São Paulo sobra em campo em sua melhor apresentação no Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Bahia no Morumbi e, de quebra, ainda apresentou seu melhor futebol no Campeonato Brasileiro. Zubeldía, que não esteve no banco, repetiu a escalação vitoriosa contra colocada contra o Criciúma e poderia até ter goleado o Bahia. Luciano, Ferreira e Calleri estiveram em dia de ouro.

Zubeldía vem apostando num quarteto ofensivo, com Lucas, Luciano, Calleri e Ferreira, mas conseguiu fazer com que os dois ponteiros, Lucas e Ferreira, o time não correu riscos lá atrás, porque Igor Vinicius e Wellington ficaram protegidos. Já na frente da zaga, Luiz Gustavo e Alisson também faziam uma partida impecável.

Portanto, o esquema 4-2-4 funcionou muito bem, com o recuo dos atacantes para ajudar no meio de campo. E Zubeldia conseguiu encaixar Lucas, Calleri e Luciano sem criar problemas ao time. O que é muito positivo. Alias, mais do que isso, fazendo Luciano jogar, pois ele vai bem quando está lá na área, ao lado de Calleri.

Não vou continuar variando da empolgação total à depressão profunda. Por isso, comedidamente continuarei fazendo meus cálculos para os 47 pontos, entendendo, então, que faltam 26 pontos para eu poder dormir tranquilo. Mas que o jogo deste domingo nos dá outro ânimo, isso não há dúvida alguma.

Nosso grande problema continua sendo no gol. Verdade que Jandrei fez uma defesa brilhante no segundo tempo, n uma cabeçada à queima-roupa no chão, mas antes, logo no começo do jogo, ele saiu jogando errado mais uma vez e depois, num cruzamento onde ele estava sozinho, soltou a bola de forma bisonha. Além da ruindade, ele está completamente sem confiança.

Fora isso, o time foi muitíssimo bem e nos deu um domingo feliz. Agora pela frente, se conseguirmos um empate quarta-feira em Curitiba, com o Athletico-PR, me darei por satisfeito. Mas, meio que na euforia, afirmo que a vitória não é algo tão difícil de ser alcançada.

Ganhamos do Criciúma. Mas por que não fizemos isso também com o Cuiabá?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo cumpriu a lição de casa e venceu o Criciúma nesta quinta-feira, no Morumbi. Claro que fomos do “êxtase” à “depressão”. Afinal, fizemos um gol com um minuto de jogo, através de Alisson, após boa jogada de Lucas pela direita, mas tivemos Jandrei, cheio de querer gerar emoções num jogo decidido e fez a pataqueada que nos causou arrepios no final da partida.

Zuebeldía foi, como diria o outro, “pras cabeças”. Entrou no antigo esquema vivido na era Pelé , ou seja, no 4-2-4, mandou os volantes também jogarem adiantados para prensar o Criciúma contra seu campo, o que acabou dando certo. Com o ataque repleto de jogadores, o gol sai exatamente por uma jogada de ponta e conclusão de um volante.

Outra orientação que me parece ter sido clara do técnico argentino foi para chutes de fora da área. Só Luiz Gustavo, outro volante que chegou bastante na frente, arrematou quatro vezes de meia distância, levando sempre perigo ao gol do Criciúma.

Voltando ao ataque, a composição tinha Lucas e Ferreira abertos pelos cantos, mas com Lucas tendo permissão de vir para o meio, deixando Luciano e Calleri fazendo dupla na área. Aliás, é o único lugar que gosto de ver Luciano jogando.

O segundo gol foi algo que não víamos há anos no São Paulo. Um gol de falta, em jogada absolutamente ensaiada e muito bem concretizada. Verdade que contou com uma barreira mal formada e um goleiro fraco do adversário. Mas isso é problema deles, não nosso.

A pergunta que fica é: por que não fizemos isso contra o Cuiabá, no Morumbi? E mais: por que não fizemos isso com o fraquíssimo time do Vasco, em São Januário, ao invés de sermos humilhados?

