Primeira vitória fora de casa coloca, de vez, o time em férias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o ano definitivamente acabou para o São Paulo. Com a vitória sobre o Bahia, com gol aos 50 minutos do segundo tempo, a primeira fora de casa, podemos descansar de vez e, efetivamente, usarmos os dois últimos jogos para testar jogadores que não vem atuando.

Cito aqui, por exemplo, Mendez, Luan, Talles Wander, William Gomes (promessas de Cotia), Walce, Patryck, enfim, jogadores que precisam mostrar se tem qualidade para ficar ou se devem ser negociados (os dois primeiros).

Por mais que eu entenda que o time “relaxou” após o título da Copa do Brasil e a posterior vitória sobre o Corinthians, não posso admitir tanta ruindade em alguns atletas. Wellington, nesta quarta-feira, foi deprimente. Ele deu um passe de dois metros no pé do adversário que estava entre ele e Michel Araújo; Nathan entrou de atacante e foi uma água só. Se nem lateral ele consegue ser, imagine lá na frente: Juan até fez uma boa partida, mas foi a exceção, porque a regra é ele ir mal; David entrou e mais uma vez ficou na promessa, enquanto Luciano, ao que parece, desencanou do time e está de malas prontas para a Arábia Saudita.

Resta para nós, para o próximo ano, a certeza de que a defesa está bem montada, com Rafael, Rafinha, Arboleda, Beraldo e Caio; que o meio de campo, ao menos a dupla de volantes, também está muito bem (Pablo Maia e Alisson), que Lucas, se ficar, fundamental e que teremos Calleri. Então são nove jogadores titulares, com poucos reservas à altura. Posso nomear aqui Igor Vinicius (se voltar a jogar), Wellington Rato e Luciano (se ficar). Como eu disse: reservas.

E James Rodrigues? Bem, se ele se dispuser a jogar fora do Morumbi pode ser que se encaixe no time e precisemos pensar em um jogador para completar o time titular. Mas teremos que correr atrás de oito reservas para ter um elenco digno para disputar os campeonatos que teremos em 2024.

E, principalmente: não tentem contratar David e Erison. Usem os R$ 21 milhões que o Inter pede pelo David e mais R$ 10 milhões (ao que parece) por 50% do Erison para comprar um centroavante que consiga substituir Calleri. Ou a montagem do elenco já estará errada, mesmo antes de começar, e nós não nutriremos esperanças para o próximo ano.

Eleição para o Conselho mostra que ou o sistema muda, ou o São Paulo acaba

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o sistema eleitoral do São Paulo está cada vez mais arcaico, como é a própria postura do clube em tudo o que faz. O problema é que essa excesso de conservadorismo nos leva a ver magnatas do poder dirigir os votos dos sócios, principalmente os mais novos, e elegerem que bem entenderem, com o chamado “voto de cabresto”.

A possibilidade de votar em até 20 candidatos, não importando se de uma ou das duas chapas, que anteriormente atendia o anseio dos sócios, que tinham conhecidos e apostavam na são-paulinidade dos candidatos e, com isso, conseguiam formar um Conselho Deliberativo na altura que o clube merecia. Não eram conselheiros eleitos às custas de churrascos, chopps, brindes, muito menos torcedores de outros times, menos ainda por quererem ser eleitos para curtir as benesses dos lanchinhos, ingressos, vagas no estacionamento e quetais.

O sistema de votação permite a manipulação dos dirigentes, mormente o que reina no Social, e faz com que os sócios sejam levados a obrigação de votar em seus candidatos, pois nas diversas diretorias espalhadas (são quase mil carteirinhas de diretores e assessores), se espalha o medo. Afirmações do tipo “se nós não ganharmos, isso aqui vai acabar”, ou “se seu pai não votar em nós, você não pratica mais esporte aqui” (tenho relato gravado desse fato), tudo levando o sócio menos avisado a votar nos candidatos do Social.

Ao lado disso, vem a grana, e muita grana, de quem está também com a diretoria despeja esse dinheiro em infindáveis festas, onde o “rega bofe” foi barbaramente consumido.

Não posso deixar de falar que, tenho quase convicção, que se um exame grafotécnico sério, feito por peritos, for realizado em muitas cédulas, vai encontrar uma grande quantidade delas preenchida por uma única pessoa. Isso quer dizer que os sócios, mais do que receberem uma cédula, já receberam-na preenchida, com os 20 nomes de interesse do responsável pelo grupo político. Isso, claro, da situação, já que a oposição sequer mesa tinha no interior do clube.

