O empate na Vila ficou de bom tamanho

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o empate obtido pelo São Paulo contra o Santos na Vila Belmiro, neste domingo, não pode ser descartado como bom resultado. Por mais que o time santista tenha jogado extremamente desfalcado, com time quase reserva, o São Paulo também estava sem Ganso, hoje 50 por cento do time, e se jogadores que poderiam servir de opções no banco, ou até mesmo como titulares. E aqui cito Rodrigo Caio, Rogério e Breno, apenas para ilustrar minha tese.

E o São Paulo jogou de igual para igual com o time da casa. Diria até que foi ligeiramente melhor no primeiro tempo. O esquema tático de Edgardo Bauza pode ser mais visível neste domingo. A linha de quatro zagueiros, Hudson e Thiago Mendes à frente da zaga, Centurion, João Schimidt e Daniel mais à frente, com Calleri isolado no miolo do ataque. João Schimidt alternava com Hudson e Thiago Mendes esse posicionamento. Com isso o meio campo do Santos ficou um pouco perdido na marcação.

O time voltou para o segundo tempo com Lucas Fernandes no lugar de Centurion. Por pior que fosse o garoto, já seria muito melhor que o argentino que, de novo, não jogou absolutamente nada. João Schimidt foi recuado para jogar ao lado de Hudson, enquanto Thiago Mendes passou a jogar aberto pela direita, com Daniel pela esquerda e Lucas pelo meio. Mas Calleri continuava isolado.

Chego a dizer que o São Paulo estava bem melhor que o Santos quando tomou o gol. Aliás, o gol santista nasceu de um contra-ataque, pegando a defesa no mano a mano. E aqui é onde contesto a presença de Hudson no time, já que ele nunca está no lugar onde é preciso, ou seja, dando proteção aos zagueiros. É verdade que no gol a bola foi colocada nas costas de Lugano e Maicon, que veio na cobertura, também perdeu na velocidade.

Depois do gol o Santos cresceu, naquele momento de instabilidade do time. Denis fez uma defesa monstruosa, evitando o segundo gol santista.

Bauza, então, colocou Kardec no lugar de Daniel e, pouco depois, Kelvin no lugar de Thiago Mendes. O time foi para a frente, marcando a saída de bola do Santos e estava nítido que a qualquer momento o gol poderia acontecer. E saiu numa cobrança de escanteio feita por Lucas Fernandes, que colocou a bola com precisão na cabeça de Alan Kardec.

Depois o próprio Lucas Fernandes desperdiçou uma chance de gol. O Santos tentou sair para o ataque mas deixou espaços na defesa, com o jogo ficando muito aberto. De qualquer maneira, reputo o empate como bom resultado num campeonato onde os times são nivelados por baixo e o próprio São Paulo não dá tanta importância para ele.

A saída de Milton Cruz e a possível vinda de Pintado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vi a saída de Milton Cruz com absolutamente natural. Apesar dos 22 anos de clube, ele estava desgastado. Ainda na gestão de Carlos Miguel Aidar, o então – nefasto – presidente queria demití-lo. Algumas forças dentro do clube o fizeram ficar.

Analisando aquele momento talvez entenda que Milton atrapalhava os planos de Aidar e sua trup de negociar com seus próprios empresários. Aliás, Milton tinha contato com a maioria deles, mas nunca me pareceu ter participado de qualquer negociata.

Ele  era o cara da emergência. Assumia o time em momentos de crise  e sempre se virava bem. Mas nunca o vi como técnico do São Paulo. Aliás, ele mesmo não queria. Não por se julgar impotente, mas por não querer sair da zona de conforto.

No balanço que faço de seus 22 anos, entendo que ele tem mais méritos do que deméritos. Foi responsável pela indicação de ótimos jogadores. Mas ultimamente vinha se perdendo na mediocridade que se encontra todo o clube.

Para o seu lugar está sendo cogitado o nome de Pintado. Mas ele não viria para ocupar a função de Milton Cruz nos dias de hoje, mas para gerenciar o futebol. Acho que será um passo para demitir Gustavo Oliveira. É uma boa reformulação que começa a ser feito no futebol do São Paulo. Pintado tem liderança, identificação com o clube, respeito da torcida e certamente poderá fazer um bom trabalho de choque no elenco.

