Vitória de um time que foi muito guerreiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu uma grande vitória sobre o Grêmio, em Porto Alegre, e mostrou que sabe jogar, quando é possível, mas também sabe ser guerreiro quando é necessário. E na partida desta tarde foi muito valente e guerreiro, sem perder a técnica apurada de um futebol vistoso nas poucas vezes em que o quarteto mágico conseguiu se livrar da marcação adversária.

Foi um sufoco. O Grêmio foi melhor, não há dúvida, se levarmos em conta as oportunidades criadas e a posse de bola. Mas a disposição dos jogadores do São Paulo em campo fez com que o resultado tenha sido absolutamente justo.

A defesa, ponto fraco do time e muito criticada por todos, foi absoluta. Paulo Miranda e Edson Silva fizeram uma partida impecável. Souza foi um monstro à frente desta defesa. Hudson e Michel Bastos fizeram grande partida pela lateral. Enfim, o São Paulo foi coração, acima de tudo, e trouxe três pontos do Sul, que nos deixam muito bem na briga por uma vaga na Libertadores, até porque o título é um sonho quase impossível.

Só acho que é preciso haver um pouco mais de troca de posições na frente para confundir a defesa adversária. Ganso pela direita, Kaká vindo pela esquerda, com Krdec e Pato pelo meio parece ser algo muito previsível para a marcação. É que os quatro são acima da média, quase geniais, e com toques rápidos conseguem envolver a defesa. Mas poderia ser um pouco melhor.

Indispensável dizer que espero uma vitória na quarta-feira, no Morumbi, contra o Atlético-PR, para seguirmos nessa balada. E depois vamos ver o que acontece em Belo Horizonte.

Futebol medonho, apesar da vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o futebol apresentado pelo São Paulo na noite desta terça-feira, no Morumbi, foi medonho. O time conseguiu a proeza de ser dominado pelo Huachipato (acho que é assim que se escreve, né?), ainda com 11 jogadores. Depois que Luis Fabiano fez a besteira (mais uma) e voi expulso, com 30 minutos de jogo, a coisa piorou ainda mais.

Sem Kaká e Ganso, o time não conseguia ter saída de bola. Enquanto em outros jogos cansamos de ver a bola ficar entre Denilson, Souza, Edson Silva e o outro zagueiro, desta vez foi pior: a bola chegava em Rogério Ceni. Durante toda a primeira etapa a tática do Tricolor foi esta: bola recuada para Rogério Ceni que dava um bicão para a frente para os atacantes disputarem a bola pelo alto com a zaga adversária. Claro que virava um chute contra a parede e ela voltava. E tome Huachipato na frente.

Por incrível que pareça a expulsão de Luis Fabiano mudou a forma do São Paulo jogar. Para melhor. No segundo tempo o time voltou mais compacto, cobrindo os espaços necessários, e o volume de jogo melhorou.

Michel Bastos, a quem cabia armar o time passou a assumir um pouco mais essa função. Ele jogou no estilo Robin – guardadas as devidas proporções – e foi assim que acabou marcado aquele que seria o único gol do jogo e da vitória. E terminamos o jogo tomando sufoco do Huachipato.

O que mais preocupa, meus amigos, é que neste time, para o ano que vem, entra apenas Ganso. De resto é isso que está aí, pois Kaká vai embora. Ou a diretoria começa a pensar já em contratações, ou teremos um 2015 triste.

Derrota para o Flu marca adeus definitivo ao sonho do título

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo voltou a jogar mal e perdeu para o Fluminense em pleno Morumbi. Com isso deu adeus ao sonho de disputar o título e agora tem que se concentrar apenas numa vaga para a Libertadores. E nessa briga estamos brigando com cinco time para três vagas.

É inacreditável como um time com a qualidade do São Paulo se perde quando a marcação adversária é dura. O que fez o Fluminense? Formou uma grande linha em sua intermediária, diminuindo o espaço do campo, colocando o ataque do São Paulo sempre em posição de impedimento e, com esse espaço reduzido, sufocando a armação do time. Ganso e Kaká foram marcados em dupla pelos volantes do time carioca.

Sem criatividade, o time passou a irritar a torcida com os eternos recuos de bola para Rogério Ceni, troca de passes entre Edson Silva e Antonio Carlos e falta de movimentação e chutes a gol.

O primeiro tempo foi chato. Mesmo assim o São Paulo teve alguns relances de oportunidade, mas Kaká, em noite ruim, perdeu as jogadas.

