Palmeiras. O que esperar para a próxima sequência? Sinceramente, começo a temer pelo nosso futuro.

Rogerio Ceni exagerou no direito de errar, mas o São Paulo venceu.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nunca vi um técnico cometer tantos absurdos numa escalação, e nas substituições, como Rogerío Ceni neste domingo. O cara entrou com quatro volantes, ou três zagueiros e três volantes, contra o América-MG, em pleno Morumbi.

Em jogos onde o sistema defensivo deveria ser privilegiado, com contra o Palmeiras na Arena, por exemplo, ele foi com o time sem volantes. Agora faz esse absurdo.

Quis o destino, por uma fatalidade, que Luan sentisse uma contusão no começo do jogo e Patrick entrasse. Além do gol que marcou, desmontou o sistema rígido defensivo que Rogerio havia montado. Pablo Maia foi jogar no meio de campo, com Gabriel e Rodrigo Nestor, e a zaga ficou com Miranda e Léo.

No segundo tempo, mais erros. Ele volta com Rigoni no lugar de Gabriel. Oras, já estávamos ganhando o jogo, não precisaria arriscar o time mais para frente. Essa era a hora de manter um esquema de time mais fechado. Mas ele abriu o time.

E as besteiras continuaram: colocou Rafinha no lugar de Luciano. De repente passamos a jogar com três na ala direita: Rafinha não passava do meio de campo, Igor Vinicius era meio ponta, meio meia e Rigoni, bem, essa é um caso à parte, mas ficava aberto do lado direito também.

Lá pelo lado esquerdo um cansado Reinaldo, que foi substituído por Wellington, que também ficou isolado.

Com isso pagaram o preço os atacantes, tanto Luciano quanto Calleri, porque a bola nunca chegou até eles. Aliás, até chegou, mas com má qualidade de passe e pouca chance de arremate. Tanto que durante todo o jogo foram apenas duas finalizações corretas a gol.

Vi num comentário por aí que o São Paulo teve dia de Corinthians, porque jogou mal e ganhou. Sempre disse que no Brasileiro precisamos ganhar, não importa se jogando bem ou mal, principalmente em casa. Tanto é que estamos na terceira posição do Brasileiro. O que não dá é para ver uma escalação estapafúrdia e ter certeza, antes do jogo começar, que aquilo não vai dar certo.

Efetivamente, Rogério Ceni é sério candidato a professor Pardal.

Segundo tempo dos jogos está virando um trauma para o São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, começo a concluir que o futebol deveria ser formado com apenas um tempo. Assim fosse, o São Paulo seria campeão antecipado. O segundo tempo está se tornando um trauma para nós.

O que acontece com o time? Nesta quinta-feira não foi erro de Rogério Ceni. Ele não mudou o time no intervalo. Mas quando tomamos o gol, as alterações foi equivocadas. Portanto, erro dele novamente. Incoerente eu? Não. Apenas constatação.

O São Paulo massacrou o Coritiba no primeiro tempo. Assim também o fizera contra o Corinthians, o Avaí, o Ceará. Mas sucumbiu, nos casos de Corinthians e Ceará, a substituições erradas de Rogerio Ceni, fazendo o time se curvar à superioridade dos adversários. Contra o Avaí foi mudança tática, não técnica, e de novo nos vimos em risco,sofrendo o empate e quase perdendo.

Nessa quinta-feira, não foi diferente. O time sobrou em campo. Parecia uma máquina de jogar bola. Todos os setores funcionando com naturalidade e muita força. Calleri marcou, Luciano perdeu oportunidades, mas saímos vencedores.

Veio o segundo tempo e o time, com absoluta naturalidade, se abateu. Sofreu o gol de empate e esteve muito próximo de levar a virada. As substituições foram erradas, não funcionaram. E o time sucumbiu ao maldito segundo tempo. Que trauma é esse?

Talvez seja necessário um psicólogo, até porque o técnico não será alterado. Ele não sabe mudar, mas não será mudado. Assim caminhamos para conquistar uma vaga na Sul-Americana. E olhe lá.

São Paulo perdeu mais dois pontos e vai chegando ao seu hatibat natural

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo deixou escapar mais uma vitória e com isso, ao invés de se infiltrar entre os líderes, despencou na tabela de classificação e se posicionou no lugar que me parece ser natural para o time.

