Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Carlos Miguel Aidar não é mais presidente do São Paulo. Ele renunciou ao cargo e agora o presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva, assume interinamente o clube, com a missão de marcar eleição para, no máximo, um prazo de 30 dias.
Agora vem o meu desabafo. E me desculpem os queridos leitores, são-paulinos fanáticos como eu, por falar na primeira pessoa, claro, sempre lembrando que não fosse a força do Tricolornaweb, minha voz não teria ecoado.
A queda de Carlos Miguel Aidar começou em 16 de dezembro de 2014, quando o conselheiro Rui Stefanelli disse que Cinira Maturana, esposa de Carlos Miguel Aidar, circula livremente pelo CT da Barra Funda. dando ordens, e que teria um contrato com o São Paulo para receber comissão de 20% sobre venda de jogadores. A existência do contrato foi confirmada pelo diretor jurídico, Serafim dos Anjos, também conselheiro, que acrescentou que a comissão incide sobre tudo o que ela puder trazer em prol do São Paulo. Enquanto esse fato era levantado na reunião do Conselho Deliberativo, eu recebia mensagens de conselheiros relatando o fato e imediatamente colocava no ar pelo Tricolornaweb.
No dia seguinte os demais sites saíram com a nossa informação. Carlos Miguel Aidar foi obrigado a convocar uma entrevista coletiva, quando confirmou a existência do tal contrato e, pouco depois, anunciou a rescisão, o que só aconteceu “de direito”, não “de fato”, pois Cinira Maturana nunca deixou de circular pela Barra Funda, Morumbi e Cotia. Em muitas vezes acompanhada de Mariana Aidar, e com carta branca para negociar jogadores e contratos.
Pouco depois veio a denúncia da comissão da Under Armour. E o Tricolornaweb, de novo, foi o primeiro a publicar a denúncia onde o vice-presidente de Comunicação do São Paulo, Douglas Schwartzman, seria o representante no Brasil do dono da Far East, empresa que espera receber R$ 18 milhões, referente a 15% de comissão sobre o montante negociado com a Under Armour, por cinco anos de contrato. Isso estremeceu os corredores do Morumbi e gerou a fúria de Carlos Miguel Aidar e seu parceiro Douglas Schwartzmann contra este editor.
A trup aidariana passou a divulgar que ele teria provas contra este editor e que mostraria que fui pedir dinheiro para o clube, em troca de defender sua administração. Apresentei os tais e-mails que ele dizia ter em seu poder, publiquei provando que era mais uma de suas mentiras e o deixei sem as “possíveis armas” que dizia ter. De outra parte “contratou” alguns blogs que passaram a ser o espaço da defesa, com textos escritos pelos próprios diretores e postados nestes blogs. Escalou subalternos para entrarem no Tricolornaweb e despejarem o ódio sobre mim. Burros, não sabem que cada vez que alguém posta qualquer coisa no Tricolornaweb, a identidade do computador fica gravado e foi muito fácil apurar que isso tudo saiu das salas das diretorias do São Paulo, sempre com pseudônimos e e-mails falsos. Procuraram, no Tricolornaweb, dar vazão à versão publicada nos blogs oficiais, que hoje se dizem arrependidos por terem acreditado no que essas crápulas lhes passavam. Alegaram que eu só agia deste jeito por, além da falta de patrocínio, ter discutido com ele na emissora que trabalho. Tentavam levar ao descrédito as informações que eu publicava e, consequentemente, arruinar um conceito que conquistei ao longo de 33 anos de carreira como jornalista profissional. Pior: o presidente CMA ligou três vezes – até onde eu sei – para a emissora onde eu trabalho, pedindo que me calassem. Em outras palavras, que me demitissem. Coisa de canalha, da pior estirpe possível.
No clube, a mando de Aidar e orientados por Dedé, o Conselho Disciplinar passou a punir sócios que postavam em redes sociais críticas à gestão. E, em especial, buscavam a qualquer custo encontrar algum deslize suficiente para me banir do clube.
Então veio o caso Iago Maidana, talvez o mais maléfico de todos. Não em valores envolvidos, mas pelas consequências que teremos junto ao STJD, à CBF e à FIFA. Ainda será provado, mas até onde eu sei, está sendo apurado se foi Cinira quem pagou os R$ 400 mil ao Criciuma e tratou de arrumar a Itaquerão Soccer e o Monte Cristo para completar a negociação, que tomou R$ 2 milhões do São Paulo. A mesma Cinira que estaria sendo investigada por ter sido a responsável por ter pedido comissão ao Atlético de Madrid, o que culminou com a não conclusão do negócio com Rodrigo Caio, na Espanha.
Durante todo esse tempo tive apoio geral e irrestrito dos meus leitores reais, não fictícios. Souberam entender que acima de qualquer questão pessoal estava o São Paulo. Fui ofendido por pessoas intimamente ligadas a ele, desmentido pelos seus serviçais, mas mantive minha posição e assumi, junto a vários conselheiros que foram minhas fontes ultra confiáveis de informação, que eu não poderia me calar ante tanta corrupção, tanta roubalheira, tantos desmandos à dano do São Paulo F.C. e que iria continuar lutando pelo afastamento do presidente, fosse por impeachment, fosse pela renúncia. Sim, tinha virado coisa pessoal. E conseguimos.
Mas a coisa não deve e não pode parar por aí. Carlos Miguel Aidar, apesar da renúncia, precisa ser julgado pelo Conselho Deliberativo. Ele lesou o São Paulo. É cabível de perda da vitaliciedade e passivo de expulsão do quadro de sócios do São Paulo FC. Ele não pode mais continuar entre nós. Junto com ele também devem ir Douglas Schwartzmann, Júlio Casares e Antonio Donizette Gonçalves, que gozaram do privilégio do poder até “depois” do jogo encerrado. Ações criminais contra todos estes, ainda Mara Casares, Cinira Maturana e Mariana Aidar também devem ser abertos. Auditoria dos últimos dez anos deve ser iniciada imediatamente, pegando tudo e todos que se locupletaram do São Paulo.
Àqueles que desdenharam das minhas informações e tentaram me intimidar, meus sentimentos. Participarei com muita honra da comemoração pela vitória da verdade. É a vida!
O Tricolornaweb reafirma sua posição de sempre: vai esperar a definição nestes 30 dias, dos candidatos que surgirão. Não apoiará ninguém, saberá esperar os primeiros movimentos, meses, enfim, um período para sentir a nova administração. Será crítico quando necessário, mas também saberá apoiar as boas decisões. E se desmandos voltarem a acontecer, não terá a menor dúvida em denunciar, seja quem for. Nós queremos um São Paulo grande, vencedor, que volte a ser Soberano.