No segundo tempo, o susto do gol do Flu, mas sem reflexos no time, pois o empate saiu logo na sequência. E quando eu imaginava que o São Paulo partiria para cima, no embalo, para decidir o jogo, Kaká volta a perder oportunidade e, pior: foi o Fluminense quem marcou o segundo e o chão ruiu. Saiu o terceiro, poderiam ter saído outros gols, porque o São Paulo se abriu por completo.

Tem Sul-Americana na terça-feira. Quem sabe não seja a hora de levar a sério este torneio para não terminarmos mais um ano sem título.

 

O título já era. Agora é pensar em Libertadores

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, espero daqui alguns dias dar a mão à palmatória e dizer: eu estava errado. Mas nesse momento entendo que o São Paulo deu adeus a qualquer chance de título do Brasileiro este ano e tem que se preocupar em brigar por uma vaga na Libertadores de 2015.

O empate com o Flamengo no Morumbi aliado à vitória do Cruzeiro em Curitiba sacramentou a liderança folgada dos mineiros e mostrou que o título ficará nas Alterosas.

No começo do jogo parecia que o São Paulo iria aplicar uma goleada no Flamengo. Domínio total de bola, o pênalti, o gol, e o São Paulo sobrava em campo. Mas o Flamengo começou a explorar seu lado esquerdo, onde Auro descia e não tinha cobertura. E mesmo quando ele ficava, era facilmente batido. E por ali foi criando chances até chegar ao gol de empate, com falha de Rogério Ceni.

O São Paulo se abateu com o gol, caiu em campo e o jogo ficou equilibrado. Voltou jogando bem no segundo tempo, teve outro pênalti (que não foi) a seu favor, mas desperdiçado por Ceni.

Inexplicavelmente o time se abateu, começou a errar passes bobos, rifar a bola, e tomar pressão do Flamengo. Então Muricy fez uma grande bobagem: colocou Luis Fabiano, que deveria ter entrado no intervalo, mas no lugar de Kardec, não de Pato. O time perdeu velocidade na frente, passou a ser dominado e, na sequência, Michel Bastos fez uma falta absurdamente violenta no jogador rubro-negro e foi merecidamente expulso. O Flamengo, mesmo contente com o empate, passou a dominar a partida e chegou ao segundo gol.

O empate, com Luis Fabiano aos 47 minutos de jogo, foi pura sorte. Claro que foi gol de artilheiro, de quem sabe jogar dentro da área, e, então, muito mais por isso do que por méritos.

Assim entendo que o título já era. Vamos nos concentrar na vaga para a Libertadores e, quem sabe, brigar pelo título da Copa Sul-Americana. Se os jogadores não estiverem muito “cansados” e conseguirem jogar dois jogos dentro de uma semana.

Apesar da derrota, nem tudo está perdido

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ainda não joguei a toalha, em relação ao título brasileiro. Mesmo perdendo em Itaquera, ainda temos chance de brigar na ponta. O Cruzeiro também perdeu o clássico, e era jogo com mando dele. Agora ele sairá duas vezes enquanto nós jogaremos duas em casa e, em uma semana, tudo pode mudar.

Não vou culpar aqui a arbitragem pela derrota. Concordo que o primeiro pênalti marcado, o do Antonio Carlos, é puramente interpretativo. O segundo não restou qualquer dúvida, nem a expulsão do Álvaro Pereira. E temos que considerar que os dois gols do São Paulo foram no limite da linha de impedimento e o bandeira foi muito bem.

Portanto, vamos aceitar a derrota que, na  minha opinião, foi causada por um único detalhe: a contusão de Rafael Tolói. Até aquele momento o jogo estava equilibrado, o São Paulo vencia e Tolói dava conta do ataque do Corinthians. Ou seja, a defesa estava segura. Mas a entrada de Antonio Carlos destruiu toda a segurança defensiva do Tricolor. Com Denilson e Souza envolvidos no meio, a defesa ficava mais  sobrecarregada. E Antonio Carlos cometeu o pênalti, ficou completamente batido no segundo pênalti e falhou no terceiro gol. Ou seja: os três gols pelo seu setor.

Também acho que foi prematura a substituição de Luis Fabiano. Ele está sem ritmo, mas sua presença impede dois zagueiros adversários de ficarem tranquilos. A entrada de Michel Bastos conseguiu impedir algumas descidas do lateral direito do Corinthians, mas o lado direito ficou completamente aberto, com Auro sobrecarregado, pois Kardec tinha que fazer a função de centro-avante.