Isso talvez explique a razão de 66,5% dos votos terem sido da situação e 33,5% da oposição. Ué! Mas nesse caso seriam 66 ou 67 eleitos da situação e 33 ou 34 da oposição. Talvez Freud consiga explicar tal situação, ou Pitágoras, mas afeito a números e fórmulas.

Sem contar que bons nomes foram eleitos na situação e na oposição, porém foram reeleitos corinthianos, palmeirenses e santistas, além de vendedora de ingressos. Isso tudo graças a esse “voto de cabresto”, onde o sócio sequer conhece as pessoas em quem ele está votando. Além de pessoas que enfrentam as barras da Justiça por terem hipoteticamente lesado o São Paulo.

O voto SIM para a criação de uma comissão para elaborar uma reforma estatutária pode ser um grande momento para modernizarmos e democratizarmos o clube. Nessa reforma poderemos criar a eleição direta para presidente, com os votos podendo ser dados por sócios patrimoniais, sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas; que o eleitor possa votar em apenas um ou dois candidatos ao conselho, dificultando o “voto de cabresto”; e que seja permitida apenas uma reeleição para presidente. Meu temor é que nada disso seja feita e eles decidam permitir reeleições infindáveis e aumento de três para seis anos para o mandato de conselheiro, ou seja, tornando um clube ainda mais fechado e fortalecendo os feudos. Afinal, quem quer perder o atual status quo?

Em resumo, pelo bem da instituição, o sistema eleitoral tem que mudar. A democracia tem que imperar, pois não vivemos mais os anos 30, mas estamos quase nos anos 2030; a época da ditadura passou, os clubes se abriram para seus sócios torcedores e o São Paulo permaneceu estático, vendo clubes crescerem em suas receitas, em seus títulos e nós seguindo exatamente o que diz, em certo momento, nosso hino: “as suas glórias vem do passado”.

Muda, São Paulo, enquanto é tempo. Ou estamos fadados a encontrar o fim do túnel. Só que ali estará o abismo e nós cairemos nele.

Empate sonolento contra o Cuiabá evidencia uma coisa: precisamos de centro-avante

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo continua em ritmo de férias e colhendo péssimos resultados. Além de não ganhar nenhuma fora de casa, agora também não ganha no Morumbi. Pior: os jogos são sonolentos, desrespeitando os milhares que comparecem ao estádio e os que pagam o Premiere para assistir as partidas do time.

Porém, há uma evidência que não pode ser desprezada: precisamos urgentemente de um centro-avante. Estamos há quatro jogos sem marcar um único gol (nos seis últimos fizemos dois, contra Cruzeiro e Bragantino). Ou seja: média de 0, alguma coisa por jogo. Isso significa dizer que sem Calleri o ataque despenca e a produtividade não existe.

Dorival já tentou por aquele setor James Rodrigues – lembrando o que Guardiola fez com Messi no Barcelona – e, claro, não deu certo; tentou Juan, Erison, David, Luciano. E ninguém se acertou. Até porque James não é centro-avante, Juan joga melhor – se é que consegue ser menos ruim – pelos lados do campo, Luciano é meio-atacante, David joga pelos lados e Erison, bem, El Toro é centro-avante mas não convence. Conseguiu em um ano de São Paulo marcar um único gol. De pênalti.

Não defendo que o elenco tenha 22 titulares, mas deve ter, ao menos, jogadores em condição de substituir o titular sem que o ritmo caia tanto. Lembro dos tempos de Telê Santana, quando entrava um ou outro, o ritmo não caía. Bem, mas Telê era Telê. Hoje temos Dorival, até porque Telê ficou apenas na saudade eterna.

Calleri volta em janeiro, mas não me preocupa o que fazer até lá, já que faltam apenas três partidas para o encerramento do Brasileiro. Me preocupa o que virá depois, já que Calleri não vai conseguir jogar os quase 90 jogos no ano sem uma expulsão, ou um trio de cartões amarelos, ou mesmo um simples descanso pelo excesso de jogos. E se temos intenção de ir bem nos campeonatos, não sermos coadjuvantes, então é bom pensar em um centro-avante com extrema urgência. Ou seremos só coadjuvantes, passando novos vexames.

