Defesa está sólida, mas ataque se ressente da ausência de Calleri

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a defesa do São Paulo considerada titular – Rafael, Rafinha, Arboleda, Beraldo e Caio – está dando mostras que é muito confiante, que uma falha aqui ou acolá até poderá ocorrer, mas estamos há três jogos sem sofrer gols.

Neste domingo, na Vila, onde o São Paulo foi superior quase que o jogo todo, tendo mais de 70% de posse de bola, a defesa se manteve no mesmo nível, não permitindo que Soteldo, Marcos Leonardo e seus companheiros tivessem qualquer oportunidade. Some-se a isso a presença em quase todo os cantos de Pablo Maia, que dá uma segurança completa para nosso sistema defensivo.

O problema, porém, reside no ataque. Sem Calleri o São Paulo perde objetividade e, mais do que isso, poder de fogo. Já rodaram por ali Juan, Erison, David, Luciano, e ninguém consegue dar a consistência que precisamos no ataque. Isso significa que precisamos urgentemente de um novo centroavante, com as características de Calleri, para suprir sua eventual ausência.

Isso se repetiu contra o Santos. Oportunidades foram criadas. Juan perdeu gol, Luciano perdeu gol, Michel Araújo perdeu gol, Wellington Rato perdeu gol. Enfim, todos perderam gols, sem contar os erros primários dos jogadores de ataque.

Partida que não valia muita coisa, a não ser atingirmos a nota de corte, 46 pontos, fico aqui pensnado no ambiente interno do São Paulo. James Rodrigues teve indisposição estomacal terça-feira passada, fisgada na coxa no sábado, sem, no entanto, que o impeça de jogar pela Colômbia contra o Brasil; já Pato teve uma indisposição inexplicável e também não foi para Santos.

Seria prenúncio de descontentamento com Dorival Jr por serem preteridos por Juan, Wellington Rato, Erison e David? Seria um início de despedida?

Pato tem contrato de produtividade encerrando em 31 de dezembro. Mas James Rodrigues tem um contrato de três anos, ganhando um milhão de reais por mês até dezembro, passando a R$ 1,3 milhão a partir de janeiro, sem contar US$ 500 mil de gatilho que dispara a cada 16 jogos disputados.

Se isso for – e parece ser mesmo – descontentamento com Dorival, como a diretoria vai agir em relação ao colombiano? Aquele que vinha para nos salvar contra o Corinthians na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil e não entrou um minuto sequer em nenhum jogo do torneio, parece que pode se transformar em mais um jaboti milionário para as contas do São Paulo.

Esperando para ver o que vai acontecer.

Vitória sobre o RB Bragantino nos deixa a um ponto de entrarmos em férias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo, mesmo contando com ausências importantes, fez boa partida contra o RB Bragantino na Vila Belmiro. Jogou com muita vontade, com alguns jogadores tentando mostrar que podem – ou não podem – continuar no elenco.

Dorival Jr matou o técnico português taticamente ao entrar com Wellington. O Bragantino tem uma jogada muito forte pelos lados do campo. Mas Wellington deu conta de Helinho enquanto Rafinha pois o gringo lá no bolso, a ponto dele ser substituído, e mesmo assim Rafinha foi melhor.

Pablo Maia continua demonstrando o quanto seu futebol cresceu e hoje é figura fundamental à frente da defesa, dando grande segurança e tendo um bom passe na saída de jogo. Junte-se a isso o fato de Alisson ter se encaixado muito bem ao seu lado, completado o meio de campo.

O que nos falta ainda é o meia. James Rodrigues deveria ocupar esse lugar, mas agora, com indisposição estomacal, ficou de fora do jogo. Talvez tenha comido um caviar errado em Interlagos.

Luciano, mesmo não sendo o cara para o setor, até que fez boa partida, principalmente no primeiro tempo. E, surpreendentemente, Juan fez boa partida.

De qualquer maneira fica a certeza: precisamos de um reserva para o Calleri. Não dá para ser Juan, nem David, nem Pato, nem Erison, por mais que tenha cobrado o pênalti muito bem

Se minha conta estiver certa, 46 pontos é a linha de corte. Portanto, até o fim do Brasileiro, jogamos por um único empate. Menos mal.