Não é essa vitória que vai me fazer mudar de opinião em relação ao elenco. Continuo fazendo contas – algo que não queria fazer – para os 47 pontos. Agora faltam 29.

E nem é tanto a qualidade do elenco que me preocupa, mas tudo o que acontece fora do campo. Palmeiras, Corinthians e Grêmio , quando foram rebaixados, não tinham os piores times do campeonato, mas sofriam muito com os desmandos, a incompetência, o comando continuado de seus dirigentes, que acabaram por refletir dentro de campo e derrubaram os times.

Por isso afirmo que o São Paulo está muito longe, diria léguas de distância, de estar entre os piores elencos do Brasileiro, mas fora de campo essa diretoria é uma verdadeira tragédia e pode, sim, transportar para dentro do campo toda essa incompetência e nos causar humilhações irreparáveis.

Por isso repito faltam 29 pontos.

Grupinhos, fritura, desmandos: os bastidores de uma crise instalada no São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a crise está instalada no São Paulo. Bastou o time perder duas partidas, estar há quatro sem vencer, o presidente se mandar para Los Angeles para cuidar da Seleção da CBF, e tudo virou de ponta cabeça. Da entrevista que o diretor de Futebol Carlos Belmonte concedeu ao Arquibancada Tricolor – que, convenhamos, nenhuma repercussão externa causou – para cá, foi só cacetada.

Belmonte disse lá que tem a gestão do elenco, que tudo está encaixado, que onde Júlio Casares põe a mão vira ouro – aqui ele viajou na maionese e foi muito longe -, que o Departamento Médico só tinha Pablo Maia, pois até Rafinha já estava na transição. Ele só esqueceu de Moreira, Belem, Negrucci, que estão “escondidos” no DEM – o Departamento de Excrecência Médica.

Enquanto ele se vangloria da gestão e Júlio Casares posta diversas poses de Los Angeles nas redes sociais, o time vai se desintegrando, tomando goleada de time do Z4, elenco dividido, jogadores insignificantes na história do clube se rebelando contra a comissão técnica. Ou não viram ou ouviram o zagueiro Sabino, que estava no banco de reservas, contestar o preparador físico Adriano Titton Garcia ao ser chamado para aquecer pela segunda vez? Quem é Sabino na fila do pão? O que esse jogador – ou ex-jogador – representa na história do São Paulo?

Se Sabino está fazendo isso com a equipe de Zubeldía, o que não estão fazendo Luciano “família”, Rafinha e outros desagregadores de ambiente, com um pouco mais de vivência no clube? Não à toa Lucas escreveu em seu Instagram que era hora de muito trabalho e que todos deveriam estar JUNTOS. Sim, o JUNTOS todo em maiúsculo. Alguma mensagem criptografada?

Até onde apurei, hoje apenas Calleri, Rafael, Alan Franco e Luiz Gustavo apoiam integralmente o técnico Zubeldía. O demais, liderados por Luciano e Rafinha, querem sua saída. E são acompanhados nesse movimento por Muricy Ramalho, que nunca escondeu ser desafeto do argentino. E estão aproveitando a ausência de Júlio Casares, responsável único e exclusivo pela escolha de Zubeldia, para fritar o técnico. Luciano não foi ao Rio de Janeiro para ser poupado. Sua insatisfação já é do conhecimento do técnico.

Ouvi de algumas pessoas que frequentam o CT que, se algo não for feito de urgente e concreto pela diretoria, não será surpresa se após o jogo contra o Criciúma, independente de resultado, Zubeldía pegue seu boné e vá embora. Seu semblante nos últimos dois jogos, muito diferente do que apresentava quando aqui chegou, dá claras evidências do seu desgaste.

Aprendemos com o histórico de Zubeldía que ele não gosta de conselheiros frequentando vestiários, até porque eles só aparecem nas horas boas. Vejam se algum deles apareceu no vestiário em São Januário, após a goleada.

