Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, talvez eu tenha sido o único jornalista e torcedor, nos grupos que frequento e nos programas que faço, a acreditar que o São Paulo ganharia o jogo deste sábado, do Fortaleza. Enquanto todos apontavam vitória do time cearense, meu palpite sempre foi de vitória do São Paulo. E vi que não era o mundo que estava errado e eu certo.
O time nem jogou tão mal. Dominou a partida no primeiro tempo, não se permitiu sofrer pelas jogadas agudas do Fortaleza, mas se estava com a defesa bem posicionada e o meio de campo com a marcação encaixada, faltava aquele algo mais, a cabeça pensante, o jogador que chama a responsabilidade e encontra um espaço para colocar alguém na frente do gol. Galoppo seria esse cara, mas, de novo, foi uma nulidade.
Quando esse jogador não existe ou, estando em campo, não desempenha a função, o técnico tem que mudar e criar opções, tipo plano b, para tentar furar a defesa adversária. Mas também nesse ponto, ou seja, no banco, temos um técnico altamente incompetente. E aí fomos derrotados. Nenhuma surpresa para muitos. Nem para mim. Afinal, eu só fui otimista.
Carpini não é mais técnico do São Paulo. É questão de horas para ser anunciada a sua demissão. A diretoria só está procurando um nome para trazer. Isso é fato. Não demitiu Carpini no vestiário para não ficar chato. Para ele, porque para nós, seria um alívio.
Mas vamos reconhecer que Carpini pegou uma bomba relógio. O time que ganhou a Copa do Brasil praticamente está todo aí com ele, exceção feita a Beraldo e Caio Paulista. Bem, só Beraldo não estar, já justifica a fase horrível. Mas nosso lado esquerdo é tão ruim que até Caio Paulista faz falta.
E, de novo, volto à diretoria, a mais incompetente de todas. Errou ao trazer um técnico aprendiz; se empolgou com a quebra do tabu em Itaquera e a Super Copa Rei. Viu o time eliminado do Paulista e sabia que teria 18 dias vagos até voltar a campo pela Libertadores. Deveria ter tomado a atitude ali, nao esperar a vaca começar a enfiar a cabeça no brejo. Pois é o que vai acontecer. Agora, depois de uma derrota na Libertadores (a vitória contra o Cobresal era mais do que obrigatória), e derrota no primeiro jogo do Brasileiro dentro de casa, resolveu acordar e vai trazer alguém.
Não sei quem será. Só sei que não terá tempo, sequer, de conhecer o elenco. Afinal, tem Flamengo quarta-feira e Atlético-GO domingo, Barcelona em Guayaquil na outra quarta, todos fora, e Palmeiras na sequência, em casa.
Se nada for feito com extrema urgência (repito, muito atrasado, como sempre), corremos o risco de chegar na outra semana com um ponto no Brasileiro, após quatro rodadas, ou seja, mergulhados no Z4, e com riscos de desclassificação na fase de grupos da Libertadores.
Sou um torcedor fervoroso, mas não posso deixar de ser realista. Esse é o nosso momento.