Vitória nos devolve a tranquilidade. Mas 2024 será de sobressaltos?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória contra o Cruzeiro nos trouxe alguma tranquilidade. Por mais que eu seja muito conservador e continue usando o número 46 como margem absolutamente segura como faixa de corte, admito que 42 pontos, com os times que estão atrás de nós e a distância de oito pontos para o Z4 nos dão condição de jogar sem desespero. Aliás, se é uma coisa que nós estamos fazendo, isso é jogar sem desespero, afinal, o time, verdadeiramente, entrou em férias.

O Cruzeiro é um time patético. Entendo que ele é pior que o Vasco e ainda vai cair. Assim como venho falando desde que o Botafogo abriu 14 pontos para o vice-líder que ele não seria campeão. E não será. Em relação ao Botafogo, tem o fator “amarelão”. Em relação ao Vasco, além de ser melhor que o Cruzeiro, tem a Operação Salva Vasco.

Mesmo jogando contra um time patético, e nós com o time praticamente titular (sem Calleri e Lucas), só conseguimos fazer o nosso gol aos 38 minutos do segundo tempo. E ainda fui obrigado a ouvir Rafinha dizer que o Cruzeiro é o time mais difícil que o São Paulo enfrentou no segundo turno.

Imagino se o Palmeiras tivesse sido o mais difícil. Aí seria 10, não cinco. Vá falar abobrinha assim prá lá.

Voltando ao jogo, Arboleda voltou em grande estilo, Beraldo melhorou ao seu lado, Caio continua sem conseguir reeditar seu bom futebol, Pablo Maia mostrou o quanto é importante na frente da zaga, Alisson também mostrou ser importante, Rodrigo Nestor teve noite de Rodrigo Nestor e n o ataque…Bem, no ataque, Dorival continua testando vários e nenhum encaixa.

Um parágrafo para James Rodrigues. Foi pessimamente escalado por Dorival. Nosso técnico quer fazer dele o que Guardiola fez de Messi no Barcelona. Só que existe um espaço interplanetário de distância. Enquanto ele ficou enfiado entre os zagueiros, não pegou na bola. Ele não consegue jogar de costas para o gol. Nas duas vezes que veio ao meio de campo buscar a bola, numa deixou David na cara do gol e na outra quase marcou. Então, ela é meia, não atacante.

Assim vamos nos encaminhado para as férias. Nós, torcedores, porque o elenco, esse entrou em férias no dia seguinte da conquista da Copa do Brasil. E temos que curtir bem esse ano. Afinal, não sei o que 2024 nos reserva.

Time nos deu dois momentos para ficarem na história: um título e uma goleada contra

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é impressionante o que esse time do São Paulo consegue fazer com seu torcedor, aquela Torcida que conduz. Nos dá a alegria de um título inédito, a Copa do Brasil, para ficar nos nossos anais, e uma goleada sofrida para nosso grande rival regional, também para ficar gravado na história.

A cada dia que passa consigo entender a mudança de comportamento do time jogando dentro e fora do Morumbi. Em espaço de quatro dias fizemos uma partida grotesca contra o Goiás e uma outra brilhante contra o Grêmio; mais quatro dias e outra partida tenebrosa, onde o Palmeiras só não aplicou a maior goleada de todos os tempos porque parou de jogar, teve dó do campeão da Copa do Brasil.

Atribuo a Dorival Jr toda a responsabilidade por essa derrota. Não estou aqui cornetando e pedindo sua demissão, muito menos falando que não serve para o São Paulo. Mas faço a crítica pontual. Ele nunca poderia ter entrado com Gabriel como primeiro volante, deixando a frente da defesa livre,

Desde o primeiro momento o Palmeiras tinha uma jogada clara: Murilo trazia a bola da defesa e lançava em diagonal para o lado direito, onde aparecia Myke. Caio e Michel Araújo nunca estavam ali. Beraldo tinha que sair para cobrir, Diego Costa ficava sozinho na área. Aí foi uma festa. Fizeram um, que foi anulado. Em jogada idêntica fizeram o segundo, o terceiro (dois que valeram) e continuaram o massacre.

Ah!, massacre não, pois tivemos 60% de posse de bola. Tem gente que acha que isso é importante. Eles deram oito chutes a gol, cinco entraram. Nós demos quatro chutes a gol, todos para fora.

Vamos combinar: o Palmeiras veio para o segundo tempo para deixar o tempo passar, sem nos pressionar. Não foram as entradas de Rodrigo Nestor (ainda no primeiro tempo) e Mendez que deram sustentação ao meio de campo do São Paulo.