Se Carlos Belmonte é bom em gestão (na Jovem Pan sempre teve minha admiração), é hora de mostrar. Assumir uma responsabilidade já que estamos sem presidente (o vice é figurativo), contornar a crise e dar provas, mais do que apenas falando, mostrando que pode almejar algo mais pomposo no futuro. E fugir das mentiras, que viraram mantras dessa diretoria.

Mais uma humilhação, virada de chave e retomada do curso do desespero

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acho que nossa chave virou mesmo. Mais uma humilhação, sendo goleado por um time que está na zona de rebaixamento, coisas obscuras acontecendo nos bastidores, retomada do trilho que temos nos acostumado nos últimos dez anos, que é o curso do desespero.

Não, nem venham me falar que temos 15 pontos e a saída do Z4 tem só sete. O caminho é muito curto, se analisarmos o que o time está jogando e os bastidores, no mínimo, duvidosos que o clube apresenta.

O presidente se mandou para Los Angeles para chefiar a delegação da Seleção da CBF. Antes de ir se dirigiu aos são-paulinos dizendo que não abandonaria o clube, que faria reuniões virtuais com toda a diretoria. Mas não se pronunciou até agora sobre a acachapante goleada, muito menos do incêndio que ocorreu neste sábado num restaurante do Morumbi, e que atingiu o camarote da Placar. Isso significa que o clube está ao Deus dará, porque nós não temos vice-presidente. Se temos, ele não sabe que o é.

O time em campo é um arremedo. Me iludi – e quero continuar me iludindo, pois e o pouco que me resta – que Luiz Zubeldía. Aquele cara vibrante que transmitia toda sua energia para os jogadores e compensava, com isso, a falta de treinos e conhecimento do elenco. Só que agora ele já conhece e a situação piorou. De 12 jogos invictos, viramos a chave e estamos há quatro sem vencer. O semblante dele mudou, aquela energia desapareceu e o time sucumbiu à sua realidade e volta a nos obrigar a pegar a calculadora para fazermos as contas de quanto dá 47 – 15. A diferença é o que falta para voltarmos a dormir tranquilos.

A Copa América era o elemento que precisávamos para criar um bom conforto no Brasileiro, pois a partir de agosto teremos que dividir nossas atenções para a Libertadores e Copa do Brasil. E isso pode nos levar a uma verdadeira tragédia vexaminosa.

Falar do jogo, dispensável. Não vou gastar linhas nem paciência de vocês, porque ninguém se salvou – ah, sim, Rodrigo Nestor -.Mas quero me prender aos bastidores. Carlos Belmonte disse semana passada que estava orgulhoso do DM, pois só Pablo Maia estava por ali. Até Rafinha já tinha saído e estava em transição.

E o Moreira? De novo, a mesma contusão de sempre. Parece que o DM do São Paulo está prestes a acabar com a carreira de mais um, como fez com Walce, Caio, Luan.

E o Belém? Renovaram o contrato dele, subiram para o profissional, e ele não aparece sequer entre os relacionados há vários jogos. Zubeldía levou Igão, um garoto de 16 anos, para o Rio, e não levou Belém. Ele está no DM e estão escondendo? Foi emprestado? Foi vendido? Voltou para a Base?

E Luciano? Não que eu defendesse sua escalação, mas cortado até do banco dentro do vestiário. O que aconteceu com ele?

E Arboleda? Será que só no vestiário de São Januário descobriram que ele estava com fadiga muscular. Mas que fadiga, se desde a Inter temporada de dez dias ele jogou apenas uma partida?

E Rodrigo Nestor? De novo sentiu lesão na coxa e pode ficar vários dias parados.

Portanto, que competência é essa do DM? Só se for competência para tê-lo sempre cheio de clientes.