Se voltarmos ao tempo, deixamos de ganhar do Corinthians, em Itaquera, e do Ceará, no Morumbi, por erros de Rogério Ceni. Neste sábado foram erros individuais e um de comando de Ceni, ao permitir que Calleri cobrasse o pênalti no lugar de Reinaldo. Aliás, pergunto: por que no Palmeiras, tenha um ou dez pênaltis numa partida, é Rafael Veiga quem cobra, sem dar chance a outro? A resposta explica um dos motivos que faz a diferença entre os dois clubes.

Durante o jogo neste sábado voltei a me iludir novamente quando estávamos ganhando e ostentávamos, ainda que provisoriamente, a liderança do Brasileiro. Mas aí veio gol de empate e o balde de água fria na minha cabeça.

Miranda fez uma apresentação de gala, mas Diego Costa e Léo voltaram a ser o que eram outrora e nos davam grandes sustos. Assim como Igor Vinicius, que mais uma vez falhou no gol adversário, pois não estava onde deveria estar.

Lá na frente, Luciano e Calleri talvez tenham feito a pior partida de ambos com a camisa do São Paulo. Calleri nitidamente se abateu com o pênalti perdido e só fez bobagens o resto do jogo. Luciano parecia não querer marcar gols e optar sempre por servir Calleri, mas sempre errando.

Gostei da atuação de Gabriel, desta vez não cometendo erros em passes e desarmando bem o ataque do Avaí.

De resto é nos colocarmos na realidade de um time que vai lutar muito para chegar na Libertadores, mas que o lugar mais apropriado é nova vaga para a série B do torneio, ou seja, a Copa Sul-Americana.

Rogerio Ceni erra de novo e São Paulo perde ponto irrecuperáveis

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que triste empate esse do São Paulo contra o Ceará neste sábado, no Morumbi. O time fez um ótimo primeiro tempo, terminou vencendo por 2 a 1, poderia ter sido mais, não fossem pequenos detalhes de uma condução de bola com o braço por André Anderson ou o pé de Luciano, lances que invalidaram dois gols de Calleri.

Mas o esquema tático montado por Rogerio Ceni foi muito bem de novo. Jogando com três zagueiros, uma linha de cinco no meio de campo, dando liberdade para Luciano e Calleri se movimentarem no ataque, funcionou redondinho. Rafinha e Reinaldo desciam com precisão; Igor Gomes e Rodrigo Nestor alternavam a posição como primeiro volante, com André Anderson apoiando o ataque.

Sem motivo algum, mais uma vez, Rogerio Ceni mexe no time no intervalo. Ganhando o jogo desmonta o sistema de 3-5-2, coloca Eder no lugar de André Anderson e time vira uma bagunça. Percebendo que alguma coisa dava errado, trocou, também inexplicavelmente, os dois laterais, tirando Rafinha e Reinaldo para colocar Igor Vinicius e Wellington.

Em resumo: o que estava funcionando bem, assim como no jogo contra o Corinthians, deixou de funcionar e, mais uma vez, sofremos o empate. O São Paulo ficou completamente inoperante o resto do jogo.

A diferença é que no jogo de Itaquera, por mais que tenhamos deixado a vitória nos escapar, ainda pudemos comemorar a conquista de um ponto fora de casa. Desta vez, não. Perdemos dois pontos jogando contra o misto do Ceará. Pontos irrecuperáveis.

Também serviu para nos mostrar que nosso elenco, quando posto verdadeiramente à prova, é limitado. Não temos peças para substituição a ponto de não mudar o andamento do time no jogo.

Por isso, às vezes me engano imaginando que podemos alcançar algum título esse ano. Repito: às vezes me engano. Só isso.

Cotia mostrou que pode dar bons frutos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a quarta-feira, foi a noite “Made in Cotia” no Morumbi. E os garotos mostraram que podem ser bons frutos do nosso hotel 5 estrelas.

Não sou daqueles que vou do otimismo extremo ao pessimismo radical e sei ter paciência para analisar alguma coisa ou algum jogador. Mas ficou evidente que estamos bem servidos no quesito base e que, no futuro, teremos o que aproveitar em Cotia.