Foi muito ruim que não ganhamos,  um único pontinho nos jogos fora de casa, mas vai saber se o Cruzeiro também não encontra os problemas que encontramos e nós, por obrigação, vencemos Flamengo e Fluminense, no Morumbi? Aí a briga estará mais do que justa pelo título Brasileiro.

 

 

A derrota de Curitiba não pode mudar o roteiro traçado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota inesperada em Curitiba não pode tirar o São Paulo dos trilhos. O objetivo traçado de caça à Raposa tem que continuar. É fato que voltamos a ficar sete pontos atrás do Cruzeiro, mas uma vitória domingo, contra o Corinthians, combinada com uma derrota do time azul para o Atlético Mineiro, contando que na frente faremos dois jogos em casa (Flamengo e Fluminense), enquanto os mineiros sairão contra Coritiba e Sport, podem nos colocar de volta na briga pelo título.

Se analisarmos friamente veremos que o São Paulo perdeu do Coritiba mais por erros individuais do que pelo coletivo, ou domínio absoluto dos paranaenses. O primeiro gol vei numa falha grotesca de Álvaro Pereira, que ao invés de fazer o simples e chutar a bola para fora quis dar uma bicicleta e furou; o segundo sai de um passe errado de Auro, que possibilita o contra-ataque; o terceiro sai de um passe errado de Ganso, e outro contra-ataque. Foi uma pane ‘a la’ Seleção Brasileira, que pôs tudo a perder.

Kaká fez falta? Claro que sim. Michel Bastos foi muito bem, até achei que foi um dos melhores em campo, mas não tem o peso de um Kaká. O time sentiu essa ausência que, se não foi o maior motivo, foi um dos principais pela queda brusca de rendimento. Como temo, também, que o nível fique abaixo do que temos visto, no próximo domingo, pois Kaká volta, mas não teremos Pato. A forma de jogar do São Paulo vai ter que mudar, pois Luis Fabiano é um jogador que fica mais parado no meio e, então, perderemos a velocidade que nos é dada por Alexandre Pato.

Não joguei a toalha, não. Derrotas vão aparecer no caminho. Mas o Cruzeiro não vai ficar ganhando o tempo todo. Uma hora perde, como perdeu domingo passado. Então a luta pelo título continua aberta.

 

 

O São Paulo jogou como time que quer ser campeão

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o até então temível Cruzeiro, no Morumbi, por 2 a 0 e se aproximou da liderança do Campeonato Brasileiro. Mais do que vencer, se impôs e dominou por completo aquele time tido e havido como o melhor do Brasil.

O jogo foi muito bom, equilibrado, mas mesmo nos momentos em que o Cruzeiro tentou explorar sua principal jogada, que é pelas laterais, o Tricolor esteve bem. Rafael Tolói e Édson Silva fizeram uma partida impecável. Por cima e por baixo, nada passou. Sem contar que Auro e Álvaro Pereira, à medida do possível, deram conta na marcação.

Denilson ficou com a função de proteger a cabeça de área, sem a necessidade de marcar, de perto, Everton Ribeiro. E foi perfeito, pois o próprio meia do Cruzeiro teve que jogar, em alguns momentos, aquém do meio de campo.

Como sempre, quando a bola chegava no quarteto mágico, o inferno se instalava na defesa adversária. Assim foi quando Ganso recebeu a bola de Pato dentro da área, de um corte sensacional em Dedé e sofreu o pênalti.

Com 1 a 0 o jogo ficou nas mãos do São Paulo. Rogério Ceni, em toda a partida, fez duas devesas excepcionais, em reais chances de gol do Cruzeiro. De resto foi o São Paulo quem criou, marcou o segundo, viu Pato perder duas chances por segurar muito a bola, Kaká parar nas mãos de Fábio, ou seja, poderia ter saído uma goleada.

Vi um time bem montado, taticamente perfeito, com vontade, raça, determinação e muita, mas muita técnica. E senti que o São Paulo está jogando como um time que quer ser campeão. Convenhamos que tirar quatro pontos em 17 jogos não é tarefa de outro mundo.

Verdade que faremos dois jogos fora agora, enquanto o Cruzeiro fará dois em casa: nós vamos, no meio de semana, a Curitiba, mas com total chance de vitória, apesar da ausência de Kaká, enquanto o Cruzeiro recebe, no Mineirão, o Atlético Paranaense. Já no domingo, nós jogaremos contra o Corinthians, no Itaquerão, mas o Cruzeiro também terá o clássico mineiro contra o Atlético.