O clube está largado, Zubeldía demonstra claramente que não está conseguindo impor sua autoridade dentro do São Paulo. Era evidente que ele não conseguiria manter dirigentes e conselheiros longe dos vestiários, a não ser em noites como ontem, depois da goleada.

Triste São Paulo. A cada dia que passa, minha depressão aumenta. Enquanto esses seres nocivos que estão na diretoria se locupletam de vaidade, nós nos locupletamos de tristeza.

São Paulo perde invencibilidade dentro do Morumbi e volta a apresentar velhos problemas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu sua invencibilidade na era Zubeldía dentro do Morumbi, para o Cuiabá, em algo que poderia ser mais uma humilhação, porém já tivemos outras piores que nem vamos classificar essa como uma delas.

Mais preocupante do que perder a invencibilidade (quando se perde uma invencibilidade é porque estamos ganhando muitos jogos ) é que voltamos a apresentar velhos problemas. O time mais uma vez não mostrou qualquer esquema tático, as bolas voltaram a passar de pé em pé, entre Arboleda e Diego Costa, os laterais apoiaram muito pouco, os meias ou segundo-volantes, sei lá o que eram, simplesmente não entendem bem esse negócio chamado futebol, mas foram contratados, uma peso de ouro, apesar de Júlio Casares até hoje não ter conseguido definir o valor pago, e outro agora, antes mesmo do empréstimo terminar, talvez para antecipar a comissão…do empresário.

Zubeldía deixou fora Lucas, Luiz Gustavo e Rodrigo Nestor. Posso entender, porque Lucas e Luiz Gustavo não vão aguentar uma sequência forte de jogos e Nestor, como voltou há pouco tempo, também está pisando em casca de ovo.

Mas, vamos combinar, com a defesa quase titular, só sem Alan Franco machucado e suspenso, não poderia falhar como falhou; o meio de campo com Alisson e os dois contratados a peso de ouro não poderia ser tão omisso; e o ataque, com Calleri e Luciano, complementado por Wellington Rato. não poderia ser tão inoperante.

Zubeldía não errou ao entrar com essa escalação, mas demorou para fazer a leitura do jogo. O Cuiabá jogou num 3-6-1, mas em nenhum momento se retrancou. Ao contrário, o meio de cambo cuiabano marcou o São Paulo a partir de sua intermediária até a intermediária de nossa defesa. E o São Paulo não conseguia passar do meio de campo.

Tivesse feito essa leitura Zubeldia colocaria Lucas e Nestor em campo para tentarem a transição, já que Galoppo e Michel Araújo são duas piadas prontas.

É verdade que quando tomamos o gol, os três que descansaram já estavam em campo. Mas aí teve muita lambança. O gol começa com um chutão do zagueiro Alan Emperreur lá para a frente, Pitta larga antes e chega primeiro que Arboleda na bola e aí, cruzamento no meio da área, Nestor tenta tirar de calcanhar, ninguém marca a entrada da área. Enfim, fizemos tudo errado para que o Cuiabá marcasse seu gol.

E depois disso nada aconteceu. O São Paulo até ensaiou uma pressão, mas completamente artificial, tanto que Valter saiu de campo sem ter feito uma única defesa.

De positivo as entrevistas de Calleri, que aprovou as vaias da torcida e disse que o São Paulo não pode jogar esse futebol tão pobre no Morumbi, e de Zubeldia, que admitiu ter errado e assumiu a responsabilidade.

Aliás, o que estaria acontecendo nos bastidores? Zubeldía, nesta quarta-feira, estava com um semblante diferente. Não foi aquele técnico vibrante que corre, pula, entra no campo. Ele esteve tão inerte quanto o time. Ele é responsável por passar energia aos jogadores e superar, com isso, nossas deficiências técnicas. Mas neste jogo ele também ficou cabisbaixo. Algo estranho pode estar acontecendo nos bastidores do São Paulo. E um dia, tenho certeza, isso virá à tona. Só espero que o prejuízo não seja ainda maior.