Mas Luciano foi provocar os jogadores do Palmeiras. Ao 38 minutos do segundo tempo dá um chute no joelho do adversário. Não foi expulso porque o árbitro ficou com pena do São Paulo.

Naquele momento critiquei Luciano na transmissão e disse que isso poderia gerar revolta dos palmeirenses. E foi o que aconteceu. Em dois minutos fizeram mais dois gols. E pararam de novo.

Não vou citar riscos de rebaixamento, mas lembro que o Corinthians, que poderia terminar a rodada no Z4, pode terminar a próxima na nossa frente, sem perdermos em Curitiba e eles ganharem em Itaquera do Santos.

Mais uma vez a constatação: parece que a Copa do Brasil caiu no nosso colo de uma forma que nem Freud conseguiria explicar. Me parece que nossa realidade é a que vimos nesta quarta-feira, não a que vimos em setembro.

Na vitória do São Paulo, uma constatação: James Rodrigues está pedindo passagem.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez uma grande exibição e bateu o Grêmio, diria, goleou o Grêmio por 3 a 0, no Morumbi. Como diz meu amigo Waldir Albieri, somos leões dentro de casa e gatinhos manhoso fora. Mas, os três pontos foram importantíssimos. Isso porque nossa situação, após horrível derrota para o Goiás, era delicadíssima. Com essa vitória voltamos a dar um bom respiro para os dois próximos compromissos, que serão Palmeiras e Athletico fora de casa.

O grande nome do jogo foi James Rodrigues. Diria que ele colocou a bola debaixo do braço e fez o jogo para ajudar o São Paulo a sair daquela situação delicada. Se Hernanes e Muricy foram trazidos em momentos diferentes para nos salvar do Z4, James, que foi trazido para ganhar do Corinthians na Copa do Brasil (e não entrou um minuto sequer), resolveu o problema agora.

Não há dúvida que Dorival vai ter que encontrar um lugar para James no time. Eu sempre tive o cuidado de não criticar nem o colombiano por não jogar, nem o técnico por não colocá-lo para jogar, pois ambos sabiam das limitações físicas. Mas agora ele provou que está apto para jogar e não pode ser reserva.

Sua visão de jogo é algo pouco comum no futebol de hoje. Talvez, no Brasil, haja De Arrascaeta com esse potencial. Um verdadeiro meia, como há muito não víamos no São Paulo. Aquele cara que vem no meio de campo pegar a bola com um volante, leva para a frente servindo os companheiros, esperando uma chance para colocar alguém de cara para o gol, que flutua numa linha entre o meio de campo e o ataque. James não tem a velocidade que o futebol de hoje exige, mas tem a condição técnica de fazer a bola correr por ele, sem errar um único passe.

Dito isso, com tudo isso, o São Paulo ganhou com um gol de cabeça de Michel Araújo, em cobrança de escanteio perfeita de James, um gol de Pablo Maia, com assistência perfeita de James, e um gol de Luciano, com oportunismo, roubando a bola do zagueiro e indo sozinho na direção do gol. Não dava para perder.

Foi um São Paulo que lembrou o futebol do time campeão da Copa do Brasil contra um Grêmio que não conseguiu me convencer da posição que ocupa no Brasileiro.

Destaques também para Beraldo, Michel Araújo, Lucas e Diego Costa. Os zagueiros não se intimidaram com a pressão feita, desde o início, por Luis Suares. E botaram o uruguaio no bolso, assim como Rafinha dominou completamente seu setor.

E seguimos assim: se continuarmos ganhando no Morumbi, faremos mais 12 pontos, o que nos levará aos 50 pontos, ainda que percamos os seis jogos que temos a fazer fora de casa.

Vamos São Paulo!

Copa do Brasil é passado. Risco de Z4 volta a ser presente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que sina é essa que temos tido, nos últimos anos, de ficar sempre olhando para trás na tabela para verificarmos a distância que temos do Z4? Sou do tempo em que olhávamos para trás na tabela para vermos a distância que tínhamos para o segundo colocado.

Depois das vitórias sobre Coritiba e Corinthians, no embalo e na empolgação da conquista do título da Copa do Brasil, me deixei levar pelo ufanismo mercadológico desta diretoria nociva ao clube e afirmei que não mais faria contas para chegarmos aos 46 pontos. Que isso seria algo muito natural. Só que o empate com o Vasco e a grotesca derrota para o Goiás, um time quase que previamente rebaixado, nos colocou de volta na alça de mira do Z4 e volto a ter que fazer contas.