Ainda sobre Milton Cruz, a política falou mas alto, mas com essa demissão, Luis Cunha ganha força e mostra que vai tentar mudar alguma coisa. Mas não pensem que, como alguns disseram, foi sem o consentimento do Leco. No São  Paulo, o regime é presidencialista e ninguém faz nada sem que ele autorize. Portanto, creditem a Leco o mérito ou o erro desta demissão.

A vida segue e o São Paulo não depende de Milton Cruz. Eu agradeço seus ótimos serviços prestados e espero que ele tenha muita sorte por onde passar, mas seu ciclo no São Paulo, realmente, já havia terminado.

Vitória não apaga o mau futebol do time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ganhou, no sufoco, do Botafogo, no Pacaembu. Gol aos 43 minutos do segundo tempo. Mas a vitória não pode apagar o que foi o jogo, simplesmente uma repetição das últimas partidas.

Bauza inovou, colocou Bruno na lateral esquerda, porque quis manter Carlinhos na frente e não tinha outro para a posição. Fez com que Carlinhos jogasse como terceiro volante. Colocou dois meias – Ganso e Daniel – e um atacante. Aí, como percebeu que desde o início o Botafogo jogou com os 11  jogadores atrás da linha da bola começou a pedir a Caramelo e Bruno que descessem. Depois foi a vez de Hudson aparecer várias vezes na frente. Mas a qualidade técnica era sofrível.

O time continuou dependendo de Ganso. Daniel até  teve alguns bons momentos. Ele encostava em Calleri e algumas vezes recuava para tabelar com Ganso. Esses poucos momentos deram um lampejo de que pode dar certo. Mas precisa treinar muito.

Aliás, por falar em treinar, erá que Bauza treina ataque contra defesa? Pode parecer que eu estou criando algo revolucionário para treinamentos, mas não é não, Paton. Para um jogo como este, contra o Botafogo, esse era o único treinamento que deveria ser feito. Mas parece que isso não existe.

Aliás, esperar o que de Bauza, técnico acostumado a montar retrancas e que nesta noite teve que desmontar uma. Não fosse a genialidade de Ganso, nos últimos minutos, e o fator sorte nos pés de Calleri, e teríamos empatado contra um dos lanternas do campeonato, em pleno Pacaembu. E poderíamos ter saído com derrota, não fosse o gol incrivelmente perdido pelo Botafogo, poucos minutos antes do gol do São Paulo.

Ah, também tivemos subtituições erradas. Colocar o Kardec, ótimo. Mas não tirar o Daniel. Sacasse um volante e colocasse o time para cima do Botafogo. Mas ele não consegue abrir mão de suas convicções defensivas.

Enfim, a vitória não apaga a má partida que o São Paulo fez no Pacaembu. E se desgraça pouca é bobagem, não teremos Ganso domingo, na Vila. E a vida segue.

Mais uma partida sofrível do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo empatou com o Ituano,em Itú, em  outra partida sofrível. Sofreu o gol os últimos minutos, em nova falha de Denis – ele parece ter uma cola na chuteira para mantê-lo em cima da linha de gol -, e com isso deixou de conquistar uma vitória praticamente assegurada.

Ganso mais uma vez foi o destaque do time, nao só marcando o gol, mas dando passes, sempre desperdiçados pelos atacantes. Chega a dar dó do maestro que põe bolas precisas e os atacantes tropeçam ou matam com a canela.

De novo não vi esquema tático algum montado por Bauza. O time permanece sem jogadas ensaidas  e vive das bolas chutadas para a área pela lateral – sim, porque ninguém sabe cruzar – e a esperança de alguém cabecear para o gol ou sobrar um rebote para alguém finalizar. É o bumba-meu-boi e seja o que Deus quiser.

Eu sei que outros tantos treinadores já passaram pelo Morumbi e não fizeram milagre com esses jogadores. Mas para jogar esse futebol aí, era melhor ficar com Milton Cruz a gastar dinheiro com o treinador argentino.

É impressionante o que ele está conseguindo fazer: estamos quase fora da Libertadores e corremos risco no Paulista, não só de não se classificar como de ficarmos próximos da zona de rebaixamento. É inccrível mas hoje, quando atualizava a tabela de classificação do campeonato aqui no site, busquei  os seis piores colocados para ver nossa situação.

Se isso está assim agora, imagino o que nos espera no Brasileiro. E digo mais: não tivéssemos Ganso jogando o que está jogando atualmente, e a situação estaria muito pior.

Agora é ganhar do Botafogo no Pacaembu e tentar um empate com o Santos, na Vila, para amenizar a situção.