Temos que considerar o empate fora bom, mas acho que perdemos dois pontos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, alguém pode considerar ruim um empate em Itaquera? Não, assim como consideramos bom o empate contra o Internacional em Criciúma. Porém, na minha opinião, perdemos quatro pontos ao invés de ganharmos dois. Em Criciúma jogamos contra um Inter desfigurado, em “campo neutro”. Porém fomos “garfados” com a anulação do gol de Calleri, absolutamente legítimo. Neste domingo, novamente fomos roubados. Talvez o árbitro não fosse tão bundão, tão caseiro, expulsaria Carlos Miguel e o rumo do jogo seria outro.

Mesmo assim, com a conivência da arbitragem para a pressão do Corinthians, também não fosse a exuberante displicência de Luciano, ainda assim sairíamos com a vitória.

O gol de Lucas logo no início do jogo já mostrava que teríamos um grande resultado. Não só o gol, mas o total domínio do São Paulo. Lucas não ficou preso do lado direito do campo e jogando mais centralizado, causava alvoroço em toda a zaga corinthiana.

Mas um mal posicionamento de Alisson e pior ainda de Jandrei possibilitou o empate dos caras. Foi um belo chute de fora da área, mas dedutível para um bom goleiro. Coisa que Jandrei não é. E Alisson, a quem cabia a marcação por aquele setor, já que Igor Vinicius estava preso em Wesley, permitiu a liberdade para o jogador corinthiano.

Mas o São Paulo voltou ao domínio. Diria um massacre contra o Corinthians. O segundo gol foi fruto desta superioridade, já que o time da casa, após o empate, recuou esperando novo erro do São Paulo.

O erro veio, mas após estarmos vencendo. Luciano vai sair jogado da área, erra, perde a bola e sai o gol de empate.

Aliás, vamos falar um pouco de Luciano. É o artilheiro do São Paulo no Campeonato Brasileiro, é o cara da “família’, cumpre ordens do “chefe da família”, mas só atrapalha o time. Neste domingo, após o segundo gol, foi cumprir uma destas ordens e comemorar em frente à Gaviões da Fiel. Calleri, inteligentemente, entrou na frente do goleiro marginal do Corinthians e foi agredido. Luciano não tinha nada o que fazer ali, mas foi aumentar a confusão e também tomou amarelo (o cartão do goleiro marginal deles tinha que ser vermelho). Depois desta lambança e de ter atrapalhado ora Lucas, ora Rodrigo Nestor, ele resolveu fazer a lambança maior que deu o gol de empate para o Corimthians.

No segundo tempo Calleri, sempre ele, conseguiu a expulsão do zagueiro Caetano. Percebam a importância deste jogador: dá assistência para o primeiro gol entra no meio de uma confusão para ser empurrado e causar cartão para o goleiro, obriga o zagueiro a fazer uma falta que lhe cabe o amarelo e na sequência parte para cima do mesmo zagueiro, faz a mesma jogada e lhe causa a expulsão. E ainda tem gente que contesta a importância fundamental de Calleri ao time, assim como Lucas.

Com um a mais não conseguimos a vitória, mesmo jogando muito melhor. E quanto eu disse que a situação poderia ser diferente com a expulsão do goleiro marginal, basta ver a defesa que ele fez no chute de Michel Araujo. Outro não a faria.

Com esse empate caímos para a quinta colocação e poderemos cair muito mais, para perto da décima posição, já que os times que estão um ou dois pontos atrás de nós tem um ou dois jogos a menos. Mas ficaremos dentro de uma zona confortável, afastados do risco de Z4.

Quanto a Alan Franco, está claro que, numa sacada muito boa de Zubeldía, só foi para o banco para receber o terceiro cartão amarelo.

Em resumo, seguimos em aguas calmas.

Partida pífia em movimentação e criação apontam necessidade de Lucas jogar pelo meio

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo teve uma apresentação muito fraca contra um remendado Internacional nesta quinta-feira, em Criciúma. Se um empate contra o Inter fora de casa pode ser considerado muito bom, também é verdade que jogamos com um time cheio de reservas e, até por isso, tínhamos obrigação de ganhar.