O elenco do São Paulo, e aqui englobo toda a diretoria (até o presidente) continua comemorando a conquista da taça. Parece que é algo sem fim. Lembra a conquista do título do Campeonato Mundial Paulista que conquistamos em 2021, e que quase levou o time ao rebaixamento no Brasileiro. As comemorações não paravam e ficamos dez rodadas do Brasileiro sem vitória, o que acabou causando a demissão de Crespo.

Agora vejo a história se repetindo. No jogo desta quarta-feira ficou patente que o time é muito limitado e o elenco é de doer. Diego Costa esqueceu como se joga: Alisson, com contrato renovado, voltou a ser aquele de antes da Copa do Brasil; no ataque, Luciano, Erisson, David, Juan, todos (menos Pato) somados, não dão meio Calleri. Não que Pato faça a diferença. O problema é que ele, apresentado pelo marqueteiro Júlio Casares como sendo um dia histórico para o São Paulo, não consegue nem ser reserva do reserva.

Estamos a cinco pontos, mas aqueles adversários que estavam entre nós e o primeiro de saída do grupo de rebaixamento já se aproximaram e podem encostar em nós. Basta que Cruzeiro, Corinthians e Santos vençam hoje, ficaremos a um ponto dos dois primeiros e a dois do Peixe. Estamos a quatro do Internacional e a cinco do Vasco e do Goiás (e do Santos, que ainda não jogou).

Vejam nossa tabela imediata: sábado contra o Grêmio (3º colocado na tabela), no Morumbi; Athletico e Palmeiras fora. Ouso dizer que, se não vencermos o Grêmio sábado, temos 90% de chances de domingo da outra semana estarmos no Z4.

Não quero ser terrorista. Não sou anti-são-paulino. Amo muito mais o São Paulo do que a gigantesca maioria das pessoas que hoje administra o clube (incluo, aqui, conselheiros). Não faço coisas para o São Paulo em troca de lanchinhos, salgadinhos, vagas em estacionamento, cafezinhos, viagens, hotéis ou ingressos. Mas ou o elenco e a diretoria entendem que o o São Paulo está disputando um Campeonato de alto nível, como é o Brasileiro, e que as férias só começam em dezembro, ou seguiremos caminhos de Cruzeiro e Palmeiras, que ganharam a Copa do Brasil e mergulharam na série B.

Se o Conselho Deliberativo do São Paulo fosse sério, levaria Júlio Casares à destituição

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, qual o conceito de um orçamento que é aprovado anualmente? Definir as diretrizes que serão perseguidas pela diretoria, sem sair de qualquer ponto ali aprovado pelo Conselho Deliberativo.

Fazendo um comparativo com o cenário político nacional, o orçamento da União está englobado do Teto Fiscal, hoje Arcabouço Fiscal. Onde os números de débito e crédito, principalmente as despesas, não podem ultrapassar um determinado teto, como eu disse, que fora aprovado no exercício anterior pelo Congresso Nacional.

O que aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff, por conta das suas pedaladas fiscais? Impeachment. Bolsonaro só não foi pelo mesmo caminho porque entrou em acordo com o Centrão, tirou os precatórios do orçamento, colocou o Auxílio Brasil de lado e seguiu em frente. Lula só não entra nesse caminho porque, da mesma forma, se uniu ao Centrão, tirou quase tudo dos gastos do governo e vai conseguir ficar dentro do Arcabouço Fiscal.

O Conselho Deliberativo do São Paulo, da mesma forma, aprovou um orçamento que previa R$ 145 milhões em empréstimos. Mas com a aprovação de mais R$ 86 milhões nesta última reunião (165 votos a favor, 37 contra, quatro abstenções e 52 ausentes), chegou a R$ 181 milhões, ultrapassando, em muito, o que já foi aprovado.

E vejam: esse orçamento previa que o São Paulo chegaria apenas às quartas-de-final da Copa do Brasil. O título e, principalmente, as bilheterias dos jogos contra Palmeiras, Corinthians e Flamengo, além de toda a premiação, deram dinheiro de sobra à diretoria.

É verdade que a previsão na Sul-Americana era final e ficamos nas quartas e que o Paulista era semifinal e também paramos nas quartas. Mas a defasagem financeira nesses casos não é tão grande pois foi recompensado com bilheterias fabulosas, não previstas nesse montante orçamentário.