Domínio total, perda pela falta de eficiência

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo dominou o jogo quase que inteiro contra o Palmeiras, mas perdeu pela total falta de eficiência, o que sobrou para o adversário. Em determinado momento ouvi Bauza elogiando o domínio de bola  do time, mas reclamando da falta de finalizações.

O primeiro tempo foi o retrato do domínio contra a eficiência. O São Paulo teve a bola nos pés quase a totalidade do jogo. Poucas chances, é verdade, mas o jogo esteve sob controle. João Schimidt aparecia como um verdadeiro condutor do meio de campo, marcando, virando o jogo, passes perfeitos, aparecendo como homem surpresa na frente, mostrando que, na atual fase, merece um lugar no time titular. Chegou até a marcar um gol anulado erroneamente pela arbitragem, pois ele não estava impedido.

Carlinhos aparecia em boa partida, fazendo jogadas pela esquerda com Rogerio. O problema é que o atacante, que sempre pedimos no time titular, mais uma vez foi muito mal. Daniel mostrava-se um meia de movimentação, mas faltava ritmo de jogo e ele acabava perdendo muitas jogadas. Com isso o meio de campo do São Paulo parecia acéfalo, a não ser pela boa performance de João Schimidt.

O segundo tempo não foi diferente. O São Paulo continuou com melhor toque de bola, apesar do Palmeiras adiantar a marcação e tentar atrapalhar a saída de bola do Tricolor. Mesmo assim ninguém arriscava um chute ao gol. E foi numa falha de Carlinhos, já com Ganso e Calleri em campo, que o Palmeiras foi para o contra-ataque e marcou o primeiro gol. Exemplo da eficiência.

O São Paulo desmoronou em campo. Bauza ainda colocou Centurion no lugar de Rogério, mas o time não conseguia andar. Foi totalmente dominado pelo Palmeiras, que marcou o segundo gol com Robinho aparecendo sozinho, na cabeça de área, exatamente onde deveria estar Hudson (alguém sabe onde ele estava?). O jogo já tinha ido para o brejo.

Como Bauza poupou quem ele julga titular para o jogo da próxima quarta-feira, que os deuses tricolores  olhem por ele, pois é o jogo que nos interessa.

No empate na Argentina, ao menos teve luta

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não dá para não considerar o empate contra o River, em Buenos Aires, um bom resultado. Afinal, o fato de termos perdido do  The Strongest em pleno Pacaembu já era, por si só, sinal de amplo favoritismo dos argentinos.

Se o time não apresentou um futebol vistoso, ao menos foi de muita luta e entrega. Os jogadores não se intimidaram com a fanática torcida argentina, dividiram quando tiveram que dividir, chutaram quando tinha que chutar e deram entradas firmes, quando isso se fez necessário.

Não fosse a falha ridícula de Denis e os erros crassos de arbitragem, a nosso dano, o São Paulo teria saído com boa vitória de lá.

Começo pela falta clara em Calleri, que sofreu um sanduiche entre o zagueiro e o goleiro. E o árbitro nada deu. No contra-ataque, escanteio e a falha grotesca de Denis. No final do primeiro tempo, pênalti claro em Calleri não marcado pelo árbitro caseiro. Poderíamos considerar que se marcasse a falta, não sofreríamos o gol e, teoricamente, teríamos marcado o segundo de pênalti. Vitória praticamente garantida.

Mas, arbitragem à parte, Denis fez quatro defesas importantes, mas goleiro quer ser titular do São Paulo não pode se dar ao luxo de falhar do jeito que falhou, por mais que viesse fazendo boa partida.

Outro que está em péssima fase e poderia ficar um pouco fora do time é Thiago Mendes. Ainda com 0 a 0, quase ele deu um gol para o River ao cabecear uma bola para trás, onde estava o atacante argentino. A bola bateu no travessão. Errou muitos passes, atrapalhou jogadas, inclusive uma em que Kardec poderia fazer o gol. Sem contar no gol que perdeu, após brilhante passe de Ganso

Aliás, nosso problema está sendo a dupla de volantes. Thiago Mendes em péssima fase e Hudson limitadíssimo. Talvez fosse o momento de Rodrigo Caio ocupar sua verdadeira posição, como volante, no lugar de Hudson.