Alguns erros de Zubeldía fizeram o futebol do São Paulo inexistir no primeiro tempo. O principal deles foi insistir com Luciano como meia e Lucas colado na linha lateral. Nenhum dos dois rendeu absolutamente nada.

Aliás, o primeiro tempo foi horroroso. Nem São Paulo nem Internacional justificaram o peso da camisa que carregam nos ombros. O time gaúcho, mesmo jogando com muitos reservas, tinha obrigação de render um pouco mais, exigir mais do Tricolor. Afinal, são elencos caríssimos e, consequentemente, imagina-se que sejam todos bastante competitivos.

O outro erro de Zubeldía foi demorar para perceber que o montagem do time não estava dando certo. Quando percebeu isso, colocou Ferreira, Erick e Galoppo de uma só vez, tirando Luciano (óbvio), Luiz Gustavo (cansado) e Rodrigo Nestor (ineficaz). Lucas foi para o meio e o São Paulo, então cresceu muito, partiu para cima do Inter e só não ganhou por conta de um erro clamoroso do VAR, anulando gol legítimo de Calleri, e três defesas impressionantes do goleiro do Internacional.

Zubeldía, então, mostrou que queria mesmo a vitória e encheu o time de atacantes. Colocou André Silva e, logo em seguida, Juan. Mas nada disso foi suficiente para furar o bloqueio defensivo armado por Coudet e fomos obrigados a nos contentar com um empate.

O resultado nos tirou do G4, mas ainda nos mantém no G6. Vamos combinar que é uma situação bastante confortável para quem estava morrendo de medo de ficar o campeonato inteiro flertando com o Z4. Mas é bom continuarmos com as tradicionais contas dos últimos anos: faltam 33 pontos para dormirmos tranquilos.

O Corinthians de hoje poderia ter sido o São Paulo de ontem, mas pode ser o de amanhã.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, os ventos sopram e sujeira se levanta. Vezes por aqui, vezes acolá. O fato é que, com a tecnologia que o mundo detém, dificilmente um crime, hoje, fica impune. No campo da política, ainda que a esportiva, tendo essa tecnologia como aliada, quando há vontade e decência política e participação ativa de polícia e Ministério Público, não há como alguém ficar impune, se crime tiver cometido.

Os fatos que vieram à tona no Corinthians, levando o time de Itaquera a uma crise jamais vista – sim, entendo ser maior que a do ano do rebaixamento – mostraram o que há por trás do contrato com a agora ex patrocinadora do time, com a participação de “laranjas”, comissões a empresas intermediadoras, com diretores acusados, muitos demissionários, presidente prestes a sofrer impeachment, outros patrocinadores saindo por não sentir respeito na marca Corinthians após os fatos que foram denunciados, jogadores rescindindo contratos, dívida assustadora que ultrapassa R$ 2 bi. Enfim, terra arrasada. Um novo “Cruzeiro” surgindo no mercado.

Mas o que tudo isso tem a ver com o São Paulo? Voltemos no tempo.

Em 2015, durante o mandato do nefasto Carlos Miguel Aidar, a diretoria tentou uma negociação com a Under Armour colocando uma tal de Far East como intermediadora, de um tal de Jack Banasfeha, para receber módicos R$ 18 milhões de comissão. Esse contrato tinha como signatários, além do próprio presidente Carlos Miguel Aidar, Júlio Casares, então vice-presidente de Marketing; Douglas Schwartzmann, então diretor de Comunicação e Marketing; Leonardo Serafim, então diretor Jurídico; e Osvaldo Abreu, então diretor Financeiro.

