Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, acabo de jogar a toalha para Ney Franco. E não é porque o São Paulo perdeu do Corinthians, nem porque a maioria massacrante da torcida está pedindo sua saída. Sempre fui defensor da manutenção do técnico, por mais que os resultados não estejam satisfatórios.
Mas isso só é possível quando se enxerga evolução no time. E não é isso que estou vendo. Ao contrário, está deprimente ver o São Paulo jogar.
Não é segredo para ninguém que o ambiente está para lá de deteriorado no CT da Barra Funda. Que o elenco está rachado e mais da metade é contra a permanência de Ney Franco. O descontentamento está em todos os lugares. E isso pode explicar facilmente a falta de vontade de alguns jogadores em campo.
Entendo que ele até fez um bom trabalho ano passado, nos classificando para a Libertadores levando ao título da Copa Sul-Americana. Esperava mais, muito mais este ano. Afinal, início de temporada, ele teria um planejamento já conhecendo o elenco. O tempo foi passando, os clássicos aparecendo e o São Paulo sempre derrotado, as eliminações surgiram, e nada.
Estamos no sétimo mês do ano e até agora ele não conseguiu encontrar um padrão para o time. Não consegue fazer Ganso e Jadson jogarem juntos. Não consegue definir o esquema a ser utilizado. Deixa, na maior parte do tempo, o time nas mãos de seu auxiliar para os treinos no CT. Basta, isso não pode continuar.
Eu esperava, sinceramente, ver um time diferente no jogo desta quarta-feira. Entendia que a pausa de 15 dias ocasionada pela Copa das Confederações seria suficiente para ele dar padrão de jogo ao time, coisa que não fez o ano inteiro. Ledo engano. Nada mudou e o São Paulo perdeu mais uma vez.
Então, chega. Não dá mais. Não sei se é hora – acho até que não – da volta de Muricy Ramalho. Não sei se é hora de – desculpem o palavreado – abrir as pernas e trazer Wanderley Luxemburgo. Mas não sou pago para resolver essa questão. Sou pago para opinar. E nesse momento quero a demissão de Ney Franco. Já. Antes do jogo de domingo, contra o Santos. Tem que ser agora.