Dos jogadores que entraram em campo nesta quarta-feira, gostei da dupla de zaga formada por Beraldo e Luizão, do atacante Caio e senti certo nervosismo de Léo Silva e Juan. Toró, abaixo das expectativas, deve sair no meio do ano. Esse foi testado e “retestado” e não deu resultado. Portanto, acho que é inútil continuar tentando.

Já no meio de campo, Pablo Maia e Talles Costa ratificaram que tem total condição de estar no elenco. Com o tempo terão outras oportunidades para ganhar minutos de jogo, o que dará a eles a confiança necessária.

Juan não foi bem, mas jogou em lugar errado. Ele costuma atuar pelos lados do campo, tem velocidade e não é centro-avante nato. Talvez isso lhe tenha causado uma atuação apagada.

Durante o jogo Rogério Ceni colocou em campo Palmberg e Maioli, basicamente para sentirem a emoção de estarem em campo no Morumbi, num jogo válido por um torneio internacional.

Acho que temos que dar tempo ao tempo para que esses garotos ganhem estrutura física e adquiram experiência no campo. Não concordo com críticas feitas de que a base não nos levará a lugar algum. Esse tipo de avaliação põe fim no sonho de muitos garotos . A cobrança virá, mas no momento certo.

Prova está de que os garotos de Cotia ganharam o jogo. O resto é balela.

Rogério Ceni tirou a vitória do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é duro constatar, mas aquele que nos deu tantas vitórias como goleiro, no-la tirou neste domingo. O São Paulo fez, seguramente, seu melhor primeiro tempo de toda a história em Itaquera. Mas Rogério Ceni mudou o time todo no intervalo e nos deixou como presa fácil para o Corinthians. Por isso, o empate soa como derrota, mesmo sendo um clássico no campo do adversário.

Contestei, em nossa transmissão pela Web Rádio São Paulo, a escalação original do time. Apesar dos três zagueiros, não entendo um time sem um primeiro volante de ofício. No banco estavam Gabriel e Pablo Maia. Luan, mais uma vez, ausente.

Mas o time jogou com maestria. Ocupou o campo do Corinthians, fez uma verdadeira blitz, transformando o goleiro Cássio no grande nome da partida. Igor Gomes, Rodrigo Nestor e Alisson trocavam de posição a todo momento, Luciano fazia o pêndulo por traz de Calleri, Igor Vinicius e Reinaldo apareciam o tempo todo no ataque. Tudo isso sufocava o Corinthians que não conseguia passar do meio de campo.

Lá atrás, Diego Costa colocou William no bolso Renato Augusto tentou ir jogar na frente, mas as bolas que chegavam a Jô eram dominadas por Arboleda.

Apesar do gol ter saído aos 50 minutos, se tivéssemos terminado o primeiro tempo ganhando por 3 ou 4 a 0 não seria demais. Isso sem contar com o pênalti de Renato Augusto, que jogou vólei na área, e não foi marcado.

Aí vieram as substituições. Nunca Rogerio Ceni, por mais que o time fizesse um péssimo primeiro tempo, fez tantas alterações no intervalo. Dessa vez, quando nada tinha que ser mudado, afinal, em time que está ganhando não se mexe, ele tirou de uma só tacada Reinaldo, Luciano e Igor Vinicius, colocando Patrick, Eder e Rafinha. Acabou com a linha de três zagueiros, abriu Leo pela esquerda, e foi uma água. O time se desestruturou, tentou viver de contra-ataques, mas não conseguiu nada.

O empate foi algo óbvio e se tivéssemos perdido o jogo, pelo segundo tempo que fizemos, não seria anormal. Até porque ele ainda tirou Rodrigo Nestor para colocar Gabriel e degringolou de vez o meio de campo.

Triste demais, porque poderíamos ter saído com a vitória, que seria a primeira em Itaquera e, de quebra, alcançado a liderança do Brasileiro.

Sinceramente vou ficar alguns anos para tentar entender o que Rogério Ceni fez neste domingo. Algo que nem Freud, vivo fosse, conseguiria me explicar.