O escândalo, revelado com exclusividade, à época, pelo Tricolornaweb, causou, aliado a outros crimes, como a estranha aquisição de Iago Maidana – vendido pelo Criciúma ao Monte Cristo, de GO, por R$ 200 mil num dia e ao São Paulo, no dia seguinte, por R$ 2 milhões) – a renúncia de Carlos Miguel Aidar, que o fez por sugestão de outros advogados para não ser “impichado”.

Tivesse o Conselho Deliberativo, sob a presidência de Marcelo Pupo, levado o caso à frente, certamente esse senhores teriam sido expulsos do Conselho Deliberativo e a Polícia poderia fazer seu trabalho. Mas não, Pupo e os conselheiros preferiram jogar tudo para baixo do tapete, sacrificar Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro por uma briga, não pelo escândalo.

O então conselheiro Newton Ferreira entrou com uma ação na Justiça pedindo investigação sobre o caso. O Ministério Público foi a fundo. Quebrou o sigilo bancário de todos eles. Descobriu, por exemplo, um cheque que saiu da conta de Cinira Maturana, namorada de Carlos Miguel Aidar, para sua conta, naquele momento da compra de Iago Maidana.

Com a investigação concluída, a Justiça procurou o São Paulo, então vítima, perguntando se ele se sentia lesado por tudo isso. E quem foi que respondeu pelo clube? Leonardo Serafim, que disse que o clube não foi lesado. Inacreditável, mas o investigado responde se a investigação sobre ele deve continuar ou não.

Aliás, nesse quesito, passado alguns anos, Newton Ferreira acabou sendo expulso do clube por pura perseguição política, ate porque ele continuou com o processo e postando em suas redes sociais verdades inabaláveis sobre as administrações do clube.

Entenderam por que o Corinthians de hoje poderia ter sido o São Paulo de ontem? E por que pode ser o de amanhã?

A resposta pode ser simples. Todos aqueles que estavam na diretoria de Carlos Miguel Aidar orbitam a atual diretoria. Júlio Casares presidente, Douglas Schwartazmann o “dono” de Cotia, ou seja, da base; Leonardo Serafim o diretor jurídico de fato – não de direito – e Carlos Miguel Aidar, um consultor sempre presente com suas opiniões, acredito, nocivas ao clube.

Com isso estou querendo dizer que eles estão roubando o clube? De maneira alguma. Apenas que não tem legitimidade moral, em face do que descobriu o Ministério Público (lembro que o processo está arquivado pela indecente pessoa colocada para responder ao questionamento da Justiça).

Além do mais, o clube tem uma dívida impagável, com valores totais chegando próximos aos R$ 800 milhões, buscando, agora, um tal Fundo Garantidor ou Investidor, para obter R$ 250 milhões e alongar as dívidas bancárias, amortizando os juros. Mas quem vai gerenciar esse Fundo? Marcio Callomagno, o mesmo que está ao lado de Douglas em Cotia e que aparece com um cargo de superintendente da presidência (nunca vi algo assim).

Enfim, os amigos se ajudam, se completam, mas afundam uma instituição. Por tudo isso, o São Paulo conseguiu, por meios escusos, não ser ontem o Corinthians de hoje, mas está no caminho de sê-lo amanhã.

São Paulo faz dever de casa e atinge patamar que poucos esperavam no Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu mais uma. Agora, fazendo a lição de casa, bateu o Cruzeiro no Morumbi e atingiu o G4, em quarto por um gol de diferença no saldo para o Botafogo e apenas um ponto atrás de Flamengo e Bahia. Convenhamos, poucos esperavam essa desenvoltura do clube.

Vou ser repetitivo, mas como já disse em editorial passado, tudo tem a ver com Zubeldía. Neste domingo o São Paulo tomou um verdadeiro baile do Cruzeiro, pois após fazer o primeiro gol, logo a quatro minutos, o time se desconcentrou e se não fosse Rafael, a coisa teria ficado ruim.