Quanto a Bauza continua fazendo alterações ininteligíveis. Quanto tirou Carlinhos, o óbvio seria a entrada de Rogerio. Ele colocou Caramelo para reforçar a marcação na direita, quando o grande problema estava na esquerda em cima de Mena. Mas é um treinador que sempre joga para trás e não podemos esperar nada mais dele.

Com tudo isso, e apesar de tudo isso, foi um bom resultado. O São Paulo tem obrigação de ganhar do Trujillanos, vencer River e o time venezuelano no Morumbi e ir em busca de um empate em La Paz. Assim conseguiremos nossa classificação.

Derrota mostrou elenco e técnico que temos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi mais um vexame. Aliás, nos últimos tempos, estamos nos acostumando a isso. Seja na política do clube, com todo o horror causado pela gestão de Carlos Miguel Aidar, seja pela ineficácia do time, aliada a um técnico típico daqueles de time pequeno, nossos dissabores vem aumentando dia após dia, jogo após jogo. Já perdemos no último sábado para a Ponte com um gol do Reinaldo, aquele mesmo. Agora tomamos uma virada para um time que tem como cabeça pensante Cañete. Durma-se com um barulho destes.

Mais uma vez o time não apresentou nada que pudesse dar a impressão que as coisas estavam se ajeitando. Os primeiros dez minutos de jogo foram de domínio total do São Bernardo. Parecia até que o jogo era no campo adversário. O máximo que o São Paulo conseguiu fazer ao longo de todo o primeiro tempo foi equilibrar o jogo.

Não podemos nos esquecer do pênalti aos três minutos de jogo, bisonhamente desperdiçado por Calleri. Aliás, o centro-avante argentino perdeu a penalidade e matou de canela todas as bolas que recebeu. Matou várias jogadas que começavam com Ganso e com Carlinhos, até porque com Centurion nenhuma jogada dava certo já na origem.

Mas o São Paulo ainda terminou ganhando o primeiro tempo graças a um belo gol de Ganso, chutando de fora da área, e participações seguras de Lugano e Rodrigo Caio na defesa. Carlinhos apareceu bem em várias jogadas, que acabaram não redundando em gol.

No segundo tempo o time morreu. Não sei se faltou fôlego ou foi ordem de Bauza para reduzir o ritmo, o fato é que não se criou mais nada e o corpo ficou mole. Ganso passou a errar passes de dois metros; Bruno passou a perder as descidas; Carlinhos não acertou mais uma jogada e a deficiência no passe de Thiago Mendes se acentuou.

Então Bauza vem com sua já conhecida substituição: tira Centurion e coloca Wesley. Ele entra para jogar pelo lado direito do ataque, mas na realidade não passa de um terceiro volante, que tem a missão de jogar aberto ajudando Bruno. Então, de novo, temos três volantes para segurar uma vitória por 1 a 0 contra o São Bernardo.  Mas a incompetência é tanta que nem isso ele conseguiu. Logo após a entrada de Wesley saiu o gol de empate.

No desespero ele colocou Rogério, mas de novo errou: tirou Mena, que estava mal, é verdade, mas ao menos segurava lá atrás para Carlinhos avançar, e manteve três volantes no time. Pior: ainda fez Ganso recuar um pouco mais. E tomamos o segundo gol. Ele, então tira Thiago Mendes para colocar Kardec, e bota Ganso como volante. Ou seja: continuamos com três volantes.

Em resumo: Bauza é um técnico retranqueiro, que não tem um esquema tático visível, o que dirá variação tática, que mexe sempre da mesma maneira, é inventor, sempre pensando no defensivo, não consegue, no entanto, arrumar a defesa e, concluindo, é técnico de time pequeno. E não me venham com a estória de que ganhou duas Libertadores. Foi com LDU e San Lorenzo. O primeiro, tendo como grande aliada a altitude absurda de Quito; o segundo, por mero acaso. Mas então teremos que considerar o técnico que levou o Once Caldas ao título da Libertadores um gênio.

Tenho, sim, saudade do Osorio. Queria, desde sempre, que Cuca fosse o nosso técnico. Mas vamos continuar com Bauza, aquele que um dia ousei chamar de “Tite argentino”. Quero pedir publicamente desculpas a Tite.

Não sei o que nos espera na quinta-feira. Ou melhor, até sei. Mas nunca perco a esperança de que um dia esse time vai acordar para a vida e sentir o peso desta camisa. Apesar do técnico que está lá no banco.