A diretoria não explica a razão de tantos empréstimos. Sei perfeitamente que o Conselho os aprovou. Por isso disse, no título, que se o Conselho Deliberativo fosse sério, levaria Júlio Casares à destituição. Afinal, foi uma pedalada fiscal. Porém, isso não vai acontecer, até porque Olten Ayres de Abreu, que deixou escapar uma falsa briguinha com Júlio por ter perdido a vaga de presidente do Conselho para a próxima gestão, conseguiu um acordo e será candidato.

Então, o São Paulo vai continuar nas mãos dos seus donos, amparado por cordeirinhos que conseguem sua benesses em troca de votos.

Fotografia do jogo me passa a impressão que jogadores entraram em férias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vou parecer meio antagônico, incoerente no meu comentário, mas, acredito, vocês vão entender. O empate neste sábado, em São Januário, pode ser considerado um bom resultado. Porém, esse empate me soa como uma derrota. Estou louco? Não. vou explicar.

A semana toda venho falando que tinha convicção numa derrota do São Paulo, afinal, nas últimas rodadas venho observando uma “Operação Salva Vasco”. Em São Januário, um verdadeiro caldeirão dos infernos, o São Paulo, sem qualquer força nos bastidores, seria presa fácil. Portanto, nesse caso, jogando sem Calleri, Beraldo e Rafinha, considero que o empate foi um bom resultado.

Por outro lado, e aqui entra a sensação de derrota, nada do que eu imaginava aconteceu. Ao contrário, Bráulio da Silva Machado teve uma boa arbitragem. Marcou um pênalti, para mim claro, porém dentro de São Januário, aos 45 minutos do primeiro tempo. E aí se sucedem a sensação de derrota.

Wellington Rato pega a bola, autorizado por Lucas, capitão do time, e vai rebolando para a bola, dando pulinhos. Aí bate fraco no meio do gol, quase como um recuo para o goleiro do Vasco.

Daí para a frente gol perdido pelo Lucas, pelo Luciano (já no segundo tempo), outras jogadas inacabadas. O São Paulo, mesmo não querendo, jogou melhor que o Vasco. Só que chegou um momento, como não fazíamos nada, o Vasco foi para frente e transformou Rafael no nome do jogo.

Não foi só o pênalti que Wellington Rato perdeu. Ele fez uma das piores partidas de sua vida; Pablo Maia cansou de dar contra-ataque para o Vasco; Alan Franco também exagerou no direito de errar.

Salvaram-se Lucas – sempre ele -, Nathan, que fez boa partida; Caio e Rodrigo Nestor, além de Alisson, que foi razoável. Ou seja: conseguimos não ganhar, em condições normais, de um time muito ruim.

Isso me dá a clara impressão de que os jogadores, tidos como titulares, entraram em férias depois da conquista da Copa do Brasil e da vitória sobre o Corinthians. Portanto, resta a Dorival utilizar o que falta no campeonato para testar jogadores do elenco.

Ah!, Dorival, por favor: separe os cobradores de pênalti (Calleri, Luciano, James, Rato) e coloque para cobrar 200 pênaltis por dia no CT, com Rafael no gol. Assim você consegue fazer um baita treinamento para cobradores e goleiros. Porque eu estou de saco cheio de perder pontos ou ser eliminado porpênaltis mal cobrasos

São Paulo mostrou futebol de campeão para virar sobre o Corinthians

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma grande vitória no Majestoso deste sábado. Sofremos um gol com dois minutos de jogo, numa falha de Rafael, mas o time mostrou um verdadeiro futebol de campeão para virar sobre o reserva do Corinthians e vencer o jogo por 2 a 1.

A despeito de ser, como eu disse, reserva, do lado de lá estava uma camisa que merece respeito pela sua tradição. Já jogamos com time reserva contra eles, em Itaquera, nem por isso desdenhamos da nossa situação por ter perdido ou empatado algum jogo. Por isso respeito muito o resultado e a partida de alguns jogadores.

Destaco, principalmente, Calleri, Lucas, Alisson e Beraldo. Partida exemplar. Não que os demais tenham decepcionado. Mas procurei, nesse nomes, indicar os melhores em campo.

Calleri, como disse o amigo Waldir Albieri, tem uma simbiose com nossa caminha que é algo que impressiona. Além do profissionalismo acima de tudo, tem amor, tem feeling, tem tudo que faz dele um dos cinco maiores centroavantes que passaram pelo São Paulo.