Depois será a vez do Cruzeiro sair duas vezes: contra o Coritiba, no Paraná e contra o Sport, em Recife, time que faz grande campanha, enquanto o São Paulo pega Flamengo e Fluminense no Morumbi.

Portanto as dificuldades existem para os dois. Mas basta uma derrota e um empate deles, com duas vitórias nossas para assumirmos a liderança.

Vamos em frente, confiantes, porque está dando gosto ver o São Paulo jogar.

A coisa certa na hora e momento errados

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo vive hoje uma das maiores crises políticas de sua história. A briga entre o ex-presidente Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, a partir de uma entrevista longa, profunda, de certo modo verdadeira à folha de São Paulo, gerou um movimento político dentro do clube que ninguém ousa imaginar onde poderá chegar, pois dois caciques do alto estafe estão em litígio, que é tão grande que um não passa, hoje, no mesmo corredor que o outro.

Carlos Miguel Aidar acusou Juvenal Juvêncio de ser centralizador, comandar o clube como “coronel”, em outras palavras, o responsabilizou por uma dívida astronômica de R$ 130 milhões e afirmou que não sabia que essa era a situação do clube. Juvenal, como era de se esperar, rebateu e negou o buraco financeiro do clube.

Vamos começar por aqui. Carlos Miguel Aidar só foi eleito porque foi puxado pela mão por Juvenal Juvêncio, que elegeria o nome que ele quisesse, tal o domínio que tinha sobre o Conselho Deliberativo. Portanto, sendo o candidato da situação, e como conselheiro, não tinha o direito de não saber das finanças do clube. Portanto, foi omisso ou negligente. Aliás, o Conselho Deliberativo, guardadas as exceções geralmente ligadas à oposição, foi omisso ao permitir que o clube ficasse tão endividado.

Nas contas que Juvenal deverá apresentar em coletiva números que mostram que  ele deixou 30 milhões em caixa, valor usado para a compra de Alan Kardec, já na gestão Aidar, e antecipação de R$ 50 milhões da TV, também na gestão Aidar. Só aí são R$ 80 milhões. Portanto, haveria um passivo de dívidas alongadas com bancos de R$ 50 milhões.

Carlos Miguel Aidar fala das benesses que existiam no clube, com farta distribuição de ingressos, viagens de conselheiros, em verdadeiros trens da alegria, passagens e hospedagens. Isso é inegável. Eu mesmo presenciei no clube, muitas vezes, farta distribuição de ingressos, principalmente antes das eleições, e conselheiros viajando para todos os lados, em revezamento, acompanhando o clube. E isso Aidar cortou. Sou testemunha do fato.

Sobre Cotia, Carlos Miguel Aidar foi muito feliz, e publico aqui sua citação:

“Estou esperando um retorno da Fundação Getúlio Vargas para fazer uma auditoria de contratos. Porque eu não posso ser surpreendido com compromissos que não são conhecidos. Por exemplo, eu descobri, depois que vendi o Lucas Evangelista, que um empresário terá direito a 10% da venda porque ele prestou serviços de avaliação e intermediação para o Lucas, formado na nossa base.”

Verdade, presidente? Existe isso mesmo? Empresário intermediando contratos no CT de Cotia? Pôxa! Que descoberta! Pena que não posso dar mas detalhes publicamente, pois aquele processo que respondo corre em segredo de Justiça.

Enfim, o que Carlos Miguel Aidar disse não me soa como surpresa.  Talvez os números estejam inflados e aí terei que concordar com Juvenal Juvêncio. Não me parece que o afastamento de todos os homens ligados à Juvenal seja o caminho correto. Alguns, do tipo Adalberto Baptista, Manssur, Geraldo, já era mais do que hora. Mas há pessoas boas, muito competentes, que não mereceriam um afastamento apenas por serem ligadas a Juvenal.

Juvenal, por sua vez, tem todo o direito de espernear e responder. Afinal, foi acusado diretamente de desmandos. Suas explicações têm que ser ouvidas para que se tire melhor juízo.

O que me preocupa, e muito, não é o desabafo, mas a forma e o momento em que isso foi feito. Exijo, sim, transparência na administração de meu clube, coisa que há muito tempo não existe. Mas estamos numa semana decisiva, com um jogo decisivo no próximo domingo, depois da brilhante vitória em Brasília, e é lógico que essa crise política chega a Barra Funda e pode ser transferida para dentro das quatro linhas. E se isso acontecer, ou seja, um resultado negativo domingo, vou acusar diretamente Carlos  Miguel Aidar, pois haveria forma diferente de mostrar a situação do clube, não abrindo uma guerra política desnecessária. Por isso temo o que pode vir por aí.