O São Paulo venceu, mas continua devendo futebol

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez mais uma partida chata, sonolenta, onde conseguiu a vitória sobre o Mogi Mirim por 2 a 0, num Pacaembu vazio, tão vazio quanto o futebol que o time tem apresentado. Após a derrota de sábado para a Ponte Preta, escrevi em meu comentário que o perder ali ou ter ganho do Rio Claro no Pacaembu, no meio de semana, tinha sido apenas um detalhe. Num marcou e no outro tomou o gol. Não teve poder de reação e o futebol apresentado nos dois jogos foi igual.

Nesta noite de terça-feira não foi nada diferente. O futebol ficou por aí, sabe lá Deus por onde anda, e o time acaba encontrando um gol, ou dois, graças a jogadas individuais. Assim foi com o passe dado por Bruno para Rogerio, jogada que já efetuavam desde bem antes da chegada de Bauza, e de um chute de fora da área de Ganso. E nada mais, a não ser dois lançamentos de Ganso – para Calleri e para Hudson -, lances que os dois perderam o gol.

Bauza, no entanto, no afã de inventar posições, conseguiu estragar alguma coisa que vinha dando certo. No meio de campo, Hudson sempre foi primeiro volante. E só sabe fazer isso. Já Thiago Mendes foi colocado por Osorio como segundo volante, e foi grande destaque do time no segundo semestre do ano passado. pois sabe conduzir a bola, tem bom chute de meia e longa distância e facilidade para penetrar como elemento surpresa. Bauza inverteu a função dos dois e hoje temos um volante que não sabe chegar e outro que não tem a marcação fixa como ponto forte.

As invenções e teimosia de Bauza continuam com a insistência de tornar Rogerio um meia, para disputar posição com Paulo Henrique Ganso, e deixar espaço livre para Centurion jogar como titular. É uma mistura de invencionice com xenofobia. Só pode ser. Sem contar que os jogadores erram passes de dois metros. Parece que não há treinamento de fundamentos.

Mas o futebol que o São Paulo vem apresentando é de uma monotonia platônica. Eu ousara, no começo, a falar que o Bauza era o Tite argentino. Só que a diferença entre os dois, agora vejo, é gigantesca. Por isso acabamos o jogo contra o Mogi Mirim, em pleno Pacaembu, jogando com três volantes, isso porque não considero Carlinhos volante. Se não seriam quatro.

E assim será contra o São Bernardo, no sábado. Mais um jogo chato. Tomara consigamos a vitória. Ao menos dá um pouquinho de moral para o jogo contra o River na próxima semana, porque se dependermos do futebol deste time treinado por Bauza, pode esquecer.

Em tempo: quero lamentar o falecimento de Márcio Aranha, ocorrido no início da partida desta terça-feira. Conselheiro vitalício do São Paulo, foi um dos grandes dirigentes que tivemos no futebol.

Mais uma vitória no jeito Bauza de ser

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Novorizontino nesta quarta-feira, num Pacaembu vazio e chuvoso, retrato do momento que vivemos, onde o time continua merecendo críticas de seus torcedores.

Quando disse no título que foi mais uma vitória no jeito Bauza de ser é porque o time colocado em campo, foi, de novo, extremamente defensivo. Assim como fiquei inconformado de ter terminado jogo contra o Rio Claro com quatro volantes, não posso admitir o time entrar para um jogo contra o frágil Novorizontino com três volantes e sem meia. Sim, porque Bauza quis fazer de Rogerio um meia, no estilo Ganso, e não deu muito certo.

Mas o time entrou com Thiago Mendes, Wesley e João Schimidt, Rogerio pela meia, Michel Bastos aberto pela esquerda e Kardec centralizado. E o primeiro gol só saiu porque Rogério sofreu um pênalti, após lançamento de Michel Bastos. Atentem, no entanto, para um detalhe: Michel que lançou o fez pelo lado do campo, para Rogério, que recebeu, entrando pelo meio. Apesar das posições, está claro que é Michel quem tem que fazer a assistência e Rogerio quem tem que definir.

Bauza tem insistido com Rogerio nesse setor. Basta ver que, via de regra, ele entra  no lugar de Ganso. Ontem foi Ganso quem entrou no lugar dele. Não quer acreditar que isso seja para mostrar que Centurion joga por não ter substituto em sua posição. Assim ele está queimando Rogerio, que tem característica única jogar aberto, fechando em diagonal para chutar ao gol.