Lucas traz consigo a experiência adquirida da Europa. Tem uma força de arranque fora do comum. Faço aqui um contraponto: o Corinthians destacou Maycon para marcar Lucas. De repente tinham Maycon e Giuliano. E Lucas ganhou todas. Do outro lado, quando entrou Renato Augusto, Alisso foi destacado para marcá-lo . E Renato Augusto não conseguiu jogar.

Também falei de Beraldo. Que zagueiro. Que sobriedade. Jogou sem Arboleda a seu lado e não deu sopa para o azar. É verdade que Diego Costa também fez boa partida.

Enfim, o primeiro tempo do São Paulo foi digno de time campeão. E o segundo, bem, o segundo também. Soube segurar o resultado sem correr riscos e ainda criou várias chances perdidas no ataque. A mais gritante a de Wellington, depois de ótima jogada de Lucas, deixa o lateral na cara do gol e ele chuta para longe do gol.

O ano acabou para o São Paulo. O pequeno risco de rebaixamento desapareceu. Estamos na Libertadores do próximo ano. Agora Calleri, que forçou o terceiro cartão amarelo, poderá fazer sua cirurgia. Outros poderão se tratar. Afinal temos o Vasco sábado que vem e depois paramos por dez dias por conta das Eliminatórias da Copa do Mundo.

No Brasileiro, é só manter o ritmo e terminaremos o ano com ótimo retrospecto geral. Mais uma vez, parabéns elenco. Você deu a resposta que esperávamos. Não vou me cansar de gritar: É Campeao!!!

Time reserva dá conta do horrível lanterna e traz alívio para a sequência

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o time reserva do São Paulo não teve a menor dificuldade para passar pelo horrível lanterna do Brasileiro nesta quarta-feira, no Morumbi. Depois de dois gols anulados, por impedimento, finalmente o terceiro valeu – apesar de ter sido anulado pelo bandeira, mas corrigido pelo VAR – e ratificou a superioridade impressionante do São Paulo em campo.

Por mais que tivéssemos levado um susto com o gol do Coritiba, absolutamente sem querer, pois foi um verdadeiro “passe” de Gabriel Neves, o São Paulo voltou ao domínio das rédeas do jogo e conseguiu o segundo gol, numa penalidade muito clara, no ângulo de visão do árbitro, mas só marcada pela revisão do VAR. Ou seja: uma arbitragem totalmente dependente do juiz de vídeo. E, por incrível que pareça, o VAR acertou todas as decisões.

Gostei muito da partida de James Rodriguez. Dá para perceber que ele está retomando a forma física e isso é fundamental para ele galgar uma posição de titular no time. Até porque, futebol ele tem e demonstra que, tecnicamente, está bem acima de quase todo o elenco.

Também vi em Diego Costa uma grande partida. E olha que ele teve que “carregar” a mala do Alan Franco. O argentino marcou o primeiro gol, mas por muito pouco não deu um gol para o Coritiba e ainda falhou em alguns botes lá perto da área. Nathan é outro que, por mais que consiga fazer algumas jogadas interessantes, tem esse lado bom superado pelas péssimas apresentações no restante dos jogos.

Gabriel está provando, a cada dia, que a reserva é o que melhor lhe cabe, enquanto Luan, ao que parece, está retomando a forma física e fez boa partida. Enquanto isso lá na frente, bem, contamos com Luciano, porque Juan continua devendo explicação para sua escalação como titular.

Não falei de Michel Araújo, ou melhor, deixei por último, assim como Wellington. O uruguaio tem repentes de craque, descola algumas jogadas meio mágicas, mas na maioria das vezes vive uma mesmice e não consegue passar ao torcedor a confiança de que pode ter uma vaga no time titular. Já Wellington, bem esse continua com um índice altíssimo de cruzamentos errados. Isso quando eles vão por cima, porque quando são por baixo, se tornam em verdadeiras assistências.

Enfim, o time reserva ganhou, tirou o São Paulo de uma situação não confortável, a apenas três pontos do Z4. Mais do que subir quatro posições e ficar a seis pontos do Z4, colocou seis times entre nós e o primeiro time da zona de rebaixamento, que é o Bahia. Isso quer dizer que uma vitória sobre o Corinthians no próximo sábado, praticamente nos tira de qualquer pesadelo de voltarmos a rondar o Z4. E, então, Calleri vai poder operar.