Moreira uma grande decepção. Tomou um verdadeiro baile pelo seu setor. Mas culpo aqui a falta de assistência de Juan, que cobria o lado direito, para ajudá-lo e a ineficácia de Bobadilla, que também caía por aquele setor. Isso acabou prejudicando o próprio Arboleda, que tinha que sair da área para dar cobertura e abria um buraco por ali.

Zubeldía, que tinha entrado com o time certo – eu só entraria com Ferreira no lugar de Juan – demorou para perceber. A contusão de Moreira, com entrada de Ferraresi melhorou um pouco e depois, a expulsão do lateral do Cruzeiro, fizeram o São Paulo sair um pouco do sufoco. Porém Zubeldía deveria ter mexido já no primeiro tempo.

Menos mal que ele viu bem o jogo, mostrou que é um técnico de verdade e mudou tudo. Voltou para o segundo tempo com Luiz Gustavo, no lugar de Bobadilla, por questões técnicas, e Diego Costa no de Arboleda, por questões físicas. O time se encorpou, até porque passamos a ter um primeiro volante, o que liberou Alisson para flutuar um pouco mais e fizemos prevalecer o mando de campo e um homem a mais.

Daí para o segundo gol e a administração do resultado foram caminhos naturais e o São Paulo chega a 11ª partida invicta – dez com Zubeldia e uma com Milton Cruz. Mais do que isso, chega numa posição do Brasileiro que poucos acreditavam que pudesse ser possível. Eu, como um conservador, prefiro olhar para trás e ver que estamos oito pontos acima do Z4 e que faltam 34 pontos para afastarmos de vez esse risco.

Vão me xingar, que eu sei. O problema é que depois de ter sido criado e vivido torcendo para um time que entrava em todos os campeonatos brigando pelo título, sofri nos últimos anos tendo que fazer essas contas malignas. Então, peço desculpa a todos, mas esse estado de incompetência que se instalou no São Paulo nos últimos anos me impõe esse sentimento. Mas que estou muuuuuuuuuuuuuuito feliz, isso não se discute.

Zubeldía já está fazendo a diferença no São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Talleres nos trouxe uma certeza: Zubeldía já está fazendo a diferença. Sua intensidade é tão grande que não permite que os jogadores, o que olham para ele no banco, fiquem acomodados.

Pode ser que ele nem tenha uma estratégia tática brilhante. Pode ser que ele nem seja o grande técnico que imaginamos. Porém ele joga junto com o time e isso está fazendo do São Paulo um propenso candidato ao título da Libertadores.

Pego dois momentos deste jogo contra o Talleres: no gol de Luciano ele correu como um louco para abraçar e comemorar com o jogador, fez o que todos os torcedores enlouquecidos faziam naquele momento; depois, num eventual contra-ataque do Talleres que começaria pelo lado esquerdo da defesa argentina, ele saiu do banco e por pouco não invade o campo interceptando o lateral do Talleres. O rapaz ficou tão assustado que até parou no lance.

Isso é muito importante para compensar o elenco mediano que temos. Não canso de repetir que o São Paulo tem um bom time, mas o elenco ainda é sofrível. Assim como o ano passado, vamos acumulando centroavantes reservas para o Calleri, mas nenhum com possibilidade real de jogar ou mudar, eventualmente, o resultado de um jogo.

Alguns jogadores se destacaram nessa vitória. Começo pela defesa onde Arboleda e Alan Franco – principalmente o argentino – não permitiram qualquer chance para o Talleres; passo pelo meio de campo onde Alisson continua sobrando; e sigo no conjunto da obra, pois o time começa a mostrar que está entendendo as opções táticas do técnico.

E é fato que chegamos no final da fase de grupos da Libertadores onde ninguém, há 45 dias, imaginaria estar. Com Carpini, a conta era de que seríamos eliminados na fase de grupo. Com Zubeldía, se tem quase certeza que vamos passar pelas oitavas.

Enfim, se muitos dizem que um grande time se começa com um grande goleiro, entendo que de nada adianta ter isso se não houver um cara do tipo Zubeldia comandando o elenco.