Jogo em ritmo de férias, que teve como emoção um péssimo árbitro e pancadaria à solta

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vai ser difícil chegarmos ao final de 2023. Claro, em se falando de São Paulo. Depois do título da Copa do Brasil, está um terror assistir jogos do Tricolor. Os jogadores entraram em férias e estão brincando em campo. Com isso, muitas vezes, corremos o risco de vexames.

Aliás, passamos por ele, ou já se esqueceram dos 5 a 0 para o Palmeiras? E jogos sofríveis contra Santos, Vasco, Goiás, não necessariamente nessa ordem. Contra o Fluminense, não foi diferente.

Sei perfeitamente que jogamos, quiçá, com cinco titulares: Rafael, Rafinha, Beraldo Pablo Maia e Alisson. Claro que isso pesa muito. Mas o Fluminense tinha muitos desfalques também: Nino, Felipe Melo, André, Keno e John Arias. Ou seja: empatamos em desfalques.

Mas o Fluminense, que foi campeão da Libertadores e, portanto, estaria em “férias”, jogou para ganhar, enquanto nós continuamos brincando de jogar bola (no pior sentido).

Gabriel, mais uma vez, deixou o time na mão, com uma expulsão ridícula por puro atabalhoamento e falta de técnica de um jogador que chega sempre atrasado na bola. Decisão corre do árbitro.

Porém, esse mesmo árbitro admitiu falta quase igual do zagueiro carioca em Beraldo, não dando sequer cartão amarelo, e outras inversões de faltas, jogo picado. Enfim, árbitro caseiro e de péssima qualidade.

Claro que isso não é justificativa para a derrota do São Paulo. Perdemos por conta da expulsão de Gabriel, ainda no primeiro tempo, e pela extrema ruindade de nossos atacantes. O Fluminense até que deu algumas “dinizadas” e tentou deixar o São Paulo empatar. Mas fomos e somos muito incompetentes.

Gostei da entrada de William Gomes. Me parece um jogador veloz, atrevido, que parte para cima pelos lados do campo e tem boa velocidade. Queria vê-lo m ais tempo em campo, assim como Talles Wander. Já sabemos que Juan David e Erison não servem para nada. Temos que testar esses garotos. Talvez a solução para um substituto de Calleri ou jogador veloz pelos lados do campo esteja em casa.

Domingo tem mais, Cuiabá, no Morumbi. Mais sono à vista.

Medo atinge alguns candidatos na eleição do São Paulo. Júlio Casares pode ser responsabilizado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o medo está instalado na eleição para o Conselho Deliberativo do São Paulo, que transcorrerá no próximo dia 25. Principalmente entre os candidatos da oposição, do grupo chamado Salve o Tricolor Paulista.

Os fatos verificados na ultima quarta-feira, feriado de 15 de novembro, escancararam a relação, por vezes promíscua, existente entre o presidente Júlio Casares, e por conseguinte seus auxiliares diretos, com as torcidas organizadas.

Nunca nos posicionamos contra qualquer organizada. Apenas criticamos quando atos de violência são praticados por elas. Nunca fomos contra relação institucional entre a diretoria e as torcidas, apesar de entender que se há uma relação institucional entre a diretoria e as organizadas, por quê também não entre a diretoria e os sócios torcedores? Entre a diretoria e os proprietários de cadeiras cativas? Entre a diretoria e os que não são nem um, nem outro, mas que compram seu ingresso, compram as camisas do clube, pagam Premiere, enfim, são, também, torcedores do São Paulo?

Nunca pregamos que membros de organizadas não pudessem frequentar o clube social. Comprando título, pagando as mensalidades e cumprindo o estatuto – algo que a própria diretoria não cumpre -, terão todo o direito de usarem o parque social, se candidatarem, ao seu tempo, ao Conselho Deliberativo e, quiçá, a presidente do São Paulo.

O que somos contra é a invasão de torcedores, como verificado na última quarta-feira e mentirosamente negado pelo ouvidor do clube, Themis, que apesar de negar a presença de não sócios, admite que seu grupo, o Participação (grupo de Júlio Casares, Leco e Carlos Miguel Aidar, entre outros), contratou a bateria da Dragões da Real para uma apresentação.

Se remontarmos a 2013, vamos lembrar que Juvenal Juvêncio fez algo muito semelhante, liberando a entrada da Independente para um churrasco, em vésperas de eleição, e causou um grande rebuliço, com conselheiros da oposição sendo agredidos.