Vitória tranquila e classificação antecipada, cumprindo a obrigação

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ganhou fácil do Jorge Wilstermann, no Morumbi e conseguiu sua classificação antecipada à próxima fase da Copa Sul-Americana, sem sustos.

O Tricolor não tomou conhecimento do adversário e dominou o jogo o tempo todo. Rodrigo Nestor foi o grande destaque marcando dois gols, mais um anulado por impedimento, deu passes, assistências, coordenou o jogo e fez o time andar. Foi um verdadeiro “10”, já que Patrick e Nikão se juntaram a Rigoni e Eder lá na frente, deixando a função de armador para Nestor.

Outro jogador que quero destacar é Eder. Nem sempre um centro-avante vive só de gols. Ele também tem que ser o garçom, ou o pivô para que outros jogadores venham de trás para marcar. Eder foi gigante no jogo desta quinta-feira. Em dois dos três gols ele teve participação decisiva: no primeiro, como pivô, assistência perfeita para Rodrigo Nestor e o terceiro, fazendo o corta-luz, deixando Patrick livre para marcar.

Muita gente pode achar que centro-avante que não faz gols não serve. Eu lembro um atacante, ídolo da torcida, que não marcava tantos gols, mas arrumava muitas bolas para outros marcarem e cavava muitas faltas para Rogério Ceni bater: Aloísio Chulapa.

Gostei, também, da estreia de Luizão. Parecia que estava jogando na base, de onde é oriundo. Cabeça erguida, se impôs e não demonstrou em momento algum nervosismo ou insegurança.

Enfim, a classificação antecipada veio. Convenhamos, apenas obrigação. A Copa Sul-Americana é a série B da Libertadores, tem times absolutamente desconhecidos (alguém já havia ouvido falar, por exemplo, em Ayacuho ou Everton?). Mas temos que comemorar e reconhecer o valor, pois, por mais que tenha sido uma classificação obrigatória, há times por aí que estão se debatendo para chegar lá na última rodada. Portanto, ponto para nós e bons presságios para o futuro.

Vitória do São Paulo foi justa, apesar do erro de arbitragem

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo voltou a vencer no Morumbi neste domingo, mostrando que dentro de casa está se tornando imbatível. Um ótimo sinal para quem almeja disputar uma boa colocação no Brasileiro.

A imprensa quis dar mais destaque à arbitragem do que a vitória em si do Tricolor. Concordo que não foi pênalti, mas entendo que no lance anterior houve penalidade que não foi marcada, quando o zagueiro toca com o braço na bola; a imprensa também entendeu, no embalo da análise feita por Sandro Meira Ricci, que a expulsão do Cafu foi injusta. Espera um pouco: não houvesse dobrado a perna, Arboleda sairia com fratura do jogo pela entrada do jogador do Cuiabá. Portanto, expulsão mais do que justa.

Não há dúvida que o São Paulo merecia a vitória. Posso até admitir que não fosse o pênalti (repito, houve um não marcado) talvez não tivéssemos chegado a esse resultado. Mas o goleiro Valter foi um dos melhores em campo, fez defesas incríveis em lances com Arboleda e Calleri, o domínio do São Paulo foi absoluto e houvesse um placar mais dilatado, não seria injusto.

Não gostei de Patrick e Alisson. As entradas de André Anderson e Nikão mudaram a cara do jogo e deram mais força para o time, que já tinha dominado o primeiro tempo mesmo com essas peças falhas. Mas as substituições tornaram o time ainda mais ofensivo, com jogadas interessantes dos dois lados e penetrações de André Anderson. Aliás, finalmente entendi um pouco do jogo deste rapaz.

Estamos indo muito bem. Apesar das críticas de parte da torcida, estamos em terceiro lugar no Brasileiro, dois pontos atrás do líder, um ponto a menos que o vice-líder, que tem um jogo a mais, nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, virtualmente classificados para a próxima fase da Sul-Americana…Portanto, acho que temos que parar um pouco com as cobranças e entender o momento do time.

Não vou me iludir e entrar na euforia plena achando que temos o melhor elenco do mundo e que vamos ganhar tudo. Mas, dentro do que se previa, estamos conseguindo não sofrer tanto quanto no ano passado. Que os bons ventos continuem soprando a nosso favor.