De resto foi um jogo sonolento, onde o gol saiu no começo e depois o time tocou a bola de um lado para o outro. Não correu riscos, é verdade, a não ser por um cute da entrada da área que exigiu boa defesa de Denis. E é, portanto, o que veremos com Bauza. Time defensivo, tentando marcar um gol e não tomar nenhum. É o jeito Bauza de ser.

São Paulo está próximo da maior derrota de sua história

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, temo afirmar isso, mas o São Paulo está próximo, muito próximo da maior derrota de sua história. Não foi a humilhante goleada por 6 a 1 do arquirrival Corinthians, nem a nefasta derrota para o The Strongest no Pacaembu, nos fazendo o The Waker. Mas é a quase certa absolvição de Carlos Miguel Aidar pela Comissão Disciplinar, e que deverá ser corroborada pelo “egrégio” Conselho Deliberativo.

O depoimento de Carlos Miguel Aidar a esta comissão foi algo espantoso. Ele foi recebido pelo presidente da Comissão, José Roberto Opice Blum, com um tapete vermelho estendido, abraços, tapinhas nas coisas, risos e confrarias. Aliás, o fato não é novidade ao meu leitor, pois havia publicado a notícia no dia em que houve o tal depoimento. E não retiro o que falei naquele dia: foi uma conversa entre amigos, e não um depoimento. Opice Bum agiu como se ficasse horrorizado com as “denúncias” lançadas contra o amigo Aidar. Agiu como um amigo pronto a defendê-lo.

Agora fiquei sabendo pelo blog do Juca Kfouri que Aidar foi embora no carro de Douglas Schwartzmann, sim, aquele mesmo a quem acusou de pedir comissão em tudo e a todos e que, por sua vez, prometeu, no auge de sua ira, processar Aidar. Parece que as amizades falam mais alto que o ardor da raiva.

Curiosamente, o que também não é novidade ao meu leitor, Ataíde Gil Guerreiro foi recebido quase como um criminoso por este mesmo Opice Blum. O presidente da Comissão só desdenhou da gravação feita por Ataíde. Até agora não se pronunciou sobre seu conteúdo. Em resumo: protege Aidar, que na gravação oferece comissão a Ataide e confessa que sua namorada frauda o São Paulo, e agride Ataíde, que ousou gravar este crime.

Vamos lembrar, mais uma vez, quem é José Roberto Opice Blum. Advogado, desembargador aposentado, amigo particular de Carlos Miguel Aidar, foi convidado pelo ex-presidente para ser vice-presidente do Conselho Deliberativo. Almejava ser, numa sequência, o sucessor de Aidar e contaria com seu apoio. Só não foi vice de Leco no Conselho por estar radicado nos Estados Unidos e não ter como regressar ao Brasil a tempo de assumir honroso cargo.

Então a pizza está prontinha para ser servida. O que o Tricolornaweb publicou em 12 de fevereiro (leia aqui ), está se concretizando. Carlos Miguel Aidar será absolvido pela Comissão Disciplinar do São Paulo, enquanto Ataíde Gil Guerreiro corre sério risco de ser condenado, perder o cargo de conselheiro e ser expulso do clube, por ter feito e divulgado tal gravação.

Tudo isso será feito com a aquiescência do Conselho Deliberativo.  Sei que existem muitos conselheiros conscientes e que tentarão lutar contra este fato, mas Marcelo Abranches Pupo Barboza, presidente do Conselho, fará como Pilatos e lavará as mãos, numa atitude pré elaborada. Aliás, esta noite haverá reunião do Conselho. Será uma grande oportunidade para a oposição e aqueles que se dizem verdadeiramente são-paulinos e que querem apuração séria e punição aos responsáveis pelos desmandos ocorridos no clube, cobrarem de Opice Blum e Pupo Barboza resultados das investigações, pois ao se calarem esta noite, tornar-se-ão coniventes com tudo.

Será, sem dúvida, a maior derrota da história do São Paulo, causada por senhores ditos são-paulinos, mas que não passam de aproveitadores das benécies dos cargos que ocupam.

Minha esperança está centrada no Ministério Público, que por pedido de 14 conselheiros da oposição, passou a apurar este período lúgubre de nossa história. E com o MP não tem brincadeira. Talvez tenha sido esse o motivo de Carlos Miguel Aidar ter contratado o advogado de José Dirceu para defendê-lo, até porque na Comissão Disciplinar, ele já tem o Opice Blum.