Essa volta de membros de organizadas para dentro do clube tem o objetivo de pressionar e coagir os sócios na hora da votação. Afinal, pelas próprias publicações de seus líderes, a diretoria é tratada na primeira pessoa do plural e a oposição na terceira.

Se qualquer ato de violência acontecer, dentro ou fora do clube no dia 25, haverá apenas um culpado e que será responsabilizado por tudo: Júlio Casares. Foi ele quem propiciou tudo isso.

Defesa está sólida, mas ataque se ressente da ausência de Calleri

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a defesa do São Paulo considerada titular – Rafael, Rafinha, Arboleda, Beraldo e Caio – está dando mostras que é muito confiante, que uma falha aqui ou acolá até poderá ocorrer, mas estamos há três jogos sem sofrer gols.

Neste domingo, na Vila, onde o São Paulo foi superior quase que o jogo todo, tendo mais de 70% de posse de bola, a defesa se manteve no mesmo nível, não permitindo que Soteldo, Marcos Leonardo e seus companheiros tivessem qualquer oportunidade. Some-se a isso a presença em quase todo os cantos de Pablo Maia, que dá uma segurança completa para nosso sistema defensivo.

O problema, porém, reside no ataque. Sem Calleri o São Paulo perde objetividade e, mais do que isso, poder de fogo. Já rodaram por ali Juan, Erison, David, Luciano, e ninguém consegue dar a consistência que precisamos no ataque. Isso significa que precisamos urgentemente de um novo centroavante, com as características de Calleri, para suprir sua eventual ausência.

Isso se repetiu contra o Santos. Oportunidades foram criadas. Juan perdeu gol, Luciano perdeu gol, Michel Araújo perdeu gol, Wellington Rato perdeu gol. Enfim, todos perderam gols, sem contar os erros primários dos jogadores de ataque.

Partida que não valia muita coisa, a não ser atingirmos a nota de corte, 46 pontos, fico aqui pensnado no ambiente interno do São Paulo. James Rodrigues teve indisposição estomacal terça-feira passada, fisgada na coxa no sábado, sem, no entanto, que o impeça de jogar pela Colômbia contra o Brasil; já Pato teve uma indisposição inexplicável e também não foi para Santos.

Seria prenúncio de descontentamento com Dorival Jr por serem preteridos por Juan, Wellington Rato, Erison e David? Seria um início de despedida?

Pato tem contrato de produtividade encerrando em 31 de dezembro. Mas James Rodrigues tem um contrato de três anos, ganhando um milhão de reais por mês até dezembro, passando a R$ 1,3 milhão a partir de janeiro, sem contar US$ 500 mil de gatilho que dispara a cada 16 jogos disputados.

Se isso for – e parece ser mesmo – descontentamento com Dorival, como a diretoria vai agir em relação ao colombiano? Aquele que vinha para nos salvar contra o Corinthians na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil e não entrou um minuto sequer em nenhum jogo do torneio, parece que pode se transformar em mais um jaboti milionário para as contas do São Paulo.

Esperando para ver o que vai acontecer.

Vitória sobre o RB Bragantino nos deixa a um ponto de entrarmos em férias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo, mesmo contando com ausências importantes, fez boa partida contra o RB Bragantino na Vila Belmiro. Jogou com muita vontade, com alguns jogadores tentando mostrar que podem – ou não podem – continuar no elenco.

Dorival Jr matou o técnico português taticamente ao entrar com Wellington. O Bragantino tem uma jogada muito forte pelos lados do campo. Mas Wellington deu conta de Helinho enquanto Rafinha pois o gringo lá no bolso, a ponto dele ser substituído, e mesmo assim Rafinha foi melhor.

Pablo Maia continua demonstrando o quanto seu futebol cresceu e hoje é figura fundamental à frente da defesa, dando grande segurança e tendo um bom passe na saída de jogo. Junte-se a isso o fato de Alisson ter se encaixado muito bem ao seu lado, completado o meio de campo.

O que nos falta ainda é o meia. James Rodrigues deveria ocupar esse lugar, mas agora, com indisposição estomacal, ficou de fora do jogo. Talvez tenha comido um caviar errado em Interlagos.

Luciano, mesmo não sendo o cara para o setor, até que fez boa partida, principalmente no primeiro tempo. E, surpreendentemente, Juan fez boa partida.