Vitória digna de um time que pensa grande

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez outra grande exibição nesta quarta-feira ao bater o Botafogo, em Brasília, por 4 a 2. O quarteto mágico funcionou mais uma vez e o time sobrou em campo.

Apesar da pressão do time carioca nos primeiros 10 minutos de jogo o São Paulo não correu riscos e em pouco tempo passou a dominar a partida. O gol de Kardec, em grande jogada de Michel Bastos, fez com que o Botafogo partisse para cima do Tricolor em busca do empate.

Denilson não fazia boa partida e errava alguns passes na defesa, possibilitando ao Botafogo atacar mais ainda. Mas foi em duas cobranças de escanteio, idênticas, que tomamos os dois gols. Isso é preocupante. A defesa havia melhorado bastante nesse fundamento, mas a falha voltou a acontecer. E nosso próximo adversário, o Cruzeiro, adora a jogada aérea e faz a maioria de seus gols dessa maneira.

A virada para o São Paulo veio ainda no primeiro tempo. Souza, em grande jornada, marcou dois gols, sempre com participação de Alexandre Pato, um dos melhores em campo.

No segundo tempo a tarefa ficou mais fácil após a expulsão de Airton, numa agressão banal em Pato. O São Paulo passou a tocar a bola, fazendo o tempo passar. Foi humilhante o tempo de domínio de bola do Tricolor em relação ao Botafogo. E por ironia do destino, o quarto gol saiu de contra-ataque. No único momento em que o Botafogo conseguiu chegar na frente, com dois escanteios, o São Paulo recuperou a bola, com Auro, que também fez grande partida,  Osvaldo puxou o contra-ataque e serviu Pato para que ele marcasse, fechando o placar.

Estou esperançoso, sim. Acho que temos todas as chances do mundo de encurtar a distância que nos separa do Cruzeiro no próximo domingo. O Morumbi vai tremer, tenho absoluta convicção. Por mais que os políticos do São Paulo tentem estragar o momento do time, os jogadores vão se superar. Aliás, sobre a política, farei um editorial amanhã.

Vitória de um São Paulo que hoje tem futebol

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Sport, no Morumbi, manteve o time na disputa do título e mostrou que, definitivamente, o time encontrou seu futebol. O chamado quarteto mágico voltou a funcionar e a defesa esteve sólida, com Denilson e Souza flutuando na frente da zaga, impedindo que o Sport criasse qualquer oportunidade de gol.

É verdade que o fato do primeiro gol ter saído logo aos sete minutos de jogo impediu uma retranca total do time pernambucano e o obrigou a abrir um pouco para buscar o jogo. Com isso sobrou espaço e o São Paulo teve como tocar a bola. Como diz o técnico Muricy Ramalho, é preciso conscienizar Pato, Kaka, Ganso e Kardec a jogarem sem a bola, ou seja, ocupando espaços, pois quando estão com a bola, é até sacanagem querer ensinar alguma coisa.

Essa consciência está existindo no time. Os jogadores tem sido solidários e isso tem reforçado muito a marcação. Tem facilitado o trabalho dos volantes que, diga-se de passagem, estão jogando uma enormidade, e fortalecido o sistema defensivo. Mesmo a saída de Paulo Miranda machucado, que me parecia ser muito temerária por aquele setor ficar desguarnecido, não encontrou problemas, porque Auro entrou muito bem.

Acho que Luis Fabiano, se estiver em plena forma, tem lugar no time. Acredito que ele se encaixe no lugar de Alan Kardec e isso venha a dar ainda mais potência a esse ataque tricolor.

Esta semana será muito decisiva para nossas pretensões. Além de estarmos em segundo lugar, depois da surpreendente derrota do Internacional, de virada, por 3 a 2 para o Figueirense, no Beira Rio, temos um jogo chave contra o Botafogo, em Brasília, com total condição de vitória pelo momento dos dois times e por ser um campo neutro. Eu diria, até, que o São Paulo terá mais torcida que o Botafogo. Depois o grande jogo de domingo, contra o Cruzeiro, no Morumbi. Duas vitórias e ficaremos a quatro pontos dos mineiros (o Cruzeiro joga com o Bahia, no Mineirão, no meio de semana e deve ganhar). Então a briga pelo título estará aberta. E nessas horas, boto mais fé no São Paulo, o Time da Fé.