De qualquer maneira fica a certeza: precisamos de um reserva para o Calleri. Não dá para ser Juan, nem David, nem Pato, nem Erison, por mais que tenha cobrado o pênalti muito bem

Se minha conta estiver certa, 46 pontos é a linha de corte. Portanto, até o fim do Brasileiro, jogamos por um único empate. Menos mal.

Vitória nos devolve a tranquilidade. Mas 2024 será de sobressaltos?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória contra o Cruzeiro nos trouxe alguma tranquilidade. Por mais que eu seja muito conservador e continue usando o número 46 como margem absolutamente segura como faixa de corte, admito que 42 pontos, com os times que estão atrás de nós e a distância de oito pontos para o Z4 nos dão condição de jogar sem desespero. Aliás, se é uma coisa que nós estamos fazendo, isso é jogar sem desespero, afinal, o time, verdadeiramente, entrou em férias.

O Cruzeiro é um time patético. Entendo que ele é pior que o Vasco e ainda vai cair. Assim como venho falando desde que o Botafogo abriu 14 pontos para o vice-líder que ele não seria campeão. E não será. Em relação ao Botafogo, tem o fator “amarelão”. Em relação ao Vasco, além de ser melhor que o Cruzeiro, tem a Operação Salva Vasco.

Mesmo jogando contra um time patético, e nós com o time praticamente titular (sem Calleri e Lucas), só conseguimos fazer o nosso gol aos 38 minutos do segundo tempo. E ainda fui obrigado a ouvir Rafinha dizer que o Cruzeiro é o time mais difícil que o São Paulo enfrentou no segundo turno.

Imagino se o Palmeiras tivesse sido o mais difícil. Aí seria 10, não cinco. Vá falar abobrinha assim prá lá.

Voltando ao jogo, Arboleda voltou em grande estilo, Beraldo melhorou ao seu lado, Caio continua sem conseguir reeditar seu bom futebol, Pablo Maia mostrou o quanto é importante na frente da zaga, Alisson também mostrou ser importante, Rodrigo Nestor teve noite de Rodrigo Nestor e n o ataque…Bem, no ataque, Dorival continua testando vários e nenhum encaixa.

Um parágrafo para James Rodrigues. Foi pessimamente escalado por Dorival. Nosso técnico quer fazer dele o que Guardiola fez de Messi no Barcelona. Só que existe um espaço interplanetário de distância. Enquanto ele ficou enfiado entre os zagueiros, não pegou na bola. Ele não consegue jogar de costas para o gol. Nas duas vezes que veio ao meio de campo buscar a bola, numa deixou David na cara do gol e na outra quase marcou. Então, ela é meia, não atacante.

Assim vamos nos encaminhado para as férias. Nós, torcedores, porque o elenco, esse entrou em férias no dia seguinte da conquista da Copa do Brasil. E temos que curtir bem esse ano. Afinal, não sei o que 2024 nos reserva.

Time nos deu dois momentos para ficarem na história: um título e uma goleada contra

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é impressionante o que esse time do São Paulo consegue fazer com seu torcedor, aquela Torcida que conduz. Nos dá a alegria de um título inédito, a Copa do Brasil, para ficar nos nossos anais, e uma goleada sofrida para nosso grande rival regional, também para ficar gravado na história.

A cada dia que passa consigo entender a mudança de comportamento do time jogando dentro e fora do Morumbi. Em espaço de quatro dias fizemos uma partida grotesca contra o Goiás e uma outra brilhante contra o Grêmio; mais quatro dias e outra partida tenebrosa, onde o Palmeiras só não aplicou a maior goleada de todos os tempos porque parou de jogar, teve dó do campeão da Copa do Brasil.

Atribuo a Dorival Jr toda a responsabilidade por essa derrota. Não estou aqui cornetando e pedindo sua demissão, muito menos falando que não serve para o São Paulo. Mas faço a crítica pontual. Ele nunca poderia ter entrado com Gabriel como primeiro volante, deixando a frente da defesa livre,

Desde o primeiro momento o Palmeiras tinha uma jogada clara: Murilo trazia a bola da defesa e lançava em diagonal para o lado direito, onde aparecia Myke. Caio e Michel Araújo nunca estavam ali. Beraldo tinha que sair para cobrir, Diego Costa ficava sozinho na área. Aí foi uma festa. Fizeram um, que foi anulado. Em jogada idêntica fizeram o segundo, o terceiro (dois que valeram) e continuaram o massacre.

Ah!, massacre não, pois tivemos 60% de posse de bola. Tem gente que acha que isso é importante. Eles deram oito chutes a gol, cinco entraram. Nós demos quatro chutes a gol, todos para fora.

Vamos combinar: o Palmeiras veio para o segundo tempo para deixar o tempo passar, sem nos pressionar. Não foram as entradas de Rodrigo Nestor (ainda no primeiro tempo) e Mendez que deram sustentação ao meio de campo do São Paulo.

Mas Luciano foi provocar os jogadores do Palmeiras. Ao 38 minutos do segundo tempo dá um chute no joelho do adversário. Não foi expulso porque o árbitro ficou com pena do São Paulo.

Naquele momento critiquei Luciano na transmissão e disse que isso poderia gerar revolta dos palmeirenses. E foi o que aconteceu. Em dois minutos fizeram mais dois gols. E pararam de novo.

Não vou citar riscos de rebaixamento, mas lembro que o Corinthians, que poderia terminar a rodada no Z4, pode terminar a próxima na nossa frente, sem perdermos em Curitiba e eles ganharem em Itaquera do Santos.

Mais uma vez a constatação: parece que a Copa do Brasil caiu no nosso colo de uma forma que nem Freud conseguiria explicar. Me parece que nossa realidade é a que vimos nesta quarta-feira, não a que vimos em setembro.

Na vitória do São Paulo, uma constatação: James Rodrigues está pedindo passagem.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez uma grande exibição e bateu o Grêmio, diria, goleou o Grêmio por 3 a 0, no Morumbi. Como diz meu amigo Waldir Albieri, somos leões dentro de casa e gatinhos manhoso fora. Mas, os três pontos foram importantíssimos. Isso porque nossa situação, após horrível derrota para o Goiás, era delicadíssima. Com essa vitória voltamos a dar um bom respiro para os dois próximos compromissos, que serão Palmeiras e Athletico fora de casa.

O grande nome do jogo foi James Rodrigues. Diria que ele colocou a bola debaixo do braço e fez o jogo para ajudar o São Paulo a sair daquela situação delicada. Se Hernanes e Muricy foram trazidos em momentos diferentes para nos salvar do Z4, James, que foi trazido para ganhar do Corinthians na Copa do Brasil (e não entrou um minuto sequer), resolveu o problema agora.

Não há dúvida que Dorival vai ter que encontrar um lugar para James no time. Eu sempre tive o cuidado de não criticar nem o colombiano por não jogar, nem o técnico por não colocá-lo para jogar, pois ambos sabiam das limitações físicas. Mas agora ele provou que está apto para jogar e não pode ser reserva.

Sua visão de jogo é algo pouco comum no futebol de hoje. Talvez, no Brasil, haja De Arrascaeta com esse potencial. Um verdadeiro meia, como há muito não víamos no São Paulo. Aquele cara que vem no meio de campo pegar a bola com um volante, leva para a frente servindo os companheiros, esperando uma chance para colocar alguém de cara para o gol, que flutua numa linha entre o meio de campo e o ataque. James não tem a velocidade que o futebol de hoje exige, mas tem a condição técnica de fazer a bola correr por ele, sem errar um único passe.

Dito isso, com tudo isso, o São Paulo ganhou com um gol de cabeça de Michel Araújo, em cobrança de escanteio perfeita de James, um gol de Pablo Maia, com assistência perfeita de James, e um gol de Luciano, com oportunismo, roubando a bola do zagueiro e indo sozinho na direção do gol. Não dava para perder.

Foi um São Paulo que lembrou o futebol do time campeão da Copa do Brasil contra um Grêmio que não conseguiu me convencer da posição que ocupa no Brasileiro.

Destaques também para Beraldo, Michel Araújo, Lucas e Diego Costa. Os zagueiros não se intimidaram com a pressão feita, desde o início, por Luis Suares. E botaram o uruguaio no bolso, assim como Rafinha dominou completamente seu setor.

E seguimos assim: se continuarmos ganhando no Morumbi, faremos mais 12 pontos, o que nos levará aos 50 pontos, ainda que percamos os seis jogos que temos a fazer fora de casa.

Vamos São Paulo!